RCC
Efusão do Espírito Santo na RCC
PERGUNTA
Nome:
Rafael
Enviada em:
04/08/2002
Local:
Belo horizonte - MG,
Escolaridade:
2.o grau concluído
Olá Orlando!! Em primeiro lugar que parabenizar pelo site MontFort, sempre tenho lido e acompanhado suas respostas a mais diversas dúvidas e temas dentro catolicismo. Que bom que ha pessoas com tanto conhecimento, e que bom que tem posto isso a disposição dos irmãos.
Bom, minha dúvida surgiu quando li um de suas respostas referente a efusão do Espírito Santo dentro da renovação carismática, você disse da seguinte forma:
"Os membros da RCC acreditam ter o Espírito Santo na alma. Ora, quem tem certeza disso, não precisaria mais nem do clero, nem da Igreja. Para que ir à Igreja? Para que freqüentar os Sacramentos , se já se possui o Espírito Santo?"
Da maneira que você colocou, deu a impressão, que se tivermos o Espírito Santo não precisamos de mais nada. Vejo o seu ponto de vista um pouco diferente, pois se você disse que se tivermos o Espírito Santo não precisamos do sacramento, poderíamos concluir que quando fazemos o sacramento da Eucaristia (Corpo e Sangue real de Jesus em forma de pão e vinho) não precisaríamos do Espírito Santo, pois se fizemos a comunhão com o próprio corpo de Cristo, eu seja parte de Jesus literalmente dentro do nosso corpo.
Em Jo 20;22 "Depois dessas palavras soprou sobre eles dizendo recebeis o Espírito Santo".
Veja em At 2;17 Acontecerá nos últimos dias -é Deus que fala- derramarei do meu Espírito Santo sobre todo o ser vivo: Profetizarão os vossos filhos e vossas filhas. Os jovens terão visões e os vossos anciãos sonharão.
Olha esse: At 1;8 Mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vós dará força e sereis minha testemunha em Jerusalém e em toda Judéia e Samaria e ate os confins do mundo.
Outra: Gl 5;16 Digo, deixar - vos conduzir pelo Espírito e não satisfarei o apetite da carne.
Para encerrar: At 10;44 Estando Pedro ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a (santa) palavras.
Há outras citações como: o nosso corpo é templo do Espírito Santo, enfim em todas as essas passagem eu percebi que o Espírito Santo sempre estava em ação, na verdade ele não vem para que tudo fique termine pois Ele já chegou, mas pelo contrário para que se continue a obra do Senhor Jesus.
Não se trata de um re-batismo, mas sim de uma renovação de nossas forças... Pois se recebemos Jesus na eucaristia e mesmo assim tornamos a pecar, assim também e da com o Espírito Santo, pois nosso pecado afasta o mesmo de nós, pois não possível o pecado fazer comunhão com Espírito Santo. Quando nós nos arrependemos o Espírito Santo poderá fazer morada em nós. Isso acontece na RCC como aconteceu no tempo de Jesus através dessas citações que mostrei aqui.
Minha duvida é se como você disse: "Se temos o Espírito Santo não precisamos de mais nada". Assim também não se aplicaria tal afirmação para o sacramento da eucaristia, ou seja. Se recebemos verdadeiramente o corpo e o sangue de Cristo, não precisaria mais nem do clero, nem da Igreja. Para que ir à Igreja? Para que o Espírito Santo se já recebemos Jesus na eucaristia?
Fico por aqui e agradeço a oportunidade de poder estar tirando minha dúvida.
Que Jesus abençoe a todos!! Santa Maria, rogai por nós!
Rafael Fortes!!
RESPOSTA
Muito prezado Rafael, salve Maria.
Muito lhe agradeço as suas generosas palavras de elogio a nosso site. Quanto à minha pessoa, peço-lhe que reze a Deus por minha alma, pois que muito necessito de orações.
Passo a responder a sua dúvida.
Seu equívoco provém de que você não faz uma distinção entre graça santificante e efusão do Espírito Santo, tal como a entendem os membros da RCC. Também seu equívoco provém do fato que você separa a ação do Espírito Santo e a a ação de Cristo nas almas.
Quando somos batizados, todos recebemos o perdão do pecado original, assim como a graça santificante, juntamente com os dons e carismas do Espírito Santo. O Batismo nos faz filhos adotivos de Deus e membros da Igreja.
A graça santificante é uma participação da vida divina. Nós a mantemos, enquanto não cometemos pecado mortal. Com a graça santificante mantemos também os dons do Espírito Santo e as virtudes infusas pelo Batismo.
Quando comungamos, recebemos o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo, em nossas almas, Ele que é o autor da Graça e que nos dá , pela comunhão, além de sua presença, um aumento da graça santificante em nós.
Porém, Cristo, recebido sacramentalmente, não permanece sempre e continuamente em nossas almas, e nem ficamos imunes do pecado. Cristo sacramentado permanece em nós apenas um certo tempo. Mesmo recebendo a Jesus sacramentado, podemos vir a perder a graça pelo pecado mortal.
Mesmo quando comungamos, não temos certeza de que estamos em estado de graça: esperamos estar em estado de graça. Por isso, precisamos sempre da Igreja, dos sacramentos, e portanto do clero, que nos administra os sacramentos.
Conforme o que dizem os carismáticos, a recepção do Espírito Santo produziria uma espécie de confirmação na graça santificante, e esta confirmação na graça, obtida por uma experiência interior com o Espírito Santo, não poderia ser perdida. É esta situação de uma verdadeira confirmação em graça é que dispensaria a necessidade da Igreja e do clero.
Com a comunhão nunca ninguém disse que, comungando, estaríamos confirmados em graça e com a salvação garantida.
Os carismáticos, pelo contrário, falam como se, quem teve a famosa experiência interior com o Espírito Santo, está indissoluvelmente unido a Deus, e incapaz de se perder.
É isto que dispensaria a Igreja e o clero, para os carismáticos.
Jamais os que comungam julgaram que já não poderiam pecar e que, por isso, estariam sem nenhuma necessidade do clero, dos sacramentos, e da Igreja.
Espero que lhe tenha esclarecido a dúvida, e me coloco sempre a sua disposição In Corde Jesu, semper, Orlando Fedeli
Muito lhe agradeço as suas generosas palavras de elogio a nosso site. Quanto à minha pessoa, peço-lhe que reze a Deus por minha alma, pois que muito necessito de orações.
Passo a responder a sua dúvida.
Seu equívoco provém de que você não faz uma distinção entre graça santificante e efusão do Espírito Santo, tal como a entendem os membros da RCC. Também seu equívoco provém do fato que você separa a ação do Espírito Santo e a a ação de Cristo nas almas.
Quando somos batizados, todos recebemos o perdão do pecado original, assim como a graça santificante, juntamente com os dons e carismas do Espírito Santo. O Batismo nos faz filhos adotivos de Deus e membros da Igreja.
A graça santificante é uma participação da vida divina. Nós a mantemos, enquanto não cometemos pecado mortal. Com a graça santificante mantemos também os dons do Espírito Santo e as virtudes infusas pelo Batismo.
Quando comungamos, recebemos o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo, em nossas almas, Ele que é o autor da Graça e que nos dá , pela comunhão, além de sua presença, um aumento da graça santificante em nós.
Porém, Cristo, recebido sacramentalmente, não permanece sempre e continuamente em nossas almas, e nem ficamos imunes do pecado. Cristo sacramentado permanece em nós apenas um certo tempo. Mesmo recebendo a Jesus sacramentado, podemos vir a perder a graça pelo pecado mortal.
Mesmo quando comungamos, não temos certeza de que estamos em estado de graça: esperamos estar em estado de graça. Por isso, precisamos sempre da Igreja, dos sacramentos, e portanto do clero, que nos administra os sacramentos.
Conforme o que dizem os carismáticos, a recepção do Espírito Santo produziria uma espécie de confirmação na graça santificante, e esta confirmação na graça, obtida por uma experiência interior com o Espírito Santo, não poderia ser perdida. É esta situação de uma verdadeira confirmação em graça é que dispensaria a necessidade da Igreja e do clero.
Com a comunhão nunca ninguém disse que, comungando, estaríamos confirmados em graça e com a salvação garantida.
Os carismáticos, pelo contrário, falam como se, quem teve a famosa experiência interior com o Espírito Santo, está indissoluvelmente unido a Deus, e incapaz de se perder.
É isto que dispensaria a Igreja e o clero, para os carismáticos.
Jamais os que comungam julgaram que já não poderiam pecar e que, por isso, estariam sem nenhuma necessidade do clero, dos sacramentos, e da Igreja.
Espero que lhe tenha esclarecido a dúvida, e me coloco sempre a sua disposição In Corde Jesu, semper, Orlando Fedeli