Polêmicas
Cerimônia sacrílega profana o Santíssimo Sacramento - II
PERGUNTA
Nome:
Marth Mohor Goulart
Enviada em:
25/07/2006
Local:
Vinhedo - SP, Brasil
Religião:
Católica
Escolaridade:
Superior concluído
Profissão:
Professora
Caro Professor Orlando
Conforme seus registros enviei uma informação em que reclamei de um culto ecumênico realizado na igreja Matriz de minha cidade - Vinhedo. Na ocasião disse que a reclamação de que lhe dei conhecimento seria enviada por email ao Sr. Arcebispo Metropolitano de Campinas. Na consulta pedi endereço do Sr Núncio Apostólico e da Congregação da Doutrina da Fé.
Comunico-lhe por essa forma que efetivamente enviei o email ao Sr. Arcebispo e, além disso, reiterei a reclamação por carta registrada cujo registro de entrega já recebi.
Enviei carta registrada ao Sr Núncio Apostólico e ao Cardeal Prefeito da Congregação da Doutrina da fé. Aguardo registro do recebimento e, logicamente, manifestação de providências.
Anexo-lhe as cartas que enderecei às referidas autoridades eclesiásticas às quais acresci informações de violações da liturgia e abusos de autoridades, como a interferência do Lula na Catedral de Brasília ocupando o ambão para pronunciamento político, sem qualquer interferência dos componentes da CNBB ali presentes. Mencionei também o fato padre Pinto. Espero que tenha alertado suas Eminências dos descalabros.
Tais documentos estão anexados. Fica a critéri de V. Sria. a publicação ou não desses comunicados no todo ou em resumo
A minha intenção é dar-lhe satisfação daquilo que realizei em defesa da Santa Igreja que é atingida e nenhuma autoridade a defende. Fica para seus registros e conhecimento.
Atenciosamente
Carlos Eduardo
Vinhedo, 20 de junho de 2.006
Exmo. Revmo Senhor.
D. Bruno Gamberini
D.D. Arcebispo Metropolitano de Campinas
Reitero por essa via epistolar a missiva já enviada ao endereço dessa Cúria Metropolina, no dia 16 pp. Espero que o endereço esteja correto e o email tenha chegado ao destino certo.
A razão dessa denúncia desabafo deve-se a que, além da revolta em ver que a Santa Igreja Católica é injusta e covardemente agredida, não apresenta resposta, por suas autoridades eclesiásticas, passando recibo às acusações apontadas.
Atualmente a sociedade judaica apresentou nota de protesto à emissora de televisão que apresenta em uma novela personagens judaica, como sempre, em situação ridícula.
O autor da novela, embora enfatizando a liberdade de expressão, se comprometeu a amenizar o tema.
Nesta mesma novela, como sempre acontece, há a ridicularização de temas católicos, como os folclóricos casamentos, normalmente realizados sob fraude em que um dos cônjuges ou os dois passam a perna em outras pessoas ou ex-cônjuges. O pior é que essa farsa é encenada em Igrejas, frente ao Santíssimo Sacramento presente no sacrário e com a autorização da autoridade eclesiástica.
E não há qualquer reação.
O que o católico quer e espera dos responsáveis pelo pastoreio é que respondam às afrontas e demonstrem ao povo que os fatos são falsos e caluniosos. Para isso seria necessário que o fiel recebesse a sã doutrina.
Tanto no que se refere ao ecumenismo para que não se passe que essas atitudes retratadas são moralmente aceitáveis, como todas as religiões são iguais e o Cristo é o mesmo. O mais seria uma questão de preferência pessoal, tal qual se escolhe um time de futebol.
Esperando que o Espírito Santo ilumine Vossa Reverendíssima para que possa responder a essa demanda do povo fiel que tem fome da verdade e da palavra de Deus corretamente ensinada.
Despeço-me, pedindo sua benção apostólica.
Carlos Eduardo S. Goulart - OFS
Vinhedo, 20 de junho de 2006
Excelentíssimo e Reverendíssimo
Dom Lorenzo Baldisseri - D.D. Núncio Apostólico no Brasil
Paz e Bem
Minha esposa Martha presenciou cena de profanação e desrespeito à Eucaristia e à Igreja durante um culto ecumênico realizado, na Igreja de Sant´Ana, em Vinhedo, no dia 4 de junho, dia de Pentecostes, no horário da missa das 18 horas.
As violações perpetradas pela autoridade eclesiástica foram, em resumo:
- Orações conjuntas com pastor luterano, utilizando-se este do altar como púlpito.
- Distribuição da Eucaristia, junto com o padre, aos crentes presentes e aos fiéis.
- Adulteração do Credo, substituindo a invocação “Creio na Igreja Católica” por “Creio na Igreja Universal”. Cujo sentido não é de sinônimo “católico e universal”, mas sentido equívoco significando a universalidade a reunião de igrejas cristãs, onde caberiam lado a lado a Católica e a Luterana.
Esse culto gerou perplexidade e confusão entre os fiéis que foram impedidos de cumprir o preceito e não concordarem nem com o culto no lugar da missa, nem com a invocação equivocada.
Os detalhes vão anexos em reprodução de carta e email que enviei em primeiro lugar ao Senhor Arcebispo Metropolitano de Campinas.
Pretendo e para isso recorro a Vossa Reverendíssima para que promova, mediante determinação às autoridades eclesiásticas responsáveis pelo culto que dêem os devidos esclarecimentos aos fiéis enganados por essa encenação sacrílega, dizendo que o que presenciaram não guarda qualquer relação com a doutrina e fere os dogmas da Igreja Católica.
A plena reparação é um direito de qualquer fiel seja padre, bispo ou simples leigo que tem a obrigação de exigi-la, conforme dito na Encíclica “ Redemptoris Sacramentum” do saudoso Papa João Paulo II:
“QUEIXAS POR ABUSOS EM MATÉRIA LITÚRGICA “
Redemptoris Sacramentum, 183. De forma muito especial, todos procurem, de acordo com seus meios, que o santíssimo sacramento da Eucaristia seja defendido de toda irreverência e deformação, e todos os abusos sejam completamente corrigidos. Isto, portanto, é uma tarefa gravíssima para todos e cada um, excluída toda acepção de pessoas, todos estão obrigados a cumprir este trabalho.
184. Qualquer católico, seja sacerdote, seja diácono, seja fiel leigo, tem direito a expor uma queixa por um abuso litúrgico, ante ao Bispo diocesano e ao Ordinário competente que se lhe equipara em direito, ante a Sé apostólica, em virtude do primado do Romano Pontífice. (290)Convém, sem dúvida, que, na medida do possível, a reclamação ou queixa seja exposta primeiro ao Bispo diocesano. Para isso se faça sempre com veracidade e caridade".
Peço, pois, a Vossa Reverendíssima que tome as providências pastorais e administrativa para que haja total reparação do dano já causado e se impeça novas iniciativas dessa natureza.
O receio é tão maior quanto à constatação de que fatos ocorridos no país onde agravos tais e maiores não sofreram reparações aos fiéis por parte das autoridades eclesiástica, dando a impressão de que aquilo foi um exagero do padre e não afronta ao Sacramento e à Santa Igreja.
Em Salvador na Bahia em que um sacerdote em trajes de umbanda deu a Sagrada Eucaristia, de joelhos a uma mãe de santo e, apesar do agravo ter sido noticiado ao país inteiro através de canal de televisão, nenhuma iniciativa de reparação foi feita, nenhuma reprimenda ao padre sacrílego, apenas um reconhecimento de comportamento irregular e umas férias de 15 dias na praia.
Verdade que posteriormente foi o referido sacerdote afastado da sua igreja, mas a reparação pública e o repúdio daquele teatro como inadmissível não foi feito, talvez para não afrontar a opinião pública que não viu nos atos sacrílegos nada de mais.
As autoridades eclesiásticas preferem afrontar a Deus a contrariar os donos da opinião pública. Às custas de seus magistérios e da Santa Igreja.
