TFP
TFP e Montfort
PERGUNTA
Prof. Orlando,
Primeiramente, venho prestar meus sinceros elogios pela sua ação de difundir a Fé Católica de forma clara, lógica e de simples compreensão para todos. Sabemos bem que, nos tempos de hoje, diante do relativismo dos tempos modernos, a fé das pessoas tornou-se algo frágil. Até mesmo os católicos que deveriam ter o conehcimento mínimo da Igreja a que pertencem, vêm-se em uma situação alienada, diante da sua própria ignorância.
Merece aplausos as suas explanações acerca da RCC, tendo em vista os absurdos, o fanatismo e o sensacionalismo difundido por esta. Acredito, de fato, que o seu posicionamento está coberto de razão, pois eu, infelizmente, na minha ingenuidade de jovem, avida por encontrar mentes que pensem como eu, fui, somente uma vez, a um grupo de oração carismático. Constatei lá tudo que aqui é explanado sobre o mesmo e digo-lhe que saí do recinto com uma sensação negativa e pesada, ao ver tanto sensacionalismo e não duvido estarem ali presentes espíritos malignos. Tal vivência, mínima que tenha sido, fez-me com que me agarrasse, mais ainda, aos meus conceitos (que são os que a Madre Igreja ensina) concernentes à doutrina cristã.
Contudo, quanto aos comentários acerca da TFP, tenho minhas reservas e permita-me, de modo sadio e respeitoso, discordar do sr. A priori, venho registrar que minha ligação com a TFP, restringe-se àquela com os Fundadores, onde tenho de lá grandes amizades e admiração. Por conhecê-los de tão perto, bem como a comunhão de pensamento dos seus membros com o que a Santa Igreja Católica ensina, digo-lhe, e posso afirmar convicta disso, que não se trata de um “seita” como o sr. afirma. Não há essa idolatria como o sr. afirma acerca da figura do Dr. Plínio e de sua mãe, porém, garanto-lhe que há uma profunda admiração; o que é natural e até sadio. Eu, partirculamente, admiro-o; assim, como ao que o sr. tem explanado aqui, pela sutileza e sabedoria com que transmite a Fé Católica.
O Sr. como qualquer católico tradicionalista sabe como, muitas vezes, somos ridicularizados no nosso dia-a-dia; pela forma com que pensamos e agimos. Quanto aos Fundadores da TFP, acredito que o fato de eles se recolherem e de certa forma se “isolarem”, como o sr. afirmou em uma de suas cartar, é fruto do cotidiano dos tempos modernos, que ridiculariza qualquer um que pense ou aja de modo conservador. Isso se dá, principalmente, pelo fato da pouca abertura dada nos veículos de comunicação aos pensamentos conservadores e tradicionais. Acredito que, nesse ponto, a internet tem sido um forte instrumento para a ação contra-revolucionária. Conheço a TFP, afinal, desde pouca idade, sempre vi nela a única forma pela qual eu tinha acesso a tudo o que o sr. tem pregado aqui. Devo muito o que sei a sua obra de divulgação da Fé Católica. Até hoje, ainda mantenho ligação com alguns de seus membros e vejo neles um forte senso cristão, em busca de divulgar a Fé Católica e agir em sua defesa, nunca se omitindo. Como qualquer outro ser humano, claro que possuem seus defeitos, mas de modo geral, posso afirmar que o ambiente na presença deles sempre se mostra leve, alegre e sadio; longe de qualquer gnosticismo ou envolvimento com a marçonaria por parte deles. Muito pelo contrário, sempre se opuseram, assim como o sr. e sempre pregaram o que o sr. prega aqui acerca da Doutrina Católica. Não encontro absolutamente nada de divergente entre o pensamento deles e o seu; apesar da pouca idade que tenho, acredite que cresci praticamente no meio deles e devo minha formação moral a esse ambiente e esses ensinamentos. Quem dera o mundo inteiro pensar como um verdadeiro católico! Mas creio que essa é a nossa missão seja da TFP, Fundadores ou não, seja da Ass. Montfort, seja de qualquer católico tradicionalista: A de defender a Santa Igreja, pregando a sua doutrina e submetendo-se a ela.
Com todo o respeito, pelo homem culto e inteligente que se tem mostrado em seus artigos e respostas às cartas, creio que os pensamentos de Dr. Plínio merecem aplausos, assim como os seus e de tantos outros que comungam com o mesmo.
Não importa se fulano de tal faz parte à TFP, à Montort etc, etc...o importante é seguirmos os ensinamentos da Igreja, se vamos ser mais reservados ou mais atuantes, depende da personalidade de cada um... há aquele que preferem viver em retiro e contemplação; depende da vocação de católico.
No entanto, creio eu que a melhor forma de se pregar e difundir a Fé Católica é o Amor. O Amor a Deus, refletido no Amor que temos ao próximo e no desejo de reencontrarmos todas as almas no Céu, o desejo de nos salvarmos e contribuir, de alguma forma, pra salvação de nosso próximo. Necessário é esse Amor nas orações quando resamos pela conversão dos infiéis, o Amor em cada atitude; princiaplmente qd pregamos os ensinamentos de Cristo. Tudo pelo Amor que devemos ter por Deus e pela Santa Igreja.
Divergências dentro de um grupo que pensa e age da mesma forma (católicos tradicionais), só enfraquecerá a luta. Deixemos de lado divergências, desentendimentos, rancores, “alfinetadas”. A vida é curta demais pra se agir assim; mais vale ganha-la em defesa dos valores morais do que “perder tempo” com “briguinhas”. Refiro-me, inclusive, com a dissidência dentro da própria TFP. Isso vale pra tudo na vida; inclusive dentro da célula-base da sociedade: a família. Os católicos devem buscar a unidade, convertendo os infiéis. Afinal, acredito que todos nós fazemos parte duma mesma família; somos irmãos no seio da Igreja e esta quer que, nessa condição, nos respeitemos, perdoemos, uns aos outros, sempre, para que possamos combater o bom combate.
Atenciosamente,
Priscila.
RESPOSTA