Doutrina
Casa, separa, depois...
PERGUNTA
Nome:
Lúcio Carlos Bertelli
Enviada em:
26/04/2011
Local:
Cornélio Procópio - PR, Brasil
Religião:
Católica
Olá, que o ZELO de MARIA SANTÍSSIMA, mãe do nosso SALVADOR recaia sobre todas as pessoas que fazem da Montfort essa "espada" na luta em defesa da única Igreja instituída por Jesus Cristo a IGREJA CATÓLICA, APOSTÓLICA E ROMANA, sem a qual não há SALVAÇÃO!
Em data de 18 de Abril enviei uma carta para a Montfort sobre o sacramento do matrimonio e sua dissolução. Eis minha pergunta... “Esta tão comum a separação de casais e sua nova união, mesmo não havendo o sacramento do matrimônio novamente pela igreja, que é proibido e certo, como fica a nova união? Já que infelizmente as pessoas não se compreendem mais e resolvem se separar por incompatibilidade de gênios, ficam eles em pecado? O que a igreja diz dessa nova união em que não pode haver o matrimônio, devido, não ser a separação motivo justo para a sua dissolução, muito menos a morte de um dos cônjuges?”
Infelizmente, isso está se tornando prática comum. Casais se separam por não estarem “preparados” para uma vida a dois, que, diga-se de passagem, com tanta modernidade, líber(tinagem)dade, valores invertidos (em que se valoriza mais às picuinhas, o egoísmo próprio, a condição financeira), e que se elevam mais as diferenças em detrimento do carisma mútuo, que se torna intolerável ao unir-se e manter-se unido à sua cara-metade. Sei que o matrimônio é indissolúvel, conforme os ensinamentos do Evangelho de Mateus 19,3; Marcos 10,1. Mas para os dias atuais em que se desconhece (ou fingem não conhecer) os valores dos ensinamentos religiosos da igreja católica e que praticamente NÃO são levados a sério ao ponto de ter a consciência da indissolubilidade do matrimônio, pergunto...
Como manter um casamento pelo sacramento matrimonial realizado pela igreja, onde, após certo tempo de convivência, (médio ou longo prazo) em que entre o casal não há mais respeito? Brigas constantes já com agressão física? Risco de vida de um dos cônjuges? Alcoolismo? Intolerância e incompatibilidade total de gênios? Adultérios (sem prova cabal) e desconfianças? Certamente haverá a separação, independente do apoio (interferencia) ou não da igreja, estamos numa “liberdade” tal, que os preceitos de hoje se contrapõem aos tempos de nossos avós, havia sim problemas, mas, os costumes eram outros, muitas mulheres (nossas avós e mães) “toleravam” e “suportavam” quer seja pelos filhos, quer pelo respeito que elas tinham por seu esposo, e raramente o contrário, onde a mulher era a vilã.
Após a separação, novo relacionamento e temos outra denominação, agora não mais ‘casados’ e sim ‘amasiados’, ‘concunbinados’, já que pela Igreja o correto é proibir novo sacramento matrimonial, doravante que não houve a morte de um dos cônjuges ou causa(s) que promova(m) a nulidade matrimonial aceita pela mesma. Portanto, nesse novo relacionamento a pessoa encontrou sua verdadeira cara-metade, tem postura correta e digna como se fossem casados de “verdade”, freqüentam as missas, agem como católicos, tem suas obrigações para com seus filhos e os filhos do primeiro relacionamento, enfim, vivem mais felizes e completos com esta segunda “união”. O ato de serem separados (um ou os dois) da primeira união, provavelmente faz deles adúlteros’ em questão ao que diz os Evangelhos. Mas da sua primeira união, por mais que tentasse viver juntos, sendo a Igreja intermediária com os cursilhos e ECC, terapia de casal, etc., chegando ao ponto de que a melhor a solução é a separação, isso os tornam “pecadores” até quando? É DEUS quem julga e não nós, mas, sendo essa segunda união estável e frutífera, com respeito e acima de tudo com amor de verdade, o que OFENDE mais a DEUS, a primeira união, já despedaçada, de morna para (hiper) gelada? Ou a segunda, com amor recíproco?
