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O Papa
Em defesa da fé e da autoridade do Papa
Orlando Fedeli
MARCELO BARROS
QUE AINDA SE DIZ MONGE CATÓLICO
Eucaristia: comunhão ou ato de exclusão?
Perguntas de um monge ao papa
Caro irmão João Paulo II,
A sua carta sobre a eucaristia está provocando questionamentos em mim e em muitos cristãos. Por isso, tomo a liberdade de comentar como a compreendi e lhe faço algumas perguntas. Em primeiro lugar, quero agradecer e valorizar o seu testemunho de fé e de amor ao ministério. É bom saber como senhor interpreta a fé e a missão da Igreja. É baseado neste mesmo amor que tentarei resumir alguns pontos sobre os quais gostaria de conversar com o senhor:
1. A Igreja vive da Eucaristia ou do amor solidário ao povo?
'A Eucaristia é o próprio núcleo do mistério da Igreja' (n. 1). Isso é verdade no plano dos sinais. Os sacramentos são sinais eficazes que contêm aquilo que eles sinalizam, mas não deixam de ser sinais. Será que esta carta não confunde o sinal com a realidade? Dizer que a eucaristia é o núcleo do mistério da Igreja não é como afirmar que o eixo do amor entre duas pessoas é o carinho corporal? O núcleo do mistério da Igreja é a eucaristia ou é a solidariedade, tradução do termo grego ágape? Não é mais correto dizer que a Igreja vive do amor solidário, serviço e testemunho ao Reino de Deus e isso se expressa como sinal na eucaristia e nos outros sacramentos? A carta dedica um número (o 20) à relação entre a eucaristia e 'a responsabilidade pela terra presente'. Diz que, no 4º Evangelho, o relato do lava-pés 'ilustra o profundo significado do sacramento'. Lembra que Paulo chama de 'indigna' a comunhão de uma comunidade que participe da Ceia em contexto de discórdia e de indiferença pelos pobres (Cf. 1 Cor 11). Entretanto, só toca nesta relação entre eucaristia e justiça no final do capítulo 1, como se fosse conseqüência da eucaristia e não o seu pressuposto fundamental. O que isso denota como visão de Igreja e da fé?
2. A Missa, sacrifício a que Deus?
Na carta, o senhor cita várias vezes o Concílio Vaticano II e alguns documentos do magistério romano recente, mas a doutrina ali expressa sobre a eucaristia é a do Concílio de Trento no século XVI, que o senhor julga ser atual e propõe como referência dogmática para a Igreja toda (n. 9). Como o senhor está ao par de todo o trabalho teológico que, nos últimos séculos, tem sido elaborado sobre a eucaristia, deduzo que o senhor, simplesmente, não acha importante esta evolução. Ao contrário, até na linguagem, recua em relação ao Vaticano II. Fala do 'santo sacrifício da Missa' e não da Ceia do Senhor, como chama os ministros de sacerdotes e não de presbíteros. A teologia é clara: 'A missão torna presente o sacrifício da cruz. Não o repete, nem o multiplica. O que se repete é a celebração memorial' (n 12). Se é assim, será que, hoje, a linguagem sacrificial ainda é a mais adequada para expressar a verdade do memorial? Não está presa a uma cultura, presente no Novo Testamento, ligada ao judaísmo da época e a outras religiões? Como, hoje, falar de Deus Amor se trata de um Pai que precisa que o Filho morra para reconciliar-se com a humanidade? Será que a fé não é mais ampla do que a explicação da fé em conceitos teológicos, sempre ligados a uma cultura determinada? Por que impor a todos uma interpretação da fé como se fosse a própria fé, principalmente quando esta forma de falar da eucaristia já não diz nada a muitos católicos e nos divide dos irmãos de outras Igrejas que, no passado, já foram por isso condenados? Não seria mais de acordo com a fé na eucaristia, seguir o conselho do papa João XXIII e afirmar a fé de um modo que una os irmãos e não nos divida?
3. Celebração eucarística dominical e celibato
O senhor insiste em que a eucaristia é essencial e depende do sacerdote ordenado que a celebra. Repete que as comunidades não podem celebrá-la sem o padre e que os cultos dominicais sem padre não substituem a eucaristia. No Brasil, são milhares de comunidades católicas que, cada domingo, não têm padre e fazem o culto da Palavra. O senhor sabe por que todas estas comunidades não têm padre e por que algumas só recebem visita de um padre duas vezes por ano. É por que o senhor não aceita abrir mão do celibato obrigatório e ordenar como presbíteros homens casados, dignos e preparados para o ministério. E não reconhece a validade do ministério
de padres que casaram e, com alegria, aceitariam exercer o ministério. Sem falar que, na América Latina, a Igreja Católica é a única das Igrejas ocidentais históricas que não aceita ordenar mulheres. O que para o senhor é mais importante: a eucaristia dominical, como o senhor ensina na encíclica, ou manter como lei obrigatória o costume latino do celibato obrigatório?
4. Ceia de inclusão e de amor
O senhor liga a eucaristia à pessoa de Jesus para afirmar o seu 'sacrifício' mas não faz referência à sua vida concreta. Não lembra como ele comeu com pecadores e com gente de má vida. Ele fez de suas refeições, sinais de inclusão e de profecia do Reino de Deus que acolhe a todos, especialmente os mais deserdados e excluídos. Por causa da noção de sacerdócio que a nossa Igreja desenvolveu, o senhor repete o que já aparecia na declaração Dominus Jesus e distingue os cristãos uns dos outros. Só reconhece como 'Igrejas' as ortodoxas e chama as Igrejas evangélicas de 'comunidades eclesiais'. E proíbe que católicos comunguem em celebrações eucarísticas destas igrejas 'para não dar aval a ambigüidades sobre algumas verdades da fé' (n. 44). O que esta noção de Igreja tem a ver com a eclesiologia do Concilio Vaticano II? Como continuar o caminho ecumênico com mais este recuo? Por que desconhecer e claramente desprezar os acordos ecumênicos já feitos entre algumas Igrejas? O Documento de Lima sobre batismo, eucaristia e ministério (1983) é ignorado. O acordo com a Igreja Luterana sobre a justificação é praticamente passado para trás. Por que? O que é mais importante a clareza intelectual ou a caridade e o testemunho do amor? Será que 'a clareza sobre algumas verdades da fé' é mais importante do que a acolhida mútua e a unidade real vivida por cristãos que pensam diferente mas celebram com grande respeito e carinho o memorial do Senhor, neste contexto de um mundo dividido e no qual as religiões representam forças de oposição e não de unidade?
5. Pergunta final
Formado na teologia e espiritualidade do Concílio Vaticano II, reconheço o senhor como bispo de Roma e primaz da unidade entre as Igrejas mas não como um super-bispo ou definidor da fé das pessoas. Aceito o primado do papa como ministério querido por Deus, mas isso não inclui a nomeação dos bispos, nem a definição de um direito universal, ou um catecismo de doutrinas que todos os católicos do mundo devam crer. Por que impor a todas as Igrejas um modelo único de ministérios e uma única liturgia: a romana? Não estaria mais de acordo com a verdade da eucaristia promover a vida e a liberdade de todos? Seria o testemunho: cremos que, assim como as muitas espigas formam um só pão, Deus faz da diversidade das Igrejas e da variedade das celebrações, a unidade de uma só comunhão. Deixo ao senhor e aos irmãos que lerem estas linhas estas perguntas e fico orando por nossa Igreja para que seja como afirmaram, um dia, os bispos da América Latina: 'uma Igreja autenticamente pobre, missionária e pascal, desligada de todo o poder temporal e corajosamente comprometida na libertação de todo o ser humano e de toda a humanidade' (Medellin. 5, 15a).
