História
Assassinato de Hipácia de Alexandria
PERGUNTA
Nome:
Cristiane Pinto
Enviada em:
05/08/2011
Local:
Foz do Iguaçu - PR, Brasil
Religião:
Católica
Os ateus adoram afirmar que Hipátia de Alexandria, uma filósofa pagã, foi assassinada por cristãos fanáticos nos primórdios do cristianismo. O fato de ser uma filósofa pagã (num meio predominantemente cristão) é tido como um dos fatores que contribuíram para que fosse assassinada. O problema é que se atribui motivos religiosos para o assassinato.
Gostaria de saber se Hipátia foi assassinada por esse motivo mesmo, ou se houve algum outro motivo. E se os cristãos realmente a mataram. Também gostaria de saber se São Cirilo mandou matá-la. O filósofo pagão Damáscio atribui explicitamente o assassinato ao patriarca, que invejaria Hipátia. E gostaria de saber se os cristãos destruíram mesmo a Biblioteca de Alexandria.
Gostaria de saber para poder refutar, caso trazerem este assunto à tona.
Desde já, agradeço e aguardo as respostas.
Desde já, agradeço e aguardo as respostas.
RESPOSTA
Salve Maria, Cristiane.
A história de Hipácia veio à tona recentemente, ao que parece, por causa de um filme de nome “Ágora” . Trata-se de uma propaganda anti-católica e mentirosa.
O único autor, conhecido, contemporâneo de Hipácia (morta em 415) que escreveu sobre sua morte, é Socrates Scholasticus (nascido em 380). Ele deixa claro que a motivação da morte de Hipácia foi política e quem liderou o assassinato foi um tal de Pedro, o leitor. Não há nada que ligue São Cirilo ao crime. E se Pedro, o leitor, era batizado, isto não prova nada, muito menos demonstraria qualquer motivação religiosa para a morte de Hipácia.
As fontes que os ateus e inimigos da Igreja usam são todas anacrônicas. Interessante notar que eles ignoram solenemente a única fonte da época dos acontecimentos.
Quanto à Biblioteca de Alexandria, ela foi destruída, ao menos em parte, por Júlio César em 47 A.C. Ela foi reconstruída junto ao Serapeum (templo de Serápis) e passou por novas destruições, com Aureliano e Diocleciano. O bispo Teófilo construiu uma Igreja onde ficava o templo, já em ruínas.
Marcelo Andrade