História

Quarta Cruzada
PERGUNTA
Nome:
Ary da Silva
Enviada em:
16/08/2009
Local:
Serra - ES, Brasil
Religião:
Católica
Escolaridade:
Superior em andamento


Olá, Associação Montfort.

Parabéns pelo trabalho e que São Miguel Arcanjo os defenda. Tornei-me leitor assiduo do site, e como sempre fui um interessado em História, embora não curse essa faculdade, comecei a ler os textos.

Gostei muito do artigo entitulado "A Cavalaria" e outros sobre a validade da guerra e das Cruzadas. De fato, traz uma visão que meus professores de História, marxistas, protestantes ou despreparados, nunca me passaram.

Mas ainda há uma coisa que gostaria de saber a opinião da nobílissima Associação Montfort:

O que foi a Quarta Cruzada em termos práticos?
Um justo ataque à fonte do Cisma do Oriente ou, como sempre me foi ensinado, um desleal e ganancioso ataque que separou definitivamente os cristão gregos dos latinos?

Para mim as Cruzadas mais importantes e válidas sempre foram a Primeira e a Terceira, há outras que mereçam atenção também?

Obrigado pela atenção. Deus vos guarde.
RESPOSTA


Muito prezado Ary,
Salve Maria.

     A quarta cruzada foi desviada de seus fins pelos venezianos. Estes disputavam os mercados do Oriente com os bizantinos. Os venezianos haviam prometido levar os cruzados francos até o Oriente, exigindo pagamentos exorbitantes. Depois, recusaram a levá-los, caso eles não os ajudassem a conquistar a cidade de Zara, que se rebelara contra Veneza. Alguns cruzados – entre eles Simão de Montfort –se recusaram a atacar Zara, porque era uma cidade católica. O grosso dos cruzados apoiou o ataque a Zara, e foram, por isso, todos excomungados pelo Papa.

     Depois, os venezianos intrigaram os cruzados a tomar Constantinopla, que sempre traía os cruzados ajudando os maometanos. Apesar disso, o ataque dos cruzados a Constantinopla — que já estava separada da Igreja Católica há mais de duzentos anos — foi injusto, e trouxe dificuldades para o retorno dos cismáticos à Igreja Católica.

     Escreva-me sempre.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli