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Começa se esvair a cortina de fumaça de ópio pós-conciliar: o verdadeiro valor normativo e cogente do Vaticano II
Orlando Fedeli
O site messainlatino.it acaba de publicar um comentário a um artigo do Padre Manfred Hauke, demostrando que o Concílio Vaticano II, tendo sido pastoral, nada teve de dogmático, não podendo se exigir dos fiéis um assentimento tal como se ele fosse um Concílio dogmático infalível.
Padre Manfred Hauke prova que o próprio Concílio nunca exigiu que suas afirmações fossem tidas como infalíveis, e jamais os textos do Concílio exigiram dos fiéis uma aceitação de fé divina e católica.
O texto do site Kreuz.net mostra então que, no período pós conciliar, se criou uma cortina de fumaça de ópio para ocultar a verdade de que o Vaticano II não foi infalível. Um oco triunfalismo conciliar tentou transformar textos sem autoridade dogmática do Vaticano II em textos que deveriam ser aceitos sem qualquer crítica.
Agora que o Papa Bento XVI concordou em abrir as discussões teológicas entre a Santa Sé e a FSSPX, fica patente que os textos do Vaticano II podem ser discutidos e corrigidos, e que sobre eles o Papa dará, no futuro, o verdadeiro juízo. Ora, o que pode ser discutido e corrigido não é infalível
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Como ficam, então, os que durante 40 anos, no Brasil e no mundo, enganaram os fiéis impingindo-lhes que o Vaticano II era infalível e intocável?
E como ficam aqueles que, nos últimos dez anos, acusaram a Montfort de herética e cismática por declarar que o Vaticano II não podia ser aceito no que contrariava a doutrina de sempre da Igreja Católica?
Como ficam os que afirmavam que eram hereges os que criticavam ou negavam as teses modernistas ou ambíguas do Vaticano II?
São Paulo, 18 de setembro de 2009.
Orlando Fedeli
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Messainlatino.it
Quarta Feira, 16 de Setembro de 2009
Valor normativo e cogente do Concílio
No último número da revista Theologisches, de grande prestígio acadêmico, pelo menos até quando certos posicionamentos ortodoxose a tornaram suspeita e desvalorizada à inteligentzia modernista alemã, o Padre Manfred Hauke, entre outras coisas, autor de um livro sobre o “Pro multis” e professor de dogmática na Faculdade teológica de Lugano, demole a "Petição para o Concílio Vaticano II", lançada meses atrás pela flor das flores do establishment católico (particularmente docentes das faculdades teológicas daquele país e liturgistas).
Observa P. Hauke que a adesão incondicional aos textos do Concílio não é exigida em nenhum lugar do próprio Concílio. Este, segundo as interpretações autênticas dadas pelos Papas, considerou a si mesmo como um Concílio pastoral, "ancorado a uma situação histórica determinada, que era sujeita a modificações". Com efeito, as suas declarações sobre a Fé não contém nenhuma definição dogmática, que possa exigir um assentimento incondicional, e quanto ao resto, o conjunto deve ser considerado conforme as regras clássicas do conhecimento teológico, as quais é preciso aplicar as da categoria particular dos documentos conciliares, que se extendem desde a mais forte "Costituições dogmáticas" até às mais fracas "Declarações".
O assentimento respeitoso que lhes é devido naturalmente não significa dizer que todas as afirmações conciliares individualmente tomadas estejam subtraídas à discussão crítica.
Como se vê, o bom senso teológico começa a se filtrar das espessas cortinas da fumaça de ópio doutrinal criada há 40 anos de oco triunfalismo pós conciliar.
Fonte: Kreuz.net
Para citar este texto:
"Começa se esvair a cortina de fumaça de ópio pós-conciliar: o verdadeiro valor normativo e cogente do Vaticano II"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/veritas/igreja/comeca-a-sair/
Online, 21/12/2024 às 18:09:27h