Polêmicas

Escândalo: Missa caipira em Dourados-MS
PERGUNTA
Nome:
Alinny Amorim
Enviada em:
12/06/2007
Local:
Campo Grande - MS, Brasil
Religião:
Católica
Escolaridade:
Superior concluído
Profissão:
Jornalismo


Data: 12 junho 2007

 
Excelentíssimo e Reverendíssimo Dom Redovino Rizzardo,
Salve Maria Santíssima!
 
É com pesar que encaminho à Vossa Reverendíssima imagens de uma "missa caipira" realizada na Igreja São Carlos Borromeu, Paróquia São Carlos, na diocese de Dourados, sob Vossa jurisdição.
 
Apesar de não residir em Dourados, recebi o comunicado de fiéis amigos católicos desta cidade, e que, com grande perplexidade, presenciaram tal abuso litúrgico, o qual vem sendo combatido com grande veemência pelo nosso Santo Papa Bento XVI.
 
Vendo as fotografias, ouso afirmar, com todo respeito, que tais imagens não transparecem o devido zelo do clero de Dourados para com os fiéis que, por ignorância ou não, estavam presentes na ocasião do dia 9 de junho. De início, fiquei em dúvida se realmente o evento tratava-se da Santa Missa ou de uma festa qualquer. Porém, mais adiante nas imagens, pude notar que houve o momento de Consagração, tratando-se realmente de uma Missa.
 
Infelizmente, tenho uma dúvida: será que os sacerdotes que aparecem vulgarmente trajados nas imagens fotografadas, leram a Instrução Redemptionis Sacramentum com atenção e a repassaram aos fiéis leigos? Se ainda não o fizeram, recordo-lhes que esse documento visou justamente coibir os abusos litúrgicos caracterizados como atos arbitrários que ferem as rubricas fixadas pela Hierarquia Eclesiástica.
 
Ainda nesta louvável Instrução, está dito que “o Bispo rege a Igreja particular que lhe tem sido confiada e a ele corresponde regulamentar, dirigir, estimular e algumas vezes também repreender [...] para edificar seu rebanho na verdade e na santidade” (Redemptionis Sacramentum, 22). É por esta razão que humildemente lhe escrevo, rogando Vossa valiosa intervenção, ainda que seja após o ocorrido, para que V.Rmva. exorte os fiéis da Diocese de Dourados, os quais participaram desta triste “Missa caipira”, além dos sacerdotes que, lamentavelmente, colaboraram para que ela ocorresse.
 
Quero manifestar, Reverendíssimo Dom Redovino, meu profundo pesar e lamentações diante do ocorrido e lembrar-lhe caridosamente que os delitos contra a fé cometidos na Santa Missa precisam ser “comunicados sem demora à Congregação para a Doutrina da Fé [...]” (Redemptionis Sacramentum, 177).
 
O documento citado ainda prescreve:
 
     “De forma muito especial, todos procurem, de acordo com seus meios, que o santíssimo sacramento da Eucaristia seja defendido de toda irreverência e deformação, e todos os abusos sejam completamente corrigidos. Isto, portanto, é uma tarefa gravíssima para todos e cada um, excluída toda acepção de pessoas, todos estão obrigados a cumprir esta trabalho (Redemptionis Sacramentum, 183).
 
E ainda:
 
     “Qualquer católico, seja sacerdote, seja diácono, seja fiel leigo, tem direito a expor uma queixa por um abuso litúrgico, ante ao Bispo diocesano [...]Para isso se faça sempre com veracidade e caridade” (Redemptionis Sacramentum, 184).
 
Julgo que estas citações e as fotos em anexo são por demais suficientes para solicitar Vossa exortação imediata, considerando que V.Rvma. tem o pleno conhecimento do que prescreve a Santa Madre Igreja, conforme os anseios de nosso Papa.
 
Aguardando a valiosa intervenção da Diocese de Dourados, despeço-me rogando Vossa bênção.
 
Respeitosamente,
In Jesu et Mariae, semper
Alinny Aparecida*
 
*Católica Apostólica Romana, 22 anos, pertencente à Diocese de Campo Grande e membro do Apostolado Defesa Católica.
 
Dourados - abuso em Missa Caipira Dourados - abuso em Missa Caipira
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RESPOSTA