Sou casado e estas dúvidas são por que convivemos com esta situação a todo o momento, seja, nos amigos, na família, enfim, já é pratica casar-se e separar-se por qualquer motivo banal. Pergunto a titulo de informação e para esclarecer a posição que a Igreja tem a esse respeito.
Que pela interseção da Virgem Maria,
Que as bênçãos recaiam sobre vós
Todos vós.
Lúcio C Bertelli.
Em data de 18 de Abril enviei uma carta para a Montfort sobre o sacramento do matrimonio e sua dissolução. Eis minha pergunta... “Esta tão comum a separação de casais e sua nova união, mesmo não havendo o sacramento do matrimônio novamente pela igreja, que é proibido e certo, como fica a nova união? Já que infelizmente as pessoas não se compreendem mais e resolvem se separar por incompatibilidade de gênios, ficam eles em pecado? O que a igreja diz dessa nova união em que não pode haver o matrimônio, devido, não ser a separação motivo justo para a sua dissolução, muito menos a morte de um dos cônjuges?”
Infelizmente, isso está se tornando prática comum. Casais se separam por não estarem “preparados” para uma vida a dois, que, diga-se de passagem, com tanta modernidade, líber(tinagem)dade, valores invertidos (em que se valoriza mais às picuinhas, o egoísmo próprio, a condição financeira), e que se elevam mais as diferenças em detrimento do carisma mútuo, que se torna intolerável ao unir-se e manter-se unido à sua cara-metade. Sei que o matrimônio é indissolúvel, conforme os ensinamentos do Evangelho de Mateus 19,3; Marcos 10,1. Mas para os dias atuais em que se desconhece (ou fingem não conhecer) os valores dos ensinamentos religiosos da igreja católica e que praticamente NÃO são levados a sério ao ponto de ter a consciência da indissolubilidade do matrimônio, pergunto...
Como manter um casamento pelo sacramento matrimonial realizado pela igreja, onde, após certo tempo de convivência, (médio ou longo prazo) em que entre o casal não há mais respeito? Brigas constantes já com agressão física? Risco de vida de um dos cônjuges? Alcoolismo? Intolerância e incompatibilidade total de gênios? Adultérios (sem prova cabal) e desconfianças? Certamente haverá a separação, independente do apoio (interferencia) ou não da igreja, estamos numa “liberdade” tal, que os preceitos de hoje se contrapõem aos tempos de nossos avós, havia sim problemas, mas, os costumes eram outros, muitas mulheres (nossas avós e mães) “toleravam” e “suportavam” quer seja pelos filhos, quer pelo respeito que elas tinham por seu esposo, e raramente o contrário, onde a mulher era a vilã.
Após a separação, novo relacionamento e temos outra denominação, agora não mais ‘casados’ e sim ‘amasiados’, ‘concunbinados’, já que pela Igreja o correto é proibir novo sacramento matrimonial, doravante que não houve a morte de um dos cônjuges ou causa(s) que promova(m) a nulidade matrimonial aceita pela mesma. Portanto, nesse novo relacionamento a pessoa encontrou sua verdadeira cara-metade, tem postura correta e digna como se fossem casados de “verdade”, freqüentam as missas, agem como católicos, tem suas obrigações para com seus filhos e os filhos do primeiro relacionamento, enfim, vivem mais felizes e completos com esta segunda “união”. O ato de serem separados (um ou os dois) da primeira união, provavelmente faz deles adúlteros’ em questão ao que diz os Evangelhos. Mas da sua primeira união, por mais que tentasse viver juntos, sendo a Igreja intermediária com os cursilhos e ECC, terapia de casal, etc., chegando ao ponto de que a melhor a solução é a separação, isso os tornam “pecadores” até quando? É DEUS quem julga e não nós, mas, sendo essa segunda união estável e frutífera, com respeito e acima de tudo com amor de verdade, o que OFENDE mais a DEUS, a primeira união, já despedaçada, de morna para (hiper) gelada? Ou a segunda, com amor recíproco?
