Política e Sociedade
Falácias do `Planejamento Familiar`
PERGUNTA
Prezado Professor Orlando
Salve Maria!
Venho por meio desta parabenizar o senhor e toda equipe do site por tudo que vem acrescentando de valioso e verdadeiro. Caro professor, até descobrir esse site, eu era uma católica, muito pouco praticante,sempre tive certeza que a Igreja Católica é a verdade, mas não sabia de muita coisa que como católica se faz muito necessário saber, hoje posso te dizer que quase todas as dúvidas que tinha já encontrei resposta aqui, mas por ter ficado longe da Igreja por algum tempo, e com sabemos que o inimigo se infiltra de uma forma que não percebemos, eu achava erradamente algumas coisas normais,(claro sempre fui contra os comportamentos dos jovens, com vícios em bebidas, fumo, músicas que promovem a promiscuidade e a falta de cérebro para se deixar levas por coisas tão desprovidas de conteúdo e valor), com o conhecimento que encontro aqui já estou conseguindo ser mofentamente moderada, espero chegar ao conservadorismo absoluto( pois o que é perfeito não precisa mudar), atualmente há uma coisa que não consigo entender, apesar de aceitar, é a questão de não poder planejar uma família, pois pensei que fosse até uma questão de responsabilidade ter filhos na medida que pudesse oferecer a eles uma condição de vida que lhes desse oportunidades de estudar em boa escola, visto que na rede pública no Brasil quase tudo não funciona como a questão de saúde também, e segurança e tudo que habitualmente precisamos no dia-dia. É pecado ter relações sexuais com o marido sem que tenha fim procriativo? Por quê? Não é verdade que os países mais pobres são os que tem mais gente pois falta oportunidade pra a maioria e que isso é um dos fatores que aumenta a violência? Gostaria que o
senhor me expliqucasse o que quer dizer a parte Cântico dos Cânticos na Bíblia, quem o escreveu e o que significa, se possível fizesse uma breve análise sobre Coríntios 13.
Um Abraço fraterno.
RESPOSTA
Prezada Luiza,
salve Maria!
O chamado planejamento familiar, ou ainda paternidade responsável, tem sido um engodo pregado à sociedade, para dar uma imagem negativa à procriação e para dissociá-la do comportamento sexual. Com isto ficou mais fácil abolir pouco a pouco a moral, sem que houvesse o peso das consequências - ou seja, os filhos - a incomodar, para a aceitação do divórcio, das experiências pré-conjugais e finalmente da imoralidade mais desbragada a que nós assistimos hoje.
Todas as outras alegações para a pregação do planejamento familiar já se mostraram falsas, mas a "ideologia do mal", como a definiu os Papas João Paulo II e Bento XVI, não cessa de propagá-las, na certeza de que muitos incautos ainda acreditarão nelas. Senão vejamos:
1) Os países pobres tem maior natalidade. Logo, daí deduzem os anti-natalistas, natalidade alta produz pobreza. O raciocício histórico correto, porém, é o inverso. Foi o crescimento da riqueza e o aumento da influência da mídia e da mentalidade moderna que levou os países a terem taxas cada vez menores de natalidade. Foi o que aconteceu no Brasil - você pode verificar nas famílias que você conhece a queda absurda da taxa da natalidade no espaço de uma ou duas gerações! É o que aconteceu e continua a acontecer na Europa, onde as populações já estão começando a decair, com taxas de nascimento que não chegam a repor o número de mortes. A França, por exemplo, terá em 2050, se as taxas atuais se mantiverem, 75% da população acima de 60 anos. É o colapso! E as campanhas do governo não conseguem reverter esta situação pois as pessoas estão por demais convencidas de que os filhos são uma desgraça...
2) Acúmulo de pessoas causa violência e desestabilidade social. Se esta relação fosse verdadeira, Tóquio e países do centro da Europa, como Bélgica e Holanda, seriam os campeões mundiais da criminalidade, pois são os lugares mais densamente povoados. E as regiões remotas da Amazônia, por exemplo, seriam paraísos de concórdia e civilização, pois tem baixíssima densidade populacional!
3) No Brasil, pelo menos, é preciso providenciar escola particular para os filhos pois na escola pública o ensino não é bom. Bem, consulte você mesma a política pedagógica de alguns bons e caros colégios que você conhece, em temas que dizem respeito à moral e à doutrina católica, para ver com que eficiência eles se dispõe a perverter as crianças que lhes são confiadas.
O que a Igreja ensina em termos de vida matrimonial é simplesmente não por obstáculos aos filhos. Deixar que Deus planeje a família, pois Ele sabe bem melhor o que nos convém.
Volte sempre a nos escrever.
Um abraço,
In Jesu et Maria,
Lucia Zucchi