Doutrina
Dúvidas sobre composição da Bíblia
PERGUNTA
Nome:
Rafael
Enviada em:
23/05/2002
Local:
São Bernardo do Campo - SP,
Religião:
Católica
Idade:
21 anos
Escolaridade:
Superior em andamento
Boa tarde Sou de familia católica praticante e tenho algumas perguntas que caso satisfatóriamente respondidas me tornarão um fórte adépto da cancepção católica, pois concordo com toda a teoria Católica Apostólica Romana...., mas este assunto basilar sempre me afligiu muito !!!!
Sempre ví tramitar em meus estudos de história que a Biblia ( novo testamento ) não foi escrita logo após a morte de Cristo, houve um grande intervalo. Eu gostaria de saber exatamente quanto tempo após a morte de Cristo a Bíblia foi escrita. Outra pergunta, quem ( ou que grupo )redigiu os textos originais da Bíblia ( novo textamento )?
A minha maior penúria é em relação ao fato. Porque Jesus ( o Rei dos Reis ) não deixou nada por escrito ?
Outra pergunta: O que prova a existencia de Cristo ?
Não sei à que grau estou começando à me equivocar, mas tenho muito medo de estar acreditando em um Sócrastes dos tempos modernos, onde na realidade ninguém sabe se realmente existiu, mas se sabe que o que foi atribuido à ele está revolucionando o mundo.
Eu gostaria que vocês me respondessem este email, será muito importante para mim e para minha fé
RESPOSTA
Muito prezado Rafael,
salve Maria !
Tenho muito gosto em responder a sua pergunta.
Foram os hereges modernistas que afirmaram que os Evangelhos foram escritos muito depois da morte e da Ressurreição de Cristo. Diziam eles -- e é o que você diz ter estudado em livros de História -- que os Evangelhos não eram livros históricos, mas representavam os mitos inventados pelas comunidades cristãs dos primeiros séculos. Para esses hereges , os Evangelhos teriam sido escritos 200 anos depois da morte de Cristo.
Quem iniciou essa mentira contra o caráter histórico dos Evangelhos foi o padre Alfred Loisy, um dos líderes do Modernismo, que foi excomungado por suas heresias por São Pio X. Entretanto, apesar dessa excomunhão e da condenação de suas doutrinas na encíclica Pascendi de São Pio X, suas afirmações continuam a ser defendidas, até hoje, por muitos sacerdotes modernistas.
A comprovação de que os Evangelhos foram escritos logo depois da morte de Cristo-- como sempre ensinou a Igreja -- foi dada pelos manuscritos de Qumram.
Como você sabe, foram descobertos em Qumram, os mais antigos documentos datados da época de Cristo. Eram livros e textos sagrados que haviam sido deixados nessas grutas por ocasião da invasão romana do ano 70. Portanto,
eram textos anteriores ao ano 70.
Esses livros originais pertenciam aos essênios, e são cohecidos, hoje,
como os Manuscritos do Mar Morto.
Numa das grutas de Qumram, foram encontrados muitos fragmentos, que foram cuidadosamente recolhidos e estudados.
Um deles -- um fragmento do tamanho de metade de uma unha -- continha três letras e um pequeno ponto da linha inferior. O tipo das letras demonstrava que o texto a que elas pertenciam, era um texto sagrado.
Colocadas aquelas letras no computador, verificou-se que aquela seqüência de três letras não constava do Antigo Testamento.
Ora, aquela seqüência de três letras foi encontrada no EVANGELHO DE SÃO MARCOS !!!.
Portanto, havia em Qumram, antes do ano 70, uma cópia do Evangelho de São Marcos !!!
Ìsso comprova que o Evangelho de São Marcos foi redigido entre o ano 33 e o ano 70. Ora, se foi assim, quando ele foi escrito, estavam vivas muitas pessoas que haviam visto Cristo.O que torna o Evangelho de São Marcos um livro comprovadamente histórico.
Há ainda outras provas com relação a outros Evangelhos.
Ha alguns anos, a revista "30 Giorni" publicou interessante artigo sobre esse assunto, do qual poderei fornecer-lhe cópia.
A existência de Cristo é comprovada por vários documentos históricos,
além dos Evangelhos, que são documentos históricos . Assim, alguns historiadores romanos contam da morte de Cristo na Palestina, quando lá era governador Poncio Pilatos. Ninguém, hoje, duvida seriamente da existência de Cristo.
