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Conversas à Mesa: um livro mentiroso sobre Lutero?
PERGUNTA
Olá caros amigos da Montfort. Salve Maria! Venho mais uma vez pedir o auxílio de vocês para combater os hereges que atacam a Santa Igreja. Desta vez meu amigo protestante me enviou uma foto de um texto relacionado a um autor chamado Ricardo Gárcia Villoslada, que pelo o que notei era um Padre Católico. Nessa foto ele afirma que as acusações feitas à lutero no livro conversas a mesa seriam algumas um engano dos escritores que por sinal eram seus fiéis seguidores. Vejo que diante da vida leviana que lutero levava, não era estranho esperar que ele falasse certas blasfêmias sobre Nosso Senhor e a Santa Igreja. Me ajudem por favor a provar para esse meu amigo que lutero disse essas coisas absurdas e que sim é um homem mau.
RESPOSTA
Prezado João Pedro,
Salve Maria!
É um prazer poder ajudá-lo a provar que Lutero era um escandaloso blasfemador.
Desde já, agradecemos a confiança em nosso apostolado!
Seu amigo protestante, apoiando-se nas declarações de um sacerdote da Igreja – Pe. Ricardo García Villoslada – pretendeu desqualificar a terrível blasfêmia do “evangélico” Martinho contra a pureza de Cristo. Na referida citação, o sacerdote católico não admite que Lutero tenha, de fato, ofendido gravemente a honra de Nosso Senhor.
Antes de tratar especificamente sobre a opinião do padre Villoslada, algumas questões devem ser esclarecidas:
1) É preciso considerar que o referido insulto não constitui a única blasfêmia de Lutero. Existe uma porção dessas asquerosas ofensas provenientes da boca imunda do herege “reformador”.
2) As “Conversas à Mesa” – anotações dos discípulos de Lutero – não constituem a única fonte sobre as escandalosas declarações do heresiarca. Embora pouco divulgado pelos inimigos da Igreja Católica, existem as próprias anotações de Lutero, organizadas e analisadas pelo padre alemão Theobald Beer.
Avaliaremos, primeiramente, as anotações dos discípulos, para depois arrematarmos com a própria escrita do blasfemador.
O referido sacerdote (Pe. Ricardo Garcia Villoslada) aventa – de boa fé – uma justificativa para livrar Lutero da grave blasfêmia contra Cristo. No bojo da argumentação, o Padre sugere um lapso do anotador da declaração, que teria omitido, por descuido, algumas palavras explicativas.
Duas questões nos forçam a descartar esse descuido hipotético:
1) Lutero blasfemava frequentemente, sem o mínimo escrúpulo (conforme demonstraremos pelas próprias anotações dos discípulos)
2) Os discípulos que anotaram as “Conversas à Mesa”, eram admiradores leais de Lutero, e teriam, por isso, o imenso cuidado em registrar com precisão o ensino do mestre.
Com isso concorda o próprio Padre Garcia Villoslada:
“Adoraban a su maestro, y es incomprensible que modificasen a sabiendas su pensamento” (Ricardo Garcia-Villoslada. Martín Lutero: En Lucha contra Roma. Tomo II. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 1976, p. 250-251).
Na Introdução da Edição Francesa (Les Propos de Table, de Martin Luther), temos as seguintes considerações:
“As palavras de Lutero foram captadas por discípulos excessivamente ávidos [...] eles estavam atentos a tudo. Estavam lá com suas anotações em mãos, independente se seu mestre saía ou pegava a caneta novamente. Por cima de seu ombro, liam as suas cartas e se uma exclamação de tristeza ou alegria escapasse dela, ela era imediatamente registrada. O que o sr. Martinho pensava em voz alta ou dizia para si mesmo, eles pediam para ouvir e as registrava. Ele não podia se mexer em sua cama ou falar enquanto dormia sem encontrar alguém atento a cada gesto. Mesmo em seus gestos mais insignificantes ele era espionado e os segredos mais protegidos de sua vida privada foram registrados com muita exatidão” (Les Propos de Table de Martin Luther: Revus Sur Les Éditions Originales. Et Traduits Pour La Première Fois En Français par Gustave Brunet. Garnier Frères. Paris, 1844, p. 5-6, grifos nossos).
Na mesma introdução, temos outra pertinente observação:
“‘Um homem observado e seguido tão de perto’, observa M. Michelet muito sabiamente, ‘deve ter deixado escapar muitas palavras e a cada momento ter desejado voltar atrás. Mais tarde, os luteranos se arrependeram. Se eles pudessem, teriam riscado muitas linhas e arrancado muitas páginas” (op. cit. p. 6).
Para ressaltar, por fim, a preocupação dos discípulos em anotar com precisão as palavras de Lutero, sem modificações ou levianas omissões, observa novamente o autor da Introdução da Edição Francesa:
“Como testemunhas atentas e devotadas do mais profundo respeito por aquele que eles constantemente chamavam de venerável homem de Deus, precisavam estar muito atentos a cada palavra que saía da boca do seu mestre e aos mínimos detalhes, para não deixar passar nada, pois, se tivessem que modificar ou acrescentar algo, eles acreditavam que estariam cometendo algum sacrilégio. O locutor disse: ‘eles colocavam seu orgulho e honra ao transcrever fielmente cada palavra’” (op. cit. p. 6-7).
Diante dessas considerações, como admitir que numa questão tão grave (Cristo acusado de adúltero) os fieis discípulos, preocupados em transcrever fielmente as palavras do mestre, tenham falhado em observar que a blasfêmia não era de Lutero?
Supondo que Lutero estivesse falando do pensamento dos Judeus sobre Cristo, ainda assim não fica provado que ele não concordava com a blasfêmia. Pelo que se lê na anotação, não consta qualquer reprovação do Dr. Martinho.
Vejamos na própria anotação, conforme nos brinda Funck-Brentano, admirador de Lutero:
“Cristo, diz Lutero, cometeu adultério pela primeira vez, com a mulher da fonte, de que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: ‘Que fez, então, com ela?’ Depois com Madalena, depois com a mulher adúltera, que ele absolveu tão levianamente. Assim Cristo, tão piedoso, também teve de fornicar, antes de morrer” (Funck-Brentano. Martim Lutero. 2ª edição. Rio de Janeiro: editora Vecchi, 1966, p. 151, grifos nossos).
Brentano, que é admirador de Lutero, chega a supor que tal blasfêmia tenha escapado num momento de embriaguez, mas logo em seguida descarta tal possibilidade:
“Jesus Cristo amante da Samaritana, de Madalena, da mulher adúltera! Livres pensadores, ateus, a quem citamos a passagem, assombraram-se. Seria para julgar que o Dr. Martim estava bêbado, quando se expandiu em semelhantes afirmações; mas não poderemos admitir isso, pois, ao menos nesse dia, seus fieis discípulos teriam evitado recolher-lhe piedosamente as palavras” (Ibidem).
Nem mesmo Brentano, admirador de Lutero, acreditava ser improvável o Dr. Boca Suja chamar Cristo de adúltero!
A verdade é que o texto inteiro, tal como se apresenta, indica tratar-se do próprio pensamento de Lutero, sobretudo quando se considera as próprias anotações do Martinho, como veremos na sequência.
Teriam os discípulos omitido alguma ponderação?
Seria uma pura e improvável especulação!
Essa hipótese torna-se ainda mais improvável, quando se considera que a acusação de adultério não foi a única blasfêmia de Lutero em suas “Conversas à Mesa”.
Na verdade, o bêbado Martinho tinha o costume de blasfemar!
Negando explicitamente o Livre Arbítrio, Lutero diz que Judas não podia deixar de trair Cristo, assim como Adão não podia deixar de ofender a Deus tomando do fruto proibido. Conclusão do “evangélico” Martinho: "Deus age sempre como um louco" (Funck-Brentano. Martim Lutero. 2ª edição. Rio de Janeiro: Editora Vecchi, 1956, p. 111).
Um “evangélico” chamando Deus de Louco!
