Crônicas

Fechando a boca do semiteólogo Fábio Sabino, o pretenso Sabitudo que Sabinada
Eder Moreira

 

"Porque há muitos desobedientes, vãos faladores e sedutores [...] aos quais é necessário fechar a boca” (Carta de São Paulo APÓSTOLO a Tito, I, X-13).

 

Por ocasião dos estudos acerca da Escritura Sagrada, deparamo-nos – na selva da internet – com uma hiena gargalhante que, embriagada de ódio patológico, pensa ser um poderoso leão contra os dogmas da Igreja de Cristo. Assim vocifera o semiteólogo Fábio Sabino, o professor sabitudo que na verdade sabinada. Um autêntico picareta que explora a massa de néscios que vagueia como boiada desorientada. Como diz um antigo provérbio: Mundus vult decipi [O mundo quer ser enganado]. Por isso, conclui o jesuíta Heredia: “... em todas as idades do mundo, houve embusteiros que trataram de satisfazer esse desejo das massas”.

Seguindo o conselho evangélico do Apóstolo São Paulo, também vítima das garras imundas dessa hiena desatualizada, fecharemos a boca suja desse paladino da imbecilidade, mostrando que o leãozinho valente não passa de um pigmeu inofensivo. Uma simples análise descobre a incompetência desse caçador de defuntos, que desenterra mentiras há séculos soterradas pela bimilenar sabedoria da Igreja Católica. A arrogância do Sabinada não faz senão copiar velhos argumentos, além de temperá-los com altas doses de contradições e distorções à moda sectária.

Quais são as poderosas objeções do Sabino Sabinada? Em resposta ao “pastor” Rodrigo Silva – um herege da seita adventista – o pigmeu fantasiado sonhou ter colocado em xeque a Divindade de Cristo. Pensando ser leão, com sua risada desengonçada, acreditou ter derrubado dois mil anos de cristianismo. O argumento do pseudoteólogo de internet prova sua “indiscutível” sabedoria, construída sobre sucatas enferrujadas. Deixemos o Sabitudo mostrar que Sabinada:

“Para aqueles que acreditam que Jesus é divino, que Jesus é Deus, que Jesus tem os atributos naturais, logo, então, como pode então Jesus fazer uma promessa para Judas em vida, que os apóstolos sentariam em 12 tronos para julgar as 12 tribos de Israel, se Jesus sabia que Judas ia para o inferno, Judas ia tirar sua própria vida, Judas estava predestinado, então isso não passa de uma idiotice por parte de Jesus. Se Jesus é Deus, para ser Deus tem que ter os atributos naturais, e um dos atributos naturais é onisciência, então, se Jesus tem onisciência, como que Jesus faz promessa para alguém sabendo que esse alguém não estaria lá, então Jesus fez uma promessa e se ele faz a promessa, a promessa dele aqui, ele coloca como incondicional...”  

(https://www.youtube.com/watch?v=SruVwux8Z58&t=1990s).


Um raciocínio digno de “exegeta” de Youtube.

Essa é a esplêndida sabedoria do Sabinada, que acredita ter destruído, com seu estilingue inofensivo, a Divindade de Cristo.

Sabino, com toda sua sabedoria, esquece ou desconhece, que a Igreja de Cristo é bimilenar. Que nesses dois mil anos, produziu uma legião de filósofos, teólogos e Doutores da Bíblia. Que já respondeu, séculos antes da existência da hiena furibunda, a todas essas objeções ridículas, que os semiateus desenterram do sarcófago para assustar os pobres desinformados. E o Sabitudo – que nada sabe – tem coragem de dizer, hipocritamente, que é preciso estudar para não criar heresia. Oxalá Sabino tivesse realmente estudado. Certamente, não estaria vomitando tanto estrume de sua boca fabricadora de heresias. Será que o Sabino já ouvir falar em Catena Áurea? Porventura sabe pelo menos da existência de Santo Tomás de Aquino e de sua monumental Suma Teologia? O que sabe Sabino, o leão sem Juba ou teólogo sem Teologia? Sob a luz da fé, da razão e do bom senso, derrubaremos a máscara do pretenso sabidão, cuja sabedoria vale tanto quanto uma nota falsificada.   

Para início de refutação, salientaremos – de passagem – um primeiro lapso ou imprecisão do pigmeu que pensa ser um gigante indestrutível. Ao se referir à Onisciência Divina, nosso incompetente adversário a designou como “atributo natural”, sem qualquer acréscimo elucidativo. Ora, como bem observa o Dominicano Padre Édouard Hugon, teólogo e filósofo tomista: “Os qualitativos que damos à natureza divina chamam-se atributos divinos” (Pe. Édouard Hugon, O. P. Os princípios da Filosofia de Santo Tomás de Aquino: As vinte e Quatro Teses Fundamentais. PR: Cavarie Editorial, 2022, p. 218).

O mesmo predica Dom Thiago Sinibaldi, Doutor em Filosofia, Teologia e Direito Canônico: “Faculdades de Deus são as perfeições ou os atributos divinos” (Dom Thiago Sinibaldi. Elementos de Filosofia: Antropologia e Teodicéia. Florianópolis: Editora Instituto Santo Atanásio, 2021, p. 510-511).

Com efeito, uma das quatro principais propriedades da Ciência Divina é a infinitude, pela qual Deus conhece todas as coisas: “existentes e possíveis, - passadas, presentes e futuras, - necessárias e livres, - absolutas e condicionadas”. Ora, o homem não conhece dessa maneira. Por isso possui atributos naturais e não Divinos.

Por não saber filosofia, Sabino confunde Ciência Divina Infinita com Atributo Natural. Essa confusão terminológica, típica de quem Sabinada, pode ser a causa da jactância do pigmeu, que pensa saber tudo, acima de todos os doutores e teólogos.

Eis as Bizarrices de uma hiena desafortunada.  

Assim inicia o picadeiro do sabidão fantasiado.

Um desastre!

Na sequência do “espetáculo”, Sabino Sabinada inaugura sua exegese de botequim, pensando ser a Bíblia um livro do nível da sua profunda ignorância. O perito em hebraico – que deveria ter estudado para não passar vergonha – parece desconhecer que a Escritura Sagrada possui sentidos que vão além do literal textual. Encontramos na Revelação de Deus – que se manifestou pela linguagem humana – os sentidos alegórico, anagógico e Moral, que juntos constituem o sentido espiritual.

É por conter esse sentido, que os Doutores Católicos descobriram no Antigo Testamento inúmeras prefigurações do Messias, razão pela qual declarou o Santo de Hipona: “O Novo Testamento está escondido no Antigo, ao passo que o Antigo é desvendado no Novo”. (Santo Agostinho, Quaestiones in Heptateucum, 2, 73).

Para dar um pouco de sabedoria católica ao semiteólogo que Sabinada, indicamos um estudo que demonstra com lógica e fundamentação, o sentido espiritual que transborda sobretudo no Antigo Testamento. Encoste por um tempo sua poltrona de líder de manada, e saboreie a irrefutável exposição católica sobre “As prefigurações do Messias no Antigo Testamento”. 

Desse fato incontestável, podemos razoavelmente crer que Nosso Senhor também empregou não penas o sentido literal concreto, mas o sentido espiritual, falando por meio de metáforas, símbolos, alegorias. Por exemplo, quando Ele ensinou que é preferível arrancar a mão que faz pecar, para entrar mutilado no Céu, do que ir para o inferno com os membros intactos (São Marcos IX, 38-48). É óbvio que Cristo não está incentivando a mutilação. Ele não falou literalmente. Não é preciso ser Sabitudo para entender algo tão elementar. Mas, é preciso ter humildade para aprender com os verdadeiros sábios da Igreja:

“Ele chama de nossa mão o amigo próximo de cujo auxílio cotidiano temos necessidade; mas, se um homem assim quiser nos causar dano naquilo que concerne à nossa alma, deve ser excluído de nossa companhia, pois se nesta vida queremos ter parte com um perverso, no futuro pereceremos com ele; por isso se segue: melhor te é entrar na vida eterna manco, do que, tendo duas mãos, ir para a geena, para o fogo inextinguível” (São Beda apud Santo Tomás de Aquino. Catena Áurea: Comentário ao Evangelho de São Marcos, Lectio VI: V, 43-50).

Cristo apenas ensinou que devemos evitar as ocasiões de pecado, cortando de nossa vida essas situações que são causas de tentações.  

Outro exemplo do sentido espiritual presente na Bíblia, encontra-se na pregação de Cristo sobre a rede de pesca:

“O Reino dos Céus é semelhante ainda a uma rede que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. Quando está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos cestos o que é bom e jogam fora o que não presta. Assim será no fim do mundo: os anjos virão separar os maus do meio dos justos e os arrojarão na fornalha, onde haverá choro e ranger de dentes” (São Mateus XIII, 47-50).

O que seriam os peixes e a rede? Há um sentido espiritual nessa pregação de Nosso Senhor? Certamente! Para tanto, apreciemos a explicação no ensino dos verdadeiros sábios, que não eram semiteólogos de Youtube:

“...Compara a Santa Igreja a uma rede, porque foi entregue a pescadores, e todos, mediante ela, são arrastados das ondas da vida presente ao reino eterno, a fim de que não sejam mergulhados no abismo da morte eterna. Esta Igreja reúne toda casta de peixes, porque chama todos os homens para perdoá-los: os sábios e os tolos, livres e escravos, ricos e pobres, os fortes e os fracos. Estará completamente cheia a rede, isto é, a Igreja, quando, ao fim dos tempos, cumprir-se o destino do gênero humano. Por isso segue: Quando está cheia, os pescadores tiram-na para fora, e, sentados na praia, escolhem os bons para cestos e deitam fora os maus, porque assim como o mar representa o mundo, assim também a margem do mar figura o fim do mundo, e é neste momento que são escolhidos e guardados em cestos os bons, e os maus , depois de terem perdido a luz que iluminava o interior do reino, serão arrastados para as trevas exteriores, porque agora a rede da fé contém igualmente, como a peixes misturados, a todos os maus e bons” (São Gregório apud Santo Tomás de Aquino. Catena Aurea: Comentário ao Evangelho de São Mateus, Lectio XI: V. 47-50).

Nosso Senhor utiliza a rede de pesca como símbolo da Igreja. Assim como a Arca de Noé, que era prefiguração da Igreja, continha animais puros e impuros, a Igreja Católica – Arca de Deus – contem santos e pecadores, que somente no juízo final serão separados, sendo uns premiados e outros castigados.

As metáforas também são frequentes na Escritura.

Cristo chama os Fariseus de Cobras. Declara que os Apóstolos são luz do Mundo. Diz ser Herodes uma Raposa. E, de Si Mesmo, Cristo disse ser a Porta e a Videira. Ora, sabemos que os Fariseus não eram, literalmente, serpentes rastejantes. Também não eram os apóstolos corpos celestes luminosos. Tampouco era Herodes um animal quadrúpede. E não era Cristo literalmente uma porta com dobradiças ou uma planta que produz uvas. Mas, por qual motivo estamos ensinando essas verdades ao Fábio Sabinada? Por que, com relação a passagem que ele recorre para provar a suposta mentira de Cristo, é preciso também considerar não apenas o valor quantitativo dos números, mas outras verdades que eles carregam na linguagem bíblica. Por exemplo, por que Judas traiu Cristo por 30 moedas? Por que são 10 os mandamentos? E o que significa o número Sete, além de sete unidades, literalmente?  

Abramos o baú da saberia católica, para que o Sabino ao menos passe de Sabinada para Semi-igorante.

Já será um progresso!

Sobre o que significa as trinta moedas, motivo da traição de Judas, explica o Santo Doutor de Hipona:

“Pelo fato de o Senhor ter sido vendido por trinta moedas de prata indicou o Evangelista por Judas os Judeus e os iníquos que, perseguindo as coisas carnais e temporais que dizem respeito aos cinco sentidos do corpo, não querem possuir Cristo; e uma vez que o fizeram na sexta idade do mundo, assinalou-se que receberam cinco vezes seis o preço do Senhor...” (Santo Agostinho apud Santo Tomas. Catena Aurea: Comentário ao Evangelho de São Mateus, Lectio IV: V. 14-16).

Conforme expõe sabiamente o Doutor da Graça, trinta moedas significa os cinco sentidos, pelos quais pecavam os Judeus, multiplicado pela sexta Idade do Mundo (5x6=30). Sobre as Idades do Mundo, indicamos ao Sabino a seguinte Dissertação: (As Bodas de Caná).

O número Dez, para os Mandamento, também contém um profundo significado. Mas, para os fins desse artigo de refutação, explicaremos apenas o sentido do Sete, que por si mesmo sepultará o miserável “entendimento” do Sabido sobre os Doze Tronos.

Esse número enigmático aparece no Apocalipse de São João, bem como na Pregação de Jesus Cristo. Reproduziremos uma oportuna explicação sobre o Sete na Escritura Sagrada:

“O número sete - é bem sabido - significa totalidade. Com efeito, quando os Apóstolos perguntaram quantas vezes deviam perdoar o ofensor, Cristo lhes respondeu que deviam fazê-lo 70 x 7 vezes, para significar sempre, todas as vezes. O sete simboliza totalidade porque ele é composto de 3 + 4, significando, pois, ordem total; espiritual (3) e material (4). Por isto, este número cabe bem a Cristo, Deus e Homem, que contém toda a ordem, divina e humana. Não é então sem razão que o Apocalipse apresenta Cristo como ‘aquele que tem os sete espíritos de Deus” (O Número do Homem).

Esse sentido de totalidade é corroborado pelos Padres da Igreja:

“O número sete costuma ser tomado por um todo porque o tempo corre inteiro entre os sete dias e onze vezes sete formam setenta e sete. Ele quis, portanto, que se perdoassem todos os pecados, porque com o número setenta e sete assinalou de antemão todos os pecados” (Santo Agostinho apud Santo Tomás. Catena Áurea: Comentário ao Evangelho de São Mateus, Lectio VI: V. 21-22).

O mesmo se pode deduzir dos Sete Espíritos de Deus em Cristo:

“Jesus Cristo se presenta aquí como el que tiene los siete espíritus de Dios y las siete estrellas (v.i). El autor sagrado quiere significar con estas expresiones el poder absoluto que Cristo tiene sobre las iglesias y sobre todos los cristianos” (Profesores de Salamanca. Biblia Comentada: Epístolas católicas. Apocalipsis. Biblioteca de Autores Cristianos: Madrid, 1965, p. 356).

É com esse mesmo sentido que Cristo emprega o Doze em relação aos Tronos Celestiais. Assim como o Sete é a soma entre 3 + 4 (ordem material + ordem espiritual), resultando na Ordem Total, o Doze nada mais é que o três multiplicado pelo quatro (3 x 4), adquirindo também um sentido de totalidade. Isso pode ser facilmente verificado no texto mal compreendido pela miopia Sabinada.

Para uma reta visualização, transcreveremos o trecho em questão:

“Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhes: ‘Eis que abandonamos tudo e te seguimos; que haverá para nós?’ Jesus disse-lhes: ‘Em verdade vos digo que, no dia da regeneração, quando o filho do homem estiver sentado no trono da sua glória, vós, que me seguistes, também estareis sentados sobre doze tronos, e julgareis as doze tribos de Israel” (São Mateus XIX, 27-30).

Desse excerto, Sabino acreditou – tolamente – ter provado de sua Cátedra de heresias, a fraude da Divindade de Cristo. Com uma “exegese” desgraçada, própria de quem realmente Sabinada, o semiteólogo enfatizou o número Doze, e somente o Doze, como prova cabal de que a Judas também foi prometido o Trono no Céu. Mas Cristo é Onisciente. Ele tudo Sabe. Então conclui Sabino: “Jesus não sabia que Judas iria para o Inferno? Como então promete o Céu para o Traidor? Logo, na semiexegese Sabiniana, Cristo não passou de um mentiroso.

Com sua gargalhada de hiena debochada, comemora o sonhado triunfo contra o Filho de Deus. Por um instante, o pigmeu acreditou ser Leão. O ignorante pensou ser um grande Sábio.

Por um instante...

Pois alegria de herege é passageira.

Só a Verdade é Eterna!

Consideremos – por um instante – veraz a conclusão do Sabinada. O Doze, em questão, significa apenas os 12 primeiros Apóstolos de Cristo. Por isso Sabino exclui Matias e Paulo da promessa Divina: “Jesus faz uma promessa para Judas em Vida [...] logo Judas tem que estar no meio. Não cabe nem a Matias e muito menos a Paulo Apóstolo, uma coisa que ele não foi....

Quanta falácia em uma só frase de um falso Sabitudo.

Mas, prossigamos...

Ora, se o primeiro Doze deve ser entendido de modo restrito, isto é, abrangendo somente os Doze primeiros, o mesmo deve entendido acerca do Doze subsequente, que restringiria o julgamento somente para as 12 Tribos de Israel. E aqui reluz a estupidez da interpretação do Herege Sabino.

Entender que o Doze se refere apenas às 12 Tribos de Israel, equivale a limitar o julgamento apenas às tribos do Antigo Testamento, o que seria um absurdo. E os cristãos, não serão julgados? E os não Judeus? E o Sabino com suas hienas adestradas? Portanto, para não sustentar o ridículo, é preciso entender – no texto em questão – o Doze (4x3) assim como o Sete (4+3), no sentido de totalidade.

Em nosso favor, o Bispo de Hipona:

“Daqui devemos tirar como consequência que Jesus julgará juntamente com Seus discípulos. Por isso diz aos judeus em outro lugar: Por isso é que eles serão vossos juízes (Mt 12, 27; Lc 11). Não devemos crer que porque o Senhor diz que se sentarão seus discípulos sobre doze tronos, não julgarão em união com o Senhor mais do que doze homens a todo o gênero humano, porque o número doze expressa toda uma multidão de juízes, levando em conta que as duas frações que constituem o número sete  - isto é, três e quatro – significam com frequência a universalidade das coisas; e, multiplicadas, essas duas frações formam o número doze. De outro modo, Matias, que foi eleito no lugar do traidor Judas, e o apóstolo Paulo, que trabalhou mais do que todos os outros, não teriam onde se sentar no tribunal. O próprio Paulo não deixa dúvidas de que eles, em união com os outros santos, serão juízes, quando diz: Não sabeis que havemos de julgar os anjos? (1 Cor 6, 3)” (Santo Agostinho apud Santo Tomás. Catena Aúrea: Comentário ao Evangelho de São Mateus, Lectio VII: V. 27-30).

Prossegue o Santo Doutor:

“As mesmas observações se devem fazer sobre o número doze no que concerne àqueles que devem ser julgados. É certo que o Senhor não exclui deste número a tribo de Levi, que é a décima terceira, assim como tampouco quis compreender só o povo judeu, com a exclusão dos demais povos” (Santo Agostinho apud Santo Tomás. Catena Aúrea: Comentário ao Evangelho de São Mateus, Lectio VII: V. 27-30).

A promessa, portanto, não se restringe aos Primeiros Apóstolos.

Ouçamos um verdadeiro Sábio que transcende em saber o ridículo sabinada:

“Todo aquele que, movido pelo estímulo do amor de Deus, deixar aqui tudo quanto possui, indubitavelmente obterá ali o mais elevado das potestades judiciárias, de sorte que aquele que, por consideração do juízo, se submeta à dura necessidade de uma pobreza voluntária, virá então a julgar com Aquele que julga” (São Gregório apud Santo Tomás. Catena Áurea: Comentário ao Evangelho de São Mateus, Lectio VII: V. 27-30).  

Cai por terra a mentira do Sabinada que exclui Matias e São Paulo da Promessa de Cristo. Resta saber porque Judas não entra na Promessa dos Tronos Celestiais.  

A resposta encontramo-la em São João Crisóstomo, que parece ter previsto a heresia do Sabinada:

“Mas como se cumpriu esta promessa? Porventura sentar-se-á também Judas? De maneira alguma [...] o Senhor, ao se dirigir aos seus discípulos, não prometeu simplesmente: ‘vós também estarei sentados’, senão que acrescentou: ‘que me seguistes’, para deste modo excluir Judas e atrair a todos os que depois deviam segui-lo. Não falava, com efeito, somente a eles, nem a Judas, já feito indigno” (apud Catena Aurea: Comentário ao Evangelho de São Mateus, Lectio VII: V. 27-30).

Trata-se de uma promessa geral, a todos os que seguirem a doutrina e o exemplo de Cristo. Como sabiamente observa o Santo Bispo de Constantinopla, o verbo “seguir” exclui o Traidor. Nesse sentido, vem corroborar o Evangelho de São Lucas, que o pigmeuzinho também usou para defender sua blasfêmia.

Vamos ao texto da discussão:

“Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tribulações. Por isso eu preparo o Reino para vós como meu Pai o preparou para mim, para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos senteis sobre tronos a julgar as doze tribos de Israel” (São Lucas, XXII, 28-30).

É falso, portanto, quando o Sabino diz que a promessa é incondicional!

Negativo!

O sabidão sequer sabe ler a Bíblia e ainda que interpretá-la!

Cristo faz uma promessa CONDICIONADA em ambos os Evangelhos. No de São Mateus ele diz expressamente: “Vós que me SEGUISTES”. E no de São Lucas: “PERMANECIDO comigo”. Portanto, a condição é permanecer com Cristo até o Fim! O incondicional só existe na cachola vazia do Sabinada!

Em abono dessa compreensão irrefutável, evocamos novamente o ensino dos Sábios da Igreja:

“Dessa promessa sublime foi Judas excluído, porque é de se crer que já havia deixado o cenáculo quando Jesus Cristo dizia-lhes estas coisas. E do mesmo modo todos aqueles que, cientes de toda a prédica desses mistérios sublimes, mesmo assim volvem-lhe as costas” (São Beda apud Santo Tomás. Catena Áurea: Comentário ao Evangelho de São Lucas, Lectio IX: V. 31-34).

No mesmo sentido argumenta São João Crisóstomo:

“Acaso haverá de ali também sentar o próprio Judas? [...] dirigindo-se a Seus discípulos, não lhes faz promessas vãs, senão que acrescenta: Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tribulações” (apud Santo Tomás. Catena Áurea: Comentário ao Evangelho de São Lucas, Lectio IX: V. 31-34).

