E o futuro chegou!

É hoje!

Os defensores do Vaticano II dividiram-se em duas linhas: a dos seguidores da “letra” , e a dos seguidores do “espírito” do Concílio Vaticano II.

Os seguidores da letra do Vaticano II, mais moderados, procuram conciliar o que disse esse Concílio, pastoralmente e nunca dogmaticamente, com o que a Igreja sempre ensinou. Esses tais – os "letristas do Vaticano II" – tem um trabalho enorme para realizar essa harmonização, e, muitas vezes, um trabalho contraditório.

Os seguidores do espírito do Vaticano II – os “espiritualistas” desse Concílio muito original  – dizem explicitamente o que o Vaticano II insinuou, ou deixou entrever, sem ousar exprimi-lo claramente.

Hoje, o conflito entre os “letristas” e os “espiritualistas” do Vaticano II tornou-se público, e atingiu até mesmo a esfera cardinalícia, nos conhecidos entreveros do Cardeal Kasper x Cardeal Ratzinger.

Os seguidores do “espírito do Vaticano II“ são modernistas explícitos, e exigem a convocação de um novo Concílio, o Vaticano III, que sancione a sua interpretação do Vaticano II.

O pastoral Concílio Vaticano II, ao introduzir na Igreja o “método e a doutrina do modernismo” (cf. Jean Guitton, Portrait du Père Lagrange, Ed. Robert Laffont, Paris, 1992, p. 55-56), permitiu aos modernistas “espirituais” lançarem os fundamentos de uma “Nova Igreja”, com uma “Nova Religião”, voltada ao Homem, que visa não só destruir a Igreja Católica Apostólica Romana, mas tomar o lugar dela, como religião universal, ecumênica, dos novos tempos.

De fato, fundamentando-se no conceito gnóstico da revelação pessoal da “Nova Teologia”, bem como na decorrente igualdade religiosa, no conseqüente conceito relativista e evolucionista da verdade, e no ecumenismo, o Concílio Vaticano II delineou e abriu o caminho dos “espiritualistas” do Vaticano II para a implantação de uma “Nova igreja”, de uma “Nova Religião”, cujas características o Padre Jesus Lezaun (Espanha) nos apresenta em seu artigo intitulado “La Iglesia que uno desearía” (vide abaixo), publicado no dia 06/02/03, no site http://www.gaztetxo.com

O artigo do infeliz sacerdote Pe. Jesus Lezaun, redigido há 40 anos daquele Concílio, condensando os inúmeros ataques que vêm sendo proferidos aqui e acolá nestes mesmos últimos 40 anos contra a Santa Igreja, é um exemplo claro, real e inequívoco dessa “Nova Igreja”, há tempo difundida pelos irmãos da “Seita Modernista Internacional”, constituída de religiosos e leigos, católicos ou não, cujo fim é eliminar e tomar o lugar da Santa Romana Igreja de sempre.

Para deixar mais inequivocamente exposta a apostasia do Modernista Padre Lezaun, listamos abaixo, em paralelo, algumas das suas blasfemas ofensas à Igreja Católica, ao lado das qualidades da “Nova Igreja” que ele pretende instaurar, extraídas do seu referido artigo.

Assim, temos, segundo o infeliz Padre Lezaun:

Eis, em resumo, as características da “Nova Igreja” desejada pelo Padre Lezaun, como, infelizmente por muitos outros sacerdotes modernistas — e hoje, de tanto ouvir, expressa até por pessoas do povo — (vide recente carta de leitor do site MONTFORT, abaixo), com as ofensas e blasfêmias com que ele caracteriza a UNAM, SANCTAM, CATHOLICAM ET APOOSTOLICAM ECCLESIAM, da qual ele é sacerdote in aeternum, consagrado a Cristo.

Perguntamos: essa “igreja” do padre Lezaun é a mesma Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, ou é outra, “Nova”, surgida no período pós conciliar, “fundada” pelos modernistas que se apossaram e explicitaram ousadamente o “espírito” do Vaticano II, do qual o Padre Lezaun pretende ser um sincero porta-voz?

É a mesma religião, ou outra, “Nova”, embora se auto-proclamando, como o Concílio Vaticano II, “não condenatória”, mansa, maternal, piedosa e adogmática, mas só condenando, e impiedosamente, a Igreja Católica de sempre, baseada no dogma da tolerância universal, que, como dizem, é a intolerância dos tolerantes?

Na realidade, trata-se de “Nova Igreja”, anseio da ‘Seita Modernista Internacional’ , que tudo aceita, menos a Igreja de 1962 anos, e tudo o que foi afirmado e ensinado naquele período, de 20 concílios ecumênicos, dogmáticos, mas que só considera como único, válido e dogmático (ai! de quem disser o contrário!) o auto-denominado pastoral Concílio Vaticano II, voltado para o Homem, que estabeleceu o “culto ao Homem” e, “sob certos aspectos, mais importante que o (Concílio) de Nicéa” , segundo afirmou Paulo VI (Cf. Yves Chiron, Paul VI, le Pape écartelé, Ed. Perrin, Paris, 1993, p. 249 e 328).

Por que o Padre Lezaun continua na Igreja de sempre – que ele demonstra odiar– e não se retira para a ‘sua’ “Nova Igreja”?

Simples: fora da Igreja Católica Apostólica Romana, ele seria como um vírus fora do organismo: perderia a eficácia da sua virulência, tornando-se totalmente inofensivo. Porém , dentro da Igreja, e como sacerdote, sua ação é mais devastadora, pois ele prega a destruição da Igreja aos próprios fiéis católicos, retirando aos poucos pedra por pedra da imensa catedral que é a Igreja, acreditando poder remover até a fundamental, colocada por Cristo, sobre a qual Ele a edificou. Ficando na Igreja, ele põe em prática o conselho dos Modernistas – como o de Monsenhor Duchesne – de jamais se retirarem da Igreja, para melhor destruí-la

Mas, tudo isso, Padre Lezaun, será em vão, pois o próprio Cristo prometeu que estará com a sua Igreja sempre, até o final dos tempos, e os ataques tanto do demônio, como de seus asseclas moderninhos dos “nossos tempos” jamais irão derrotá-la, nem nos “nossos tempos”, nem nos tempos futuros.

Revdo. Sacerdote Lezaun, o senhor, que certamente enaltece a “Presença da Palavra”, abra o Evangelho de S. Mateus 16, 18. Lá o senhor lerá:

“E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” — “Palavra da Salvação”! — (como o senhor, Pe. Lezaum, costuma dizer após a leitura do Evangelho, na Missa).

E assim será, Revdo. Padre Jesus Lezaun, sacerdote da UNAM, SANCTAM, ET CATHOLICAM ECCLESIAM, em vão, o que senhor pretende destruir!

Marcelo Fedeli

«LA IGLESIA QUE UNO DESEARÍA»

De estructuras, las más simples y sencillas posibles. Las grandes estructuras lo único que tratan es de imponerse, de dominar, de absorber todo. En ellas no hay libertad ni para pensar. Se impone por necesidad el pensamiento único. Parece que provocan admiración y que ofrecen protección, pero lo único que dan es miedo. No pueden ser amadas. Son sólo temidas.

Una Iglesia no menos sagrada, pero sí menos sacralizada. Sagrado es todo en el mundo, sobre todo el hombre. Que lo sacral disminuya y que lo humano crezca. Que sea menos clerical, para poder ser más normal, menos estúpida y menos extravagante, menos cacique y menos selecta, menos elegida, pues aquí los elegidos somos todos. La verdad es buscada siempre, ininterrumpidamente.

Más relativa y relativista en todo, para no ser tan dogmáticos, y para que pueda ser más creadora.

Más pobre, para poder ser más de los pobres y más semejante a Jesús de Nazaret. Porque Jesús es el Cristo, ella se cree la reina. Menos parlanchina, para poder ser más evangelizadora, para equivocarse y engañar menos, para ser más de obras. Quien mucho habla, mucho yerra.

Menos unitaria, para poder ser más plural con la misma realidad. Más trinitaria, para poder ser más participativa y menos idólatra. El Dios uno no es participativo, sin un absoluto incomunicable. El Trino es más participativo, y en el fondo más democrático. ¿Por qué la Iglesia no habría de serlo?

Más feminista, para ser más humana, más fuente de vida, más sensible y hasta más bella. Si se quiere, hasta más débil, más intuitiva, más cordial, más receptiva. Menos romana, para ser más universal, menos pétrea. Roma siempre fue dominadora, imperial, nunca materna. Menos monárquica, para no ser tan absolutista, para que en ella todos podamos ser iguales, como verdaderos hijos de Dios, hermanos e hijos en el Hijo.

Más culta, más sapiencial sobre todo, para no estar tan ideologizada, menos sabidilla o sabienda, menos inquisitorial. Más humilde, para hacernos vomitar menos.

Menos cultural, para ser más cristiana. Ni en Jerusalem ni en el Garizín, sino en todo sitio y lugar. Dios quiere siempre verdaderos adoradores en espíritu y en verdad. Menos divina, para ser más humana, más sencilla, menos resabida. Menos ritualizada, para practicar menos la magia. Menos presuntuosa y menos orgullosa, para hacer menos el ridículo y no hacer tanto daño.

Más racional, para no trampear tanto y para que le podamos entender algo de lo que dice, hasta los más iletrados, para que nadie monopolice fraudulentamente la verdad, para que no haya en ella tantos expertos astutos y retorcidos, tantos falsos maestros. Maestro no hay más que uno.

Menos jerarquizada, simplemente para que haya en ella menos mandones y todos podamos ser más iguales, más hermanos, sin tanto padre putativo. Para que sea más popular y desde luego menos señorial, menos elitista, más plebeya.

Más débil, para poder acompañar mejor a los débiles, saber identificarse con ellos, saber lo que es perder siempre, saber lo que es padecer necesidades sin cuento, sufrir insuficiencias e impotencias de todo tipo, saber qué es ser despreciado por no ser nada ni nadie. Ser menos poderosa, para no ser tan diabólica (el poder es siempre diabólico, sobre todo el sacralizado), tan cruel, tan dura, tan despiadada a veces.

Que sea más pobre, para poder entrar en el Reino de los Cielos, pues es prácticamente imposible que los ricos entren en él. Una Iglesia que se entere siquiera que hay cárceles y que en ellas han muerto estos doce últimos años más de cuatro mil reclusos, y que existe el capítulo cuarto de San Lucas. Que sea menos farisea, y que medite más en las diatribas de Jesús contra esa especie tan deleznable que abunda tanto en la Iglesia, para dar ejemplo y para que no carguen a los demás fardos tan pesados que ni ellos pueden llevar.

Menos crédula en paparruchas, para poder creer en el hombre. Más respetuosa y amante del matrimonio, para ser más casta. Menos dualista, para ser menos maniquea.

Menos de todos, para ser más igualitaria y menos de los ricos. Los ricos se suelen valer por sí solos. Ser entre nosotros menos española, para ser más vasca, más catalana, más gallega, más andaluza... y por eso mismo menos imperialista.

Más pueblo de Dios, para ser más querida. Más cristiana, para ser menos católica y más universal. Menos engolada, para que le creamos y la queramos más. Menos purpúrea, para que se le vean menos las vergüenzas y cumpla mejor las orientaciones del Evangelio.

Más de Cristo, para ser menos del César. Más misericordiosa para que no castigue tanto y a veces tan cruelmente, para que enjugue en el mundo más lágrimas de tantos como lloran amargamente. Más pacífica y más pacificadora, para que no condene tanto y ayude muchísimo más a solucionar los problemas y conflictos de este mundo, porque ella es de aquí y le van mucho las cosas de aquí. ¿O no? Más sufrida, para poder aguantar mejor lo que a ella le molesta, le hiere, para que no se obsesione tanto en defender lo que llama «sus derechos».

Más limpia de corazón, para que no ansíe tantos poderes, honores, influencias, para que no las ejerza tanto, para desprenderse de las riquezas de cualquier tipo que posee en abundancia. Que tenga más hambre de justicia, para que ella misma las cometa menos y sepa combatir mejor las muchas que se cometen en el mundo. Que sepa sufrir, para que haga sufrir menos y sepa acompañar más de cerca a todos los que sufren. Que sea más mansa y humilde de corazón, para que no dé tanto miedo y ni siquiera infunda tanto respeto. Así poseerá los corazones de todos, y dará confianza a los débiles.

La grandeza de la Iglesia se muestra en su pequeñez y no en el engreimiento y en la majestad de jerarcas y templos, en el enmarañamiento de los ritos, en la brillantez de los colores, en la eficacia de las escuelas y de las universidades o medios de influencia que sean. El único medio cristiano para evangelizar son las obras, el ejemplo, el amor verdadero y eficaz, el servicio al hombre en todo lo que necesita, el saber compartir, en la humildad.

Ni la Iglesia es Dios, ni es Cristo, ni es santa, ni es eterna. En el cielo no ha de existir siquiera. No es medianera universal. Es simplemente humana, más meretriz que casta. A la vista está.

La Iglesia no necesita ser defendida, sino mostrada. Se defienden intereses, adefesios, el poder, un tesoro, pero no un mensaje de salvación. Se muestra una beldad, una bondad, una misericordia. Se patentiza una santidad, una humildad. La Iglesia no es de la jerarquía, es de la cristiandad y de la humanidad entera, sobre todo de los pobres. Desde ahí es de todos los hombres.

Necesitamos una Iglesia que no discrimine, no practique el amiguismo, no sea una cueva de aduladores, de medradores, de arribistas, de aprovechados. Que no sea jamás vengativa. Una Iglesia que sustituya el presuntuoso y seco magisterio por el diálogo cordial, confiado, sincero, creador. Una Iglesia que afronte de una vez y en serio y a fondo el problema del clero en todas sus facetas; su naturaleza, los aspectos personales, asistenciales, pastorales o de servicios, etc.

Jesús Lezaun, sacerdote
GARA, 6 de febrero de 2003

Abaixo: Carta de leitor do site MONTFORT, expressando o que é a Igreja para ele, na mesma linha do Pe. Jesus Lezaum, com a “Resposta” de Orlando Fedeli.