Polêmicas
Pe. Quevedo nega a doutrina da Igreja sobre a Ressurreição
PERGUNTA
Nome:
Ricardo
Enviada em:
11/12/2001
Local:
Recife - PE,
Religião:
Católica
Prezado sr. Orlando Fedeli,
gostaria, por favor, que comentasse esse texto que encontrei no site do Padre Quevedo. Se quiser ler o texto todo o site é www.catolicanet.com/clap/conteudo.asp?pagina=30, mas eu transcrevo aqui apenas a parte que me chamou mais atenção:
"...Eu admiro a fé dos cristãos, mas no Brasil, quando os padres rezam o Creio, se diz: "... creio na ressurreição da carne...", me dá uma vontade de levantar os olhos e dizer: Eu não... E continuar rezando. Em grego, a palavra que está na oração não significa carne, significa ser humano, ..."creio na ressurreição do homem...", não da carne.
Mas e a ressurreição de Cristo?, pois Ele ressuscitou exatamente seu corpo que havia sido sepultado...
Com Cristo, havia um motivo especial para que ressuscitasse precisamente aquela energia corporal (corpo), com a mesma idade, características, chagas, etc de quando Ele foi crucificado (e não ressuscitou criança ou mais velho ou diferente) : para que todos entendessem a ressurreiçao, Cristo venceu a morte. Senão os apóstolos não iam entender nada! Para ensinar o Dogma da Ressurreição do homem, e não da carne, Cristo fez o milagre de ressuscitar precisamente igual àquele corpo da cruz.
Cristo ressuscitou aqui, no plano material (e com isso ensinou e provou aos homens , sua Divindade, a Ressurreição e a Vida Eterna), e depois "subiu aos céus", foi para o Pai (plano sobrenatural); mas conosco, ressuscitaremos não aqui, mas na eternidade, no plano sobrenatural."
Quando dizemos "creio na ressurreição da carne" não estamos falando da ressurreição do fim dos tempos? O que ele diz é certo?
RESPOSTA
Prezado Ricardo, salve Maria.
Perdoe a demora em responder sua pergunta. Múltiplos afazeres me atrasaram.
O texto que você me enviou do Padre Quevedo é estarrecedor. E não sei o que estarrece mais: se a ousadia desse padre em negar o que ensina o Credo, ou a ousadia de sofismar tão escancaradamente.
O fato de esse padre negar tão afrontosamente o que a Igreja sempre ensinou indica o nível de desagregação a que se chegou: nada acontece a ele. Ninguém o pune por negar diretamente o Credo. Nada acontece por sugerir uma fórmula que insinua e induz a erro.
Estarrecedor então é ele dizer que: "...Eu admiro a fé dos cristãos, mas no Brasil, quando os padres rezam o Creio, se diz: "... creio na ressurreição da carne...", me dá uma vontade de levantar os olhos e dizer: Eu não... E continuar rezando. Em grego, a palavra que está na oração não significa carne, significa ser humano, ..."creio na ressurreição do homem...", não da carne."
Pois veja bem a tolice que ele afirma: quem ressuscita não é a carne. Quem ressuscita é o ser humano.
Ora, o homem é composto de alma e corpo. Quando o homem morre, a alma separa-se do corpo .
O que morre é, sim, o ser humano, porque o homem é a unidade corpo-alma.
Mas o Padre Quevedo não pode negar que o corpo é que apodrece após a morte, e que a alma é imortal. Se a alma é imortal, ao morrer o ser humano, o que propriamente "morre" é o corpo, por isso o homem morre.
O homem morto continua a existir, porque sua alma continua viva, existente.
Quem ressuscitará então, propriamente, é o corpo humano e, reconstituído em sua unidade substancial, o homem ressuscita.
O modo impreciso e atrevido com o qual Padre Quevedo se exprime insinua que o Credo está errado, pois se é o ser humano enquanto tal que ressuscita, pode-se ser induzido ao erro de pensar que a alma também morreu.
Portanto, está bem certo o Credo ao usar a fórmula "Creio na ressurreição da carne" e não "creio na ressurreição do ser humano" como pretende e propõe Padre Quevedo.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli.
Perdoe a demora em responder sua pergunta. Múltiplos afazeres me atrasaram.
O texto que você me enviou do Padre Quevedo é estarrecedor. E não sei o que estarrece mais: se a ousadia desse padre em negar o que ensina o Credo, ou a ousadia de sofismar tão escancaradamente.
O fato de esse padre negar tão afrontosamente o que a Igreja sempre ensinou indica o nível de desagregação a que se chegou: nada acontece a ele. Ninguém o pune por negar diretamente o Credo. Nada acontece por sugerir uma fórmula que insinua e induz a erro.
Estarrecedor então é ele dizer que: "...Eu admiro a fé dos cristãos, mas no Brasil, quando os padres rezam o Creio, se diz: "... creio na ressurreição da carne...", me dá uma vontade de levantar os olhos e dizer: Eu não... E continuar rezando. Em grego, a palavra que está na oração não significa carne, significa ser humano, ..."creio na ressurreição do homem...", não da carne."
Pois veja bem a tolice que ele afirma: quem ressuscita não é a carne. Quem ressuscita é o ser humano.
Ora, o homem é composto de alma e corpo. Quando o homem morre, a alma separa-se do corpo .
O que morre é, sim, o ser humano, porque o homem é a unidade corpo-alma.
Mas o Padre Quevedo não pode negar que o corpo é que apodrece após a morte, e que a alma é imortal. Se a alma é imortal, ao morrer o ser humano, o que propriamente "morre" é o corpo, por isso o homem morre.
O homem morto continua a existir, porque sua alma continua viva, existente.
Quem ressuscitará então, propriamente, é o corpo humano e, reconstituído em sua unidade substancial, o homem ressuscita.
O modo impreciso e atrevido com o qual Padre Quevedo se exprime insinua que o Credo está errado, pois se é o ser humano enquanto tal que ressuscita, pode-se ser induzido ao erro de pensar que a alma também morreu.
Portanto, está bem certo o Credo ao usar a fórmula "Creio na ressurreição da carne" e não "creio na ressurreição do ser humano" como pretende e propõe Padre Quevedo.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli.