Leonardo Boff: "O Papa poderia provocar um cisma"

Religión Digital

Leonardo Boff, o teólogo brasileiro da Libertação que abandonou a Igreja por pressões do então Cardeal Ratzinger, Prefeito da Doctrina da Fé, se mostra surpreso e “escandalizado” pela reabilitação que o Papa concedeu aos quatro Bispos lefevrianos. E vai mais além, porque garante que, continuando por esse caminho, “Bento XVI poderia provocar um cisma”.

“A concessão do perdão aos lefevrianos é surpreendente e, para muitos setores da Igreja, é inclusive escandalosa.

“Parece claro que é uma decisão que faz parte da lógica do Papa Bento XVI, que pretende aglutinar a Igreja conservadora e tradicionalista, que se distancia do Concílio Vaticano II. Nesse projeto, os lefevrianos são aliados naturais dele”, explica o teólogo carioca, um dos pais da Teología da Libertação.

A seu ver, trata-se, pois, de um passo a mais no projeto de restauração ao qual Ratzinger dedicou sua vida enquanto foi Cardeal e, mais ainda, desde que chegou ao sólio pontifício.

“Essa decisão do Papa me parece desprezível, entre outras razões porque tenho fundadas suspeitas de que os lefevrianos não vão se contentar com esta vitória, mas logo passarão ao ataque e exigirão mais, até chegar a uma revisão do Concílio Vaticano II”.

E aqui enraiza o maior problema, segundo Boff. “Se eles conseguirem isso, poderia inclusive se produzir um cisma dentro da Igreja. Porque o Vaticano II é universal e uma ruptura com suas conquistas seria uma ruptura no corpo da Igreja”.

Comentário: Modernistas ameaçam fazer um cisma declarado                  

Fazendo eco a Hans Kung e ao site Golias, que conclamaram a que se faça um cisma contra Bento XVI, o comunista Genésio Boff – ex Frei Leonardo Boff – se manifesta anti ecumênico com a FSSPX, e ameaça, também ele, fazer um cisma declarado, caso o Papa reveja o Concílio Vaticano II. 
Frei Boff, defensor de todo relativismo, tal como certos modernistas “moderados”, defende o Vaticano II como o único e absoluto dogma da Igreja.