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Católicos, defendam a Missa: ela é o vosso coração e o vosso sangue!
Padre Matthieu Raffray
Diante do excelente texto que nos traz o padre Raffray nosso desejo seria de fazer muitos comentários, entretanto, dada a qualidade e precisão do que é apresentando nos limitamos apenas a cumprimentar ao padre Raffray: parabéns padre Raffray! Que Deus mantenha sua disposição no combate pela Santa Missa quando tantos permanecem em silêncio.
No momento em que também no Brasil começam a retomar a proibição das Missas públicas, o artigo do padre Raffray é muito oportuno.
A seguir a tradução do artigo. Os destaques são nossos
Diante do combate pela missa, que agora acontece às portas de nossas igrejas, alguns não veem o que está em jogo. Eles acreditam, ouvindo a mídia e alguns bispos com medo do poder, que se trata apenas de um punhado de excitações inconscientes, de conspiradores hediondos ou mesmo - se, Deus me livre, eles são fiéis do "Quotidien" [programa da TV Francesa] - que os jovens mascarados rezando o Rosário seriam extremistas perigosos que deveriam ser denunciados às forças da ordem pela devoção republicana.
Um pouco de teologia é, portanto, necessária, na ausência de convicção, coragem ou mesmo um senso básico de justiça. Porque é simplesmente, lembremo-nos, para fazer compreender às autoridades que a missa dominical não é nem mais perigosa nem menos essencial do que Leroy Merlin, Lidl [redes de varejo da França] ou as plataformas RER B [companhia de trens da França]. Pois a Missa é ao mesmo tempo o coração, a origem, o ápice e a meta da nossa fé. Sem ofensas aos protestantes e modernistas de todos os estilos, a fé católica não se trata de sentimento, vibração ou necessidade pessoal. Caso contrário, não seria universal, como diz o nome "católico". Ir à missa também não é viver a comunhão, a partilha ou a fraternidade: para isso há os jogos da seleção francesa. A missa é um ato de adoração, público.
Ela é um sacrifício oferecido a Deus, oferecido de uma vez por todas pelo sacerdote Jesus Cristo, há 2.000 anos: é o próprio Deus que dá a vida na cruz pela salvação de todos aqueles que se desejam unir. Ali se realiza o ato santíssimo e venerável que existiu na história da humanidade, como na história pessoal de cada discípulo de Cristo: se não há missa, não há salvação, nem fé, nem cristão, nem Deus feito homem...
Admito que o parágrafo anterior provavelmente confundiu alguns. E não apenas Yann Barthès [apresentador do programa Quotidien] ou ministros ignorantes, com suas recomendações patéticas para orar em seus corações ou na Internet. Muitos católicos bobos ou católicos mundanos, aqueles que amam violões litúrgicos e missas onde se bate palmas: todos aqueles que esqueceram o significado profundo e dramático do sacrifício da Missa, seu caráter salvador e infinitamente sagrado, todos esses, infelizmente, são incapazes de entender por que a missa é essencial para qualquer católico digno desse nome.
Então, sim, aqueles que ainda têm uma fé viva e orgulho de serem católicos, no meio das ruínas, estão certos em se levantar novamente publicamente hoje para defender o que, por 2000 anos, foi "um escândalo para os fracos e uma loucura para os pagãos ”: como Antígona diante do tirano, como os primeiros cristãos reunidos nas catacumbas, como os vendeanos nos bosques, como os padres nos campos de concentração que, à noite, recitavam as palavras da consagração, apesar dos perigos e ameaças, para restaurar a fé e a esperança aos homens e participar, na sua medida, da salvação do mundo ...
Padre Matthieu Raffray do Instituto do Bom Pastor, Roma, 18 de Novembro de 2020
Para citar este texto:
"Católicos, defendam a Missa: ela é o vosso coração e o vosso sangue!"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/veritas/igreja/defendamissa/
Online, 21/11/2024 às 08:54:40h