Sou casado e estas dúvidas são por que convivemos com esta situação a todo o momento, seja, nos amigos, na família, enfim, já é pratica casar-se e separar-se por qualquer motivo banal. Pergunto a titulo de informação e para esclarecer a posição que a Igreja tem a esse respeito.
Que pela interseção da Virgem Maria,
Que as bênçãos recaiam sobre vós
Todos vós.
Lúcio C Bertelli.
RESPOSTA
Prezado Lucio,
Salve Maria!
O sacramento do matrimônio é indissolúvel!
Por que? Por várias razões, todas elas decorrentes das finalidades do matrimôno: a procriação e a educação da prole e o auxílio mútuo entre os cônjuges.
Tanto a educação quanto o auxílio mútuo entre os cônjuges não devem ter em vista apenas o bem-estar e o desenvolvimento físico e social, mas devem tender à obrigação de todo homem, expressa por Nosso Senhor Jesus Cristo:
"Sede perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito" (Mateus 5, 48).
Portanto, a perfeição, ou santificação do casal e dos filhos é o objetivo último do casamento. Ora, essa finalidade exige que se pratique as virtudes de maneira estável, sem as mudanças de rumo e de situação que são propiciadas pelo divórcio.
Além disso, a educação é o ensino do que é certo e errado e o incentivo para a prática do bem. Esse processo deve levar em consideração o princípio que diz: "O argumento convence e o exemplo arrasta". Ora, como ensinar aos filhos a lealdade, a justiça, o respeito à palavra dada e a honestidade, se os pais tem o direito de faltar com tudo isso um em relação ao outro?
Igualmente, se há o direito ao divórcio e à "felicidade" fora da instituição familiar, elevada a uma condição sagrada pelo matrimônio, a família como um todo perde seu valor. É o que vemos acontecer todos os dias em nossa sociedade, ferida pela "chaga" do divórcio (na palavra de Bento XVI): os filhos não tem mais o mesmo direito em relação aos pais porque os pais não tem mais as mesmas obrigações em relação aos filhos. Isso produz nos filhos uma deficiência profunda: como confiar em alguém aquele que não pode contar com a presença incondicional dos próprios pais?
Se não se respeita a lei do matrimônio indissolúvel - cheia de razão de ser, como vimos acima - a solução não é mudar a lei, é mudar as pessoas! Ou você defende a abolição do Código Penal, em vista da alta da criminalidade?
"Mas e quando não há mais respeito mútuo?", pergunta você. E após listar situações terrivelmente conflituosas, como agressões, adultérios, etc., você chega à razão mais comum do divórcio moderno: "já é pratica casar-se e separar-se por qualquer motivo banal"... É verdade. O divórcio, que pretendia há quarenta anos atrás, solucionar apenas alguns casos graves de incompatibilidade, agora permite abandonar mulher (ou marido) e filhos por "qualquer motivo banal".
"O que mais ofende a Deus?"... Uma união com "amor" ou sem "amor"? Ora, meu caro Lucio, ama quem cumpre seu dever. Com seus pais, com seus filhos, com seu cônjuge! O sentimento sem a justiça é falso, é mero egoísmo, e não pode agradar a Deus!
Você pergunta "a titulo de informação"... Pois bem, falei a respeito da doutrina da Igreja, que aliás, você já conhecia. Dei argumentos para justificar essa santíssima doutrina, que também não devem lhe ter sido tão surpreendentes.
Mas, finalmente, o que podemos fazer como católicos, diante da situação concreta de nossa sociedade "despedaçada"? Rezar, dar bom exemplo... e nunca "negociar" com a verdade, nunca diminui-la para fazer com que o erro pareça aceitável!
O divórcio é sempre mau! O casamento é indissolúvel!
No Coração de Jesus e Maria,
Lucia Zucchi