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Crônicas
Rio Tejo
Marcelo Andrade
Tejo rio da Espanha e Portugal
Rio Tejo de Lisboa e Toledo capital
Tejo rio das forjas de muitas espadas
Rio Tejo das naus de águas navegadasTeu leito é da meseta e da montanha
Tua terra é da Espanha
Tua nascente é do Monte Universal
Tua foz é do mar de PortugalRio Tejo, és o rio da Torre de Belém
A guardiã branca e casta do mar d’além
Tejo rio, és o rio do Alcácer de Toledo
A fortaleza incorruptível sem medoRio Tejo, acompanhaste a clássica civilização
Testemunhaste os bárbaros e sua conversão
Choraste pelos mouros e a injusta conquista
Alegraste pelos cruzados e a justa reconquistaRio Tejo, a água que, por todo seu leito, percorre
É o sangue que, nas veias de Portugal e Espanha, corre
O sangue que Portugal deu pelos mares navegados
E a Espanha deu pelos territórios conquistadosDe suas águas saíram as caravelas de futuras vitórias
Para suas águas voltaram as naus com muitas histórias
Suas águas foram usadas para a forja de espadas
Que na mão de reis ajudaram terras a serem tomadasRio Tejo, não chores por rios mais famosos
Tampouco por outros mais formosos
Teu curso é de terras majestosas
Teu leito é de águas corajosasTejo rio, não chores por rios maiores
Ou pretensamente melhores
Rio Tejo, tens belas histórias
Escritas com lutas e glórias
Marcelo Andrade
nov/2002
Para citar este texto:
"Rio Tejo"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/veritas/cronicas/tejo/
Online, 21/11/2024 às 08:40:09h