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Contradições e divisões na FSSPX
Orlando Fedeli
Os últimos acontecimentos nas negociações entre a FSSPX e a Santa Sé deixaram patente uma profunda divisão entre os Bispos seguidores de Dom Lefebvre. De um lado, os que se opõem ao acordo com Roma, liderados por Dom Williamsom, o Bispo tradicionalista que tem o nome de Beethoven escrito em seu coração, e que conta com o apoio dos sede vacantistas incrustrados na FSSPX. De outro lado, os que exigem um acordo com a Santa Sé.
Dom Fellay, procurando salvar a unidade da FSSPX, ora pende para um lado, ora para outro. Quando vai a Roma é todo sorrisos para com o Papa e o Cardeal Castrillón. Quando volta a Ecône, fala grosso contra o possível acordo, embora ele nunca use a expressão “os romanos”, como o ex anglicano Dom Williamsom chama as autoridades da Cúria. Parece que Dom Williamsom não perdeu certo linguajar anglicano...
Dom Fellay, procurando salvar a unidade da FSSPX, ora pende para um lado, ora para outro. Quando vai a Roma é todo sorrisos para com o Papa e o Cardeal Castrillón. Quando volta a Ecône, fala grosso contra o possível acordo, embora ele nunca use a expressão “os romanos”, como o ex anglicano Dom Williamsom chama as autoridades da Cúria. Parece que Dom Williamsom não perdeu certo linguajar anglicano...
As negociações entre a FSSPX e a Santa Sé se desenrolam muito secretamente. Isso alimenta rumores, nem sempre fundamentados.
Soube-se agora, que no dia 4 de Junho passado, Dom Fellay esteve em Roma em negociações sobre o possível acordo com a Santa Sé.
Dom Fellay, em entrevista concedida nos Estados Unidos, deixou filtrar algumas condições concedidas pelo Papa: em primeiro lugar, a anulação das excomunhões de Dom Lefebvre, de Dom Mayer e dos Bispos sagrados por eles em 1988; segundo, a instituição de uma Prelatura pessoal do tipo que foi concedida ao Opus Dei.
Num documento publicado pelo Abbé Celier, falava-se de uma hipotética concessão à FSSPX do direito de “criticar séria e construtivamente” os pontos do Concílio Vaticano II e da Missa Nova, causadores de divisão e de celeuma doutrinárias, e que isto poderia permitir um acordo.
Segundo boato proveniente de Campos, onde Dom Galarreta teria estado, esse Bispo teria dito que Dom Fellay, no encontro com o Cardeal Castrillón em 4 de Junho passado, havia aceito as condições concedidas por Roma, e que Dom Fellay teria fechado o acordo com o Cardeal Castrillón Hoyos.
Logo depois, vieram dois documentos de padres da FSPX condenando os sede vacantistas. Isso também parecia indicar um acordo, pois parecia uma medida para impedir que algum Bispo da FSSPX voltasse a dizer que o Papa Bento XVI era pior que Lutero, e que voltassem a chamar o Papa Bento XVI simplesmente de Joseph Ratzinger. O que cheira a sede vacantismo.
Dom Williamson, numa entrevista, na qual começou declarando sua devoção por Beethoven, terminou dizendo que sabia que negociações com Roma estavam em curso, mas que ele se limitava a ficar vendo o sol nascer.
Aí, foram publicadas pelo jornalista Andrea Tornielli as cinco condiçoes prévias da Santa Sé resultantes das negociaçoe de Dom Fellay com o Cardeal, em 4 de Junho de 2008, para um acordo com a FSSPX, e estabelecendo a data de 28 de Junho como prazo de resposta oficial da FSSPX.
Por que essa data?
Que fato novo exigiria uma resposta da FSSPX até dia 28?
As cinco condições resultantes do encontro, portanto, em princípio aceitas por Dom Fellay, no fundo, apenas exigiam respeito pela pessoa do Papa, coisa que qualquer católico está obrigado a manter
Ei-las:
Condições resultantes do encontro de 4 de Junho de 2008 entre o Cardeal Dario Castrillon Hoyos e Bispo Dom Bernard Fellay:
1) O empenho a dar uma resposta proporcionada à generosidade do Papa.
