Igreja e Religião
Bispo espanhol a sacerdotes: Vistam-se de padres e confessem individualmente
O Prelado alentou a *não ministrar *"*nunca a absolvição coletiva*. Ensinemos aos jovens e às crianças a aproximar-se deste sacramento com freqüência. É um leito precioso para uma formação personalizada, que educa a consciência nos mandamentos de Deus e de sua Igreja". "Que em cada paróquia tenha assinalados momentos precisos ao longo de todo o ano (não só na Quaresma e na Páscoa) onde o sacerdote está disponível para confessar os penitentes", acrescentou.
Ao falar da obrigação que têm os sacerdotes de vestirem-se como tais, Dom Fernández disse que o faz "para recordar com todo meu carinho e meu respeito para cada um de vós o que *a Igreja nos manda*. É um gesto muito significativo que implica muitos aspectos de toda nossa vida sacerdotal".
Para o Prelado, "a época, não longínqua, em que se impôs a modade se vestir como os outros" já "aconteceu". "Mas, além disso, não é questão de moda. Disse na primeira Missa crismal de 2005: 'Quanto eu gostaria de ver todos vestidos de padre de maneira inequívoca, que *alegria sente o povo quando pode identificar facilmente o sacerdote*'".
"Hoje muitos pretendem apagar todo rastro de Deus da sociedade em que vivemos. Não façamos seu jogo, nem contribuamos a esta ausência de Deus", advertiu Dom Fernández e alentou a que "com uma *veste singela e austera, digamos a todos que somos sacerdotes* e que estamos contentes de sê-lo. Derivar-se-ão muitos bens para nossa diocese, se obedecermos a Deus neste ponto".
Finalmente, o Prelado citou a disposição da Congregação para o Clero: Diretório para o ministério e a vida dos presbíteros, de 1994, que no número 66 recorda a obrigação do traje eclesiástico para os sacerdotes. "Em uma sociedade secularizada e tendencialmente materialista, onde tendem a desaparecer inclusive com os sinais externos das realidades sagradas e sobrenaturais, sente-se particularmente a necessidade de que o presbítero–homem de Deus, dispensador de Seus mistérios– *seja reconhecível aos olhos da comunidade*, também pela veste que leva, como sinal inequívoco de sua dedicação e da identidade de que desempenha um ministério público".
(destaques nossos)
DIRECTÓRIO PARA O MINISTÉRIO E A VIDA DOS PRESBÍTEROS
66. Obrigação do hábito eclesiástico
Numa sociedade secularizada e de tendência materialista, onde também os sinais externos das realidades sagradas e sobrenaturais tendem a desaparecer, sente-se particularmente a necessidade de que o presbítero — homem de Deus, dispensador dos seus mistérios — seja reconhecível pela comunidade, também pelo hábito que traz, como sinal inequívoco da sua dedicação e da sua identidade de detentor dum ministério público.(211) O presbítero deve ser reconhecido antes de tudo pelo seu comportamento, mas também pelo vestir de maneira a ser imediatamente perceptível por cada fiel, melhor ainda por cada homem, (212) a sua identidade e pertença a Deus e à Igreja.
Por este motivo,o clérigo deve trazer um hábito eclesiástico decoroso, segundo as normas emanadas pela Conferência Episcopal ['this is the problem'...inclusiv
Pela sua incoerência com o espírito de tal disciplina, as praxes contrárias não se podem considerar legítimas e devem ser removidas pela autoridade eclesiástica competente.(
Salvas excepções completamente excepcionais [em geral as CNB's do mundo sempre se encaixam nesta], o não uso do hábito eclesiástico por parte do clérigo pode manifestar uma consciência débil da sua identidade de pastor inteiramente dedicado ao serviço da Igreja(.215)
Coletivamente, CLERO sem BATINA parece EXÉRCITO sem uniforme: uma turba!... e, individualmente, em público, SOLDADO SEM UNIFORME parece um CIDADÃO COMUM, com os mesmos deveres de um cidadão comum, não se vendo na obrigação de cumprir com deveres inerentes à sua condição de militar, como dar bom exemplo com o seu comportamento, defender a ordem, estar visivelmente à disposição de quem lhe pede ajuda, socorro, etc.
O mesmo acontece com um SACERDOTE sem BATINA: tende a não se ver na obrigação de cumprir seus deveres inerentes ao SACERDÓCIO: dar bom exemplo com o seu comportamento, defender a Lei de Deus, a doutrina da Igreja, e estar visivelmente à disposição de quem lhe pede socorro espiritual.
Diz o ditado que o "hábito não faz o monge"... certo!...mas que ajuda a "fazê-lo", não há dúvida, pois, os efeitos do seu abandono após o Concílio Vaticano II vemos nos jornais, e por pouco não destruiu o clero em muitos países do Ocidente, tal o número de apostasias que propiciou.
Conforme aludido pelo Bispo deTarazona, em 1994 --- portanto no pontificado de João-Paulo II, talvez o Papa mais aplaudido e o menos obedecido --- o Vaticano ordenou o uso da BATINA deixando, porém, a decisão de "casos especiais" às Conferências Episcopais Nacionais, cujo único hábito, como sabemos, é de transformar "CASOS ESPECIAIS" em "REGRAS GERAIS" e definitivas. Assim, "tudo continuou como dantes", em geral, "no quartel" do 'laicizado' Clero ocidental.
Que a atitude de D. Demétrio [me refiro ao bispo de Tarazona] seja exemplo para todos os bispos, incluindo ao nosso caro e Rev. D. Demétrio, da Diocese de Jales, assim como a muitos outros Bispos da CNBB que se exibem em mangas de camisa, ou quase.
Marcelo Fedeli
Abril de 2007
Para citar este texto:
"Bispo espanhol a sacerdotes: Vistam-se de padres e confessem individualmente"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/imprensa/igreja/20070409/
Online, 03/12/2024 às 17:12:33h