Essa omissão é que me esmaga e preocupa pela sorte dos fiéis, largados, sem pastores e sem orientação. Serão vítimas das seitas a quem trata a Igreja com maior consideração do que aos fiéis a quem tem obrigação por determinação divina de orientá-los e salvá-los.
Pedindo a Benção Apostólica,
Despeço-me
Atenciosamente
Carlos Eduardo S. Goulart - OFS
Vinhedo, 23 de junho de 2.006
Eminentíssimo e Reverendíssimo
Cardeal William Joseph Levada,
D.D. Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Cidade do Vaticano.
Paz e Bem
Tendo conhecimento de profanação eucarística ocorrida em minha cidade, Vinhedo, Estado de São Paulo, Brasil, na paróquia de Sant´Ana, no dia 4 de junho, domingo de Pentecostes, passo a relatar o ocorrido e pedir providências.
As violações perpetradas pelas autoridades eclesiásticas foram, em resumo:
- Orações conjuntas com pastor luterano, utilizando-se este do altar como púlpito.
- Distribuição da Eucaristia pelo padre e pelo pastor, aos crentes presentes e aos fiéis.
- Adulteração do Credo, substituindo a invocação “Creio na Igreja Católica” por “Creio na Igreja Universal”. Cujo sentido não é de sinônimo “católico e universal”, mas sentido equívoco significando a universalidade a reunião de igrejas cristãs, onde caberiam lado a lado a Católica e a Luterana.
Esse culto gerou perplexidade e confusão entre os fiéis que foram impedidos de cumprir o preceito e não concordaram nem com o culto no lugar da missa, nem com a invocação equivocada.
A descrição detalhada do ocorrido está sendo enviada anexa a esta carta, acompanhada dos email e carta registrada enviadas ao Eminente e Reverendíssimo Arcebispo Metropolitano de Campinas, bem como pedido de providência dirigido ao Senhor Núncio Apostólico no Brasil, D. Lourenzo Baldisseri.
Junto também o livreto de orações utilizado na celebração, observo que o conteúdo é de natureza dúbia, merecendo análise crítica.
Deixo ao critério dessa Congregação a apreciação de seu conteúdo doutrinário para análise.
Ao pedir que haja total reparação ao povo fiel dos males desse relativismo e irenismo que autoridades despreparadas acalentam, penso nas 40.000 almas, cristã que são vítimas de dezenas de seitas de todos os tipos e orientadas por apenas 2 sacerdotes diocesanos. Anoto que na outra paróquia realizava-se, no mesmo horário um culto ecumênico. Ignoro em que termos. Provavelmente semelhante a esse realizado na Igreja Matriz da Cidade.
Certo que esse grito terá repercussão nesta Congregação que sempre se orientou para a salvaguarda da doutrina deixada por Jesus Cristo à sua Santa Igreja que é ontem, hoje e sempre o mesmo e não está sujeito à inconstâncias dos ventos do mundo, mas à salvação das almas.
Pede
Sua Benção Apostólica.
Carlos Eduardo de Souza Goulart -OFS
RESPOSTA
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli
Muito prezado Dr. Carlos Eduardo,
Salve Maria.
Salve Maria.
Muito lhe agradeço o envio desses documentos, assim como sua autorização para publicá-los.
Devo alegrar-me, em Deus, por seu destemor na defesa da Fé e no respeito que o senhor revela pelo Santíssimo Sacramento do Altar. Prouvera que houvesse mais católicos como o senhor.
Por isso,o parabenizo, e creio ser bem útil a publicação desses documentos para demonstrar aos fiéis católicos, hoje tão traídos e tão humilhados, como um católico deve reagir, mantendo o respeito devido pelas autoridades eclesiásticas, mas defendendo, com denodo e sem medo, a honra de Nosso Senhor Jesus Cristo e a fé da Santa Igreja.
Deus recompense ao senhor e à sua família, mantendo-os sempre sob a proteção da Santíssima Virgem Maria.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli