Nome:
Stephenson Ferraz de Morais
Enviada em:
27/10/2017
Local:
Caetité - BA, Brasil
Paz e Bem, Salve Maria Imaculada;
Assisto ao seu vídeo, gostaria de abrir um diálogo de Ideias contigo.
Eu me converti através da RCC, na minha paróquia a mesma é extremamente "tradicionalista", foi através dela que me senti instigado a estudar a Doutrina sejam Encíclicas Papais, sejam livros de Santos.
Aqui nós realmente combatemos o protestantismo, nós pescamos almas deles é os trazemos para o seio da igreja Católica, sempre.
Olha tenho 19 anos e hoje estou á frente do Ministério de Jovem, sou coordenador, hoje somos em cerca de 10 Jovens, de 13 a 21 anos, que brigamos com a igreja Protestante, abertamente não traçamos o ecumenismo.
Buscamos jovens do Álcool, das drogas, da prostituição etc... e não recebemos reconhecimento nenhum do nosso pároco. Sempre, sempre, sempre obedecemos nosso Pároco tudo que fazemos perguntamos a ele tudo que fazemos é com concordância dele.
Não nego quea RCC tem seus erros, sim tem, exageros grandiosos, sim tem, mas acho que generalizar isso tudo é meio que botar muita gente no mesmo pacote, e nós não somos assim, participamos da RCC, não por que reina o sentimentalismo, mas pq nos cobra uma radicalidade, e uma mudança de vida, sim aqui na nossa cidade pregamos muito a mudança de vida, queremos uma legião de Santos daqui no céu.
O que acha do que fazemos?
Stephenson Ferraz
Coordenador do Ministério Jovem SJPII
Paróquia Senhor do Bonfim
Diocese de Caetité
Stephenson, Salve Maria!
Você nos diz:
“Assisto ao seu vídeo, gostaria de abrir um diálogo de Ideias contigo.”
Depois que o Concílio Vaticano II estabeleceu o tal “diálogo” como principal regra de conduta dos católicos, a confusão triunfou.
Foi em nome desse “diálogo” que faz muitos bispos comemorarem a Revolta dos Hereges protestantes, dos quais Lutero, o heresiarca, era brutalmente contra o Papado e contra os bispos.
Foi em nome do “diálogo” que hoje muitos padres rezam missas macumbíferas, conhecidas como “missas afro”.
É em nome desse famigerado “diálogo” que bispos vão em reuniões em lojas maçônicas e a elas se associam.
É em nome do “diálogo” que surgiram os padres guerrilheiros dentre os quais se destacam os jesuítas latino americanos.
É em nome do maléfico “diálogo” que os pseudo-artistas da RCC se confraternizam alegremente em shows com pentecostais que ofendem Cristo nas sagradas espécies.
É em nome do viperino “diálogo” que é possível levar a imagem de Nossa Senhora Aparecida num imoral desfile de carnaval ou para coloca-La sob os pés de Buda num templo pagão.
Em nome desse contraditório “diálogo” que fundadores de movimentos modernos exigem de seus adeptos a submissão absoluta e silenciosa.
É em nome do nefasto “diálogo”, que foi tirada a fibra dos católicos, transformando-os apenas em aduladores de padres Fábios, Marcelos, Joãozinhos, Zezinhos, Reginaldos, Júlios e tantos outros que só fazem destruir o que resta de catolicismo.
É também em nome deste maldito “diálogo” que os bispos calam e perseguem os padres que querem praticar a doutrina tradicional da Igreja.
É, sobre tudo, em nome desse diabólico “diálogo”, que tudo pode se tolerar menos a Verdade e a Sã Doutrina.
Acho que você percebe, que a Montfort não é nada dialogante. Se me permite o trocadilho modernoso: nosso “carisma” é o combate e nossa “pastoral” é a polêmica.
Stephenson, você mesmo constata que “a RCC tem seus erros, sim tem, exageros grandiosos, sim tem”. Ora, como um movimento que tem erros e exageros pode ser bom? Pode a árvore má dar bons frutos? O fato de pessoas da RCC fazerem obras de caridade não torna a RCC boa. Pelo contrário, a trona mais enganadora. Não fazem obras humanitárias os Espíritas e os Maçons? Não buscam pessoas das drogas e da prostituição também os protestantes mais anticatólicos?
Você se engana em achar que combate o protestantismo ao mesmo tempo em que difunde as práticas e princípios da RCC. Da mesma forma que seu pároco se equivoca que tem a obediência dos Carismáticos. Duas características inerentes à RCC são o pentecostalismo, de origem protestante, e a oposição à igreja institucional, que também é uma ideia protestante.
Não dá para combater o protestantismo difundindo seus mesmos princípios. Não dá para manter a obediência num ambiente de práticas contra a hierarquia. É uma ilusão que talvez dure um certo tempo.
Veja alguns “testemunhos” que um amigo me mandou de um site protestante de ex membros da RCC. É bem elucidativo. Veja trechos
[1]:
Stael Sílvia Júlio
“Estava feliz no movimento, pois foi ali que reconheci Jesus como Salvador, mas, quando estava orando, senti a necessidade de procurar algo mais profundo, que só encontraria em uma igreja evangélica, onde se dá mais liberdade ao Espírito Santo.”
“Pessoas são renovadas espiritualmente , mas ficam com dúvidas e então buscam os padres para se aconselhar e saem frustradas . Às vezes os questionamentos vêm do próprio povo do movimento. Quando o Espírito Santo faz a obra no coração daqueles que estão ali com sinceridade, estes querem saber mais, se aproximam de Deus e se afastam dos padres.”
Gilberto Marques Porto
“Depois de casado, entrei no movimento carismático e vi coisas novas. Havia um louvor mais bonito, animação e uma pregação diferente. Gostei e fiquei. Porém, depois comecei a ver práticas lá que também se chocavam com a Bíblia. Resolvi, então, ir a uma igreja evangélica. Após seis anos participando dos cultos, tornei-me membro. Para mim, o movimento carismático é apenas um passo para levar as pessoas às igrejas evangélicas”. Uma das bizarrias da renovação relatada por Gilberto diz respeito às línguas estranhas. “O que mais me incomodou foi ver o líder querer me ensinar a falar línguas. Eu já conhecia a Palavra de Deus e não admitia isso”.
Pastor Carlos Antônio Finamor
“Entrei no movimento de renovação quando ele ainda estava começando em Minas Gerais. Quando me mudei para Santa Catarina, tinha o propósito de continuar na renovação, mas comecei a ler o Novo Testamento. Ficava debatendo e argumentando contra os evangélicos. Queria provar que estavam errados, mas acabei descobrindo que eram mais coerentes com a Bíblia”.
O radicalismo que a RCC cobra é o erro protestante e modernista.
Tenho muitos amigos que, como eu, graças a Deus saíram da RCC. Todos eles têm histórias bem interessantes das perseguições e calúnias que a RCC propiciou quando começaram a praticar uma vida de piedade católica de sempre. Também contam sobre as expulsões que os dialogantes párocos da RCC perpetram contra grupos de jovens inteiros que começam a ir na Missa Tridentina.
Gostaria de poder explicar pessoalmente para vocês, pois acredito sinceramente que vocês querem uma mudança de vida para melhor. Essa mudança poderia começar deixando a RCC.
Hoje na missa, na sequência do Dies Irae, catávamos contritos:
“Confutatis maledictis,
Flammis ácribus addictis:
Voca me cum benedictis.
Oro supplex et acclinis,
Cor contritum quase cinis:
Gere curam mei finis.”
(Confundidos os malditos
Entregues ao fogo eterno,
Chamai-me com os eleitos
Rogo humilde e suplicante
De coração feito em cinza,
Que cuideis do meu destino.)
Stephenson, todas as nossas ações e escolhas devem ser feitas em vistas a este dia terrível da morte. Neste dia, daremos conta do mal que podíamos evitar propagar.
Que Deus Senhor possa cuidar de nosso destino.
No dia dos fiéis defuntos.
André Roncolato.
[1] Resposta Fiel”, ano 2 – nº 5, pág. 22,23 CPAD, apud, http://www.cacp.org.br/por-que-saimos-da-rcc/