[Quais foram as generosas concessões feitas pelo Papa? A FSSPX não as publicou oficialmente]
2) Empenho em evitar toda intervenção pública que não respeitasse a pessoa do Santo Padre e que possa ser negativa para a caridade eclesial.
[Comezinha condição, até de simples boa educação, quanto mais necessária para qualquer católico. Quanto mais para Bispos. Isso visava especialmente pedir a Dom Williamsom e a Dom Tissier de Malleraias que se abstivessem de linguagem ofensiva para com o Papa].
3) Empenho para evitar a pretensão de um magistério superior ao Santo Padre e de não propor a Fraternidade em contraposição à Igreja.
[Condição absolutamente necessária para que a FSSPX não pretenda se colocar como Papado paralelo, o que destruiria a Igreja. Recusar esta condição seria dar prova de heresia e de cisma]
4) Empenho em demonstrar a vontade de agir honestamente na plena caridade eclesial e no respeito à autoridade do Vigário de Cristo.
[Outra condição absolutamente necessária e indispensável para qualquer um ser católico. Recusar isso é prova de revolta e desrespeito ao Papa, sinal de heresia e de cisma]
5) Empegno em respeitar a data -- fixada no final do mês de Junho - para responder positivamente. Esta será uma condição pedida e necessária como preparação imediata à adesão para obter a plena comunhão.
[Quem fixou essa data? Muito provavelmente Roma. Por quê? Dom Fellay, em 4 de Junho, concordou em dar resposta até essa data? Nada se diz sobre tudo isso. Seria importantíssimo saber se já em 4 de Junho Dom Fellay sabia desse pedido da Santa Sé].
Mesmo sem conhecer quais foram as generosas concessões feitas pelo Papa à FSSPX, não se compreende como se possam recusar essas cinco condiçòes, sem faltar com o respeito à autoridade suprema do Papa, Vigário de Cristo na terra.
Só um herege, ou um cismático - e muito mal educado - assinaria cinco propostas opostas.
Para deixar isso mais claro, coloquemos as cinco condições de Roma em formulação contrária:
1 - Não agradeceremos as generosas concessões feitas pelo Papa e não lhe daremos resposta proporcionada.
2 - Não nos empenharemos em dar respostas públicas respeitosas ao Papa e não nos empenharemos em respeitar a caridade eclesial.
3 - Não evitaremos dar nem mesmo a impressão de que temos um magistério paralelo ao do Papa.
4 - Não demonstraremos desejo de agir honestamente com caridade eclesial, e nem respeito pela autoridade do Vigário de Cristo.
5 - Não aceitamos datas para dar resposta ao Papa. Consideramos que colocar datas, exigindo resposta nossa, é um ultimatum inaceitável..
Basta ver as proposições do Vaticano postas em formulação negativa, para se compreender o absurdo da recusa de alguns Bispos da FSSPX ao que o Papa pediu.
Logo se começou a falar em “ultimatum do Papa à FSSPX”, o que já indicava que havia resistências...
A FSSPX convocou uma reunião extraordinária, para discutir que resposta daria ao Vaticano
Quando se esperava um acordo entre a FSSPX e Roma, veio a primeira reação contrária, partindo, é claro, de Dom Williamsom.
Em uma entrevista dada por esse Bispo a Bruno Volpe, em 26 de Junho, ele se apressou a dizer que a resposta a Roma seria negativa, embora reconhecesse o tom apreciável da carta do Cardeal Castrillón Hoyos:
Monsenhor Williamson, como o senhor considera as propostas de Roma? Considera praticável uma recomposição do cisma?
“Apreciei o tom da carta do Cardeal Castrillon Hoyos, mas francamente penso que não se fará nada e que nossa resposta será negativa”.
Ainda bem que ele apreciou o tom da carta do Cardeal Castrillón. Mas então, porque a FSSPX - e Dom Fellay - antipaticamente falaram em “ultimatum”?
Na sexta feira, 27 de Junho, em sermão feito na cerimônia das ordenações de Ecône, o Bispo Dom Galarreta deu como que a resposta da FSSPX ao Papa:
“O ultimatum do Cardeal: Chamar isso de um "ultimatum" é exagerado. Ele foi, para nós, um desejo de nos assustar, para fazer pressão a fim de obter um acordo puramente prático. Esse caminho que eles querem nos impor é um beco sem saída e não vamos entrar por ele. Não podemos nos comprometer a trair a profissão de Fé, nem deixar-nos entrar em risco de demolição.
”Nossa resposta ao Santo Padre é então a de seguir por etapas com os conhecidos pré requisitos e uma discussão doutrinária. Que produzirá esta resposta: se uma pausa ou uma estagnação em nossos contatos com Roma, ou uma nova condenação - e nos perguntamos a nós mesmos o que -, ou uma retirada das excomunhões”. [do site rorate-coeli.com].
Note-se que Dom Galarreta não exclui a possibilidade de proximamente serem levantadas as excomunhões de Dom Lefebvre e dos Bispos que com ele foram punidos há 20 anos atrás... Por que?
Note-se ainda que Dom Galarreta declara que seria exagero denominar a carta do Cardeal Hoyos de “ultimatum”, enquanto o porta-voz oficial da FSSPX usa exatamente esse termo para qualificar a carta do Cardeal Castrillón Hoyos:
Porta voz da FSSPX : “Há uma carta mas 'Nós não temos intenção de responder a ela”
O porta-voz da FSSPX disse hoje à France-Presse (AFP):
"A Fraternidade não tem a intenção de responder a esse ultimatum," Padre Alain Lorans, porta voz da FSSPX, declarou à AFP, por telefone, desde Ecône (Suíça).
"Nós não prevemos nenhum acordo prático ou canônico antes que sejam consideradas as questões doutrinárias que foram causadas pelo Concílio Vaticano II"
[...].
"O Bispo Bernard Fellay [Superior Geral da Fraternidade] ficou surpreso com o descompasso entre o lançamento desse ultimatum e o seu conteúdo, que permanece bastante incerto," acrescentou Padre Lorans.
De acordo com Padre Lorans, o Superior Geral da Fraternidade, o Bispo Dom Fellay, escreveu uma carta às autoridades do Vaticano, na Quinta Feira.
O site RORATE nota:
“Mas então há uma carta, mas nenhuma resposta ao suposto "ultimatum" nela. Naturalmente, só o conteúdo dessa carta revelará exatamente em que ponto estão a duas partes, neste momento.”
Afinal, a carta do Cardeal Castrillón foi tida como ultimatum, ou é exagerado classificá-la assim?
Percebe-se uma certa flutuação nas reações da FSSPX.
Hoje , dia 1 de Julho, a FSSPX por meio de seu porta voz, Abbé Lorans, publicou o seguinte texto:
www.dici.org
“No dia 4 de Junho de 2008, a pedido do Cardeal Dario Castrillón Hoyos, presidente da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, o Superior Geral da Fraternidade São-Pio X, Mons. Bernard Fellay, foi a Roma acompanhado pelo Segundo Assistente Geral, abbé Alain-Marc Nély.
“Durante a conversa, ele lhe entregou um memorandum sob forma de ultimatum, exigindo uma resposta até o fim do mês de Junho. No dia 23 de Junho, contra o costume, o jornal italiano Il Giornale revelava a existência desse ultimatum e publicava o seu conteúdo, no dia seguinte, em sua edição eletrônica. A informação era retomada nos dias seguintes pelo conjunto da imprensa internacional. Assim, à urgência do ultimatum se acrescentava uma pressão mediática.
O documento do Cardeal Castrillón Hoyos formulava cinco exigências: além de uma resposta positiva reclamada até o fim de Junho da Fraternidade São-Pio X, na pessoa de seu superior geral, devia se comprometer a, (1) dando “uma resposta proporcionada à generosidade do Papa» ; (2) «evitar toda intervenção pública que não respeitasse a pessoa do Santo Padre e que fosse negativa para a caridade eclesial» ; (3) « evitar a pretensão de ter um magistério superior ao do Santo Padre e não propor a Fraternidade em contraposição à Igreja » ; (4) a « demonstrar a vontade de agir honestamente com toda a caridade eclesial e respeito da autoridade do Vigário de Cristo ».
“Notar-se-á que o caráter muito geral, para não dizer vago, das exigências formuladas conflita singularmente com a urgência de um ultimatum. Essas condições parecem visar obter um clima favorável a um diálogo posterior, mais do que a compromissos precisos sobre pontos determinados. A Fraternidade São-Pio X deseja que esse diálogo se situe em nível doutrinário e leve em conta todas as questões que, se fossem elididas, fariam correr o risco de tornar caduco um estatuto canônico estabelecido na precipitação. Ela pensa que a retirada prévia dos decretos de excomunhão de 1988 favoreceria a serenidade de um tal diálogo.
“A Fraternidade São-Pio X não tem a pretensão de exercer um magistério superior ao do Santo Padre, nem procura se opor à Igreja. Nas pegadas de seu fundador, ela quer transmitir o que recebeu, isto é, « o que foi sempre acreditado, por toda pare e por todos ». Ela faz sua a profissão de fé que Mons. Marcel Lefebvre dirigia a Paulo VI, no dia 24 de Setembro de 1975: « É a seu Vigário que Jesus Cristo confiou o encargo de confirmar seus irmãos na fé e a quem Ele pede de vigiar ao que cada Bispo guarde fielmente o depósito, conforme as palavras de São Paulo a Timóteo ».
“É nesse sentido que Mons. Fellay respondeu ao ultimatum numa carta ao Papa Bento XVI, na Quinta Feira 26 de Junho de 2008. O Cardeal Castrillón Hoyos, no dia seguinte, deu simplesmente um aviso de recebimento dessa resposta.
“Até mais ampla informação, não será feito outro comentário”.
Essas declarações causaram profunda decepção entre os católicos, assim como causaram alívio e alegria entre os modernistas, que torcem para que não haja acordo, porque desejam um enfraquecimento do Papa.
Por exemplo, o jornalista Andrea Tornielli escreveu:
“Os cinco pontos, as condições que publiquei dias atrás, não visam fechar a boca aos seguidores de Dom Lefebvre, mas trazê-los de volta a um nível de discussão marcado pela caridade cristã e pelo respeito pelo Pontífice, requisitos mínimos para poder afrontar o tema da revogação da excomunhão”.
“Revogação da excomunhão?”
Seria isso o que está para sair?
Deus o queira!
E os tais cinco pontos nada tem de vago, mas são bem claros ao exigir modos católicos ao tratar com o Papa.
Embora discordemos de alguns comentários de Andrea Tornielli, tememos que ele tenha alguma razão ao dizer que, na FSSPX, não se nota tanta “saudades da comunhão com o Papa”,
Pelo menos em alguns “corações” de Bispos da FSSPX, essa ausência de saudades de comunhão com Roma parece ser um perigo real.Beethoven ocupa certos espaços que deveriam ser de Cristo...
Um certo recuo de Dom Fellay...
Depois dos manifestos e palavras dos “duros” da FSSPX, como já se tornou tradicional entre os tradicionalistas, Dom Fellay se apressou em tomar um tom mais conciliador com relação ao Papa.
Eis seu pronunciamento numa Rádio Suíça, na sexta feira, dia 27 de Junho:
Fellay: "Já dei uma resposta e veremos como Roma reagirá”
O Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal D São Pio X (FSSPX / SSPX), Bispo Bernard Fellay, garantiu, hoje, numa entrevista a Gino Driussi, da RTSI (a Rádio Suíça em língua italiana), dando algumas respostas muito esclarecedoras:
...
[17:45][Fellay:] “Talvez seja falso, de certo modo, dizer diretamente, que eu rejeito, que proponho uma total rejeição [das condições], Isso não é verdade. Antes, vejo nesse ultimatum uma coisa muito vaga e confusa. Mas, de fato, já escrevi uma resposta e veremos como Roma reagirá.
...
[18:53] [Fellay:] “Para mim, esse ultimatum não tem sentido, porque temos negociações com Roma que vão adiante com uma certa velocidade, que realmente é vagarosa. E é verdade, por outro lado, que ambos o Cardeal[Castrillón Hoyos] e o Santo Padre quereriam que fosse uma velocidade mais acelerada. Por mim, o único sentido desse ultimatum é a expressão do desejo de Roma de dar uma pressa um pouco maior às negociações. Portanto, para mim, não é uma reconsideração de todas as nossas relações.
[18:53] [Fellay:] “Para mim, esse ultimatum não tem sentido, porque temos negociações com Roma que vão adiante com uma certa velocidade, que realmente é vagarosa. E é verdade, por outro lado, que ambos o Cardeal[Castrillón Hoyos] e o Santo Padre quereriam que fosse uma velocidade mais acelerada. Por mim, o único sentido desse ultimatum é a expressão do desejo de Roma de dar uma pressa um pouco maior às negociações. Portanto, para mim, não é uma reconsideração de todas as nossas relações.
[Entrevistador:] "Então, o Senhor espera continuar em diálogo?
[Fellay:] “Sim, sim, é possível que agora tenhamos um tempo de mais, de frieza, mas, francamente, para mim, isso não acabou, não”.
Conclusão
A FSSPX não revela unidade com relação ao que ela deveria dizer ao Papa.
1 - O Porta voz da Fraternidade declarou:
”"A Fraternidade não tem a intenção de responder a esse ultimatum," (Padre Alain Lorans, porta voz da FSSPX, declarou à AFP, por telefone, desde Ecône (Suíça)..
Logo depois Dom Fellay declarou que respondeu ao Papa.
2 - Para Dom Galarreta, seria um exagero denominar as condições postas pelo Papa de ultimatum.
Dom Fellay e o Abbé Laurans afirmaram que a carta do Cardeal Hoyos foi um ultimatum.
Afinal foi ou não foi um ultimatum?
3 - Dom Willimason afirmou que a resposta da FSSPX ao Vaticano seria “negativa”.
“Apreciei o tom da carta do Cardeal Castrillon Hoyos, mas francamente penso que não se fará nada e que nossa resposta será negativa”.
Dom Fellay respondeu ao Vaticano e declarou:
“francamente, para mim, isso não acabou, não”, e que, portanto as negociações com Roma continuam.
Tudo isso revela temor, hesitação e divisão na FSSPX.
A ala sedevacantista da FSSPX luta para que não haja acordo nenhum com Roma, com Joseph Ratzinger, como disse um dos Bispos lefrevistas. Outra ala, se preocupa com o definhamento das saudades de união coma Igreja, fato que levaria lentamente a uma mentalidade sectária, cismática.
Entre essas duas alas, navega Dom Fellay, usando linguagem dura com os duros, linguagem mais branda com Roma.
Claro que a FSSPX faz bem em exigir:
1 - A anulação das injustas excomunhões de Dom Lefebvre e de seus Bispos.
2 - Uma garantia para sua sobrevivência na forma de uma Prelatura Pessoal do tipo dado ao Opus Dei
3 - Finalmente, -- o que é absolutamente necessário -- um debate teológico profundo sobre os erros do Vaticano II e sobre a Nova Missa.
O que o Vaticano propôs com os cinco pontos da Carta Castrillón, foi que no futuro debate, e desde já, se usassem formas civilizadas, caridosas, e eclesiais de respeito para com o Papa.
Nada mais justo.
E isso nada tem de vago.
Pelo contrário, tem endereço certo: que Dom Fellay, como Superior da FSSPX, obrigue Dom Tissier de Mallerais e Dom Williamsom a coibirem excessos de linguagem desrespeitosos para com o Vigário de Jesus Cristo, o Papa Bento XVI.
Visando somente o bem da Igreja, a vitória sobre os erros do Vaticano II e da Nova Missa, continuemos a rezar pelo Papa e pela FSSPX.
São Paulo, na Festa da Visitação de Nossa Senhora a santa Isabel, 2 de Julho de 2008.
Orlando Fedeli
PS.1 -- Havíamos concluído este artigo, quando nos chegou, esta notícia de Andrea Tornielli:
Roma e Fraternidade São Pio X, o diálogo prossegue
02/07/08 http://blog.ilgiornale.it/tornielli
“Soube de fonte certa que, ao contrário do que foi dito em certos artigos, a resposta da Fraternidade à carta do Cardeal Castrillòn não foi de modo algum negativa. O Cardeal ficou contente com ela, respondeu a Fellay e imediatamente fez chegar a carta da Fraternidade a Bento XVI. Depois do prazo de fim de Junho,os lefrevistas pedem tempo mas - parece - procurarão ater-se aos tais cinco pontos”.
Deo gratias!
OF.
PS.2 - Dia 1 de Julho de 1988 foi a data da excomunhão de Dom Lefebvre...
Há 20 anos...
O Vaticano tem pressa, diz Dom Fellay...
OF.
Para citar este texto:
"Contradições e divisões na FSSPX"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/veritas/igreja/divisoes_fsspx/
Online, 21/11/2024 às 08:51:45h