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As razões da minha contribuição com o apostolado da Montfort
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Nome:
Eder Moreira da Silva
Enviada em:
29/09/2023

 

As razões da minha contribuição com o apostolado da Montfort

 

Precisamente há quase 20 anos, iniciava minha jornada de pesquisa e estudo acerca da Igreja Católica. Ignorante sobre as coisas de Deus, e mergulhado no irracionalismo pentescostal da pretensa Renovação Carismática, acreditava - de boa vontade - que a religião de Cristo se resumia em festas paroquiais, dancinhas sensuais e corinhos sentimentais, sendo a missa um palco para a exposição de “talentos” e “dons extraordinários”. Minha catequese sequer havia me ensinado que, na liturgia dominical, o sacrifício de Cristo era misticamente atualizado, não cabendo, portanto, fazer festa durante a incruenta morte do Filho de Deus. Essa era a falsa imagem da Igreja que a RCC plantou na minha consciência, fato que me empurrou para um horroroso indiferentismo, a ponto de frequentar, ao mesmo tempo, as reuniões carismáticas e os cultos dominicais de uma seita protestante.   

 

Questionado por “amigos” não católicos, e diante de um “pastor” batista, que zombou, na minha frente, da Virgem Maria, comecei a buscar o que a maior parte do clero - salvo honrosas exceções - se recusa a ensinar: as verdades eternas do catolicismo. E foi nesse itinerário, nessa procura pelo tesouro da doutrina, que encontrei, por graça de Deus, o Site Montfort. Uma minúscula faísca tornou-se uma imensa labareda. Passei a imprimir, diariamente, um calhamaço de cartas e artigos. Passava horas, até dias inteiros, fechado no quarto lendo as afiadas e inebriantes respostas do saudoso professor Orlando Fedeli. Minha sede pela verdade começava a ser saciada. Minha ignorância iluminada, graças à fidelidade católica de uma pequena galera, no turbulento oceano da apostasia pós-conciliar. 

 

Em 2005 conheci o professor. Hospedado em sua residência (São Paulo), tive a satisfação de apreciar suas aulas inesquecíveis. O conhecimento era incomparável. A dedicação admirável. Mas o que mais  impressionava, nesse tempo de covardes, era a sua bravura em defender, sem medo de prejuízos, a integridade da Verdade. Nada de politicagem ou diálogo interesseiro. Seu apostolado era coerente! Sua luta inteiramente pela honra de Deus e da salvação das almas.

 

Bons tempos de combate! 

 

De polêmicas incendiantes!

 

De uma valentia desconcertante!

 

Há quem se diga aluno do professor, continuador do seu apostolado. Mas demonstra pouco ter aprendido dos seus ensinamentos. Católico que nem sequer reza mais, antes de iniciar uma polêmica, cujas aulas mais parecem querer agradar a direita, e não a Deus e a sua Igreja. Uma caravela sem Cruz, que navega em direção do liberalismo ou, quem sabe, de um visado cargo político. Uma vergonha histórica! E ainda diz ter sido o professor um dos maiores intelectuais do Brasil. Que rótulo mais inadequado, típico de uma mentalidade conservadora. A capacidade intelectual é o mais importante. Muitos hereges possuem, apesar do orgulho, uma incomum capacidade intelectual. O professor era sim católico! Um bom filho de Maria. De uma coerência refulgente! Vivia aquilo que ensinava! Não era bajulador! Não era conservador! Não vivia obcecado em ataques ao comunismo, na intenção de conquistar as curtidas, o dinheiro e, quem sabe, os  votos da direita bolsonarista. 

 

Entramos na era dos reacteiros!

 

De youtubers interesseiros! 

 

Piratas de Internet!

 

Traidores em busca da vanglória!

 

A ganância por plateia e por seguidores - vergonha histórica - chegou a um baixo nível deplorável. Até homem vestido de mulher tornou-se motivo para react. Pouco importa se muitos irão se sujar com imoralidades visuais. Publica-se tudo, desde que sirva de propaganda. Os princípios são menosprezados. Não se vê qualquer problema no piercing de uma liberal, ou nas pornografias do intagram de um olavete. Aceita-se qualquer convite para ter um destaque, e assim agradar a multidão de liberais. Pouco importa se o apresentador é um boca suja, que defende a liberação das drogas. O que importa é a chance de aparecer, ficando bem quietinho diante de alguns palavrões. Afinal, a propaganda é a alma do negócio. Aceita-se até mesmo o rótulo de católico de direita! Sem protestar! Docilmente! Vergonhosamente! 

 

Esse é o cenário de alguns que se dizem alunos do Professor!

 

Não imitam sua franqueza!

 

Silenciam diante do pecado!

 

Querem apenas se aglomerar!

 

Ecumenicamente!

 

Traidores do legado!

 

De um professor que não criava espantalhos!

 

Que dizia, sem medo de desagradar: “A esquerda foi criada para empurrar os católicos assustados para a direita conservadora”.

 

Um professor que Rezava!

 

A cada aula, um sinal da cruz e uma oração!

 

Que não gostava de elogios! 

 

Que repelia afagos e bajulações!

 

Que buscava apenas o triunfo da Verdade!

 

Sem omissões!

 

Sem exceções!

 

Sem modinhas ou invenções!

 

Sua alma afiada, não recusava uma batalha!

 

Ainda que a solidão fosse o prêmio!

 

Ainda que não tivesse o apoio da maioria!

 

Lutar por Deus, ainda que sob as vaias dos inimigos!

 

A polêmica era a alma do seu Apostolado!

 

O amor pela guerra!

 

A sede pelo heroísmo!

 

Por Deus!

 

Pela Igreja!

 

Pelo Papa!

 

O legado permanece!

 

Com menos brilho!

 

Mas permanece!

 

Montfort de Pé!

 

Alma cruzada!

 

Ardente pela Verdade!

 

Sem vaidades!

 

Sem likes!

 

Sem modinhas de youtubers!

 

Montfort de Pé!

 

Ainda que sozinha!

 

Deus assim conserve essa tão bondosa Associação!

 

Não de intelectuais!

 

Mas de bons católicos!

 

Fiéis ao legado!

 

De um bons cruzado!

 

E para finalizar, uma Ladainha!

 

Que não é da Montfort!

 

Mas que exprime, com exatidão, a vida do Professor!

 

E que conduz a caravela da Montfort

 

Um ladainha contra os reacteros interesseiros!

 

Os piratas da internet!

 

Contra os falsos alunos do professor!

 

Contra os youtubers da Fama!

 

Amados e seguidos pela tropa Liberal!

 

Uma Ladainha de Merry del Val!

 

“Do desejo de ser estimado, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser amado, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser conhecido, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser honrado, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser louvado, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser preferido, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser consultado, livrai-me, ó Jesus”

 

Obrigado, Montfort!

 

O legado permanece…

 

In Corde Maria Regina

Eder Moreira da Silva

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