Que exemplo!
De blasfemador...
Veja, a seguir, o respeito de Lutero por Jesus Cristo:
“Pensais, sem dúvida, que o beberrão Cristo, tendo bebido demais na ceia, aturdiu os discípulos com uma vã tagarelice?” (op. cit. p. 135).
Chamar Cristo de beberrão é atitude evangélica?
O que é isso senão uma nojenta blasfêmia?
Tem mais, João, muito mais sujeira de Lutero que os protestantes escondem de sua plateia de internet.
Não bastasse chamar Deus de louco e Cristo de beberrão, Lutero, com sua língua diabólica, chama Deus de estúpido:
“Certamente Deus é grande e poderoso, pensa Lutero, e bom e misericordioso e tudo quanto se pode imaginar nesse sentido, mas é estúpido” (op. cit. p. 147).
Lutero era tão sujo que não hesitava em justificar suas blasfêmias:
“Tendo sido censurado pelo dr. Jonas, por ter insultado Deus em seu Salmo Quare fremuerunt gentes, Lutero responde: (Propos de table, n. 2505 B): - Certamente, mas qual o profeta que não insultou Deus?” (op. cit. p. 148)
Além de insultar (blasfemar), o porco alemão ainda tenta justificar!
Com a Bíblia!
Com os profetas!
Eis a inspiração dos protestantes!
Contra a boca podre de Lutero, já preveniu Nosso Senhor:
“Como podem vocês, que são maus, dizer coisas boas? Pois a boca fala do que está cheio o coração” (S. Mateus XII, 34).
Boca suja, coração imundo!
Eis o defensor da “pureza” evangélica!
Tão puro era o coração do Martinho que ele chegou a inquirir se Deus não é o próprio Diabo:
“As tentações da carne são frívolas, a primeira mulher que chega pode remediá-las; mas Deus nos preserve das tentações, que dizem com a eternidade! Então não se sabe mais quem é Deus, e quem é o diabo. Chega-se a inquirir se o diabo não será Deus” (Funck-Brentano. Martim Lutero. 2ª edição. Rio de Janeiro: Editora Vecchi, 1956, p. 98).
Lutero está mais para um satanista do que para um evangélico!
Diante dessas declarações, não é difícil acreditar que a blasfêmia (“Cristo cometeu adúltero”), exprime a própria opinião do herege blasfemador.
Por isso, diferente do que disse o Padre Garcia Villoslada – citado pelo seu amigo protestante – não é absurdo pensar que o próprio Lutero considerava Cristo um adúltero.
Passemos, a seguir, às próprias anotações de Lutero, cujo peso comprobatório, além de indiscutível, nos permite entender o “motivo” pelo qual o porco alemão blasfemou tanto contra Deus.
Infelizmente, só encontramos o livro em alemão. Contudo, fiz questão de importar a obra da Alemanha e, na medida do possível, traduzir algumas páginas reveladoras de um Lutero escandalosamente maniqueu (gnóstico) e blasfemador.
Em fevereiro de 1992, o Padre Beer concedeu uma entrevista à Revista Italiana 30 Giorni. Nessa ocasião, o reverendo sacerdote expos o que encontrou nas próprias anotações autógrafas de Lutero.
Observe, caríssimo João, que agora a fonte em questão não é o que anotaram os discípulos, mas, o que o próprio Lutero escreveu, demonstrando de forma sincera, o seu mais puro “delírio maniqueísta”.
Por influência da gnose hermética, Lutero manifestou uma visão dualista da Divindade. Para ele – o piedoso Martinho – o Deus do Antigo Testamento é um Ser perverso:
“Deus [declara Lutero] é mau em si, é preciso atribuir a diabolicidade a Deus [...] porque Deus é em si mesmo mau e cruel.” (Lutero apud Pe. Theobald Beer. Revista 30 Giorni Ano VII, fev. 1992, pág.59, entrevista "Lutero? Delírio Maniqueísta").
Explicitando seu mais puro “amor” a Bíblia, Lutero também declarou (repito), em suas próprias anotações:
“... deve-se conceder uma hora de divindade do diabo e eu devo atribuir a diabolicidade a Deus” dizia o rebelde alemão! (op. cit. p. 55).
Como justificar essas frases blasfemas contra Deus? Lembrando que qualquer gnóstico aceitaria essas declarações do fundador do protestantismo. São afirmações que derrubam – definitivamente – a máscara do Martinho evangélico, preocupado em destruir – e não “reformar” – a religião e a doutrina de Cristo.
Esse dualismo do Lutero blasfemador, atestado em suas horrendas anotações, fez ele exprimir sua discordância com Santo Agostinho, que condenou o dualismo gnóstico dos maniqueus. Veja, caríssimo João, nas próprias palavras daquele que é o modelo de virtudes para as seitas protestantes:
“Lutero despreza Santo Agostinho. Nas Confissões, Agostinho ataca o dualismo dos maniqueus e critica a sua concepção de duas divindades em luta. À margem desse trecho, Lutero comentou: “É falso. É daqui que vêm todos os erros de Agostinho”. Portanto, ataca Agostinho onde ele se opõe aos maniqueus. Por isso, Melanchthon o acusou de maniqueísmo depois da morte, porque em Lutero voltam os dois deuses, os dois Cristos (...)” (op. cit. p. 58).
Será que esses protestantes de internet, que advogam apaixonadamente em defesa do cachaceiro Martinho, sequer leram suas anotações autógrafas?
Esse dualismo blasfemo do “evangélico” Martinho irá repercutir na Pessoa de Cristo. Com a mesma convicção gnóstica, Lutero não terá vergonha de blasfemar contra o Filho de Deus (repito), em suas próprias anotações:
“Cristo não tomou sobre si só uma condição humana geral, mas submeteu-se ao diabo e concorda com o diabo de alguma forma. Ele não assumiu só as culpas, como afirma a fé católica, mas também a disposição ao pecado” (op. cit. p. 55).
Cristo concorda com o diabo?
Um Satanista aplaudiria Lutero ao ler essa blasfêmia nada evangélica.
E como aceitar a afirmação de que Cristo não só assumiu as nossas culpas, mas a própria disposição para cometer pecados? Para Lutero, Cristo não seria imaculado, tendo, em sua própria natureza, a má inclinação para ofender a Deus.
A visão dualista-gnóstica sobre Cristo, que Lutero absorveu do hermetismo, fica ainda mais explícita na seguinte anotação:
“Cristo não pode ser ‘pessoa’, deve ser um ‘compositum’, pois nele devem coexistir a divindade e a maldição, ou seja, a diabolicidade.” (op. cit. p. 55).
Para o gnóstico Martinho, Cristo é uma dualidade. Logo, ele não pode ser uma Pessoa, e tampouco a terceira da Santíssima Trindade. Em concordância com o diabo e inclinado para o pecado, Jesus é, na opinião do Dr. Martinho, maldição e verdadeiramente pecado:
“Lutero dirá, escandalosamente, baseado nesse seu maniqueísmo, que Cristo ‘(...) É rocha, pedra angular’. Mas acrescenta: pedra significa peccatum, ‘ita Christus vere est peccatum’ (Assim Cristo é verdadeiramente pecado). Não se trata de uma ‘pessoa’, mas de duas funções, cuja primeira é proteger-nos da ira divina e a segunda é dar-nos um exemplo” (op. cit. p. 56).
Cristo maldito, diabólico e pecador? O que é isso senão uma gravíssima blasfêmia contra Nosso Senhor, escrita pelo pai das seitas protestantes?
Diante de tais ofensas, produzidas pelas mãos imundas do Martinho, não surpreende ele ter acusado Cristo de adultério. Afinal, dizer que Cristo pecou está em conformidade com a doutrina gnóstica do Lutero histórico.
Para confirmar o que disse o Padre Theobald Beer, em sua entrevista, apresentarei, a seguir, as citações contidas no próprio Livro [em alemão] do referido sacerdote.
Que Deus nos perdoe por reproduzir mais uma vez as imundas blasfêmias do porco de wittenberg. Mas, para derrubar, de uma vez por todas, o Lutero mitológico – fraude midiática –, convém revelar suas próprias anotações diabólicas.
O livro [em alemão] tem 563 páginas. Portanto, darei aos nossos leitores apenas uma gota do imenso oceano de informações que nos proporcionou o Padre Beer.
Ao se referir a Cristo, declarou – em suas anotações – o “piedoso” Martinho:
“Cristo é supremamente pecador [...] Cristo não apenas tomou sobre si o castigo do pecado, mas se tornou pecado. Ele deixou de lado a santidade e quer ser pecado [...] Cristo é o maior pecador e o único pecador na terra e ninguém mais. O pecado penetra na psique de Cristo” (Theobald Beer. Der Fröhliche Wechsel und Streit: Grundzüge der Theologie Martin Luthers. Johannes Verlag Einsiedeln, 1980, p. 218).
Pergunto, caríssimo João: quem diz essas blasfêmias horríveis contra Cristo não será capaz de dizer que Ele cometeu adultério? Isso é o que o próprio Lutero escreveu! São anotações desse porco que nada tinha de evangélico!
Isso é apenas a pontinha da podridão desse blasfemador!
Infectado pelo dualismo hermético, assim declarou o fundador do protestantismo:
“Embora ele [Cristo] estivesse sempre totalmente iluminado, ele estava ao mesmo tempo totalmente confuso. O que diremos então? Cristo era ao mesmo tempo supremamente justo e supremamente pecador, supremamente mentiroso e supremamente verdadeiro, supremamente triunfante e supremamente desesperado, supremamente abençoado e supremamente condenado. Se não dissermos isso, não vejo como ele foi abandonado por Deus...” (op. cit. p. 356).
Segundo a boca suja do Lutero, Cristo era confuso, pecador, desesperado e mentiroso!
Blasfêmias do “evangélico” Martinho!
Diante de tais horrores, não é de surpreender que Lutero tenha chamado Cristo de adúltero!
Essa é a boca que, segundo os protestantes, veio defender a verdadeira doutrina de Cristo!
Lutero diz, categoricamente, que Cristo condenou o pecado tornando-se, Ele próprio, um autêntico pecador:
“Ele se tornou um pecador, sim, o próprio pecado, e assim tirou o pecado do mundo por meio do seu pecado” (p. 357).
Como essas palavras blasfemas de Lutero vão contra a Bíblia, que ele, cinicamente, dizia defender:
“Ele [Cristo] não cometeu nenhum pecado; mentira nenhuma foi achada em sua boca” (1 São Pedro, II, 22).
Nem pecador, e muito menos mentiroso!
O mesmo ensinou o Apóstolo São João:
“Mas sabeis que ele [Cristo] se manifestou para tirar os pecados e nele não há pecado” (1 São João III, 5).
Lutero fiel a Bíblia?
Mentira protestante!
Claro que algum protestante de internet, desesperado em livrar Lutero de suas blasfêmias, poderá recorrer – indevidamente – ao seguinte texto de São Paulo:
“Aquele que não conhecera o pecado, Deus o fez pecado por causa de nós, a fim de que, por ele, nos tornemos justiça de Deus” (2 Coríntios V, 21).
Uma simples comparação entre as palavras do Apóstolo e as de Lutero, mostra a evidente incompatibilidade.
Conforme explica o comentário da Bíblia de Jerusalém, a expressão “fez pecado” pode ser entendido no sentido de sacrifício/vítima, pois a mesma palavra hebraica hatta ‘t pode ter esses dois significados (cf. Lv 4, 1-5, 13).
É o que explica outro oportuno comentário:
“Na língua hebraica, o sacrifício pelo pecado, a vítima que era oferecida por certos pecados, chama-se também pecado” (Novo Testamento. Epístolas do Apóstolo S. Paulo. Bahia: Typographia de S. Francisco, 1910, p. 246).
Para confirmar esse sentido, cito mais um comentário, extraído da Verbum Dei: Comentario a la Sagrada Escritura:
“Dios permitió que Cristo sufriera un castigo que corresponde sólo a los pecadores, y en este sentido le hizo pecador” (B. Orchard, E. F. Sutcliffe, R. C. Fuller, R. Russell. Verbum Dei: Comentario a la Sagrada Escritura. Tomo IV. Barcelona: Editorial Herder, 1959, p. 235).
Perceba, caríssimo João, que do sentido bíblico (Cristo se fez pecado, isto é, vítima/sacrifício pela salvação dos pecadores), para as blasfemas anotações de Lutero, temos um abismo inconciliável. Nas palavras do Martinho, Cristo não foi apenas uma vítima, mas realmente um pecador: confuso, desesperado, mentiroso, maldito, diabólico, despojado de santidade, sujeito ao diabo e com disposição para o pecado!
O que Lutero diz é blasfemo e antibíblico!
Eis o Pai da “Reforma”!
Eis o arauto do evangelho!
Um porco alemão da boca maldita!
Que nossos leitores, mas sobretudo Deus, nos perdoe por reproduzir toda a sujeira de Lutero.
Mas para ficar bem nítido o verdadeiro Lutero blasfemador, conforme suas próprias anotações, encerramos com as seguintes palavras do herege Martinho:
“Os profetas já previram que o Cristo que viria seria o maior ladrão, blasfemador, profanador do templo, ladrão, porque ele não andaria mais em sua própria pessoa [...] Cristo oscila entre o louvor e a blasfêmia. Ele reprimiu o impulso de blasfêmia que ameaçava explodir dentro dele [...] No jardim [das oliveiras] ele [Cristo] ainda tinha um Deus que era gracioso com ele; mas aqui [na Cruz] Deus estava contra ele, de modo que ele caiu em impaciência com Deu e disse: se você salvou todos os pais, como você pode me deixar e se entregar ao diabo?” (Theobald Beer. Der Fröhliche Wechsel und Streit: Grundzüge der Theologie Martin Luthers. Johannes Verlag Einsiedeln, 1980, p. 360).
Para Lutero, Cristo é o maior ladrão, blasfemador, profanador, que oscila entre o louvor e a blasfêmia, tendo cometido, também, o pecado da impaciência”.
Eis o Lutero da história!
Um porco blasfemador!
Agora raciocine, caríssimo João: Quem diz tais blasfêmias, teria receio de dizer que Cristo pecou por adultério? Quem é ladrão, mentiroso, blasfemador, sujeito ao pecado e ao diabo, pode também ser um adúltero, segundo a doutrina gnóstica de Lutero.
Não é em vão que Melanchthon acusou Lutero de “Delírio Maniqueísta”.
A título de informação, Philipp Melanchthon foi contemporâneo e amigo de Lutero. Embora aliado da “reforma” luterana, recusou o dualismo delirante do Martinho sobre a Pessoa de Cristo.
Em resumo: as anotações de Lutero proporcionam a chave par entender por qual razão ele blasfemou, tão impiedosamente, contra a santidade de Cristo, a ponto de acusá-lo do pecado de adultério.
Diferente dos protestantes de internet – que preferem acreditar cegamente no Lutero mitológico – declarou, sensatamente, um protestante luterano [Krogh-Tonning]:
“Cumpre distinguir dois Luteros: um mítico, outro histórico. Ordinariamente só se ocupam do primeiro, ornado de todas as perfeições. Quando alguém quer apreciá-lo calça o coturno; olham-no do alto; e fazem tábua rasa da realidade. (...)” (Padre Leonel Franca. O Protestantismo no Brasil. Rio de Janeiro: Edito Agir, 1952, p. 305-306).
Os protestantes sonham...
Mas a realidade é um pesadelo...
De um Lutero blasfemador!
Espero tê-lo ajudado, caríssimo João Pedro, e rezemos, para que tão logo, uma editora passe para o português essa excelente obra do Padre Theobald Beer, pois, sem sombra de dúvidas, ela sepulta, de uma vez por todas, o falso Lutero da mitologia protestante!
In Corde Maria Regina
Eder Moreira