O irmão Marcelo Barros
RESPOSTA AO HEREGE PROTESTANTE E MODERNISTA
MARCELO BARROS
QUE AINDA SE DIZ MONGE CATÓLICO
I – Introdução
Como era de se esperar, começam a eclodir, aqui e acolá, manifestações de revolta contra o Papa João Paulo II, motivadas pela sua última encíclica Ecclesia de Eucharistia, porque nela o Papa defendeu e reafirmou a doutrina de sempre, sobre a Missa e sobre a presença real de Cristo na hóstia consagrada.
Se a encíclica causou revolta, que não farão os hereges modernistas incrustados na Igreja, quando forem publicados os decretos anunciados pelo Papa, e que os obrigarão a obedecer às determinações conseqüentes da doutrina tridentina, e que os impedirão de prosseguir demolindo a Igreja?
Lamentavelmente é muito provável que venha a ocorrer um cisma, que separará o joio do trigo, um cisma tão grande quanto é difundida a heresia modernista, hoje, no clero. O câncer modernista é imenso, e escandaloso.
Uma manifestação clara desse câncer modernista pode ser constatada na herética, cismática, escandalosa declaração de revolta de um senhor chamado Marcelo Barros, que se diz 'monge' católico e freqüentador de candomblé, além de prior de um mosteiro em Goiás Velho. (Confira documento acima publicado na íntegra, assim como as entrevistas desse senhor). Com esse documento, acima reproduzido, Marcelo Barros, concretamente, se faz o porta voz tupiniquim da seita modernista, internacionalmente difundida, hoje, no seio da Santa Igreja
Doutrinariamente, Marcelo Barros é um modernista escandaloso, que afirma Cristo ser apenas homem. Diz-se formado na escola ecumenista protestante de Taizé, nos meios marxistas da Teologia da Libertação, apresentando como seus mestres Dom Helder e Dom Casaldáliga. Tendo atuado na Pastoral da Terra, ele se declara, ainda, colaborador do MST.
Objetiva e canonicamente, ele é um cismático e revoltado declarado, pois não aceita a autoridade suprema do Papa. Pretende-se escritor, e ele mesmo diz que um livro seu foi recusado, numa livraria católica, acusado de ter linguagem pornográfica.
Afirmando-se fiel seguidor da doutrina do Pastoral Concílio Vaticano II, ele acusa o Papa João Paulo II de trair essa doutrina, quando o Papa proclama a validade -- mesmo hoje -- do Concílio de Trento.
O atrevimento e desrespeito do 'monge'(???) Marcelo Barros para com a pessoa e a autoridade do Papa João Paulo II são revoltantes.
Desde o início de sua escandalosa carta aberta ao Papa até o fim dela, ele usa uma linguagem igualitária, que manifesta completo repúdio à autoridade do Supremo Pontífice.
Ninguém se dirige à autoridade suprema da Igreja do modo que ele faz, -- ou a qualquer superior, mesmo civil -- revelando até mesmo pouca educação.
Aliás, uma tal revolta anti papal não é de surpreender em quem afirma que, em Cristo, não havia divisão, pois havia apenas natureza humana, o que é uma flagrante heresia..
É com horror que escrevemos este comentário, e só o fazemos por amor à Fé, ao Papa, e à Eucaristia. Porque se não estivessem envolvidos esses fundamentos da Igreja Católica, jamais trataríamos dos escritos de um autor de tão baixo quilate.
Iniciaremos nossa análise da escandalosa carta aberta de Marcelo Barros ao Papa João Paulo II, focalizando sua revolta contra a autoridade do Sumo Pontífice, para, depois, criticar a doutrina herética, por ele exposta, sobre a Eucaristia e a Igreja.
II – Revolta de Marcelo Barros contra o Papa
O 'monge' Marcelo Barros -- além de freqüentador do candomblé -- é protestante e cismático.
Desde a saudação inicial de sua carta aberta a João Paulo II, Marcelo Barros manifesta sua revolta igualitária e anti papal, ao chamar o Papa somente de 'irmão':
'Eucaristia: comunhão ou ato de exclusão?
Perguntas de um monge ao papaCaro irmão João Paulo II,'
Com essas palavras, Marcelo Barros se coloca atrevidamente no mesmo nível que o Papa, como se não lhe fosse subordinado.
Contraditoriamente, ao mesmo tempo em que afirma condenar toda exclusão, Marcelo Barros se recusa a dar ao Papa o seu título próprio, excluindo assim a sua paternidade, pois que o chama só de 'irmão'.
Todo católico tem o Papa por Pai espiritual. Tratar o Papa simplesmente como -- e apenas como -- 'irmão' significa excluir-se da subordinação à sua paternidade, e da subordinação ao Pastor comum de todos os fiéis católicos. Significa colocar-se à margem da família Católica. Em última análise, em excluir-se da Igreja, como cismático.
O Papa é o Pai de nossa fé. É isso que o nome Papa significa.
Marcelo Barros se recusa a reconhecer-se filho espiritual e obediente do Supremo Pontífice, o Papa de Roma, o 'doce Cristo na terra' , como dizia Santa Catarina de Siena.
Preferindo imitar e seguir Lutero, Marcelo Barros se recusa a ver o Papa como Supremo Pastor da Igreja, recusando reconhecer, em João Paulo II, aquele Pedro a quem Cristo ordenou 'Apascenta as minhas ovelhas'( Jo., XXI, 16).
Eis o que ousa escrever e publicar esse 'monge'-- (beneditino de candomblé)--revoltado desde a sua pequena Wittenberg, dizendo-se firmado na doutrina do Vaticano II:
' Formado na teologia e espiritualidade do Concílio Vaticano II, reconheço o senhor como bispo de Roma e primaz da unidade entre as Igrejas mas não como um super-bispo ou definidor da fé das pessoas'.
Note-se que, afrontosamente, o autor recusa-se a dar ao Papa o tratamento de praxe de 'Santidade', e o chama simplesmente 'senhor'
Ele insulta ao Papa ,declarando que não o reconhece como 'Super Bispo', chefe da Igreja universal.
Se ele recusa a autoridade do Papa João Paulo II como Supremo Pastor da Igreja Católica, com a plenitude de jurisdição sobre todos e sobre cada um dos católicos, por que seríamos obrigados nós a acatar a autoridade de Marcelo Barros, pretensioso 'monge' revoltado, prior de um mosteiro misto ?
Por que se deveria aceitar a autoridade religiosa de quem quer que fosse, que nega a autoridade de João Paulo II, como Papa, Vigário de Cristo na terra ?
Se não se deve aceitar ao Papa como 'definidor da fé das pessoas', se cai no livre exame protestante. Cai-se no subjetivismo mais radical, na anarquia doutrinária.
Por que aceitar o que diz o monge Marcelo Barros, de modo tão insolente com relação ao Papa, se ele recusa a autoridade instituída pelo próprio Jesus Cristo ?
Quem fez de Marcelo Barros o julgador do Papa ?
Por recusar a autoridade do Papa, Marcelo Barros se atreve a criticar e a recusar a Declaração Dominus Jesus, aprovada pelo Papa João Paulo II.
Marcelo Barros recusa a autoridade do Papa não só como Doutor universal da Fé, mas também como Supremo governante da Igreja ao escrever:
'Aceito o primado do papa como ministério querido por Deus, mas isso não inclui a nomeação dos bispos, nem a definição de um direito universal, ou um catecismo de doutrinas que todos os católicos do mundo devam crer'.
Marcelo Barros recusa a autoridade do Papa, enquanto Supremo governante da Igreja, ao dizer que não aceita o direito do Papa de nomear Bispos, e seu poder de definir o Direito universal.
Desse modo, ele propugna por uma Igreja democratizada, e não monárquica, o que vai contra a constituição divina da Igreja, e, portanto, vai contra a Fé, pois Cristo instituiu a um só homem como governante da Igreja: Pedro, a quem Cristo deu as chaves do Reino dos Céus ( Mt XVI 16-20)..
Ele recusa o Papa, enquanto Supremo pastor e mestre instituído pelo Próprio Jesus Cristo, ao escrever que o Papa não tem poder de definir o que ' todos os católicos do mundo devam crer'.
Diante de tudo isso, por recusar o Papa como Supremo mestre e supremo governante da Igreja, só se pode concluir que:
O 'monge' Marcelo Barros é protestante e cismático.
III -- O 'monge' Marcelo Barros é um herege modernista.
O desrespeitoso documento de Marcelo Barros ao Papa João Paulo II, protestando contra a encíclica Ecclesia de Eucharistia, está encharcado de doutrina Modernista e subjetivista.
Quase não há frase doutrinária nesse escandaloso e revoltante documento de Marcelo Barros que não expresse a doutrina herética do Modernismo.
Cabe então perguntar: em que seminário esse herege atrevido aprendeu a heresia? Quais foram os seus 'mestres de fábulas' modernistas ?
Está ele sozinho nessa tomada de posição herética e cismática ?
Ou ele é, realmente, apenas o porta voz de um grupo sectário modernista que se esconde atrás de seus atrevimentos ?...
Em Campinas, está sendo dado um curso de palestras sobre o Vaticano II, de mesmo teor herético e cismático, na paróquia do Divino Redentor. (Trataremos disso em breve. Não se há de esperar muito. As palestras ainda estão em curso...).
Em Berlim está se realizando um encontro ecumênico, em que está presente o Cardeal Kasper --aquele que coloca em dúvida até a ressurreição de Cristo -- e no qual se pediu que se faça uma 'rebelião contra o Papa', por causa da encíclica Ecclesia de Eucharistia.
Estar-se-ia preparando o povo católico para aderir a uma cisma gigantesco, quando o Papa publicar os decretos decorrentes da encíclica Ecclesia de Eucharistia ?
Porque um herege nunca está desacompanhado de cúmplices.
Vejamos, agora, as teses modernistas expressas por Marcelo Barros em seu documento escandaloso, herético, cismático, insolente e atrevido.
1a Tese Modernista: Jesus Cristo não tinha consciência de que era Deus e o Messias.
Numa entrevista, dada há dois anos já, Marcelo Barros se atreveu a defender a principal tese do modernista Loisy (nota 1):
'Jesus foi totalmente humano e nunca experimentou divisão, como se parte dele fosse humana e parte não fosse. Passou fome e sede, sentiu-se cansado, em algum momento de má-digestão teve mau hálito e passou por um período de crise e desânimo, como qualquer pessoa. A partir do batismo, começou a tomar consciência da missão que o Pai lhe confiava, de ser servidor do povo. Esta missão o levou à morte'.(Marcelo Barros, reportagem in O Estado de São Paulo, 1 de Abril de 2.001).
Note-se que, logo no início desse parágrafo citado, M Barros nega a divindade de Cristo, ao afirmar que ' Jesus foi totalmente humano e nunca experimentou divisão, como se parte dele fosse humana e parte não fosse'.
Marcelo Barros nega que Cristo era Deus e homem, ao mesmo tempo, na única Pessoa do Filho, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Marcelo Barros renova a heresia ariana, ao negar a Divindade de Cristo, ao negar a união hipostática.
E como não protestar contra as frases blasfemas, sacrílegas e prosaicas, expressas por Marcelo Barros sobre a Santíssima Humanidade de Cristo, que insinuam a heresia de que Cristo teria herdado o pecado original e suas conseqüências ?
Sublinhamos ainda, nesse parágrafo acima citado, a frase em que M. Barros repete a tese de Loisy: Cristo não tinha consciência de sua missão. Cristo não sabia que era o Filho de Deus encarnado.
E repare-se que ele afirma, nesse mesmo trecho da entrevista a O Estado de São Paulo, que a missão atribuída por Deus Pai a Jesus não era a de redimir a humanidade, mas a de ' ser servidor do povo'..
'Servidor do povo' não é Redentor. Nisto, ele se revela modernista.
Marcelo Barros reduz Cristo ao nível de líder popular. Nisto, ele se revela, como qualquer adepto da Teologia da Libertação, um naturalista de tendência revolucionária, típica da marxistóide Teologia da Libertação.
Marcelo Barros é herege ariano e modernista. Ele não é católico.
Como, até hoje, não se tomaram medidas para extirpar esse herege da Igreja Católica?
2a Tese Modernista: a Fé evolui
Para a heresia modernista a Fé era um sentimento, e não a adesão intelectual a um conjunto de verdades nas quais se deveria crer. Esse sentimento, interior a cada indivíduo, seria uma manifestação da divindade imanente em cada ser humano: Deus falaria dentro do coração de cada homem, revelando-se particularmente a cada um.
Entretanto, essa revelação interior, seria inefável, isto é, seria impossível traduzi-la em palavras. Daí, todos os credos e todos os dogmas seriam insuficientes, e, portanto, seria absurdo impô-los a todos, ou condenar qualquer crença. Todas as religiões seriam verdadeiras, mas nenhuma teria a verdade completa sobre Deus. O progresso da revelação e da teologia iriam aperfeiçoando a revelação, o que faria a religião evoluir continuamente.
Conseqüências disto seriam o subjetivismo -- cada sujeito teria a sua verdade -- e o ecumenismo, pois se deveriam aceitar todas as posições religiosas. Nenhuma religião seria errada. Nenhuma seria integralmente verdadeira . Inclusive a Igreja Católica não poderia se declarar a única Igreja de Cristo, possuidora de toda a verdade.
Dessa doutrina decorreria ainda o primado do amor sobre a Fé, assim como a separação da verdade da caridade. O que importaria, seria fazer o bem ao homem -- e apenas bem material -- e não a doutrina da Fé.
Esta síntese, muito sumária, da doutrina modernista pode ser encontrada, perfeitamente exposta, na encíclica Pascendi de São Pio X, que a condenou.
Essa mesma doutrina herética do Modernismo é que informa todo o pensamento de Marcelo Barros, escandalosamente expressa no documento em foco, quando ele recusa que a doutrina da Igreja, expressa em Concílios infalíveis, como o de Trento, permaneça para sempre.
Assim, para o 'monge' -- (beneditino de candomblé) -- Marcelo Barros, a doutrina da encíclica Ecclesia de Eucharistia é a de Trento, e, por ser a de Trento e não a do Vaticano II, ele a repele como superada pelo Vaticano II. Do que se infere que, para ele, o Vaticano II ensinou doutrina diversa que a do Concílio de Trento.
'Trento já era, agora só vale o Concílio Vaticano II', diria ele, como repetem isso, como papagaios, e muito grosseiramente, certos sacerdotes bem pouco instruídos...
Marcelo Barros diz coisa semelhante:
'Na carta, [Ecclesia de Eucharistia] o senhor [??? Isso é tratamento que se dê ao Papa ? ] cita várias vezes o Concílio Vaticano II e alguns documentos do magistério romano recente, mas a doutrina ali expressa sobre a eucaristia é a do Concílio de Trento no século XVI, que o senhor julga ser atual e propõe como referência dogmática para a Igreja toda (n. 9)'.
É evidente que Marcelo Barros considera que a doutrina do Concílio de Trento sobre a Eucaristia está superada, por ser do século XVI.
Essa doutrina não é apenas a de Trento e do século XVI. É a doutrina de sempre da Igreja Católica. É a doutrina expressa pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo ao instituir a Eucaristia, na Santa Ceia, quando celebrou a Eucaristia como antecipação de seu sacrifício no Calvário.
E que ele, como os modernistas, defende a evolução dos dogmas e da doutrina esta expresso, logo a seguir, pelas suas seguintes palavras:
'Como o senhor está ao par de todo o trabalho teológico que, nos últimos séculos, tem sido elaborado sobre a eucaristia, deduzo que o senhor, simplesmente, não acha importante esta evolução'.
Portanto, Marcelo Barros considera que, desde Trento, a doutrina evoluiu, graças ao trabalho teológico. A doutrina evoluiria. E isso é exatamente o que afirma a heresia modernista.
Marcelo Barros é herege modernista.
A doutrina Católica jamais evolui, pois Cristo nos disse: 'Passarão os céus e a terra, mas minhas palavras não passarão' (Mc XIII, 31; Luc., XXI, 33).
Se, como pretende o modernista Marcelo Barros, a doutrina da Igreja evoluísse, a doutrina que ele propôs ontem, hoje, já poderia ser jogada fora. Uma Igreja evolutiva, só vale agora. Amanhã, ela estará superada. Se a doutrina do Vaticano II superou e anulou a doutrina dos Concílios passados, hoje, o Vaticano II, depois de quarenta anos de evolução, já estaria superado. O evolucionismo doutrinário defendido pelo Modernismo se condena a si mesmo, à medida que passa o tempo. Nenhuma doutrina valeria duravelmente. Cristo teria mentido, quando afirmou que sua palavras não passariam, isto é, não evoluiriam. Uma Igreja evolutiva, com uma doutrina evolutiva, só pode provir de um Deus que muda, do deus da Gnose.
Ora, Deus, na Sagrada Escritura, afirmou:
'Porque Eu sou o Senhor, e não mudo'(Mal. III, 6). 'Deus não é como o homem, capaz de mentir, nem como o filho do homem, sujeito a mudanças'(Num. XXIII,19).
Por isso, Deus se definiu a Si mesmo não como o que foi, ou aquele que será, mas como aquele que é: 'Eu sou aquele que é'( Ex., III, 14).
Deus não muda, o que Ele revelou como verdade não muda jamais.
E também a Filosofia ensina que a verdade é imutável. A doutrina Modernista de que a verdade e o dogma evoluem é herética, pois vai contra o que ensina a Sagrada Escritura. Além disso, a doutrina da evolução da verdade foi condenada pelo Decreto Lamentabili, em seu item n o 58 que condenou a seguinte tese do Modernismo:
'A verdade não é mais imutável que o próprio homem, pois se desenvolve com ele, nele e por ele'( São Pio X, Decreto Lamentabili, no 58. Denzinger, 2058).
Também o item no 59, desse mesmo Decreto Lamentabili, assim reza outra tese modernista condenada por São Pio X:
'Cristo não ensinou um corpo determinado de doutrina aplicável a todos os tempos e a todos os homens, mas que iniciou melhor dizendo um certo movimento religioso, adaptado, ou para adaptar, aos diversos tempos e lugares' (São Pio X, Decreto Lamentabili, no 59. Denzinger , 2059).
Logo, a doutrina católica não evolui, e não deve nem pode ser adaptada aos tempos e lugares , variando o seu sentido, por evolução.
Portanto, a doutrina definida solene e infalivelmente no Concílio de Trento permanece válida hoje e para sempre, pois é a doutrina ensinada pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. E foi essa doutrina que o Papa João Paulo II reafirmou, na Encíclica Ecclesia de Eucharistia, ao dizer:
'Como não admirar as exposições doutrinais dos decretos sobre a Santíssima Eucaristia e sobre o Santo Sacrifício da Missa promulgados pelo Concílio de Trento ? Aquelas páginas guiaram a teologia e a catequese nos séculos sucessivos, permanecendo ainda como ponto de referência dogmático para a incessante renovação e crescimento do povo de Deus na sua Fé e amor à Eucaristia' (João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, no 9, Paulinas, São Paulo, 2003, p.12).
Portanto, aceitando a evolução da doutrina dogmática, Marcelo Barros se separa da Fé da Igreja Católica e se declara herege Modernista.
3a Tese Modernista: A verdade revelada é subjetiva, e não objetiva.
O Modernismo é filho doutrinário do Romantismo subjetivista, para o qual cada um tem a sua verdade pessoal. A verdade não seria a adequação do intelecto a um objeto conhecido, mas, pelo contrário, a verdade seria a produção que cada sujeito faz da realidade. Cada um teria um idéia de realidade, uma 'verdade', que jamais corresponderia à realidade das coisas. A Verdade objetiva não existiria, e ninguém poderia se considerar possuidor dela.
O mundo atual adotou essa concepção subjetivista da verdade, que o transformou num manicômio, no qual todos falam e ninguém se entende. Porque é só no manicômio que cada um acredita que tem uma idéia pessoal e subjetivamente certa da realidade, podendo-se julgar, ao mesmo tempo, João e Napoleão, lâmpada ou vassoura. E, ainda por cima, o manicômio do mundo moderno erige o diálogo -- um diálogo onde não reinam os mesmos conceitos do real -- em dogma. Dessa louca doutrina criteriológica do idealismo subjetivista é que o Modernismo adotou a sua noção de verdade.
Marcelo Barros defende a mesma noção subjetivista da verdade, e, por isso, não admite que o Papa pretenda 'impor' a outros, e a todos os católicos, a sua interpretação pessoal da Fé.
Veja-se o que ele escreveu:
'É bom saber como senhor interpreta a fé e a missão da Igreja' (M. Barros, doc. cit., no Introdução).
(... )
' a doutrina ali [ na Ecclesia de Eucharistia , n o 9] expressa sobre a eucaristia é a do Concílio de Trento no século XVI, que o senhor julga ser atual e propõe como referência dogmática para a Igreja toda' (M. Barros, doc. citado, no 2).
' Aceito o primado do papa como ministério querido por Deus, mas isso não inclui a nomeação dos bispos, nem a definição de um direito universal, ou um catecismo de doutrinas que todos os católicos do mundo devam crer'(M. Barros, doc. cit. , no 5).
'Será que a fé não é mais ampla do que a explicação da fé em conceitos teológicos, sempre ligados a uma cultura determinada? Por que impor a todos uma interpretação da fé como se fosse a própria fé, principalmente quando esta forma de falar da eucaristia já não diz nada a muitos católicos e nos divide dos irmãos de outras Igrejas que, no passado, já foram por isso condenados?' (M. Barros, doc. cit., no 2).
Com essas quatro citações, fica patente que Marcelo Barros não crê na existência de uma verdade objetiva. Para ele, cada um tem a sua verdade pessoal, exatamente como entendia o subjetivismo idealista -- que João Paulo II condenou na encíclica Veritatis Splendor -- e cada um teria uma Fé pessoal, revelada interiormente, como ensinava o Modernismo. Daí, o ecumenismo radical de Marcelo Barros que ele herdou de sua formação modernista, e que recusa todas as verdades ensinadas pela Igreja, no passado.
E repare-se que na última frase citada acima, Marcelo Barros considera a Fé mais ampla que a expressão dela, em conceitos teológicos, isto é, que o dogma jamais expressa completamente a verdade revelada. O que é pura heresia Modernista.
4a Tese Modernista: o amor está acima da Fé.
Para o Modernismo, não havendo uma verdade objetiva, e sendo a Fé a expressão de um sentimento interior inefável, todo Credo é, por definição falho. Todo dogma jamais pode ser a expressão perfeita e integral da revelação pessoal interior. De onde se segue que pretender que a Fé alcance verdades seria delírio. Ninguém seria possuidor da verdade. Nenhuma Igreja possuiria o monopólio da verdade. E se a Igreja Católica Apostólica Romana se afirma detentora da verdade revelada por Cristo, ela estaria dizendo uma falsidade.
Portanto, todas as religiões, de algum modo, expressariam a revelação de modo parcial e aproximado, todas podendo contribuir para um crescimento do conhecimento do Deus, que cada religião chama com um nome diverso, mas que seria sempre o mesmo.
Por isso, Marcelo Barros freqüenta o candomblé, e diz que realiza, em seu Mosteiro em Goiás, cerimônias católico budistas, católico-esotéricas, católico-africanas, etc , uma em cada dia da semana. E afirma que num terreiro de macumba a Divindade se manifesta (Cfr. M Barros, Um Mosteiro de Portas Abertas, entrevista a Raquel Ribeiro, Adital, em 2 de Janeiro de 2.002).
Assim sendo, para o Modernismo, a expressão da Fé deixa de ser fundamental. O que vale é o amor, palavra que a seita modernista usa sempre em lugar da palavra caridade. Jamais se poderia conseguir a unidade na Fé.
Querer converter alguém ao que cremos, seria um abuso e uma violação de sua revelação interior. Defender e querer propagar a Fé seria uma violação dos direitos pessoais, uma violação da liberdade de consciência. Seria o pecado de fazer proselitismo. Por isso, os missionários deixaram de ensinar a doutrina católica. Todas as religiões seriam válidas.
A única coisa que importaria seria o 'amor', que esses Modernistas entendem como mera filantropia material.
Para os modernistas, o amor não seria resultante do conhecimento. Poder-se-ia amar sem conhecer. Poderia existir caridade sem a Fé.
Isso equivale a dizer que alguém poderia gostar de 'xoró' no avesso.
Ora, é impossível gostar de xoró no avesso, porque xoró não existe. É termo que inventamos, sem correspondência a nada de real. Ninguém pode amar o que não conhece. Ninguém pode ter caridade verdadeira, sem ter a Fé verdadeira.
A Fé pode ser comparada aos pilares de uma casa, enquanto a caridade pode ser comparada ao telhado, que esses pilares sustentam. Retirados os pilares, cai o telhado. Perdida a Fé, não existe a caridade, isto é, o amor a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo, por amor de Deus. Porque amar ao próximo, sem ser por causa de Deus, não é verdadeira caridade, não é verdadeiro amor. É filantropia naturalista.
É a esse conjunto de loucuras que Marcelo Barros dá a sua adesão, julgando que essa é a Fé católica, quando essa é a crença herética dos Modernistas.
Em várias passagens do escandaloso, atrevido e insolente documento em foco, se constata a presença dessa ideologia Modernista quanto à revelação, à fé, à verdade e à caridade.
Comprovam-no, as seguintes frases de Marcelo Barros:
'O que é mais importante a clareza intelectual ou a caridade e o testemunho do amor?'
'Será que 'a clareza sobre algumas verdades da fé' é mais importante do que a acolhida mútua e a unidade real vivida por cristãos que pensam diferente mas celebram com grande respeito e carinho o memorial do Senhor, neste contexto de um mundo dividido e no qual as religiões representam forças de oposição e não de unidade?'( M. Barros, doc. cit., no 4).
É patente a colocação da caridade -- o amor -- como coisa separada da Fé, e sem necessidade da Fé, para poder existir. Porém, Nosso Senhor Jesus Cristo diz coisa totalmente contrária ao que afirma Marcelo Barros:
'Nasci, e vim ao mundo para dar testemunho da verdade; todo o que esta pela verdade, ouve a minha voz' (Jo XVIII, 37).
O objetivo a ser buscado seria a unidade no amor, mesmo sem existir unidade na Fé, o que é impossível, porque só a verdade gera a unidade. E caridade sem a Fé não existe, pois a caridade, como já dissemos, exige amar ao próximo por amor de Deus, e não por ele mesmo. E se o amor a Deus é exigido pela caridade, esse amor a Deus só pode existir, conhecendo-se a Deus pela Fé.
Marcelo Barros não tem o conceito católico de caridade. A sua noção de 'amor' é filantrópica, naturalista, sentimental, e tisnada pela revolta da Teologia da Libertação, na qual ele se deformou.
Para Marcelo Barros, amar é ter solidariedade. E isso é um erro. Tanto que os maus, por exemplo, podem ter solidariedade no pecado: os demônios são solidários com Lúcifer. Bandidos podem ter solidariedade entre si, o que não é a caridade, pois é apenas uma atitude de apoio natural, e a caridade é amor sobrenatural: é amar a outrem por causa de Deus.
O 'monge' Marcelo Barros é, pois, um herege modernista.
IV -- As heresias eucarísticas e litúrgicas do monge Marcelo Barros.
Marcelo Barros é protestante e não católico.
Revoltando-se contra as doutrinas expostas pelo Papa João Paulo II na encíclica Ecclesia de Eucharistia, Marcelo Barros põe a nu o seu pensamento herético, quer sobre a doutrina da presença real de Cristo na Eucaristia, quer sobre os dogmas relativos ao Santo Sacrifício da Missa.
1- Heresias de Marcelo Barros sobre a Missa
A Igreja Católica sempre ensinou que a Missa é a renovação do mesmo e único sacrifício do Calvário. Esta doutrina foi repetida, como dogma, pelo infalível Concílio de Trento contra a heresia de Lutero, que negava que a Missa era um verdadeiro sacrifício.
Seria preciso citar, aqui, muitos dos anátemas lançados solenemente pelo Concílio de Trento, que condenam o que 'monge' Marcelo Barros defende.
