RCC
Dúvidas quanto à RCC e à doutrina católica
PERGUNTA
Nome:
Danielli Meilene Coutinho
Enviada em:
09/08/2010
Local:
São Gabriel da Palha - ES, Brasil
Religião:
Católica
Escolaridade:
Pós-graduação concluída
Profissão:
Advogada
Olá professor Orlando,
A paz de Jesus e Maria!
Desde a infância participo ativamente da CEB São José Operário, e hoje sou mensageira e catequista. Sempre participei da RCC, e fui pregadora lá há mais ou menos uns 10 anos. Depois de tantos anos de afastamento, hoje retorno a convite do coordenador para fazer uma pregação. Para mim é uma grande alegria, pois sinto que Deus me deu o dom de pregar e quer que eu o exercite e multiplique.
Daí que hoje, dia da minha pregação na RCC, vejo seu site e suas matérias, e meu coração ficou cheio de dúvidas, especialmente por que me vi concordando com o senhor em vários pontos. Confesso que via a RCC como um canal para propiciar um encontro com Cristo (querigma), para depois, na CEB, frutificar esse encontro através da catequese, dos cultos e missas, para finalmente fazer com que a pessoa culminasse no serviço aos irmãos. Apesar de ver algumas ilhas de joio, eu sempre vi a RCC como um mar de trigo.
Agora já não sei o que pensar!
Pra que eu possa formar uma opinião a respeito, por favor:
A RCC é assim tão ruim mesmo? Ou será que são algumas pessoas que estão lá que abusam? Será que nem as bases da RCC se salvam? Vi alguns textos do senhor sobre o Concílio Vaticano II, e gostaria de saber o que o senhor acha a respeito do papel do leigo na evangelização.
E sobre a evangelizaçao na RCC, o senhor acha que não há um fruto sequer? Será que estou no rumo errado?
Desculpe as perguntas. Não é impertinência. Eu vi o modo zeloso como o senhor se refere a nossa igreja, é por isso que desejo suas respostas, pois quero aprender mais sobre minha igreja.
A propósito, vocês disponibilizam cursos online?
Abraço!
E obrigada!
A paz de Jesus e Maria!
Desde a infância participo ativamente da CEB São José Operário, e hoje sou mensageira e catequista. Sempre participei da RCC, e fui pregadora lá há mais ou menos uns 10 anos. Depois de tantos anos de afastamento, hoje retorno a convite do coordenador para fazer uma pregação. Para mim é uma grande alegria, pois sinto que Deus me deu o dom de pregar e quer que eu o exercite e multiplique.
Daí que hoje, dia da minha pregação na RCC, vejo seu site e suas matérias, e meu coração ficou cheio de dúvidas, especialmente por que me vi concordando com o senhor em vários pontos. Confesso que via a RCC como um canal para propiciar um encontro com Cristo (querigma), para depois, na CEB, frutificar esse encontro através da catequese, dos cultos e missas, para finalmente fazer com que a pessoa culminasse no serviço aos irmãos. Apesar de ver algumas ilhas de joio, eu sempre vi a RCC como um mar de trigo.
Agora já não sei o que pensar!
Pra que eu possa formar uma opinião a respeito, por favor:
A RCC é assim tão ruim mesmo? Ou será que são algumas pessoas que estão lá que abusam? Será que nem as bases da RCC se salvam? Vi alguns textos do senhor sobre o Concílio Vaticano II, e gostaria de saber o que o senhor acha a respeito do papel do leigo na evangelização.
E sobre a evangelizaçao na RCC, o senhor acha que não há um fruto sequer? Será que estou no rumo errado?
Desculpe as perguntas. Não é impertinência. Eu vi o modo zeloso como o senhor se refere a nossa igreja, é por isso que desejo suas respostas, pois quero aprender mais sobre minha igreja.
A propósito, vocês disponibilizam cursos online?
Abraço!
E obrigada!
RESPOSTA
Nossa opinião não tem valor nenhum. Na verdade, as opiniões são incertezas que servem apenas de passa-tempo e não devemos lhes dar muita atenção. No entanto, devemos sim aderir com toda a vontade ao que a Igreja sempre ensinou e praticou, ou seja, todos nós batizados devemos cumprir nossa obrigação de estado e fazermos apostolado na medida de nossa possibilidade e caridade. Devemos rezar. Devemos lutar para expandir nossa Fé e reprimir as falsas, e ajudar, material e espiritalmente, aos que nos estão próximos, aqui e agora. Mas antes de tudo isso, devemos amar a Deus Nosso Senhor, que é o Bem Absoluto e fonte de toda graça e crer em tudo que a Igreja nos manda crer.
Muito Prezada Dra. Danielli, salve Maria!
Suas perguntas não nos incomodam em nada, muito pelo contrário, nos dão ocasião, mesmo que em grau infinitamente menor, de retribuir algo a Nosso Senhor por tanto bem que Ele nos faz.
Tentarei responder brevemente às suas perguntas da forma como elas aparecem em sua carta:
- A RCC é assim tão ruim mesmo?
Ela é muito pior do que normalmente observamos em seus escândalos. E tentarei lhe explicar o porquê. A malícia da RCC está exatamante no sistema de idéias escondido atrás de uma roupagem católica. Assim como no protestantismo pentecostal, a RCC se baseia numa ‘fé’ sentimental em que o amor e o conhecimento a Deus e à Igreja se obtêm por meio de um sentimento interior, uma sensação em detrimento da razão. Logo, eu teria mais “fé” quanto mais dessa sensação me é proporcionada e eu me dou conta dela. Por isso a necessidade de pregações de forma cadenciadas e longas, com proliferações de palavras, misturadas com musiquinhas sentimentais tocadas por instrumentos eletrônicos. Ou ridículas “orações em línguas” irracionais, com o intuito de cada vez mais anular o entendimento e reforçar o sentimento e a sensualidade. Esse tipo de sistema de idéias vai, inevitavelmente, levar a consequências muito sérias, como o desprezo voluntário ou involuntário pela Doutrina Católica em sua integridade e o apego às vaidades, muitas vezes cegando a alma à verdade e a jogando nas trevas do orgulho.
Esse sistema de idéias da RCC é o mesmo do protestantismo e do romantismo, ou seja, tem o viés da gnose, maquiado para os católicos mais sentimentais engolirem sem muita resistência.
A Doutrina Católica, ao contrário, é Dogmática, isto é, nos ensina verdades que devem ser conhecidas pela razão e amadas pela vontade. É essa obediência e submissão às verdades que a Igreja ensina, ajudados pela Graça de Deus, e em consequência disso, o nosso amor e temor a Deus, que poderão nos fazer ganhar o céu ou sermos santos. Assim temos que a Fé é a adesão intelectual às verdades reveladas por Deus, ensinadas pela Igreja Católica.
- Ou será que são algumas pessoas que estão lá que abusam?
Muitas pessoas e clérigos da RCC cometem não só abusos, mas escândalos, muito dos quais sacrílicos e heréticos. Recordo-lhe o exemplo do padre que dançou sacrílegamente com o Santíssimo Sacramento num palco na Canção Nova, rodopiando em frente às câmeras assistido por milhares de pessoas. Ou da “ministra da eucaristia” fantasiada de diabo, distribuindo a sagrada comunhão, numa missa da RCC nos Estados Unidos. Quantas almas não foram corrompidas com esses exemplos? Que tamanha ofensa feita a Cristo, à Igreja e ao Papa? Essas coisas escandalosas não são causas, mas são consequências. A causa é a RCC e seu sistema de idéias. Porque se a fé é um sentimento, logo, se eu “sentir” que devo fazer tal coisa, mesmo que seja absurda ou sacrílica, esse “sentimento” legitima minha atitude, como se fosse uma espécide de “vontade de Deus”. Como se Deus pudesse se manifestar a alguém particularmente, contradizendo toda Fé crida pela Igreja Católica desde sempre. Uma loucura pensar assim, totalmente contrária a verdadeira Fé.
- Será que nem as bases da RCC se salvam?
Dra. Danielli, como lhe mostrei, são exatamente as bases da RCC o problema, o grande mal a ser combatido. Destruindo as bases, o prédio não resiste.
- Vi alguns textos do senhor sobre o Concílio Vaticano II, e gostaria de saber o que o senhor acha a respeito do papel do leigo na evangelização.
Nossa opinião não tem valor nenhum. Na verdade, as opiniões são incertezas que servem apenas de passa-tempo e não devemos lhes dar muita atenção. No entanto, devemos sim aderir com toda a vontade ao que a Igreja sempre ensinou e praticou, ou seja, todos nós batizados devemos cumprir nossa obrigação de estado e fazermos apostolado na medida de nossa possibilidade e caridade. Devemos rezar. Devemos lutar para expandir nossa Fé e reprimir as falsas, e ajudar, material e espiritalmente, aos que nos estão próximos, aqui e agora. Mas antes de tudo isso, devemos amar a Deus Nosso Senhor, que é o Bem Absoluto e fonte de toda graça e crer em tudo que a Igreja nos manda crer.
- E sobre a evangelizaçao na RCC, o senhor acha que não há um fruto sequer? Será que estou no rumo errado?
A RCC dá muitos frutos... Maus. Uma árvore má não pode dar bons frutos. Mas na RCC há muitas pessoas sinceras, que estão lá enganadas esperando somente um facho de luz em seu entendimento para que de uma vez a verdade resplandeça e que as leve compreender quão ruim é esse meio.
Infelizmente também, muitos começam na RCC com o sentimentalismo adocicado e terminam com o despreso pertinaz pela Igreja até o protestantismo prático.
Procure estudar mais profundamente o romantismo e a gnose pelo nosso site e também os artigos e cartas referentes à RCC que ficará bem claro porque um Católico sincero, se ama a Igreja e a Nosso Senhor, não pode permanecer na RCC e nem ser tolerante com ela.
Ad maiorem Dei gloriam,
André Roncolato