Polêmicas
CNBB e Dominus Iesus
PERGUNTA
Nota da CNBB sobre o ecumenismo
Nota da CNBB sobre ecumenismo à Presidência e à Comissão Episcopal de Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em comunhão com o Papa João Paulo II que, no dia 18 de setembro de 2000, reiterou "ser irrevogável o empenho da Igreja Católica para com o diálogo ecumênico", por motivo da recente Declaração Dominus Iesus da Congregação para a Doutrina da Fé, deseja reafirmar o seu compromisso ecumênico. Manifesta a todos os cristãos a estima da Igreja Católica que os reconhece justificados pela fé e incorporados a Cristo e os abraça com fraterna reverência e amor como "irmãos no Senhor". Considera também que "suas igrejas de forma alguma são destituídas de significação e importância no mistério da salvação" (Cf. UR). Acredita que o movimento ecumênico, surgido entre os irmãos e irmãs de outras igrejas para restaurar a unidade de todos os cristãos, é uma obra do Espírito Santo. Reafirma também os compromissos assumidos com as igrejas parceiras nos organismos ecumênico!
s CONIC e CESE, para cuja constituição contribuiu como membro fundador. De acordo com os estatutos solenemente assinados, garante a todos os irmãos e irmãs que continuará a sentar-se à mesa do diálogo "de igual para igual", na busca comum da verdade e no serviço à humanidade. Continua examinando, com espírito sincero e atento, o que, no interior da própria Família católica no Brasil, deve ser renovado e realizado, para que sua vida dê um testemunho mais fiel e luminoso da doutrina e dos ensinamentos recebidos de Cristo por meio dos Apóstolos. Exorta o clero e os fiéis católicos a fazerem do ecumenismo uma prioridade e a promoverem tudo o que for necessário a fim de que o testemunho da comunidade católica possa ser compreendido em toda a sua pureza e coerência, superando as incompreensões herdadas do passado e estabelecendo com os irmãos e irmãs evangélicos laços cada vez mais fortes de recíproca confiança e amizade. Consciente de que o propósito da reconstituição da unidade !
da Igreja é um dom de Deus que nos impele a seguirmos juntos pelos caminhos da plena comunhão, coloca inteiramente a sua esperança na oração de Cristo pelos discípulos, no amor do Pai para conosco e na força do Espírito Santo. Dom Jayme Henrique Chemello Presidente da CNBB Dom Raymundo Damasceno Assis Secretário-geral da CNBB (Imprensa CNBB)
Caro Prof. Fedelli, Tenho por muita Estima a vossa pessoa, de coracao. Meu Corac~ao Cat"olico, apesar de ter sido chamado de protestantezinho em uma de suas cartas, se alegra com as respostas dadas as mais dificeis questoes de Fe, respostas vinda do Espirito Santo de Deus, eu creio. Li, com muita estima a sua resposta e a recebi no fundo do meu coracao, espero poder ser um catolico melhor, como exige nosso senhor e nossa santa mae, a Igreja.
Gostaria que me dissessem qual a verdadeira opniao da Igreja a resposto do Texto acima, que e da CNBB. Conheco o que dizem os Concilios, mas gostaria de saber qual a opniao da SANTA SE...
Se ela apoia o Vaticano II ou os Concilios anteriores (Pelo Visto a CNBB se baseia no Vaticano II e no que o Papa Joao Paulo II disse, e o prega, acabando por colocar de lado os demais concilios que sao verdadeiramente EX-cathedra), Fazendo isso nao correm em erro?? Sendo um erro de uma entidade tao importante na Igreja nao e algo perigoso? e a Santa Se se Pensa da mesma forma indo de encontro com os Concilios Ex- cathedra, nao acabam incorrendo no Erro, sendo essa a Voz maior da Igreja, como podemos dizer que a Igreja nao erra...? Favor entendam, nao estou sendo hereje, nao estou querendo dizer que Cristo erra, ou que nao esta assistindo de maneira correta sua Igreja, quero dizer sim, que Sendo a Voz m"axima deveria entao nos passar apenas o de mais correto na Fe catolica.
(desculpe pela falta de acentos, mas meu CPU esta com teclado em Ingles, vide algumas tentativas de acentuacao no Texto acima...) Da Parte de Deus , nosso Pai e do Senhor Jesus Gra"ca e Paz. Salve Maria.
Do F~a em Cristo.
Abelardo.
RESPOSTA
Prezado Dr. Abelardo, salve Maria.
Quisera pedir-lhe desculpas pelo fato de não ter notado que o sr. é um Médico, e não um simples consulente, e cumprimentá-lo com o maior respeito pela dignidade e grandeza de alma que sua atual carta revelou. O texto que o sr. me envia foi publicado pela CNBB como comentário à Declaração Dominus Iesus. Lamentavelmente, a CNBB não deu uma adesão clara a essa Declaração aprovada pelo Papa, e na qual se estabeleceram dez verdades de Fé que todo católico -- inclusive os Bispos -- devem crer.
Já antes, Dom Ivo Lorscheider assinara um manifesto, juntamente com pastores protestatntes, contra a Declaração Dominus Iesus, o que foi ainda mais lamentável.
Em todo o mundo, houve reações contra a Dominus Iesus por parte de eclesiásticos e leigos de importância. Na Bélgica, por exemplo, 80 teólogos fizeram um manifesto contra a Declaração aprovada pelo Papa João Paulo II.
Nós, da Montfort, pelo contrário, apressamo-nos em dar nossa adesão irrestrita, e de plena alma e coração, às dez verdades de Fé constantes da Dominus Iesus. O sr. poderá encontrar em nosso site esse documento de adesão.
Infelizmente, a CNBB não reagiu igualmente. Se não protestou contra a Dominus Iesus como Dom Ivo Lorscheider, não aderiu explicitamente a essa Declaração de Fé.
E foi pena.
Mas, o sr. não pode esquecer que a CNBB não é um órgão instituído por Cristo. É uma instituição humana e não divina, cujas decisões não obrigam nem aos Bispos a ela pertencentes. De modo que, entre o manifesto da CNBB e a Declaração Dominus Iesus, aprovada pelo Papa João Paulo II, ficamos, sem dúvida nenhuma, com o Papa.
Esperando que tenha aceitado minhas escusas, aguardarei suas missivas com o maior interesse e amizade.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli