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Polícia apura uso de bebê como oferenda religiosa
PERGUNTA
Nome:
Claudio
Enviada em:
02/02/2006
Local:
São Paulo - SP, Brasil
Religião:
Católica


Prezados, Salve Maria,
 
Para as pessoas que defendem a liberdade religiosa e tem orgulho da multicultura brasileira (como o pe. bailarino) eis aí o seu  resultado se for confirmado esta possibilidade como o  verdadeiro motivo do "abandono" da criança.
 
Cláudio


 
Qua, 01 Fev - 19h10
Polícia apura uso de bebê como oferenda religiosa
Agência Estado
 
 
A promotora de vendas Simone Cassiano da Silva, de 27 anos, pode ter atirado a filha, de dois meses, nas águas da Lagoa da Pampulha, um dos principais cartões postais da capital mineira, para dar continuidade a um "trabalho" iniciado em um terreiro de umbanda. A hipótese passou a integrar hoje uma das linhas investigação da Polícia Civil de Minas Gerais. Em depoimento ao delegado Hélcio Bernardes, do 16º Distrito, o cabo reformado José Resende Filho, de 55 anos, ex-namorado da promotora de vendas, disse que Simone freqüentava à religião desde os 15 anos. A informação foi confirmada no centro de umbanda, que fica no bairro Itapuã, também na Pampulha.
 
O militar reformado já havia acusado a promotora de vendas de fazer `programas" na noite da capital mineira e de ter tentado matá-lo por três vezes. "Ele nos disse que Simone freqüentava esse centro de umbanda desde os 15 anos e fazia `trabalhos". Segundo ele, possivelmente a criança deve ter sido jogada nas águas para ser oferecida a Iemanjá. Mas isso é apenas mais uma linha de investigação. Vamos continuar trabalhando para chegarmos a uma conclusão", afirma o delegado, ressaltando que vai procurar dois taxistas que transportaram Simone no dia do abandono.
 
Hoje, dia 2 de fevereiro, é dia de Iemanjá. O bebê foi atirado nas águas da Pampulha no último sábado, em um saco plástico, que boiava com o auxílio de um pedaço de madeira, assim como as oferendas devem ser ofertadas a Iemanjá. Além do ex-namorado de Simone, a cabeleireira Viviane da Cruz também confirmou à ligação da promotora de vendas com a religião afro-brasileira. "Ela sempre falava no salão que realizava `trabalhos".
Inclusive, oferecia seus `serviços" a outros freqüentadores do salão", revela a cabeleireira da promotora de vendas que está presa, em cela separada, na penitenciária de mulheres Estevão Pinto.
 
Por determinação da Justiça, o registro provisório da criança foi feito hoje. O bebê se chamará Letícia Maria Cassiano, mas o nome poderá ser mudado por quem tiver sua guarda definitiva. A determinação foi da juíza substituta Neuza Maria Guido do Juizado da Infância e da Juventude de Belo Horizonte. Apesar do interesse de várias famílias, que querem adotar o bebê, a preferência é dos familiares. Gerson Reis Júnior, 57 anos, atual companheiro de Simone, manifestou interesse de ficar com o bebê. Porém, isso vai depender dos resultados dos exames de paternidade que devem ficar prontos na próxima semana.
 
Novo Abandono
 
Menos de cinco dias depois do abandono e da tentativa de homicídio com a criança na Pampulha, outro bebê, também do sexo feminino, foi abandonado na capital mineira. Por volta das duas horas da madrugada de hoje, o interfone da casa da estudante Daniele Santos Silva passou a tocar insistentemente. A estudante atendeu o aparelho e ouviu o choro da criança. Sem saber o que estava acontecendo, chamou a polícia que encontrou o bebê, na calçada em frente à casa da estudante, localizada no bairro Vila Clóris, região Norte da capital. O bebê foi encaminhado a maternidade Odete Valadares, onde deve permanecer por 48 horas, passando por exames.
 
A polícia ainda não tem pistas dos pais do bebê, que ainda estava com o cordão umbilical e pesa 3,5 quilos. A criança foi encontrada enrolada em uma frauda de pano, com sangue e chorando muito. Segundo a médica Sandra Ornelas, o cordão umbilical e o sangue comprovam que o bebê tinha acabado de nascer. "Ela chegou ao hospital chorando muito e com fome. Mas os primeiros exames indicam que o bebê não tem nenhum ferimento e está bem de saúde", informa.