Doutrina
Expulsão dos vendilhões do templo
PERGUNTA
Nome:
Maicon de Souza
Enviada em:
17/01/2011
Local:
Vitória - ES, Brasil
Religião:
Católica
Escolaridade:
2.o grau concluído
Profissão:
Corretor de Seguros
Prezado Sr. Bruno,
Salve Maria!
Agradeço imensamente pela resposta dada a minha dúvida.
Deus lhe pague e continue abençoando a sua inteligência e sabedoria!
Certo dia ouvi dois senhores discutindo, um, ao que parece era ""Católico"" o outro, um protestante.
O que se dizia Católico discutia com o protestante a respeito da humanidade de Cristo.
E pasmem o ""católico"" afirmava categoricamente que Cristo pecou.
E justificava a heresia, valendo-se do método de satanás para tentar Cristo, usando da própria palavra de Deus. O passagem que ele usava era a que Jesus expulsava os vendilhões do templo.
Disse que que Cristo irou-se, e ira é pecado.
O protestante tentava argumentar, que Cristo é Deus e nEle não há pecado porém os argumentos dele foram em vão.
Ainda o que se dizia ""católico""" finalizou dizendo que Cristo precisava ser o máximo possivel igual a nós humanos para que o seu sacrifício tivesse maior valor.
Na hora por falta de sabedoria e inteligência fiquei desgraçadamente mudo, porém pela Graça de Deus, Ele me fez conhecê-los e agora eu e todos os leitores da Montfort temos a oportunidade de iluminar as trevas que estão envolvidas a nossa mente, trevas da ignorância e de vãos pensamentos.
Como posso defender Nosso Senhor desta blasfêmia? Há outras heresias que atribuem pecados a Deus? Como refutá-las?
Graças sejam dadas a Deus por todos os Amigos da Montfort.
Salve Maria!
Agradeço imensamente pela resposta dada a minha dúvida.
Deus lhe pague e continue abençoando a sua inteligência e sabedoria!
Certo dia ouvi dois senhores discutindo, um, ao que parece era ""Católico"" o outro, um protestante.
O que se dizia Católico discutia com o protestante a respeito da humanidade de Cristo.
E pasmem o ""católico"" afirmava categoricamente que Cristo pecou.
E justificava a heresia, valendo-se do método de satanás para tentar Cristo, usando da própria palavra de Deus. O passagem que ele usava era a que Jesus expulsava os vendilhões do templo.
Disse que que Cristo irou-se, e ira é pecado.
O protestante tentava argumentar, que Cristo é Deus e nEle não há pecado porém os argumentos dele foram em vão.
Ainda o que se dizia ""católico""" finalizou dizendo que Cristo precisava ser o máximo possivel igual a nós humanos para que o seu sacrifício tivesse maior valor.
Na hora por falta de sabedoria e inteligência fiquei desgraçadamente mudo, porém pela Graça de Deus, Ele me fez conhecê-los e agora eu e todos os leitores da Montfort temos a oportunidade de iluminar as trevas que estão envolvidas a nossa mente, trevas da ignorância e de vãos pensamentos.
Como posso defender Nosso Senhor desta blasfêmia? Há outras heresias que atribuem pecados a Deus? Como refutá-las?
Graças sejam dadas a Deus por todos os Amigos da Montfort.
RESPOSTA
“O apetite de vingança, algumas vezes, é acompanhado de pecado quando alguém procura vingar-se fora da ordem da razão. Desse modo não pode haver ira em Cristo; trata-se da chamada ira por vício. – Algumas vezes, porém, esse apetite é sem pecado, antes, é até louvável, por exemplo quando alguém deseja a vingança segundo a ordem da justiça. Chama-se, então, ira por zelo. Agostinho [no Tratado sobre o Evangelho de João] explica: “Alguém é devorado pelo zelo da casa de Deus, quando deseja emendar todas as coisas perversas que vê; se não pode emendar, as tolera e geme”. Essa ira existiu em Cristo.” (Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino, III, q. 15, a. 9, rep.)
Prezado Maicon,
Salve Maria,
Peço que reze para que Nossa Senhora ilumine as suas e as nossas palavras no combate que hoje vivemos. As palavras são como nossas espadas, que precisam estar afiadas e puras para servir a Deus. E para purificá-las recorremos a Nossa Mãe Santíssima. Afinal, bendizer a Mãe de Deus é a forma que temos de dar a devida glória a Deus e, consequentemente, elevarmos a palavra ao seu mais alto grau de perfeição. Com a Virgem manteremos nossas espadas limpas e prontas para ferir o inimigo quando necessário.
Quanto a sua dúvida: No antigo testamento lemos que Deus teve "furor" contra os judeus que adoravam ao bezerro de ouro:
"E o Senhor disse mais a Moisés: Vejo que este povo é de cerviz dura; deixai-me, a fim de que o meu furor se acenda contra eles, e que os extermine". (Gênesis 32,9-10)
O que o falso católico diria com essas palavras da sagrada escritura? Poderíamos negar a divindade de Deus porque entrou em furor contra os idólatras?
Com relação a Cristo e os vendilhões: Cristo irou-se, mas existe uma ira que não é pecado, ao contrário, é até louvável. Essa ira louvável é a que Cristo teve.
“O apetite de vingança, algumas vezes, é acompanhado de pecado quando alguém procura vingar-se fora da ordem da razão. Desse modo não pode haver ira em Cristo; trata-se da chamada ira por vício. – Algumas vezes, porém, esse apetite é sem pecado, antes, é até louvável, por exemplo quando alguém deseja a vingança segundo a ordem da justiça. Chama-se, então, ira por zelo. Agostinho [no Tratado sobre o Evangelho de João] explica: “Alguém é devorado pelo zelo da casa de Deus, quando deseja emendar todas as coisas perversas que vê; se não pode emendar, as tolera e geme”. Essa ira existiu em Cristo.” (Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino, III, q. 15, a. 9, rep.)
Vê-se que o trecho de Santo Agostinho citado por Santo Tomás aplica-se perfeitamente ao trecho do evangelho sobre os vendilhões do templo.
Para terminar acrescentarei uma citação de São Jerônimo feita por Santo Tomás na Suma Teológica, que certamente nos ajuda a combater uma falsa mansidão propagada pelos maus padres:
“Quem se ira sem razão, será culpado; mas quem se ira com razão, não o será, pois sem a ira, a doutrina não se aproveita, os tribunais não subsistem e não se reprimem os crimes”.
E Santo Tomás conclui:
“Logo, irar-se nem sempre é coisa má”. (idem II-II, q. 158, a. 1, s.c.)
“Quem se ira sem razão, será culpado; mas quem se ira com razão, não o será, pois sem a ira, a doutrina não se aproveita, os tribunais não subsistem e não se reprimem os crimes”.
E Santo Tomás conclui:
“Logo, irar-se nem sempre é coisa má”. (idem II-II, q. 158, a. 1, s.c.)
In Corde Jesu, semper,
Bruno Oliveira
Bruno Oliveira