Vejam-se estes anátemas anti protestantes como calham bem para Marcelo Barros:
'Cânon 1 -- 'Se alguém disser que no sacrifício da Missa não se oferece a Deus um verdadeiro e próprio sacrifício, ou que o oferecê-lo não é outra coisa senão Cristo se nos dar a comer, seja anátema!'(Concílio de Trento, Cânones sobre o Santíssimo Sacrifício da Missa, cânon 1, Denzinger, 948).
'Cânon 3 -- 'Se alguém disser que o sacrifício da Missa é somente de louvor e de ação de graças, ou que é mera comemoração do sacrifício cumprido na cruz, porém que não é propiciatório; ou que somente aproveita a quem o recebe; e que não deve ser oferecido pelos vivos e mortos, pelos pecados, penas, satisfações e outras necessidades, seja anátema ! (Concílio de Trento, Cânones sobre o Santíssimo Sacrifício da Missa, cânon 3, Denzinger, 950. O sublinhado é nosso).
Ora, o senhor Marcelo Barros recusou essa doutrina ao escrever, protestando contra o fato de que João Paulo II fale do 'santo sacrifício da Missa', e não da Ceia do Senhor:
'Fala [o Papa João Paulo II] do 'santo sacrifício da Missa' e não da Ceia do Senhor, como chama os ministros de sacerdotes e não de presbíteros' (Marcelo Barros, doc. cit., no 2).
O Papa repetiu muitas vezes, na encíclica Ecclesia de Eucharistia, que a Missa é a renovação do mesmo e único sacrifício da cruz, a renovação do mesmo e único sacrifício do Calvário.
Apesar disso, o senhor M. Barros se atreve a acrescentar, logo em seguida:
' A teologia é clara: 'A missão torna presente o sacrifício da cruz. Não o repete, nem o multiplica. O que se repete é a celebração memorial' (Marcelo Barros, doc. cit., no 2. O sublinhado é nosso. Chamamos a atenção para o fato que M. Barros amputou a parte final desta frase do Papa, deturpando seu sentido original, evidentemente ortodoxo, pois acrescentou o Papa: 'de modo que o único e definitivo sacrificio redentor de Cristo se atualiza incessantemente no tempo') (ver nota 2)
Marcelo Barros é enfático: a missa não é a renovação do sacrifício da cruz, mas é apenas um memorial. Tese condenada com anátema pelo Concílio de Trento, pois essa era -- e é -- uma tese herética dos protestantes. E Marcelo Barros defende essa tese herética protestante.
Logo, Marcelo Barros é protestante.
Sendo assim, é natural, então, que esse 'monge' recuse a defesa que o Papa João Paulo II faz do Concílio de Trento. Marcelo Barros se sente obrigado a recusar que a doutrina de Trento continue válida -- como João Paulo II o disse na encíclica Ecclesia de Eucharistia -- porque, se essa doutrina do concílio de Trento continua válida, Marcelo Barros está automaticamente excomungado, como herege. Ora, essa doutrina do Concílio de Trento continua válida. O próprio João Paulo II o proclamou, nessa sua última encíclica. Logo, Marcelo Barros está excomungado, e não é católico.
Marcelo Barros é herege protestante.
2--Indícios fortes de que o 'monge' Marcelo Barros não crê na presença real de Cristo na Eucaristia
Quanto à Eucaristia, Marcelo Barros tem uma doutrina bem suspeita de heresia, senão herética, pois diz:
'A Eucaristia é o próprio núcleo do mistério da Igreja' (n. 1). Isso é verdade no plano dos sinais. Os sacramentos são sinais eficazes que contêm aquilo que eles sinalizam, mas não deixam de ser sinais. Será que esta carta não confunde o sinal com a realidade?'( Marcelo Barros, doc. cit., no 1).
Os Sacramentos significam, contém e produzem realmente o que eles significam.
Os sacramentos modificam a realidade. Mais ainda, criam realidades. Por exemplo, o Batismo faz de uma criatura humana, que nasce com o pecado original, um filho de Deus, com a inhabitação da Santíssima Trindade na alma, dando-lhe o caráter de cristã.
Com as palavras da Transubstanciação, na Missa, o pão se transubstancia realmente no Corpo de Cristo, enquanto o vinho se transubstancia no Sangue de Cristo.
Na hóstia consagrada, não há um sinal de Cristo, mas na hóstia consagrada está realmente presente Jesus Cristo inteiro com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
E a pergunta que Marcelo Barros põe ao Papa, no final do parágrafo acima citado, deixa claro que ele duvida da realidade da presença real de Cristo na Eucaristia, pois ele declara que a Eucaristia é sinal da presença de Cristo, mas que não seria a realidade dessa presença, pois que não se deveria confundir sinal com realidade.
Dizer que a Eucaristia é apenas sinal, é herético.
A Eucaristia é o Sacramento que contém o próprio Cristo, realmente presente na Sagrada Hóstia com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
Os sacramentos são sinais eficazes, e não meros sinais.
Marcelo Barros, inicialmente, afirma que 'os sacramentos são sinais eficazes que contém o que eles sinalizam'. Mas conclui essa frase dizendo de modo restritivo: 'mas não deixam de ser sinais'. O que, de certo modo, anula o que ele disse antes da eficácia do sinal sacramental. Tanto essa restrição é suspeita, que ele pergunta depois se o Papa não confunde 'sinal com realidade'.
Portanto, ele deixa em dúvida se crê realmente na presença de Cristo na Hóstia consagrada, pois que, para ele, ela seria apenas sinal e não a realidade de Cristo. Ora, como ele afirma que a Missa não é verdadeiro sacrifício, e que é apenas um memorial da ceia, estas idéias estariam coerentes com a negação da presença real de Cristo na hóstia. Por isso, ele se rebela contra o Papa que chama o oficiante da Missa de sacerdote, pois sacerdote é o que faz o sacrifício. Marcelo Barros considera que o certo seria chamar o oficiante da Missa apenas de presbítero, e não de sacerdote.
Logo, ele não crê no sacrifício da Missa. Portanto, seria coerente e lógico julgar que ele não crê que o sacerdote imole de modo incruento a Cristo realizando o mesmo e único sacrifício do Calvário, em reparação a Deus Pai, pelos nossos pecados. Logo, ele parece não crer também na presença real do Corpo de Cristo sob as espécies de pão consagrado, nem no Sangue de Cristo, no vinho consagrado.
Tanto ele não crê que o sacerdote imole a Cristo, sacramentalmente, na Missa, renovando, de modo incruento, o mesmo e único sacrifício de Cristo no Calvário, que ele diz de modo bem grosseiro:
'(...)será que, hoje, a linguagem sacrificial ainda é a mais adequada para expressar a verdade do memorial? Não está presa a uma cultura, presente no Novo Testamento, ligada ao judaísmo da época e a outras religiões? Como, hoje, falar de Deus Amor se trata de um Pai que precisa que o Filho morra para reconciliar-se com a humanidade?'(M. Barros, doc. cit., no2).
Note-se que Marcelo Barros afirma :
1- Que a Missa é memorial e não sacrifício;
2- Que a noção de sacrifício propiciatório é judaica, e mesmo pagã, e não cristã;
3- Que afirmar que Deus Pai exigiu o sacrifício de seu próprio Filho Unigênito, para se reconciliar com a humanidade, seria inaceitável para nossos tempos.
Marcelo Barros não é católico. É herege protestante. É herege modernista.
Um outro forte indício de que esse monge atrevido - que ousa interpelar o Papa, negando a sua autoridade suprema -- não crê na Eucaristia, como presença real de Cristo inteiro sob as espécies consagradas, se tem na sua afirmação de que a Igreja não extrai sua vida da Eucaristia, e sim do 'amor solidário ao povo'. Eis a primeira pergunta que o senhor Marcelo Barros se atreve fazer ao Papa:
'1 A Igreja vive da Eucaristia ou do amor solidário ao povo?'
O que é uma pergunta absurda.
O que é também uma pergunta reveladora: nenhum católico que crê na presença real de Jesus Cristo na Eucaristia, realizada pela Transubstanciação, perguntaria tão absurda gagueira herética.
Se o senhor Barros faz tal pergunta, é porque ele não crê na presença real de Jesus Cristo na hóstia consagrada.
Isso é óbvio!
Depois, o senhor Barros escreveu ainda:
' O núcleo do mistério da Igreja é a eucaristia ou é a solidariedade, tradução do termo grego ágape? Não é mais correto dizer que a Igreja vive do amor solidário, serviço e testemunho ao Reino de Deus e isso se expressa como sinal na eucaristia e nos outros sacramentos?'(M.Barros, doc. cit., no1. O sublinhado é nosso).
A pergunta deixa bem claro que, para Marcelo Barros, 'a Igreja vive do amor solidário ao povo' , e não da Eucaristia, que apenas expressaria significativamente esse 'amor solidário ao povo'.
Ora, isso é um absurdo teológico, e uma heresia.
A Igreja é que dá vida espiritual ao povo fiel, e jamais recebe vida do povo
Cristo afirmou de Si mesmo: 'Eu sou o caminho, a verdade e a Vida'(Jo XIV, 6).
E no Evangelho de São João se lê: 'Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens'( Jo. I, 4).
E no Evangelho se lê ainda:
'Jesus disse-lhes: 'Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós'( Jo., VI, 54).
E Marcelo Barros se atreve a perguntar ainda, se é da Eucaristia ou do 'amor solidário ao povo' que a Igreja haure a sua vida !!!
Esse homem não crê no Evangelho.
Esse homem não crê na presença real de Cristo na Eucaristia.
Como se permite que um herege desse naipe -- naipe, e não porte -- continue a se apresentar como monge católico ?
Desafio que ele prove que Cristo declarou que hauriremos vida do 'amor solidário ao povo'.
A caridade manifesta nossa Fé e nossa vida em Cristo, de Cristo, por Cristo. Mas a caridade não é a causa da vida. Causa de nossa vida é Cristo. Haurimos diretamente a vida da Eucaristia, alimento celestial, como haurimos nossa vida física da comida material. Nossa vida espiritual é haurida na Fé e dos sacramentos, especialmente da Eucaristia
Por isso, disse-nos Cristo:
'Eu sou o Pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que eu darei é a minha carne para a salvação do mundo' ( Jo. VI, 51-52).
Contra estas citações das próprias palavras de Cristo no Evangelho, de nada valem os guinchos de protesto da Teologia da Libertação, que prega em vez da vida proveniente da Eucaristia o 'amor solidário ao povo'.
Com a metralhadora na mão.
E, como os pseudo teólogos da Libertação, seus mestres, escreveu Marcelo Barros:
'(...) e fico orando por nossa Igreja para que seja como afirmaram, um dia, os bispos da América Latina: 'uma Igreja autenticamente pobre, missionária e pascal, desligada de todo o poder temporal e corajosamente comprometida na libertação de todo o ser humano e de toda a humanidade' (Medellin. 5, 15a). (M. Barros, doc. cit., Pergunta final).
V -- As reformas da disciplina eclesiástica propostas por Marcelo Barros são as mesmas propostas pelos Modernistas, e pelos protestantes.
Ao falar das reformas desejadas pelos Modernistas, escreveu São Pio X:
'6. O modernista reformador
'Pouco resta-nos finalmente dizer a respeito das pretensões do modernista como reformador. Já pelo que está exposto fica mais que patente a mania de inovação que move estes homens; mania esta que não poupa absolutamente nada ao catolicismo. —
(...)
'— Gritam a altas vozes que o regime eclesiástico deve ser renovado em todos os sentidos, mas especialmente na disciplina e no dogma. Por isto, dizem que por dentro e por fora se deve entrar em acordo com a consciência moderna, que se acha de todo inclinada para a democracia; e assim também dizem que o clero inferior e o laicato devem tomar parte no governo, que deve ser descentralizado. — Também devem ser transformadas as Congregações romanas, e antes de todas, as do Santo Ofício e do Índice. — Deve mudar-se a atitude da autoridade eclesiástica nas questões políticas e sociais, de tal sorte que não se intrometa nas disposições civis, mas procure amoldar-se a elas, para penetrá-las no seu espírito'.
'(...)Desejam que o clero volte à antiga humildade e pobreza e querem-no também de acordo no pensamento e na ação com os preceitos do modernismo. — Finalmente não falta entre eles quem, obedecendo muito de boa mente aos acenos dos seus mestres protestantes, até deseje ver suprimido do sacerdócio o sacro celibato. — Que restará, pois, de intacto na Igreja, que não deva por eles ou segundo os seus princípios ser reformado?'(São Pio X, Pascendi. Como sempre, os destaques são nossos).
Seguindo seus mestres modernistas e protestantes, o 'monge' Marcelo Barros ousa ir ainda mais além do que os modernistas do princípio do século XX.
Ele não só ousa defender a democratização da Igreja e a abolição do celibato, como se atreve a acusar o Papa de ser culpado pela falta de vocações, quando, na verdade, uma das causas da diminuição das vocações sacerdotais é a perda de identidade do clero modernista.
Esse escandaloso 'monge' ousa mais: atreve-se a sugerir a ordenação de mulheres, contra o que ensina São Paulo, na Sagrada Escritura (I Cor., XIV, 34). , contra a tradição, e contra o ensinamento oficial, reiterado de João Paulo II.
Eis o que escreveu esse 'monge' escandaloso atrevendo-se a culpar o Papa pela falta de sacerdotes:
'No Brasil, são milhares de comunidades católicas que, cada domingo, não têm padre e fazem o culto da Palavra. O senhor sabe por que todas estas comunidades não têm padre e por que algumas só recebem visita de um padre duas vezes por ano.
'É por que o senhor não aceita abrir mão do celibato obrigatório e ordenar como presbíteros homens casados, dignos e preparados para o ministério. E não reconhece a validade do ministério de padres que casaram e, com alegria, aceitariam exercer o ministério. Sem falar que, na América Latina, a Igreja Católica é a única das Igrejas ocidentais históricas que não aceita ordenar mulheres. O que para o senhor é mais importante: a eucaristia dominical, como o senhor ensina na encíclica, ou manter como lei obrigatória o costume latino do celibato obrigatório?'(Marcelo Barros, doc. cit., no 3).
O monge' Marcelo Barros , além de ultrajante e desrespeitoso para com o Papa, é modernista também pelas reformas que sugere.
Seria melhor dizer que ele sugere destruições, e não reformas.
Conclusão
A carta aberta de Marcelo Barros ao Papa João Paulo II é sinal revelador da profundidade da crise vivida pela Igreja Católica Apostólica Romana, depois do Concílio Vaticano II.
Essa crise é que permitiu surgirem-- e manifestarem-se com ousadia e atrevimento desrespeitoso à suprema autoridade do Papa -- religiosos modernistas afrontosos como Marcelo Barros. Pior sinal ainda é que essa ousadia injuriosa ao Supremo pastor da Igreja, o Vigário de Cristo na terra, é publicada sem conseqüência alguma, pelo menos ao que se saiba.
Essa impunidade é outro sintoma da profunda divisão reinante, hoje, no clero e na Igreja.
Conforme o teólogo modernista Eduardo Schillebeecks, o Concílio Vaticano II teria adotado uma linguagem propositadamente 'diplomática' -- isto é, ambígua -- a fim de conseguir o maior número de votos a favor das decisões conciliares. Entretanto, disse Schillebeecks, que, depois do Concílio, os modernistas saberiam tirar as conseqüências dos princípios enunciados 'diplomaticamente', isto é, ambiguamente.
Foi isto que causou a profunda divisão entre os próprios defensores do Concílio Vaticano II. Logo surgiram os defensores da letra do Vaticano II, e os defensores do espírito do Vaticano II.
Eis as palavras de Schillebeecks: à revista holandesa 'De Bazuin' no. 16, 1965. tais como foram reproduzidas por Ramano Amerio: 'Nós o exprimimos uma maneira diplomática, mas depois do Concílio, nós tiraremos as conclusões implícitas' ['Nous l'exprimons d'une façon diplomatique, mais, après le Concile nous tirerons les conclusions implicites'] apud Romano Amerio, Iota Unum, pag.93. Riccardo Ricciardi Editore. Milano - Napoli).
Existem, então, por isso, duas alas de defensores do Vaticano II:
1) Uma ala moderada, que defende 'a letra do Concílio Vaticano II';
2) Uma ala radical, que defende o assim chamado 'espírito do Vaticano II', que busca extrair da letra do Vaticano II as conseqüências mais radicais e revolucionárias embutidas na linguagem ... 'diplomática' lamentavelmente adotada pelo Concílio Vaticano II. Essa ala radical é a dos modernistas mais ousados.
E tanto isso é verdade, que se discute, por todo o mundo, sobre o que realmente o Vaticano II quis dizer. Nessa ambigüidade está a raiz do cisma que se anuncia no horizonte, desgraçadamente.
O senhor Marcelo Barros, evidentemente, se coloca entre os defensores do 'espírito do Vaticano II', e que, hoje, por toda a parte, propugnam pela convocação de um Concílio Vaticano III.
Marcelo Barros, como tantos outros dessa ala modernista radical, se rebela contra o Papa João Paulo II acusando-o de trair o que ensinou o Vaticano II. Explicitamente acusam o Papa João Paulo II de abandonar as conquistas alcançadas com o Vaticano II, e de recuar para posições teológicas 'superadas', como agora, na encíclica Ecclesia de Eucharistia, ao reafirmar -- GRAÇAS A DEUS !!! -- a doutrina teológica do Concílio de Trento como continuando a ser o ponto de referência teologal sobre a Missa católica. Coisa que o Papa João Paulo II reafirmou, sim, ipsis litteris, na Ecclesia de Eucharistia.
Marcelo Barros diz que isso foi um recuo de João Paulo II com relação à teologia do Vaticano II.
E quanto a este ponto preciso, devemos dizer ao 'monge' Marcelo Barros o que Cyrano de Bergerac disse ao Conde de Guiche:
'Vous l' avez remarqué ?'
Que Nossa Senhora de Fátima, que profetizou, em seu Terceiro Segredo, o triunfo da Santa Igreja, após o martírio de um Papa, guie e proteja o Santo Padre, o Papa, em sua luta atual em defesa da Sagrada Eucaristia e da doutrina de sempre.
In Corde Jesu, semper, em São Paulo, na festa da Realeza de Nossa Senhora, padroeira da Associação Cultural Montfort, 31 de maio de 2.003,
Orlando Fedeli
Presidente da Associação Cultural Montfort.
Notas:
(1) O Padre Alfred Loisy desencadeou a crise Modernista, em 1902, com a publicação de seu livro 'O Evangelho e a Igreja', no qual ele defendia as principais teses heréticas do Modernismo em matéria de exegese. Loisy foi condenado por São Pio X, e não se retratou, morrendo na heresia. (voltar)
(2) Cortando o final da frase do Papa, M Barros deturpou o que o Papa ensinou, afim de fazer crer que o Papa teria afirmado que a Missa é só um memorial, e não a atualização do mesmo e único sacrifício do Calvário.
A frase completa do Papa era :
'A Missa --e não a missão, como escreveu M. Barros -- torna presente o sacrifício da cruz; não é mais um, nem o multiplica. O que se repete é a celebração memorial, a 'exposição memorial' (memoriale demonstratio), de modo que o único e definitivo sacrificio redentor de Cristo se atualiza incessantemente no tempo'(João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia. n0 12).
M. Barros amputou a parte que colocamos em negrito
Ora, essa amputação retira exatamente a idéia de que na Missa se atualiza realmente o mesmo e único sacrifício do Calvário. Que era o que M. Barros queria negar em todo o item 2 de sua insolente carta ao Papa, enquanto o Papa reafirmou mais de dez vezes a palavra sacrifício, nesse mesmo no 12 da encíclica, repetindo que a Missa perpetua, atualiza o mesmo e único sacrifício de Cristo na Cruz.
Fizemos esta nota, porque uma pessoa -- cujo nome não merece ser posto neste site --em vez de condenar veementemente as heresias de M Barros, se preocupou, antes de tudo, em 'caridosamente' insinuar que, ao condenar a frase que M Barros amputou do Papa, havíamos condenado o próprio Papa, como autor da frase doutrinariamente errada pela amputação feita por M. Barros.
O Papa escreveu certo. Marcelo Barros deturpou a frase do Papa, ao amputá-la de sua parte final. Um sequioso 'advogado do diabo' aceitou pressuroso essa deturpação, para poder nos acusar de modo difamatório.
Mais que defender o Papa, ou atacar o herege, esse 'homem de boa vontade' se preocupou em serpentinamente nos denegrir.
Houve patente má fé do senhor M. Barros, amputando a frase do Papa, para negar que a Missa seja, de fato, um sacrifício propiciatório.
Haveria boa fé em quem aceita precipitadamente essa deturpação, para dizer que, 'por equívoco', acusamos o Papa de heresia?
Deturpar um texto, para fazê-lo dizer o que ele não diz, não é um processo intelectualmente honesto.
Basear-se nessa amputação, para levantar, na Internet, uma 'caridosa' suspeita sobre a nossa Fé será um expediente honesto?
Insinuar maldosamente interpretação falsa, baseando-se numa frase amputada, e por cima, simular caridade ao fazer isso, raia pelo cinismo.
'Honni soit qui mal y pense'.
'Ái de vós que coais um mosquito e engolis um camelo'( Mt. XXIII, 24).
Para citar este texto:
"Em defesa da fé e da autoridade do Papa"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/veritas/papa/marcelo_barros/
Online, 23/12/2024 às 01:21:56h