Igreja e Religião
Papa conclama farmacêuticos a não prescreverem pílula abortiva
Robin Pomeroy
CIDADE DO VATICANO - Os farmacêuticos precisam ter a liberdade de não fornecerem medicamentos que provoquem aborto ou eutanásia, afirmou o papa Bento 16 nesta segunda-feira, convocando os profissionais da área de saúde a serem "críticos conscientes" dessas práticas.
O papa afirmou durante uma convenção de farmacêuticos católicos que parte do trabalho deles consiste em proteger a vida humana desde a concepção até a morte natural --a Igreja considera pecaminosos o aborto e a eutanásia.
"É impossível anestesiar a consciência quando, por exemplo, nos referimos a substâncias cuja finalidade é impedir o embrião de se instalar ou de abreviar a vida de alguém", disse o pontífice.
A chamada pílula abortiva, que pode ser comprada em muitos países da União Européia (UE) e que conta com a aprovação dos EUA desde 2000, não foi totalmente autorizada na Itália.
O Vaticano criticou os esforços de alguns políticos italianos favoráveis à pílula, que impede a ação do progesterona, um hormônio necessário para que a gravidez avance.
O papa afirmou durante a conferência que os farmacêuticos poderiam sempre optar por não prescrever esse medicamento.
"Convido a federação dos senhores a considerar a objeção consciente, um direito que precisa ser reconhecido para a profissão dos senhores a fim de que os senhores consigam não colaborar, direta ou indiretamente, com o fornecimento de produtos que visam a objetivos claramente imorais, como por exemplo o aborto e a eutanásia", disse.
Para citar este texto:
"Papa conclama farmacêuticos a não prescreverem pílula abortiva"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/imprensa/igreja/20071029/
Online, 21/11/2024 às 08:43:36h