Doutrina
Canonização dos santos
PERGUNTA
Nome:
Marcelo
Enviada em:
03/03/2002
Local:
São Paulo - SP,
Religião:
Católica
Escolaridade:
Superior em andamento
Caro professor,
Em uma de suas respostas falando sobre a diferença entre adoração e respeito às imagens dos Santos e, ainda, sobre o culto a São Jorge, queria fazer duas considerações.
A primeira, em relação a São Jorge. Foi dito que o Papa é infalível em matéria religiosa (infalibilidade#impecabilidade), porém ficou-se contestando a posição papal de evitar-se o culto a São Jorge, isto não é discutir a infalibilidade do papa?
Segundo. É certo que existe diferença entre adoração e respeito aos Santos, mas será que todos os católicos sabem disto?
Como foi ressaltado no site, existe a veneração a Padre Cícero, que nem Santo é.
O senhor não acha que já é tempo da Igreja começar a evitar tais confusões entre os fiéis. Enfrentar sem temor, estas heresias, sem medo de ser politicamente incorreto, como é moda hoje, ao se permitir missas indígenas, mesclar cultos cristãos com os africanos e outros.
Isto se espalha demasiadamente rápido e pode confundir os católicos tradicionais.
Falo isto porque em uma paróquia que freqüentava ficava-se mais tempo adorando (a palavra é esta mesmo) o santo padroeiro que louvando a Jesus. Inclusive com entrega de "santinhos" por graças concedidas, com a conivência de todos.
Será que só poderei assistir missa ao lado das Irmãs de Maria?
Até quando?
Parabéns pelo site.
RESPOSTA
Muito prezado Marcelo, salve Maria.
Agradeço-lhe suas palavras de apoio ao site Montfort. Reze a Deus que nos dê as graças para bem prosseguir nesta luta em defesa da Fé.
Os pronunciamentos infalíveis do Papa são acompanhados por fórmulas que tornam claro que o Papa quis se pronunciar, sobre fé e moral, usando o poder que Cristo concedeu a São Pedro. Ora, isto não ocorreu -- salvo melhor juízo -- na ação de Paulo VI relativa aos santos dos quais não havia claro registro histórico.
Você tem razão ao criticar os que permitem que o povo demonstre devoção de qualquer tipo por pessoas não canonizadas. Isso contraria clara e diretamente as leis da Igreja.
Outrora, o processo de canonização principiava com um "Processo de Não-Culto".
Caso tivesse havido culto para a pessoa da qual se estudava a causa para ser canonizada, o processo era imediatamente encerrado, por motivo desse culto precipitado, ilegítimo e imprudente.
Que dizer então do fato de considerar santo o Padre Cícero que, infelizmente, não parece ter sido santo, de modo algum?
Também você tem razão em dizer que o povo é deixado na ignorância sobre o que significa a verdadeira devoção a um santo. Poucos pensam em imitar as suas virtudes.
Mas os erros, sobre tudo isso, são de responsabilidade dos que tem a obrigação de cuidar do rebanho, isto é, dos sacerdotes.
A Igreja, enquanto tal, não pode ser acusada pelas culpas de seus membros, discentes ou docentes.
Escreva-me sempre
Agradeço-lhe suas palavras de apoio ao site Montfort. Reze a Deus que nos dê as graças para bem prosseguir nesta luta em defesa da Fé.
Os pronunciamentos infalíveis do Papa são acompanhados por fórmulas que tornam claro que o Papa quis se pronunciar, sobre fé e moral, usando o poder que Cristo concedeu a São Pedro. Ora, isto não ocorreu -- salvo melhor juízo -- na ação de Paulo VI relativa aos santos dos quais não havia claro registro histórico.
Você tem razão ao criticar os que permitem que o povo demonstre devoção de qualquer tipo por pessoas não canonizadas. Isso contraria clara e diretamente as leis da Igreja.
Outrora, o processo de canonização principiava com um "Processo de Não-Culto".
Caso tivesse havido culto para a pessoa da qual se estudava a causa para ser canonizada, o processo era imediatamente encerrado, por motivo desse culto precipitado, ilegítimo e imprudente.
Que dizer então do fato de considerar santo o Padre Cícero que, infelizmente, não parece ter sido santo, de modo algum?
Também você tem razão em dizer que o povo é deixado na ignorância sobre o que significa a verdadeira devoção a um santo. Poucos pensam em imitar as suas virtudes.
Mas os erros, sobre tudo isso, são de responsabilidade dos que tem a obrigação de cuidar do rebanho, isto é, dos sacerdotes.
A Igreja, enquanto tal, não pode ser acusada pelas culpas de seus membros, discentes ou docentes.
Escreva-me sempre
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli