Artigos
Política e Sociedade
A Fé acima de tudo, não a Política
Eder Moreira
“Em muitos pontos eles estão comigo, em alguns apenas não estão comigo; mas, por causa desses alguns pontos em que eles se separam de mim, de nada lhes serve estar comigo em tudo o mais” (S. Augustinus, in Psalm. LIV, n. 19)
A frase em epígrafe, ressoava no polêmico apostolado do saudoso professor Orlando Fedeli. Católico de visível coerência, empregava em sua caridade apologética uma aguerrida conduta nada política ou diplomática. Seu discurso era peremptório: “sim, sim, não, não”. Ele não dialogava! Não bajulava lobos em pele de cordeiro! Simplesmente ensinava! Como católico! Desprovido de qualquer oportunismo ou respeito humano, descobria o lobo, onde quer que ele estivesse: seja na esquerda ou na direita dita conservadora.
Seguindo o exemplo de Cristo – que combateu, principalmente, aqueles que pareciam santos e doutores da Lei – nosso coerente professor não poupava da crítica repreensiva aqueles que, ao contrário dos comunistas, guardavam, astutamente, uma porção maior de verdades, escondendo sob uma fachada de catolicismo, uma seita Sempre Viva e sua gnosis fenomenológica. Ele não se deixava iludir com poucas verdades de católicos incoerentes. Dizia com precisão: “Quem professa uma única heresia, embora possa defender verdades, é herege completo”. E para respaldar essa conclusão, recordava as palavras do Magistério do Papa Bento XV: “Ou a professamos inteiramente [a Fé], ou não a professamos de maneira nenhuma". (Bento XV, Encíclica Ad Beatorum Apostolorum Principio).
O que mais vemos, ultimamente, é uma patrulha fissurada por comunistas. São reações e publicações quase diárias contra os filhos de Karl Marx e da Teologia da Libertação. Porém, para não perder IBOPE e uma cifra grandiosa e lucrativa de seguidores, se faz, na própria consciência, uma espécie de pacto, isto é, um compromisso de não atacar os gurus e escravos de uma “Tradição” Perennis. Brados enérgicos contra o comunismo! Silêncio completo em relação aos militantes do modernismo e do liberalismo. Um apostolado vesgo, que por razões de simpatia ou politicagem, silencia e até compactua, com publicidade ou participação, promovendo os erros e os errantes da farisaica “resistência” conservadora.
Ensina o Papa Leão XIII que um erro é tanto quanto mais perigoso, quanto menos aparente ou cercado de mais verdades:
“Não pode haver nada de mais perigoso do que aqueles hereges os quais, enquanto percorrem toda a doutrina sem erros, com uma só palavra, como uma gota de veneno, infectam a pura e simples fé divina e depois a tradição apostólica” (Auctor Tractatus de Fide Orthodoxa contra Arianos, citado pelo papa Leão XIII, carta encíclica Satis Cognitum, 19)
Enquanto o comunismo é um explícito lamaçal rodeado de moscas carniceiras, o conservadorismo ou direita política e religiosa, por fazer oposição, ao menos aparentemente, à ideologia de Karl Marx, acaba preservando algumas verdades fundamentais. Neste sentido, a reação anticomunista dos direitistas “tradicionais” serve de véu para escamotear seus graves erros doutrinários. Por isso, normalmente, o comunismo produz revolta, pela essência antinatural e pelos péssimos frutos de crimes e genocídios. Já o conservadorismo, esperto como a serpente, envolve em seu discurso verdades e mentiras, atraindo mais facilmente uma massa de ignorantes.
Já disse o professor em seu livro “Nos Labirintos de Eco”, que na história a sociedade marcha como um pêndulo, ora pendendo para a direita mística irracional, ora para a esquerda materialista. E sempre quando a esquerda surge como uma ameaça iminente, muitos são seduzidos pelo falso catolicismo da democrática direita “libertadora”. Ensinou Santo Tomás que o moderado comparado com um extremista, parece o extremo oposto. Diante de um Leonardo Boff, um marxista e herege escandaloso, Olavo de Carvalho, posando de tradicionalista e anticomunista, parece uma ovelhinha piedosa, com terço e Catecismo nas mãos. Assim, o lobo putrefato da direita-canhota é disfarçado por trás de um fictício Estandarte Tradicional ou de uma scognamiglia fantasia de Cavaleiros de São Tiago. É justamente nesse momento, quando a esquerda extremista faz o conservadorismo parecer piedoso e ortodoxo, que a reação deveria se levantar, especialmente, contra os protagonistas dessa corrente mística-perenialista.
Atacar a esquerda materialista enquanto se acaricia, ecumenicamente, os lobos e incautos do modernismo, não é verdadeiro apostolado, mas enganação, favorecendo, direta ou indiretamente, o erro antagonista! É como pretender salvar um cego do abismo à esquerda, empurrando-o para o precipício à sua direita. Seja qual for o lado, a queda será desastrosa!
Nesse cenário caótico de “apóstolos” de youtuber, bajuladores de meias verdades, é pertinente recordar o estilo admirável de apostolado do intransigente professor Orlando Fedeli. Católico de fé integra, querendo apenas a salvação dos pecadores, cortando a língua dos lobos, ao invés de promovê-los por um vil interesse político ou ideológico!
A Fé somente!
Non pas la politique
O velho cruzado não se escondia, confortavelmente, atrás de textos e vídeos genéricos. Ele polemizada. Atacava diretamente e nominalmente os inimigos de Deus. Partia para a guerra em defesa de Deus e da Igreja, sem medo de perder simpatizantes. O professor não buscava prestígio ou benefícios, tampouco almejada uma legião de seguidores, à custa de uma traiçoeira politique. A alma da Montfort é a polêmica. Legado que herdamos do coerente Professor. Tanto que, em um grupo de candidatos ao seminário, uma pessoa provocava outra para saber se tinha ligações com a Montfort, pois, quem a ela pertencia, dizia um terceiro, não aguenta uma provocação, sempre reagindo com uma pronta resposta.
Reação imediata!
Alma cruzada!
Pronta para a batalha!
O Professor não foi youtuber! Não vendeu cursos, embora pudesse fazê-lo, pois era autêntico Doutor. Tudo fez de graça, porque recebeu por Graça. Ele não queria a riqueza efêmera desse Mundo. Ele queria almas! Ele queria a conversão do pecador. Ele queria apenas morrer pela Igreja Católica! E assim morreu, como um verdadeiro filho de Maria Santíssima!
O apostolado coerente, visível na atuação do Professor, e na de algumas honrosas exceções, leigas e clericais, foi sendo paulatinamente ofuscado pelo crescente “Apostolado” da conveniência! Tornou-se cômodo, lucrativo, com prestígio garantido, posar de Defensor da Fé, sem nada falar sobre os dois maiores prejuízos para a Fé: A Missa Nova e O Vaticano II. Pior que isso: passou-se a apoiar de algum modo, ativa ou passivamente, os defensores desses dois desastres que, segundo o então Cardeal Ratzinger – finado Papa Bento XVI – romperam visivelmente com a Tradição! Em nome da propaganda – que é a alma do negócio – até a moral é desprezada como se fosse irrelevante. Nesse sentido, pouco importam as imagens imorais. Desde que o conteúdo aumente a popularidade. Pouco importa se o oponente é um imoral escandaloso. O que vale é a chance imperdível de se tornar um célebre youtuber da Fé. Não se avalia, previamente, se um ataque, debate ou propaganda, produzirá benefícios ou malefícios. É o apostolado visto mais como um negócio de internet do que um instrumento pela salvação e pela glória de Deus.
Quanto a isso, também nos ensinava o saudoso professor. Contou-nos, em uma palestra, que um de seus alunos havia encontrado uma referência espetacular contra o aborto. Porém, quando foi examinar o site do autor, encontrou muita imoralidade. Logo concluiu que não valia a pena citar uma fonte verdadeira, mas que levaria muitos para a sujeira, contra o sexto mandamento.
Eis a coerência do professor!
Ela não era youtuber!
Não queria publicidade!
Nem as glórias das Redes Sociais!
Queria almas!
Para Deus!
Não queria aplausos ou congratulações.
Queria batalhas!
Coerentes...
Sem omissões...
Queria ser odiado, pelos inimigos de Deus!
Pela raça da serpente!
Da direita e da esquerda!
Servia a Deus gratuitamente, sem nada almejar, senão o triunfo da Igreja.
Um professor que ensinava! Não tinha dinheiro,
Mas ensinava...
Era Doutor, mas não vendeu cursos na Internet. Não buscou as curtidas do Instagram, tampouco a vanglória dos Youtubers. Ele simplesmente ensinou. Deu de graça o que recebeu por Graça. Por caridade. Sem esperar qualquer benefício senão a misericórdia de Deus.
Tantas foram as lutas do incansável Professor. Batalhas sem trégua. Duelos de cintilante misericórdia, sem nunca buscar conciliações com o erro. Querendo a Cruz e desprezando a fama que passa, encontrou a solidão do Calvário. No final de sua vida o professor se sentia sozinho, como ele mesmo declarou para um aluno: “Eu me sinto muito só”, mas em momento algum ele sequer cogitou mudar seu modo coerente de agir, almejando ter aplausos ou companhias.
Sozinho, mas com a Verdade.
Na solidão, mas com Jesus Cristo.
Sem fama!
Mas com a glória da Cruz!
Hoje, na salada da internet, encontramos em cada esquina um teólogo autodidata! Em cada beco, um arauto da verdade. Nunca se viu tantas espécies de defensores da verdade. Sem muito esforço constatamos a infernal amálgama: católicos-liberais, católicos-perenialistas, católicos-astrólogos, católicos-sedevacantistas, católicos-modernistas, católicos-carismáticos, católicos-roqueiros, católicos que vão a Missa – tradicional – e sem remorso se exibem em lugares impróprios para católicos, com direito a foto sorridente! Católicos que rezam o Confiteor, mas que no dia seguinte vão ter aulas astrológicas com a descendência de um falecido gnóstico. Católicos que rezam o terço de Nossa Senhora, mas na internet defendem a imoralidade dos palavrões, contra a Moral da Igreja. Católicos que se dizem cooperadores de Cristo e fazem apologética ao som de um rock revolucionário. São os neoapologetas ou produtores de conteúdo no estilo youtuber. É a nova pedagogia fast food. Publicações curtas, ligeiras, diárias, para não desanimar a plateia entusiasmada! Agradar a clientela com meias verdades! Assim evita-se o risco de prejuízo ou impopularidade. De colocar a perder os valorosos apoiadores virtuais. De perder boa parte de uma plateia liberal, adoradora de gurus e profetas!
É o vale-tudo na caça pelo sucesso!
E nesse itinerário político-liberal, quem sabe na esperança de obter um cargo político, há quem se proclame – diante das câmeras e sem titubear – católico direitista, aceitando vergonhosa e contraditoriamente essa nomenclatura que designa os conservadores, modernistas e liberais. Para agradar os maus, vale até mesmo renunciar os eternos princípios e a própria Verdade Histórica, que se julga defender, paradoxalmente! Uma verdadeira Escola da vergonha histórica. Uma traição ao legado do professor. Mais que isso: um escarro na Moral e na verdadeira Caridade de Nosso Senhor.
Apostolado do cinismo! Anfibológico oportunismo! Capitulação diante do inimigo.
Palco da encenação!
Lamentável dissimulação!
Iscariotica Traição!
Dizer-se direitista? Negar a Verdade pelo lucro ou por infame ambição? Que triste verdade histórica!
Uma escola da contradição!
Um elenco de Covardes!
Bem diferente agia o Professor!
Coerente com o Magistério de Sempre:
"Recuar diante do inimigo, ou calar-se, quando de toda a parte se ergue tanto alarido contra a verdade, é de homem covarde ou de quem vacila no fundamento de sua crença (...) porque nada tanto afoita a audácia dos maus, como a pusilanimidade dos bons” (Carta encíclica Sapientiae Christianae do Papa Leão XIII).
Ele não era adepto da escola “língua-dupla” dos conservadores.
Ele não era direitista! Tampouco comunista!
Ainda que convidado, não silenciava diante dos erros contra a Verdade!
Era católico!
Onde quer que estivesse!
Ele não colocava o respeito humano acima da Salvação.
Jamais se disse direitista para agradar o telespectador!
Sempre católico!
Coerente até a morte!
Um apostolado Autêntico!
Uma verdadeira Escola da Verdade!
Certa vez ele foi convidado.
Aceitou ser entrevistado!
Na Tv Canção Nova.
Em defesa da Lei de Deus.
O previsto aconteceu...
Um louvor carismático.
Diante dos olhos do Professor.
Com histeria e enrolação de língua!
No velho estilo protestante pentecostal.
Conformou-se com a situação?
Fez uma política dissimulação?
Não!
Vejamos em sua própria descrição:
“Evidentemente, não poderia eu participar daquela encenação. Que fazer? Preparei-me para criticar tal exibicionismo afetado e pretensiosamente místico. Ia ser um reboliço diante das câmeras. Mas a verdade deveria ser dita. Comecei a rezar imediatamente um terço, pedindo a Nossa Senhora que me ajudasse a agir prudentemente, mas sem contradição. Ou que fizesse acontecer algo, de última hora, que me poupasse a participação naquela pantomima pseudomística. Quase no momento em que deveria ser chamado para participar do programa, -- e eu estava decidido a atacar o que estava sendo feito, o que não seria nada diplomático, mas que a justiça exigia, pois a verdade está acima da diplomacia e da etiqueta -- quando, na quarta dezena do terço, inopinadamente, fui chamado para conversar com dirigentes da Canção Nova. Uma funcionária me informou que, por um imprevisto, o programa da tarde, com o Professor Felipe de Aquino, infelizmente não seria realizado”
Católico de Fé!
Bons exemplos!
De coerência e fidelidade!
De Verdade sem bajulação!
De Caridade sem capitulação!
De Impecável submissão!
Ao Evangelho de Nosso Senhor.
Que também não respeitava!
Que não dialogava!
Que não bajulava!
Que mesmo convidado, ofendeu o Doutor da Lei:
“Malditos vós também...”
Em sua própria Casa.
Sem diplomacia!
Sem democracia!
Sem afagos politiqueiros!
Caridade sem Medo!
Verdade proclamada!
Diante do inimigo!
Bem diferente dos neoconservadores!
Youtubers da falsidade histórica!
Que vestem a farda dos traidores!
Da direita farisaica!
Em rede pública!
Omissões que, segundo o nosso estimado professor, preparam as grandes traições e os silêncios cúmplices.
Mas, pior que a traição de alguém que se diz católico-direitista, é o silêncio dos que assistem calados, e ainda vivem como amigos de apostolado.
Um estranho legado...
Quanta confusão! Quantos traidores! Quantos conciliadores, no molde irenista do ecumênico Vaticano II!
Só a Igreja Tem Razão!
Só ela dá a Verdade e a Salvação.
Só a franqueza da Caridade produz verdadeira Conversão!
Sem omissões ou bajulações!
Que Nossa Senhora suscite bons Apóstolos!
Católicos, e não youtubers!
Guerreiros em prol das conversões e não bajuladores de espectadores.
Que não tenhamos medo de perder seguidores, proclamando bem alto a Verdadeira Fé, sem recortes ou silêncio interesseiro!
Que Deus nos faça preferir o ódio ao invés da curtição!
A polêmica ao invés de parcerias políticas traidoras da Fé.
Que adianta fulminar o lobo comunista e apertar a mão do lobo modernista? Que adianta um apostolado severamente anticomunista, mas que não vê problema em apoiar a divulgação de imoralidade e doutrinas heréticas de uma pretensa direita tradicional? A política do silêncio covarde e da bajulação gananciosa não existia no Apostolado do Professor. Razão pela qual ele não hesitou em romper, no momento oportuno, com a Fraternidade São Pio X, quando soube de seus Tribunais cismáticos de terceira instância, que usurpam o poder exclusivo do Papa. Sem medo de perder amizades, e aumentar a fileira dos inimigos, o Professor decidiu, por amor ao Vigário de Cristo, opor-se claramente, àqueles que eram, na época, apontados como a esperança da tradição, afirmando com a linguagem franca da Caridade, a seguinte conclusão em seu trabalho sobre esses tribunais:
“Tendo em vista tudo isso, nós membros da Associação Cultural Montfort declaramos que queremos manter-nos na Igreja Católica Apostólica Romana de sempre, submissos à autoridade do Sumo Pontífice, o papa João Paulo II. E por isso nos declaramos totalmente separados do movimento tradicionalista da Fraternidade São Pio X fundada por Monsenhor Lefebvre, assim como da Fraternidade Sacerdotal São João Maria Vianney dos padres tradicionalistas de Campos”.
Que o apostolado do professor - legado de coerência – seja um raio de luz nesse tempo obscuro de youtubers, comprometidos mais com o número ou com conquista de admiradores do que com a salvação da alma. Que a verdade íntegra seja preferida, se necessário à custa do abandono e da traição, do descredito ou da desolação.
Cristo morreu Só!
Pela Verdade!
Ele é a Verdade!
Mais vale sozinho com Cristo pregado na Cruz, do que aliado com uma multidão que, exalando um falso perfume de catolicismo, esconde uma seita Sempre Viva e um culto a uma estranha Tradição transcendental...
La foi, non pas la politique...
Quanta saudade desse coerente Apostolado...
Batalhas de um velho e destemido Professor.
Saudade das polêmicas inebriantes
Da coragem radiante
Da coerência impopular
Da franqueza no ensinar
Bons tempos de Apostolado
De verdadeiros soldados
Não de Youtubers
De oportunistas ou publicitários.
Mas de Católicos, de Fato!
Assim a montfort permanece, não com o mesmo brilho ou competência do seu fundador, mas sempre coerente, para tanto quanto possível, refletir a verdade de sempre, sem recortes ou omissões, traições ou bajulações, mantendo vivo, na história e nas almas, o frutuoso e inesquecível legado do Professor.
Pela Igreja!
Pelo Papa!
Pela Missa de Sempre!
Cantaremos a mesma Canção
Sem inovação...
Melodia de um velho Ancião
Tempos ensolarados...
Hino de um valente Cruzado
Contra os mercenários
Católicos dissimulados...
Uma Canção...
Um Hino
Uma Inspiração
Um legado.
Que ressoa em nossos Corações...
Que vibra na cítara da Alma
Um brado...
Um clamor
Pela conversão
Dos traidores...
Dos covardes
Dos YouTubers
Caçadores de tesouros
Amantes de curtidas
Escravos de plateia
Políticos bajuladores...
Traidores...
Contra o legado...
De uma sincera Canção
De um apostolado sem Concessão
De um professor sem presunção
Legado dos Cruzados
Que não negociavam...
Que rejeitaram o apoio dos inimigos!
Na Terra Santa!
Os turcos propuseram aliança...
O exército da Cruz recusou!
Com coragem retrucou:
“A bandeira da Cruz de Cristo nunca estará ao lado da bandeira da meia Lua”
Nobre valentia!
Heróis da Fé!
Montfort de Pé!
Assim prosseguimos...
Humilde galera....
Pequena Caravela...
Sempre a cantar....
A música da humildade...
A melodia da coragem...
Montfort sempre a Cantar
Com coragem!
A mesma canção...
Versos de um nobre Ancião:
Senhor, por misericórdia,
não permitas –
- Ah! Não! jamais!-
que eu faça
um ato mau
por covardia.
Que eu tenha a audácia
de proclamar
com voz clara
a verdade.
Por mais sozinho
que eu esteja,
que eu tenha a graça
de testemunhar
a verdadeira Fé
sem hesitar
Dai-me,
se for preciso desagradar
um poderoso senhor,
para fazê-lo bem,
dai-me
uma linguagem franca
para maldizê-lo,
sem falso respeito.
Que eu prefira
mais que o prazer
um coração sincero.
Antes sofrer
uma vida amarga
do que mentir.
Antes a morte
do que ser covarde,
porque mais do que o ouro
vale a bravura.
Mais do que o dinheiro,
a verdade.
Mais do que a vida,
a honra de Deus.
Mais do que a fama,
ser odiado
pelos maus.
Ser sem nome.
Ser um grito
de amor vermelho
Derramar seu sangue
em pleno sol.
Permanecer na fileira
ainda que sozinho.
Entrar na liça
quando se luta
pela justiça.
Rir do número,
odiar o vício
e a penumbra.
Falar bem claro
contra o erro.
Que venham os inimigos!
Da esquerda ou da direita,
Progressistas ou conservadores.
Todos traidores!
Não cederemos!
Não recuaremos!
Por Deus morreremos!
Na coerência!
Pela Fé
Não pela política!
Jamais!
Viens avec Montfort!
In Corde Maria Regina
Eder Moreira da Silva
Aluno do falecido professor Orlando Fedeli e amigo da Montfort.
Eterna Gratidão!
Para citar este texto:
"A Fé acima de tudo, não a Política"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/veritas/politica/a-fe-acima-de-tudo/
Online, 21/12/2024 às 13:57:36h