Um detalhe omitido pelo Sabino: a promessa constante no Evangelho de São Lucas acontece depois do anúncio da traição de Judas. Ora, considerando a informação adicional do Evangelho de São João, após a revelação da tradição, Judas abandonou o local para trair Nosso Senhor:

 “Jesus respondeu: É aquele a quem eu der o bocado que vou molhar. Molhando, pois, o bocado, deu-o a Judas Iscariotes, filho de Simão. Atrás do bocado, entrou nele Satanás. Jesus disse-lhe então: O que queres fazer, faze-o depressa. Nenhum, porém, dos que estavam à mesa percebeu por que lhe dizia isto. Alguns, como Judas era o que tinha a bolsa, julgavam que Jesus lhe dissera: Compra as coisas que nos são precisas para o dia da festa, ou: Dá alguma coisa aos pobres. Ele, pois, tendo recebido o bocado, saiu logo. Era já noite” (São João XIII, 26-30).

Dessa informação complementar, temos a seguinte concordância:

São Lucas revela que a promessa sobre os Tronos – condicionada à fidelidade a Jesus Cristo – foi proferida depois do anúncio da traição de Judas. Ora, conforme descreve São João, depois do anúncio explícito de quem seria o Traidor – “É aquele a quem eu apresentar o pão molhado” – Judas abandona o Cenáculo. Logo, Judas não estava mais presente quando da Promessa. Por isso que Nosso Senhor, diante da ausência de Judas, enfatiza que sua promessa é para aqueles que permaneceram com Ele nas tribulações: “Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tribulações”.

Ora, Judas não permaneceu! Logo, não se aplica a ele a promessa Divina!

Disso tudo se vê que, ao contrário do que diz Sabino, Judas não se encaixa na Promessa. Nem no trecho do Evangelho de São Lucas, pois o traidor já havia deixado o Cenáculo, e tampouco no texto do Evangelho de São Mateus, pois a promessa é, evidentemente, para todos os que, por amor a Deus, perseverarem no modelo da perfeição apostólica.

Sabino novamente fracassou!

Seu tiro míope saiu pela culatra!

Cristo continua Divino!

E o Sabino continuou Sabinada!

Pobre pigmeu que pensa ser Leão!

Não satisfeito, Sabino converte seu ataque à dignidade do Apóstolo por Antonomásia.

“Paulo não foi Apóstolo. Esse é o problema. Como assim? Não, Paulo não foi apóstolo! Paulo criou seu apostolado. Paulo não foi eleito Apóstolo por ninguém, denominado Apóstolo por ninguém. Quem foi denominado

Apóstolo no lugar de Judas foi Matias porque tá escrito assim! Só que tem gente que quer inventar heresia. Isso é heresia! Paulo criou o seu próprio apostolado”

 

(https://www.youtube.com/watch?v=SruVwux8Z58&t=1990s).

 

Para o pigmeu Sabino, São Paulo não foi verdadeiro Apóstolo de Cristo. A audácia do semiteólogo chega às alturas da máxima soberba. Na visão Sabinada, que chega ao nível de insanidade, Paulo teria enganado toda a Igreja, desde os primeiros Apóstolos – que não denunciaram Paulo por usurpação de ministério – até os seus sucessores, os padres Apostólicos. Sem contar que o golpe de Paulo teria sido tão magistral, que nem mesmo os inimigos da Igreja teriam percebido a grande farsa do apostolado Paulino.

 

Mas qual seria a prova inexpugnável de Fabio Sabino, o Leão sem Juba ou Teólogo sem Teologia? Ouçamos o Sabinada, com sua espadinha de plástico, atacar inutilmente a Dignidade de São Paulo:  

 

“Paulo não foi Apóstolo Só que infelizmente tem muitos que querem endeusa-lo.  Agora, por que tem que endeusar? Porque foi ele quem criou a

Heresia. Quem? Paulo! Heresia? Que heresia? Na igreja de Éfeso. Preste bem atenção o que que o Paulo da Bíblia fez para a Igreja de Éfeso. Criou uma heresia tremenda! Efésios 4, 11: “Ele mesmo concedeu uns para Apóstolos (esse ele mesmo é Jesus, viu!) Outros para profetas” (tudo no plural! Pega aí para mim onde tá escrito que Jesus deu cargo para pessoas de profetas...Onde tá escrito isso? Jesus deu! Jesus! Dentro do seu ministério, deu cargo de profetas. Outros (no plural), para evangelistas. Onde Jesus fez isso? E outros para pastores (no plural) e mestres (no plural), onde Jesus fez isso? Quem está ensinando isso? Paulo”.

 

(https://www.youtube.com/watch?v=SruVwux8Z58&t=1990s).

 

 O grande argumento do Sabitudo, se funda em uma espécie de Sola Evangelii, uma nova versão Sabinada do Sola Scriptura. Sabino, que tanto se empenha para mostrar as fraudes da Bíblia e colocar em dúvida as palavras de Cristo, parte do princípio que Paulo inventou algo que Jesus não ensinou. Ora, então o Sabino acredita – quando lhe convém – que nos Evangelhos consta a verdadeira pregação de Jesus Cristo? Caso contrário, sequer poderia comparar o ensino herético de Paulo com o ensino ortodoxo do Verbo Encarnado.

 

Dissemos “quando lhe convém”, porque é patente a contradição desse fabricador de falácias. Ora, para acusar Paulo de heresias, de criador de novidades, o sabidão recorre aos Evangelhos, onde consta o ensino de Cristo. Contudo, para provar que Jesus Ressuscitado também apareceu a Judas Iscariotes (I Cor. XV, 5), e assim deduzir ligeiramente que o traidor se arrependeu, Sabino Escorpião recorre ao ensino do mesmo Apóstolo, que ele acusa de usurpador e criador de heresias. Supondo uma contradição entre o que disse São Paulo e o que disseram os Evangelhos, Sabino astutamente – como uma cobra sem vergonha – passa então a acreditar piamente no que disse São Paulo, contra os Evangelhos.

 

Assim a Bíblia vira um brinquedinho nas garras do charlatão!  

