Doutrina
Por que a Missa de São Pio V e não outros ritos mais tradicionais?
PERGUNTA
Lendo Alguns testos de autores Eclesiásticos e doutores da Igreja, vemos definidos ao longo dos séculos vários ritos diferentes, Por Exemplo quando São paulo Fala as corintios do Rioto Eucarístico ele parece menos complexo que na Didaquè, que por sua vez nos parece menos complexo que no Rito Referido Por São Justino no Sec II, no Oriente se introduz o Canto antes do ocidente, que a partir do Canto Ambrosiano, segundo Agostinho de Hipona, foi feito " assim como os orientais" e depois se espalhou por toda a Igreja, isso tudo sem mencionar todas as evoluções litúrgicas até culminar-mos no Concílio Ecumênico Vaticano Segundo.
O que me Faz proseguir com minha pergunta, seria o Rito de Pio X, mais importante que o descrito por Agostinho como o Celebrado por Ambrósio de Milano? Sabemos que os dois são doutores da Igreja. Então pq apenas o Rito de Pio X estaria correto?
Outra coisa que acompanho frequentemente é o se intitular tradicionalista, por parte de alguns católicos, porém as coisas ficam EXTRANHAS, pois quando se fala Tradicionalismo me Remete à Tradição Viva da igreja onde eu Vejo Clemente I submetendo a comunidade do Corinto ou ináco de Antioquia dizendo que Roma Preside, e pregando a Submisão ao bispo.
Então como alguém que não se Submete ao Bispo, à Igreja, ao Papa lembrando que ele é um dos Grandes nome do CVII, pode se dizer verdadeiramente católico? Êxpressar a opinião é uma coisas , mas o desreipeito e o incentivo à insubordinação pregado em muitos lugares, inclusive aquí neste site, para minha tristeza, ferem a Dignidade do povo Cristão pois Cristo no quer Um e disse mais aos apóstolos " Quem vos houve, houve a mim ".
Então para finaliza gostaria de desejar Graça e Paz a todos os Irmão da Montfort, que "O Espírito nos una num só corpo".
RESPOSTA
Data | 10.02.2009 |
Salve Maria.
Defender hoje o rito de São Pio V, não significa de modo algum dizer que o rito ambrosiano seja errado. A defesa do rito romano, chamdo de São Pio V, é contra a Nova Missa de Paulo VI feita pelo maçon Mons. Anibale Bugnini, que se baseou em rituais protestantes.
O Rito Romano, chamado de São Pio V, o antigo rito Gregoriano (de São Gregório Magno) deixa bem claro o dogma católico contra as heresias protestantes sobre a Missa e a Eucaristia. A Nova Missa de Paulo VI, como a de Lutero, não deixa claro que nela há um sacrifício de propiciação. Nela o ofertório tem fórmulas pouco claras de oferta, e a adoração de Cristo nas espécies consagradas é obnubilada. Na Missa Nova, se comemora uma ceia, e ela quer ser festiva, porque considera que todos já estão salvos. Por isso, ela é rezada sobre uma mesa e não sobre um altar com relíquias dos santos e de santos mártires que morreram por Cristo, como Ele misticamente vai morrer no ato da Consagração. Misticamente, repito.
Ademais, a Nova Missa é celebrada com o padre voltado para o povo, e não para Deus. Ora, na Missa de sempre, o sacrifício é ofertado a Deus Pai e, por isso, o padre tem que estar voltado para Deus e não para o povo. A Missa nova é voltada para o homem.
Na Missa católica, o celebrante é o sacerdote. Na missa nova, se insinua e se pretende que quem celebra é todo o povo. Por isso a Missa é rezada na língua do povo, como queriam os hereges luteranos e os hereges jansenistas.
Na Missa de sempre, se deixa claro que na Hóstia e no Vinho consagrados Cristo está realmente presente com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
Na missa nova, isso não fica claro pela abolicão de genuflexões e mesmo por algumas orações. Na Missa Nova, por exemplo, no Brasil, se diz: “Ele está no meio de nós”, absurda tradução da frase “Et cum spiritu tuo” (E com teu espírito).
Por que se diz que Cristo está no meio de nós?
Porque, segundo o cabalista judeu Martin Buber, que muito influenciou os teólogos modernistas, quando se estabelece um diálogo entre um Eu e um Tu, desaparecem o Eu e o Tu para surgir entre os dois uma “Presença” – a Presença da Divindade, a Sheckhinah da Cabala. Portanto, Deus estaria entre o sacerdote e o povo fiel, que agora chamam de a “Comunidade” (com mais unidade), isto é, a Presença da Divindade. Por isso a missa nova comemora a divinização — portanto a salvação - de toda a humanidade.
Na Missa de sempre, se renova o sacrifício do Calvário, e não a divinização de toda a humanidade. É por isso que o Papa exigiu que se traduzisse o “pro multis” da consagração do cálice como “por muitos”, enquanto a CNBB, não obedecendo ao Papa, teimosamente mantém a tradução falsa do “Por todos”, para dara a entender que todos já estão salvos.
Quanto a obediência ao decreto de Paulo VI, e aos Bispos, o mesmo Paulo VI declarou expressamente que não usou da infalibilidade papal ao instituir a Nova Missa sem abrrogar a Missa de sempre.
E uma outra prova de que não é pecado resistir ao erros da Nova Missa é que Bento XVI acaba de revogar as excomunhões dos Bispos da FSSPX que sempre recusaram, -- GRAÇAS a DEUS – a Nova Missa. E que continuam a recusá-la. Também a permissão que Bento XVI deu ao IBP de só rezar a Missa de sempre podendo nunca celebrar a Missa Nova, prova que é um direito recusar a Missa Nova.
Por fim, recomendo-lhe que leia as 62 razões escritas pelos Padres de Campos contra a Missa Nova. É verdade que, hoje, eles não querem lembrar dessas 62 razões, mas que eles as escreveram, escreveram. E que elas são verdadeiras, disso não há dúvida.
Recomendo-lhe também que leia o que escreveu Bento XVI sobre a Nova Missa em seu livro "Lembranças de Minha Vida (Paulinas).
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli