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IPCO – Os Zumbis voltam à cena
Alberto Zucchi
Seita dos escravos de Plinio Correa de Oliveira volta a se mover para desviar o debate sobre o Vaticano II. No dia 24 de abril de 2011, um articulista de nosso site escreveu: “Agora que a antiga TFP parece estar no caminho do desaparecimento, não tendo nenhum destaque no cenário da Igreja ou mesmo do Brasil, crescem os Arautos do Evangelho”. O articulista desta frase conviveu muito tempo com a TFP, conheceu seus métodos e estudou os seus procedimentos e modos de ação. Presenciou as denúncias sobre a seita secreta, a Sempre Viva, que havia no interior da TFP e o culto delirante que era prestado a Plinio e a sua mãe. Tomou conhecimento da “bomba relógio” que Plínio havia deixado como herança para a TFP, já que Plínio criou uma divisão entre seus devotos prediletos, liderados por João Clá, atual Monsenhor Scognamiglio, a quem deu a liderança na TFP e o poder de fato, e os velhos, chamados de “Provectos”, a quem Plinio entregou o poder de direito, ou seja, fez deles os dirigentes oficiais. Como Plínio se dizia imortal e deveria governar a TFP por toda a eternidade, durante o milenarista “Reino de Maria”, os devotos de Plínio não se incomodavam com esta divisão. Mas Plinio morreu. A bomba relógio foi detonada, houve sectários espalhados por todos os cantos. Após muitas disputas os tribunais brasileiros consideraram que Monsenhor Scognamiglio era o legítimo herdeiro de Dr. Plinio e, desta forma, ele recebeu os ativos da entidade. Assim, a chamada TFP dos mais velhos, recomposta no Instituto Plínio Correia de Oliveira, ou IPCO, parecia chegar ao ponto final - sem gente, sem dinheiro e formalmente expulsa da TFP. De sua parte, Monsenhor Scognamiglio, Clá, para o grande público, parecia levar os Arautos a loucuras diferentes daquelas defendidas por Plinio, conseguindo obter para si um reconhecimento na Igreja. Mas o articulista parece ter esquecido a explicação de Plinio sobre a seita secreta. Plinio lhe dera o nome de Sempre Viva. Segundo o fundador da seita, essa pequena flor é uma planta que quando parece viva está morta, mas quando parece morta está viva. Assim. a Sempre Viva que parecia morta estava viva. A Sempre Viva não ressuscitou. Na verdade ela está sempre morta. Em determinados períodos, um espírito que faz com que os corpos, tais como zumbis, se movam em uma determinada direção, volta a agir na TFP atribuindo-lhes a função de desviar a reação dos católicos contra os erros do modernismo e de coloca-los no ridículo. Recentemente, os zumbis começaram a se mover novamente. Estiveram presentes na Peregrinação Summorum Pontificum de 2013 e promoveram, em algumas capitais brasileiras, uma palestra de Roberto Dei Mattei. A palestra era, nominalmente, sobre o Vaticano II. De forma geral, entretanto, a palestra foi decepcionante. As informações e as críticas apresentadas contra o Vaticano II não continham qualquer novidade. Os “blogueiros tradi” que lá estavam certamente já conheciam os problemas apresentados. Mas do ponto de vista da análise do Vaticano II, a palestra surpreendeu. Não pela profundidade da analise, mas pelos absurdos e mesmo tolices que foram ditas! A sessão teve início com a apresentação do curriculum do palestrante. Surpreendentemente semelhante ao de Plinio. Vários cargos públicos, apoio no Vaticano, prêmios pelos seus escritos. É incrível como certo publico “tradi” fica encantando com o sucesso de alguém no mundo modernista... e nunca desconfia. Adolpho Lindenberg, atual presidente do IPCO, antigo sabugo da TFP, apresentou De Mattei como um continuador do trabalho de Plinio Correa. Em alguns momentos quase como um sucessor. O palestrante encarregado de dizer as palavras finais tomou a mesma linha. Dr. Adolpho lembrou que De Mattei foi o escolhido por Plinio para escrever as suas memórias. Que honra! O próprio Profeta determinou seu Iman e isto poucos meses antes de – imortal, embora! - vir a morrer. E a escolha do biógrafo ocorreu na presença do predileto João Clá e dos provectos. Porque De Mattei foi o escolhido, com tantos discípulos fiéis da Sempre Viva à disposição? Será que devíamos chama-lo de Senhor De Mattei, ou Plínio qualquer coisa? As tais memórias escritas por De Mattei mereceriam uma análise mais profunda. Elas demonstram bem a mentalidade romântica, tanto do biografo como do biografado, mas isto fica para outra oportunidade. Apresentamos aqui apenas um pequeno trecho destas memórias, a descrição da catedral de Colônia: "Algo de misterioso, que pede toda a minha alma é que ela seja inteiramente conforme às maravilhas da Igreja Católica! É uma escola de pensamento, de vontade e de sensibilidade. É um modo de ser que dali se evola, e para o qual eu sinto que nasci. É algo muito maior do que eu, muito anterior a mim. Algo que vem de séculos nos quais eu era nada. Vem da mentalidade católica de homens que me antecederam e que também tinham, no fundo da alma, esse mesmo desejo do inimaginável. E eles até conceberam o que eu não concebi e fizeram o que eu não fiz. Mas é um desejo tão alto, tão universal, tão correspondente aos anelos profundos de tantos e tantos homens, que o monumento ficou para todo o sempre: a Catedral de Colónia!" Plínio CORRÊA DE OLIVEIRA, "O inimaginável e o sonhado", in Catolicismo, n° 543 (Março de 1996), p. 28. Roberto de Mattei “O Cruzado do século XX – Plinio Corrêa de Oliveira” Tradução do original italiano: Leo Daniele, Livraria Civilização Editora, Porto, 1997 in http://www.pliniocorreadeoliveira.info/Cruzadoseculo20.pdf Como pode alguém dar qualquer crédito a esse comentário? Não há qualquer análise da história, da arquitetura, da decoração, ou qualquer outra coisa da catedral: o comentário de Plínio é um vazio absoluto. Talvez no facebook o comentário fizesse sucesso. Quantas curtidas não haveria para tamanha inutilidade? Sobretudo em nossa época em que, após o aparecimento dos teólogos e filósofos da internet, começam a surgir também os poetas. Segundo me disseram, é possível dar muitas risadas com o que é publicado, mas os textos não são recomendáveis, tendo em vista o baixo padrão moral que normalmente segue este tipo de artistas. Em todas as ações da TFP sempre há algo de ridículo, algo que coloca aqueles que estão dispostos a lutar contra os erros do modernismo na situação vexatória de ter um grupo como a TFP ao seu lado. No caso, veja-se a seguinte afirmação de De Mattei: “Na Europa não se conhece o papel do Dr. Plinio nem dos Bispos brasileiros. Conhece-se mais a versão do “Reno sobre o Tibre” [título de um livro que relata a influência dos teólogos alemães, belgas e holandeses sobre os padres do Concílio] , mas a verdade histórica é outra: uma luta de duas minorias, uma conservadora e outra progressista. Dentro da minoria havia uma minoria do lado esquerdo - Dom Helder Camara – e, do lado direito, os Bispos brasileiros e Dr. Plinio. Neste sentido, a historia do Vaticano II é uma história brasileira”. Diante de tal tolice foi impossível conter os risos, mesmo para um auditório composto de pessoas fanatizadas ou enganadas. Mas talvez o próximo livro de De Mattei tenha como título O Tiete se lança sobre o Tibre. Certamente será um livro muito poluído. De Mattei, juntamente com alguns dos zumbis, afirmaram que o grande ator do Vaticano II, que estava por trás da resistência católica tinha sido Plinio. Qual a prova apresentada para tão surpreendente revelação? Nenhuma! De Mattei se limitou a afirmar, de forma totalmente gratuita, que um texto escrito por Dom Sigaud tinha clara inspiração de Plinio. Infelizmente não houve ninguém na plateia com coragem para contestar tamanha tolice. Entretanto, em sentido contrário vejamos o que afirma Dom Lefebrve: "Tínhamos máquinas de escrever e mimeógrafos e algumas pessoas, três ou quatro. Fomos muito ativos mas insignificantes em comparação com a organização do I.D.O.C.. Brasileiros, membros da TFP, nos ajudaram com grande abnegação, trabalhando durante a noite rodando textos que cinco ou seis bispos havíamos redigido. Era o comitê diretor do "Coetus Intertionale Patrum" que eu havia fundado com Mons. Carli, bispo de Segni e Mons. De Proença Sigaud, arcebispo de Diamantina, no Brasil. Duzentos e cinquenta bispos haviam se filiado á nossa organização" http://www.saotomas.com/livros/Portugues/Doliberalismoaapostasia.pdf Portanto, não houve colaboração intelectual, o que houve foi uma ajuda no trabalho de escritório. Os textos foram redigidos pelos bispos e o trabalhado burocrático foi entregue ao pessoal da TFP. Isto é muito diferente de afirmar que Plínio foi o inspirador dos bispos. Entretanto, teria sido uma revelação sensacional para o auditorio TFPista o nome dos membros deste escritório... Assim, ou se acredita no texto de Dom Lefebvre ou se afirma que ele mentiu, querendo tomar para si os méritos que cabiam a Plínio. Creio, entretanto, que nem o mais fanático discípulo de Plínio seria capaz de defender tamanho absurdo. Pena que vários admiradores de Dom Lefebvre que estavam presentes na plateia permaneceram em silêncio. A tese fundamental da palestra foi a gravidade da omissão do Vaticano II em relação ao comunismo. Apesar de não ser dito explicitamente, ficou-se com a impressão de que o principal erro do Vaticano II teria sido este. Ainda segundo De Mattei, Plinio foi quem percebeu esta situação em relação ao comunismo, graças a sua teologia contrarrevolucionaria da História. Exatamente o que significa isto, ele não esclareceu. O normal, com uma frase deste tipo, seria o auditório rir novamente, mas ele foi aplaudido e, novamente, não houve qualquer contestação. De Mattei afirmou não ter grande interesse nos problemas doutrinários do Vaticano II. Ele se apresentou como historiador e deixou as questões teológicas para outros estudiosos. Veja-se, por exemplo, o seguinte trecho extraído da palestra: “Quando falo de revolução não trato da doutrina contida no Vaticano II, refiro-me ao evento histórico que alterou a lingugem da Igreja no sentido mais amplo do termo. No plano histórico os documentos não são tudo. Ninguém conhece as constituições da Revolução Francesa, no entanto, a guilhotina explica melhor o que foi a Revolução Francesa do que a Constituição dos Direitos do Homem. Não estou formulando um juízo teológico a respeito do Concílio, estou formulando um juízo histórico”. Inicialmente, vale a pena ressaltar que o método utilizado por De Mattei foi condenado por São Pio X na Pascendi: Há certos modernistas que se atiram a escrever história, que parecem muito preocupados em não passar por filósofos e chegam até a declarar-se totalmente alheios aos conhecimentos filosóficos. É isto um rasgo de finíssima astúcia; para que ninguém os julgue embebidos de preconceitos filosóficos e assim pareçam, como eles dizem, completamente objetivos. Em verdade, porém, a sua história ou crítica não fala senão filosofia e as suas deduções procedem por bom raciocínio dos seus princípios filosóficos. Ressaltamos que não estamos afirmando que o autor é modernista, apenas constatamos que ele utiliza um método modernista de analise histórica, o que no mínimo já coloca em dúvida suas conclusões. Na realidade, De Mattei dará sequência ao pensamento expresso por Plinio no livro Revolução e Contra-Revolução - RCR. Pensamento e livro que De Mattei não se cansou de elogiar durante a palestra. Ele chegará ao extremo de considerar Plinio um profeta do concílio: “Quem eram os verdadeiros profetas do Concílio? Plinio foi um dos poucos a ver o alcance revolucionario do Concílio Vaticano II” Plinio escreveu RCR em 1960 antes, portanto, do concílio. O livro é uma espécie de Corão Tefepista. Os membros da TFP eram obrigados a decorar trechos inteiros e repeti-los na presença de Plinio. No início da reunião destinada aos mais jovens, ou seja, a turma do João Clá, era sorteado o felizardo para declamar o texto que deveria ter sido decorado. Quem errava tinha que assistir a reunião de cara voltada para a parede. No início, o sorteio se repetia até que alguém soubesse o texto, mas depois havia tanta gente de cara na parede que se resolveu limitar os candidatos da “porta da felicidade”. A finalidade da obra Revolução e Contra Revolução é analisar o processo revolucionário. Porém, o livro tem graves e evidentes erros doutrinários e históricos[1]. Em 1979, Plínio publicou uma nova parte do livro. Nesta, é claro não havia como deixar de tratar do Concílio. Vejamos então o que Plinio afirma sobre o Vaticano II: “Do ponto de vista de Revolução e Contra-Revolução, o êxito dos êxitos alcançado pelo comunismo pós-stalinismo sorridente foi o silêncio enigmático, desconcertante, espantoso e apocaliticamente trágico do Concílio Vaticano II a respeito do comunismo. Este concílio se quis pastoral e não dogmático. Alcance dogmático ele realmente não teve. Além disso, sua omissão sobre o comunismo pode fazê-lo passar para a história como o concílio a-pastoral (RCR part II, cap. I nº 4 p. 193) O Professor Orlando deixa claro, em sua análise, como a visão apresentada por Plínio é falsa: Para Plinio, que nega existir uma doutrina na raiz da Revolução, o maior mal do Vaticano II não foi, entre outros graves, a revelação quenótica, não foi a colegialidade, não foi a liberdade de religião, não foi o ecumenismo, não foi nem mesmo o igualitarismo religioso, não foi a democratização da Igreja. O maior mal teria sido o silêncio sobre o comunismo – que certamente foi um erro bem grave – mas consequente da raiz gnóstica oriunda do Modernismo. As tolices da terceira parte do RCR sobre o Vaticano II não param por ai - veja-se a seguir outra afirmação de Plínio: “em uma palavra, o alcance desta transformação [trazida pelo Vaticano II] é tal, que não hesitamos em afirmar que o centro, o ponto mais sensível e mais verdadeiramente decisivo da luta entre a Revolução e a Contra-Revolução se deslocou da sociedade temporal para a espiritual e passou a ser a Santa Igreja, na qual, de um lado progressistas criptocuministas, procomunistas, e de outro lado, antiprogressitas, e anticomunistas se confrontam”. (RCR parte III, cap. I nº 3 p. 203) Ao que comenta o Professor Orlando: Quer dizer que a Revolução só se deslocou da esfera temporal para a esfera da Igreja com o Vaticano II? E Lutero não era padre? E a Reforma não era religiosa? E a Revolução não começou na Igreja? Somente mentes tefepistas fanáticas e cegamente viotescas poderão tentar defender tal disparate. A causa deste erro tão evidente e tão grave foi, na análise do Professor, “Uma falha bastante grave no pequeno livro de Plinio sobre a Revolução e Contra Revolução é a ausência de qualquer consideração filosófica como se as três revoluções não tivessem nenhuma relação com a filosofia. Certamente essa ausência provém do fato de que Plinio negou haver uma raiz doutrinária na Revolução. É impressionante ver como, de fato, De Mattei é um bom discípulo de Dr. Plinio. Pois além do parágrafo já mencionado acima, onde ele despreza os documentos do Concílio - e, portanto, sua doutrina - e coloca em destaque apenas os fatos, ele comunicou ainda na palestra sua falta de interesse na análise das questões doutrinárias do Concílio. O Papa Franscico não segue a hermenêutica da continuidade [em relação ao Vaticano II]. Não há segue porque não é interessado no debate hermenêutico. E nem eu [De Mattei] sou interessado ao debate hermenêutico. Eu tenho interesse nos fatos. Nos fatos e na história é difícil negar a descontinuidade histórica. Um outro problema são teologos debaterem os documentos. Veja-se como De Mattei segue a mesma linha da RCR. Que discípulo exemplar! E culto! E prestigiado! João Clá não tinha o menor conhecimento nem histórico nem dos princípios dos ensinamentos de Plínio que lhe permitissem dar uma palestra como esta. Os provectos, por sua vez, estavam totalmente desacreditados diante da opinião pública. E ao que levou a atuação de Plínio? Vejamos novamente o que escreveu o Professor Orlando: “Jamais a TFP fará um trabalho teológico contra a Revolução na Igreja. Curiosamente, ele impedirá a publicação do livro escrito por Arnaldo Vidigal Xavier da Silveira contra a Missa Nova de Paulo VI. Ele irá a Roma tentando ser convidado a falar no Concílio. Mas, protestará que Dom Mayer e Arnaldo Xavier tivessem levado a TFP a fazer uma campanha contra o divórcio, enquanto ele estava confiando á cama de um hospital. Ele defenderá a família, não o matrimônio. Alguém dirá que De Mattei quis abordar um aspecto apenas do Concílio, que são as questões históricas. Mas então será forçado a admitir que ele caiu no mesmo erro que atribuiu ao Concílio, ou seja, a omissão. E uma omissão tão grave que distorce a análise do que realmente ocorreu. Assim, os Zumbis da TFP novamente se apresentam, no momento em que o debate teológico e doutrinário sobre o Concílio Vaticano II começa a reaquecer, fruto do pontificado de Bento XVI. Eles procuram atrair a simpatia de Bispos e padres, apresentando-se como os grandes inimigos do Vaticano II. Na realidade, suas criticas muitas vezes caem tranquilamente no ridículo e desviam – sempre - a discussão do verdadeiro debate, que é doutrinário, tanto filosófico como teológico, para uma questão simplesmente de fatos. Para aqueles que quiserem saber o autor da frase equivocada que deu início a este artigo, recomendo a leitura do livro No Pais das Maravilhas A Gnose Burlesca da TFP e dos Arautos do Evangelho. O texto citado encontra-se já no prefácio, mas aqueles que leram o livro até o seu final conhecerão bem a doutrina gnóstica que está por trás dos velhos do IPCO e dos Arautos do Evangelho. Da parte da Montfort, rezamos para que Deus proteja a Igreja deste mal. Que Nossa Senhora faça com que os perversos sejam destruídos, os ingênuos libertados e nós permaneçamos fieis ao legado que o Professor nos transmitiu, sem simulações. Foi d´abord, et non pas la politique! A Fé acima e antes de tudo, e não a política.
[1] O Professor Orlando escreveu um trabalho comentando estes erros da RCR. O trabalho não foi publicado porque o Professor resolveu dar prioridade à publicação do livro Gnose Burlesca da TFP e Arautos do Evangelho. Se Deus permitir, em breve os leitores de nosso site conhecerão esse texto na integra.
Para citar este texto:
"IPCO – Os Zumbis voltam à cena"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/veritas/igreja/ipco-os-zumbis-voltam-a-cena/
Online, 21/11/2024 às 09:16:39h