 

Quando convém, São Paulo é considerado o “Apóstolo” das heresias! Mas, quando não convém aos interesses do Sabino embusteiro, Paulo é um verdadeiro pregador de Verdades!   

 

Incongruências de quem Sabinada!

 

A raiz do “argumento” – como dissemos – é o princípio protestante de que tudo o que Cristo ensinou está unicamente na letra da Bíblia. Ora, está no prólogo do Evangelho de São João que Cristo disse e fez muitas coisas que não estão na Escritura:


Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever” (São João XXI, 25).

 

Por isso, em consonância com o Evangelho, São Paulo predicou em sua Epístola:

 

“Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa” (II Tessalonicenses II,15-17).

 

Logo, não é porque não está no Evangelho que Cristo não tenha ensinado oralmente aos seus Discípulos. Ademais, cabe ressaltar que São Paulo era contemporâneo dos apóstolos. Ele mesmo foi até São Pedro conferir sua doutrina com a do chefe dos Apóstolos (Gálatas I, 18).

 

Uma mentira de São Paulo não passaria despercebida.

 

A denúncia seria imediata!

 

Mas, como não tinha em Jerusalém um Sabino Sabitudo, toda a Igreja foi engana pelas heresias anticristãs de São Paulo.

 

É a esse delírio de conclusão que leva a imbecil “exegese” do teólogo sem teologia!

 

Isso que dá não estudar!

 

Vive criando heresias!

 

O energúmeno, baseado na suposta heresia de São Paulo, coloca até mesmo a sucessão apostólica no catálogo das heresias paulinas. Tanto que o Sabino diz que, em razão dessa “invenção” não evangélica, muitos em Éfeso começaram a usurpar o ministério dos Doze Apóstolos.

 

O Sabido, que nada Sabe, não consegue enxergar a sucessão apostólica – perpetuidade do Ministério dos Apóstolos até o fim do Mundo – que reluz de modo fulgurante na Ordem e na promessa de Cristo. Disse Nosso Senhor aos Apóstolos: “Ide, pois, ensinai TODAS AS GENTES batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espirito Santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos tenha mandado” (São Mateus XIX, 20)

 

Como observa Lúcio Navarro, em sua Legitima Interpretação da Bíblia:

 

“Ir até os confins da terra era impossível àqueles homens. E mesmo a difusão do Evangelho por todo o mundo haveria de durar muitos séculos [...] Só ao cabo de muitos séculos se descobriria a América para começar então a evangelização desta parte do mundo” (Legitima Interpretação da Bíblia. São Caetano do Sul: Santa Cruz Editora e Livraria, 2017, p. 520).

 

Unida a esta ordem de evangelização de todos os povos, Nosso Senhor promete estar com os Apóstolos até o Fim do Mundo:

 

”E estais certos de que estou convosco todos os dias ATÉ A CONSUMAÇÃO DO SÉCULO (São Mateus XXVIII, 20).

 

Dessa promessa, conclui logicamente o autor supracitado:

 

“Com eles como, se não estariam vivos até o fim do mundo? Com eles, sim, porque os Apóstolos teriam outros que continuassem a sua missão e assim permaneceriam atuando na pessoa de seus sucessores” (Legitima Interpretação da Bíblia. São Caetano do Sul: Santa Cruz Editora e Livraria, 2017, p. 521). 

 

Na ordem e na promessa de Cristo está implícito a sucessão apostólica. É o que se vislumbra na história da Igreja nos Atos dos Apóstolos e nos escritos dos Padres Apostólicos.

 

Mais um fracasso do Sabino Sabinada, que só sabe gargalhar sem nada comprovar!

 

 

 

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Como dissemos, seria uma façanha inexplicável São Paulo ter usurpado a dignidade de Apóstolo, enganando todos os Primeiros Apóstolos, os seus Sucessores, e os próprios inimigos do cristianismo! Sabino tem uma mente propícia para ficção científica. Em contrapartida, podemos elencar uma avalanche de provas que confirma Paulo como legítimo Apóstolo de Cristo. Na escritura, por exemplo, encontramos uma confirmação na Epístola de São Pedro.

 

O chefe dos Apóstolos revela conhecer as epístolas de São Paulo, que Sabino diz conter heresias:

 

“Crede que a longanimidade de nosso Senhor é para vossa salvação, conforme também nosso irmão caríssimo Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, como aliás faz em todas as suas cartas, em que fala disto, nas quais há alguns pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes (na fé) adulteram (como também as outras Escrituras) para sua própria perdição” (II S. Pedro III, 15-16).

 

Ora, sabendo que Cristo escolheu somente Doze Apóstolos, porque não protestou contra a usurpação Paulina? Por que não desmascarou Paulo, o falso Apóstolo?

 

Consideremos os Padres Apostólicos.

 

São Clemente Romano, contemporâneo dos Apóstolos, assim escreve à Igreja de Corinto, que Sabido diz ter sido enganada por São Paulo:

 

“Consideremos os bons APÓSTOLOS. Pedro, pela inveja injusta, suportou, não uma ou duas, mas muitas fadigas e, depois de ter prestado testemunho, foi para o lugar glorioso que lhe era devido. Por causa da inveja e da discórdia, PAULO mostrou o preço reservado à perseverança. Sete vezes carregando cadeias, exilado, apedrejado, tornando-se arauto no Oriente e Ocidente, alcançou a nobre fama de sua fé” (Primeira Carta de Clemente Romano aos Coríntios, V).

 

Testemunho do primeiro século afirmando ser Paulo um legítimo Apóstolo!

 

Não sabia Clemente Romano que tudo não passava de golpe de um Herege?

 

Prossigamos....

 

São Policarpo de Esmirna, discípulo direto de São João.

 

Na pena desse Santo Mártir, o testemunho inequívoco da dignidade Apostólica de São Paulo:

 

“Portanto, eu vos exorto a todos, para que obedeçais à palavra da justiça e sejais constantes em toda a perseverança, que vistes com os próprios olhos, não só nos bem-aventurados Inácio, Zózimo e Rufo, mas ainda em outros que são de vosso meio, no próprio Paulo e nos demais APÓSTOLOS” (Segunda Carta aos Filipenses, IX).

 

Terá São João esquecido de alertar seu discípulo São Policarpo que São Paulo não passava de um usurpador, um herege criador de heresias?

 

Prossigamos...

 

Tertuliano de Cartago, segundo século da era Cristã.

 

Esse notável apologista, que infelizmente aderiu a heresia montanista, assim escreveu em defesa de São Paulo Apóstolo:

 

“Mesmo nisto, poderia perguntar a estes senhores que rejeitam os Actos dos Apóstolo: Mostrai-me antes quem era Paulo, o que era antes de ser APÓSTOLO, como se fez APÓSTOLO desde que vos servis dele também noutros casos. É verdade que o próprio Paulo afirma que de perseguidor se tornou APÓSTOLO, mas isto não pode bastar a quem quer acreditar, depois de maduro exame, pois que nem sequer o Senhor deu testemunho de si próprio. Muito bem, admitamos, porém, que os hereges querem acreditar sem as Escrituras, para depois acreditarem contra as Escrituras; devem demonstrar-nos, porém, como do momento em que censurou Pedro, Paulo introduziu outra forma de Evangelho diferente do que pregou Pedro ou os outros Apóstolos. Pelo contrário, tendo sido mudado de perseguidor, foi apresentado aos irmãos como um deles, e foi apresentado àqueles que tinham recebido a fé dos Apóstolos. Depois, como ele próprio nos conta, foi a Jerusalém para conhecer Pedro, como por dever e direito de quem participa na mesma fé e na mesma pregação. Ora, se Paulo pregasse um Evangelho diferente do deles, os Apóstolos não se teriam admirado de que ele de perseguidor se transformasse em pregador, nem teriam louvado o Senhor pela conversão de Paulo, que fora seu adversário” (Direito de Prescrição contra os Hereges, XXIII).

 

No século II, Tertuliano responde precisamente a calúnia do Sabino contra São Paulo. O Sabinada do século XXI, acusou Paulo de ensinar heresias contrárias ao Evangelho; de pregar doutrinas que Cristo não ensinou. Mas, para derrubar essa detração mentirosa, Tertuliano argumentou que, se realmente Paulo tivesse pregado heresias, os demais Apóstolos não o teriam recebido como irmão, mas como um adversário de Cristo.

 

A lista de testemunhas em favor de São Paulo seria quase infinita. Contudo, para não cansar os leitores dessa polêmica, encerraremos com uma citação do livro do Padre Pedro Cerrutti S. J.:

 

“Os escritores do II séc., como Teófilo de Antioquia, S. justino, Hermas, e os Padres Apostólicos do I séc. e da primeira geração cristã, que foram por vários anos contemporâneos e discípulos dos Apóstolos, como S. Policarpo, Sto. Inácio e S. Clemente Romano, citam com muita frequência quase todas as epístolas paulinas, supondo-as conhecidas pelos seus leitores. Atestam que são de S. Paulo [...] Desde logo reconheceram os cristãos a grande utilidade da leitura destas epístolas. Por isso, vinham logo transcritas e transmitidas à várias Igrejas. Já S. Pedro, ao mencionar na sua II Epístola (III, 15) as cartas ‘do nosso caríssimo irmão Paulo’ e ‘todas elas’, deixa claramente entender que já então eram espalhadas, aceitas e comentadas nas várias Igrejas e adverte os fiéis que não se deixem arrastar por interpretações errôneas. A este consenso universal da Igreja primitiva vem hoje acrescentar-se o de quase todos os críticos não católicos...” (O Cristianismo Em sua Origem Histórica e Divina. Universidade Católica: Rio de Janeiro, 1963, p. 213).

 

Essa conclusão é um bofetão na cara do pigmeu Sabinada. Mostra, de maneira radiante, sua profunda ignorância ao pretender estudar a Bíblia Sagrada. Seria um milagre São Paulo ter enganado toda a Igreja de seu tempo caso fosse um usurpador da Missão Apostólica. Só na cabeça vazia de um Sabinada para caber tamanho despautério digno de um Sanatório!

 

O show de bizarrices não terminou.

 

Sabinada surpreende a cada nova gargalhada de hiena desengonçada!

 

Vamos à derradeira do Sabido:

 

“Senhores, olha o que Paulo vai escrever em Coríntios Capítulo 15. Vou pegar em três versões em português. E vamos pegar o Versículo 4, que diz assim: “Jesus (Paulo dizendo) Que foi sepultado. Jesus que ressuscitou ao terceiro dia segundo as escrituras. E que foi visto por Cefas e depois pelos 12”. Jesus, depois de ressuscitado, foi visto pelos 12 apóstolos. É Matias? Não, porque Matias é escolhido após a ascensão de Jesus e não após ressurreição de Jesus. Então Paulo está dizendo que Jesus apareceu para Judas Iscariotes. Jesus apareceu para Judas depois da Ressurreição. Por que Jesus não perdoou Judas? Todo mundo diz que Judas foi para o inferno, segundo o conceito de Paulo. Mas não, porque Jesus apareceu para Judas depois”. 

(https://www.youtube.com/watch?v=SruVwux8Z58&t=1990s).

 

Em resumo, Sabino cita o trecho da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios que fala das aparições de Nosso Senhor após sua Gloriosa ressurreição. A partir das informações dadas pelo Apóstolo, o Sabinada conclui que Cristo, uma vez ressurreto, apareceu também a Judas Iscariotes, que estava reunido com os onze Apóstolos. Dessa dedução, infere que Judas não suicidou, mas que se arrependeu da traição, embora Cristo não tenha manifestado a ele o seu perdão misericordioso.

