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É declarada a guerra no Vaticano
Orlando Fedeli
Cardeal de Viena ataca o Cardeal Sodano
A guerra movida pela “Laicidade” ao Papa Bento XVI, por ter ele rompido o acordo anterior feito pelo Vaticano com certas forças inimigas da Igreja, causou os primeiros ataques públicos de Cardeais a Cardeais, e de um Cardeal ao Papa.
Com efeito, agora foi a vez do Cardeal Kasper, bem conhecido herege modernista, que nega a Ressurreição de Cristo, e que está sempre em diálogo namorento com todos os hereges, a atacar Bento XVI, dizendo que o Papa não deveria dialogar com os Bispos e teólogos da FSSPX , mas apenas com os hereges protestantes.
O que prova o que é o “diálogo” dos defensores do Vaticano II.
Também nestes dias, o Cardeal Shoenbron, de Viena, aquele que tanto se opôs à nomeação de um Bispo antimodernista para a Diocese de Linz, saiu, de repente, de lança em riste contra o ex-Secretário de Estado de João Paulo II, o bem poderoso Cardeal Sodano (o mesmo que se opôs, em 2000, à publicação do Terceiro Segredo de Fátima), por ter impedido que o então Cardeal Ratzinger instalasse uma investigação sobre a pedofilia e o homossexualismo no Clero. Sodano defendeu que se acobertassem esses casos que ele considerava “fofocagem”.
Agora, porém, ficou público que as “fofocas” eram acusações muito verdadeiras...
E a mídia culpa, hoje, Bento XVI pelo acobertamento que Ratzinger queria denunciar. E que o Cardeal "So-dano" queria ocultar e absolver...
O site Montfort traduz e publica para seus leitores esses novos posicionamentos que comprovam que a guerra entre os modernistas, defensores do Vaticano II e acobertadores da pedofilia (o partido do relativismo dogmático e moral), chegou finalmente aos postos mais altos do Vaticano, abertamente rebelados contra o Papa Bento XVI.
E os sedevacantistas, mesmo os que eram da FSSPX, cerram fileiras com os modernistas, no ataque geral ao Papa Bento XVI.
Deus proteja e dê forças a Bento XVI
Viva o Papa!!!
São Paulo, 9 de Maio de 2010.
Orlando Fedeli
Pedofilia: ataque sem precedentes do Cardeal Schonborn ao ex Secretário de Estado Cardeal Sodano: “Ele cobriu os abusos e agora ofende as vítimas”
Fonte: Papanews.it
08/05/10 CIDADE DO VATICANO: O Cardeal Arcebispo de Viena, Christoph Schonborn, aluno e amigo de Ratzinger, acusou com nome e sobrenome o ex-Secretário de Estado vaticano, Cardeal Angelo Sodano, de ter ofendido as vítimas dos abusos em um discurso no qual reduzia o escândalo da pedofilia a uma ''fofoca'' e o repreendeu abertamente de ter se oposto, 15 anos atrás, a uma investigação interna sobre os delitos de fundo sexual, realizada pelo então titular da diocese de Viena, o Cardeal Hans Hermann Groer.
O purpurado permaneceu em seu cargo apesar das acusações infamantes e foi 'demitido' antes do tempo máximo, quando já então a Igreja na Áustria havia perdido muito de sua credibilidade.
Já, nas últimas semanas, Schonborn havia aludido ao papel negativo de Sodano, fazendo referências a uma espécie de ''partido'' diplomático da Cúria, que se opusera à proposta do então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Joseph Ratzinger, de criar uma comissão de investigação a respeito de Groer.
Num encontro informal com os jornalistas, em 28 de abril, o atual Arcebispo de Viena decidiu dar o último passo e de não mais usar perífrases: entre outras coisas, o Cardeal Schonbron definiu como ''pesada ofensa às vítimas' 'a afirmação feita no dia de Páscoa pelo Cardeal Sodano, segundo o qual as notícias sobre os abusos sexuais a menores de idade seriam apenas ''uma fofocagem''. As palavras do Arcebispo de Viena, pouco a pouco, filtraram na mídia austríaca e foram retomadas pela agência católica ''Kathpress''. Da parte do Cardeal Sodano não houve nenhuma réplica.
O ex-Secretário de Estado do Vaticano não respondeu nem mesmo a uma outra história paralela que o envolve: a dos Legionários de Cristo. O semanário americano 'National Catholic Reporter', numa investigação minuciosa, documentou os acobertamnetos recebidos na Cúria pelo fundador da ordem, Padre Marcial Maciel Degollado, culpado de pedofilia, de uma vida dupla com mulher e filhos, e de obscuros tráficos financeiros.
A ''Legião'', sacudida pelos ''delitos'' (termo usado pelo Vaticano) de seu ''padre carismático'', por decisão do Papa, foi agora enviada ao comissariamento. Na conversa com os jornalistas, Schonborn explicou que a primeira preocupação do clero durante muito tempo foi a de proteger os abusadores mais do que as vítimas. ''Dizia-se: a Igreja deve ser capaz de perdoar, mas aquela era uma maneira falsa de compreender a compaixão'', insistiu. Desde a época de Groer, a Igreja austríaca mudou de comportamento e nomeou leigos, sobretudo mulheres, para investigar os casos de abusos sexuais perpetrados por padres. ''Tuttavia - disse Schonborn - essa abertura de uma parte da Igreja não é partilhada por todos no Vaticano''.
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Por sua vez, o jornalista Andrea Tornielli, comentando essa notícia escreveu o seguinte:
Schoenborn ataca Sodano: “Não quis investigar Groer”
Fonte: Il Giornale.it
Andrea Tornielli em 09/05/10:
No Giornale de hoje publico a notícia (e um comentário meu) das palavras do Cardeal Arcebispo de Viena Christoph Schoenborn, o qual dias atrás atacou diretamente o ex Secretário de Estado Cardeal Angelo Sodano.
Schoenborn, demostrando um protagonismo mediático crescente, encontrou um grupo de jornalistas no último 28 de abril e aprofundou com eles algumas declarações que ele mesmo havia feito exatamente um mês antes,“diplomática da Cúria romana” de investigar o Cardeal Hans Hermann Groer, Arcebispo de Viena acusado em 1995 de cometer abusos sexuais (ocorridos muitos anos antes de sua nomeação episcopal) por parte de alguns ex seminaristas. quando havia dito que o Cardeal Ratzinger foi impedido pela ala
Schoenborn, que em março não havia citado nomes, agora trouxe à berlinda diretamente o Cardeal Sodano“fofocagem” as notícias dos escândalos, na mensagem de solidariedade ao Papa lida em Mundovisão, no início da Missa de Páscoa. E acrescentou que teria sido exatamente o Cardeal Sodano que impediu que se criasse uma comissão de inquérito para indagar as acusações a Groer, como queria Ratzinger. . Antes de tudo ele o criticou por ter definido como
As palavras de Schoenborn foram relatadas pelos jornais austríacos em 29 de abril, mas poucos as souberam. Porém, elas foram repetidas pela agência de informação católica austríaca Kathpress (e isso significa que o Cardeal não foi de modo algum repreendido por dizer isso) no passado dia 4 de maio. Três dias atrás, falaram disso o Tablet, e ontem a notícia foi republicada também pelas agências italianas. Jamais acontecera que um Cardeal chamasse publicamente in causa um outro Cardeal, além do mais o decano do colégio cardinalício. É o sintoma de um acerto de contas feita por meio da imprensa. É um sintoma evidente do fato que já agora superaram-se todas as convenções. Schoenborn aponta diretamente ao principal colaborador de João Paulo II e as suas palavras lançam uma sombra inquietante sobre a Cúria wojtyliana.
Para citar este texto:
"É declarada a guerra no Vaticano"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/veritas/igreja/guerra-vaticano/
Online, 21/12/2024 às 18:35:33h