Polêmicas
Padres sem graça
PERGUNTA
A todos da Montfort, minhas cordiais saudações!
Antes de mais nada, venho vos parabenizar pelo seu serviço de verdadadeira evangelização.
Quero fazer um comentário e peço que tirem uma dúvida que tenho. Li, recentemente, a transcrição de um texto do Pe. Zezinho sobre ecumenismo, comparando as igrejas com as mães. Ora, isso não tem cabimento, pois ser mãe é uma coisa, ser igreja é outra! Esse discurso ecumênico é totalmente supérfluo, não teve, até hoje, nenhum sucesso. Ou teve? Só para ver como as coisas mudaram: minha mãe tem em casa um livrinho (da década de 50) que ela ganhou quando era criança, o seu nome é "O Pequeno Missionário", e ele diz claramente que uma das portas do inferno é o protestantismo, chegando a afirmar que Lutero era um homem que vivia na crápula e na orgia. Depois do Vaticano II, alguém fez semelhante acusação? Vivemos numa sociedade de meias verdades, toda lisonjeira. Até para alguns grupos católicos, Martinho Lutero é um herói!
O pe. Zezinho que me perdoe, mas essa conversa de diálogo religioso é uma barco furado, e seus escritos chegam a ser irritantes! Não quero uma religião adocicada, quero uma Igreja que seja luz do mundo e SAL da terra, como o Senhor ordenou! Açúcar demais faz mal!
Outro pe. modernoso é o padre Fábio de Melo, que é da mesma congregação do pequeno Zé. Ele é todo "estiloso", só usa roupas da moda, é bonitão, nas capas de seus discos só aparece em poses fotogênicas, tipo "galã de cinema". É o típico "metrossexual", como são chamados os homens modernos, sem nenhum receio de serem vaidosos, cuidando da aparência! Certa vez, questionado por um telespectador, em seu programa na Canção Nova, por que não usava batina no seu cotidiano, o jovem sacerdote respondeu tranqüilamente que, usando roupas normais, não era tão assediado pelas mulheres da mesma forma que se estivesse de batina. Das duas uma: ou ele é fraco demais na sua vocação, ou tem vergonha de dizer que é padre! Dizia ele ainda, em outra oportunidade, que evangeliza até na academia que ele freqüenta!
"Issa! Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa!", dizia um famoso bordão humorístico. Agora tudo é fashion, tudo é light, tudo é diet! Quando não é o pequeno Zé com seu discurso cheio de ternura e com bastante açúcar, vem o modernoso Fábio, com tudo dietético, bombado e musculoso!
Outro, que por coincidência, é da mesma ordem do pequeno Zé e do Melo, é o pe. Léo. Já viu seus sermões? Mais parece o finado Ronald Golias contando piada! E falando em humorista morto, "puxa vida", onde estão os superiores do pe. Antônio Maria? Como gosta de aparecer na mídia! O amigo do Roberto Carlos, do Ronaldo "fenômeno", e de tantos outros, encomendando a alma do Golias! Que feio! Uma pessoa que era "espiritualista" declarada, sendo chorada por um sacerdote católico?
A dúvida que quero tirar, é justamente sobre a congregação dos dehonianos, da qual saíram padres da estirpe (para não dizer outra coisa) do pequeno Zé, do Meloso e do Leléo. Quem foi o Pe. João Dehon? Qual era a sua espiritualidade? Era ele também um modernista?
Agradeço desde já o vosso retorno.
In Corde Iesu, semper!
E.
RESPOSTA
REPLICA
Testemunho dos abusos cometidos na Igreja
Queridos amigos da Montfort, cordiais saudações!
Venho novamente a vocês, agradecendo por terem dispensado uma parte do seu precioso espaço para publicar as minhas humildes palavras, especialmente ao caríssimo Prof. Orlando. Foi com a maior satisfação que vi minha carta publicada e a resposta que me enviaram.
Apesar de morar no Ceará, e ser filho de pais cearenses, sou paulista de nascimento e, com certeza, não me esqueço da famosa garoa e do clima da capital de São Paulo, apesar da terrível poluição que infesta o ar.
Se vocês me permitirem, venho testemunhar algumas coisas que marcaram a diocese à qual pertencia, São Miguel Paulista.
Antigamente, a atual diocese era uma região episcopal da Arquidiocese de São Paulo. Na década de 80 o bispo auxiliar era D. Angélico Sândalo Bernardino. Eram tempos de D. Arns, com seu discurso altamente politizado e escancaradamente esquerdista.
A paróquia à qual pertencia não poderia ser diferente, e mesmo eu sendo criança, era notório o discurso politiqueiro e tendencioso, por parte de alguns membros do conselho paroquial, seja nas reuniões, até mesmo nas celebrações (quando o padre não estava) e na catequese.
Os progressistas estavam de vento em popa, até que, em 1989, o Papa João Paulo II, numa canetada certeira, acabou por desmembrar a Arquidiocese, em outras Dioceses autônomas, entre elas a de São Miguel. Tinha eu onze anos de idade, mas não me esqueço do empenho que alguns dos paroquianos (travestidos descaradamente em cabos eleitorais do "home"), em fazer as pessoas votarem no PT. Dom Paulo E. Arns nunca perdoou Sua Santidade por este ato, que foi doloroso sim, mas que se fazia por demais necessário.
Saiu D. Angélico, entrou D. Fernando Legal, salesiano, que acabou com a farra dos esquerdistas. Ainda hoje, muitos daqueles padres se ressentem do bispo, que não foi nada "legal" com eles. Inclusive um deles, ao visitar a minha paróquia, num encontro para jovens, em 1997, declarou, durante a Missa, que a Igreja deveria rever os seus conceitos, e que era favorável sim, à ordenação sacerdotal das mulheres, acusando a Cúria Romana de "machista e retrógrada".
O resultado deste discurso "político"? Uma brutal queda na qualidade dos fiéis, além de uma debandada de outros fiéis para as seitas. Pessoas que se cansaram de ouvir falar só de política, elites, etc..
Outra coisa que marcou foi o avanço da RCC. Me lembro que, no mesmo ano de 1997, em um grupo de oração que se reunia semanalmente, o palestrante andou ministrando "curas". Foi um impacto tão grande, uma repercussão tão negativa, que o então pároco ordenou que se parassem com aqueles exageros, sob pena de as reuniões serem proibidas. Além disso, mandou que se afixassem nas paredes da igreja dois quadros com os seguintes dizeres: "O PADRE DESTA PARÓQUIA NÃO FAZ MILAGRES".
Portanto, que a Igreja se faça mais próxima da sã doutrina ensinada pelos Apóstolos, que deixe de lado o homem, e se volte urgentemente para Deus! Que o Divino Espírito Santo abençoe S. S. o Papa Bento XVI nesta verdadeira cruzada contra estes ventos de doutrina, que infestaram a Igreja com as janelas escancaradas pelo Vaticano II.
Que se acabe com essas aventuras ecumênicas! Basta dessa libertinagem moral e espiritual, essa "ditadura do relativismo" tão bem denunciada pelo Papa.
A todos da Montfort, minhas saudações e minhas orações.
"In Corde Jesu, semper"!