 

Pelo menos no quesito criatividade o Sabido merece aplausos! É uma criatividade paranormal em inventar heresias que esquartejam o texto Sagrado.

Antes da solução, uma notável contradição!

Já demonstramos a colossal contração serpentina do Sabinada.  Ele rechaçou o ensino de São Paulo como herético, porque não consta no ensino de Cristo nos Evangelhos. Porém, quando o Apóstolo diz algo que aparentemente lhe convém, então o Sabido espertalhão abraça o ensino paulino como plenamente confiável, digno de louvor e adesão.

Ora, os Evangelhos Sinóticos são unânimes em narrar que Cristo apareceu aos Onze Apóstolos, indicando que Judas já havia se matado, como menciona o próprio relato Evangélico:  

“Então Judas jogou o dinheiro dentro do templo e, saindo, foi e enforcou-se” (São Mateus XXVII, 5).

Quanto à aparição de Nosso Senhor aos Apóstolos, o número é inequívoco:

São Mateus: “Os onze discípulos foram para a Galileia, para a montanha que Jesus lhes tinha designado” (XXVIII, 16).

São Marcos: “Por fim, apareceu aos Onze” (XVI, 14).

São Lucas: “Aí acharam reunidos os Onze e os que com eles estavam” (XXIV, 33).

Não há espaço para deduzir a presença de Judas na aparição, e tampouco sua improvável conversão. Ademais, se Judas de fato tivesse pedido perdão pelo seu pecado, Cristo teria perdoado, e sem dúvida Seu ato misericordioso teria sido narrado pelos Evangelistas como prova do Amor de Deus. Ora, como poderia o Cristo que ensinou a perdoar sempre (70x7) não perdoar um pecador arrependido, por mais grave que fosse sua transgressão? Como poderia o Deus que pediu perdão na Cruz por aqueles que o matavam (“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem"), não perdoar a alma do seu traidor arrependido? Tudo isso nos leva a uma só conclusão: Não houve conversão de Judas e ele não estava na aparição após a Ressurreição.

Sabino descaradamente inventa Heresias!

Isso que dá não estudar!

Mas como entender o dito de São Paulo aos Coríntios? Ele realmente discordou dos Evangelhos, afirmando uma aparição a Judas juntamente com os onze Apóstolos? 

Vamos ao texto em questão:

“Eu vos transmiti primeiramente o que eu mesmo havia recebido: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado, e ressurgiu ao terceiro dia, segundo as Escrituras; apareceu a Cefas e, em seguida, aos Doze. Depois apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, dos quais a maior parte ainda vive (e alguns já são mortos); depois apareceu a Tiago, em seguida a todos os apóstolos” (I Coríntios XV, 3-7).

O simples bom senso no impede de pensar como o Sabino.

Como pensar que São Paulo, que não foi testemunha da ressurreição; que foi eleito depois dos Doze e cujas epístolas eram conhecidas dos Apóstolos, inventou diante das testemunhas oculares (os Apóstolos) e de uma multidão de discípulos (ensinados pelos Apóstolos), que Cristo apareceu também a Judas Iscariotes? E como confiar nessa informação de São Paulo, sendo ele – na opinião blasfema de Sabino – um golpista e um herege? Onde está sua lógica, Sr. Sabinada? No foço tenebroso do maldito livre exame da Bíblia.   

São Paulo, evidentemente, não contradisse a narrativa dos Evangelhos!

Essa é uma estupidez do Sabino Sabinada!

O modo mais razoável de entender esse Doze, empregado pelo Apóstolo, é no sentido de Grupo constituído por Cristo. Por isso São João, ao se referir a Tomé, que não estava na primeira aparição do Cristo Ressuscitado, assim expressa:

“Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles, quando Jesus veio” (São João XX, 24).

Ainda que houvesse apenas nove Apóstolos, após a Ressurreição, continuariam sendo chamados de o Grupo dos Doze.

Um exemplo histórico elucida a questão.

No começo da Primeira Guerra Mundial, houve dois grupos opostos: a Tríplice Entende, composta por França, Inglaterra e Rússia, e a Tríplice Aliança, formada por Alemanha, Itália e o Império Austro-Húngaro. Ora, em 1915 a Itália deixou a Tríplice Aliança, mas nem por isso ela passou a ser chamada de Dupla Aliança. Continuou sendo a Tríplice Aliança, apesar da ausência de um dos países que havia constituído a formação original.

É nesse sentido que São Paulo se refere aos Doze, com a ideia Original de Grupo constituído por Cristo.

Conclusão simples e lógica.

Até mesmo um Sabinada poderia compreender!

Mas a heresia, como um verme faminto, está devorando até mesmo o bom senso do Sabitudo sem Sabedoria. 

Isso que dá não estudar!

Pior ainda: ler a Bíblia sem o auxílio dos Doutores da Igreja!

Uma passagem descreve de modo preciso o Sabido que acredita entender a Bíblia:

"Assim como um espinheiro está na mão de um bêbado, assim está a parábola na boca do ignorante" (Prov. XXVI, 7).

Como um espinheiro na mão de um bêbado, assim é a Bíblia na boca do Sabino ignorante!

Heresias, Blasfêmias e Contradições!

Eis os frutos do “magistério” Sabinada!

Que esse artigo de refutação desperte os devotos fiéis de um herege que se fantasia de Sabitudo, mas que na verdade não passa de um enganador, ignorante sobre as coisas de Deus

A heresia passa....

Os hereges passam...

A Verdade permanece!
 

    Para citar este texto:
"Fechando a boca do semiteólogo Fábio Sabino, o pretenso Sabitudo que Sabinada"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/veritas/cronicas/sabinada/
Online, 02/12/2024 às 06:52:44h