O Hitoriador romano, Tácito ( 54 A.D.- 119) conta que o Procurador da Palestina, Pôncio Pilatos, reinando o Imperador Tibério, mandou executar o fundador da seita dos cristãos.
Suetônio, outro historiador romano antigo que viveu entre o ano 75 A. C.
até 160 D. C., conta que o Imperador Cláudio (41-54) tomou medidas contra os judeus que eram impulsionados a se insurgir por Cristo, numa evidente confusão entre judeus e cristãos. Suetônio conta coisa semelhante ter acontecido no tempo de Nero.
Plínio, o Jovem, governador da Bitínia, escreveu uma carta ao Imperador Trajano ( 61-115) na qual pergunta como deveria tratar os cristãos que,
embora não cometendo crimes, teriam uma crença extravagante para com o fundador de sua crença, Cristo.
Luciano, escritor romano do século II, alude ao fato de que Cristo morreu na cruz, fala de seus milagres.
O historiador judeu Flávio Josefo ( 37-94) em duas passagens de sua obra "Antiguidades" fala da morte de São João Batista por Herodes ( Ant. XVIII,
2), e ele desaprova a morte de São Tiago, o irmão de Jesus, chamado o Cristo ( Ant. XX,ix, 1).
Noutra passagem escreveu Josefo: "Nesse mesmo tempo apareceu Jesus, que era um homem sábio, se todavia devemos considerá-lo simplesmente como um homem, tanto as suas obras eram admiráveis. Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade,
e foi seguido não somente por muitos judeus, mas mesmo por muitos gentios.
Era o Cristo. Os mais ilustres da nossa nação acusaram-no perante Pilatos, e ele o fez crucificar. Os que o haviam amado durante a vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas o tinham predito e que le faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos , que vemos ainda hoje, tiraram o seu nome". (Flávio Josefo, História dos Hebreus, Editora dasAméricas, São Paulo 1956, vol V ,
p. 275, n* 772).
Esse texto tão claro sobre Jesus, foi contestado como falso por alguns críticos. Outros consideram que esta citação de Josefo sofreu algumas interpolações, mas que ela é autêntica no seu conjunto.
Finalmente, outros julgam que a passagem de Josefo é autêntica, porque todas as cópias da obra de Josefo contém essa passagem. Caso ela tivesse sido falsificada, se deveria supor que os cristãos possuiram todas as cópias dessa obra de Flávio Josefo e falsificaram a passagem, em todas as cópias, o que praticamente impossível de ter acontecido.
Gostaria muito de conversar pessoalmente consigo, para ajudá-lo.
Pelo número de seu telefone, vejo que você reside no ABC, onde lecionei muitos anos. Seria fácil e útil marcarmos um encontro, para que eu lhe desse cópias dos artigos de que lhe falei.
Espero tê-lo ajudado no fortalecimento de sua Fé, e rezo para Nossa Senhora o guarde fiel à Igreja sempre.
In Corde Jesu, semper, Orlando Fedeli.
salve Maria !
Tenho muito gosto em responder a sua pergunta.
Foram os hereges modernistas que afirmaram que os Evangelhos foram escritos muito depois da morte e da Ressurreição de Cristo. Diziam eles -- e é o que você diz ter estudado em livros de História -- que os Evangelhos não eram livros históricos, mas representavam os mitos inventados pelas comunidades cristãs dos primeiros séculos. Para esses hereges , os Evangelhos teriam sido escritos 200 anos depois da morte de Cristo.
Quem iniciou essa mentira contra o caráter histórico dos Evangelhos foi o padre Alfred Loisy, um dos líderes do Modernismo, que foi excomungado por suas heresias por São Pio X. Entretanto, apesar dessa excomunhão e da condenação de suas doutrinas na encíclica Pascendi de São Pio X, suas afirmações continuam a ser defendidas, até hoje, por muitos sacerdotes modernistas.
A comprovação de que os Evangelhos foram escritos logo depois da morte de Cristo-- como sempre ensinou a Igreja -- foi dada pelos manuscritos de Qumram.
Como você sabe, foram descobertos em Qumram, os mais antigos documentos datados da época de Cristo. Eram livros e textos sagrados que haviam sido deixados nessas grutas por ocasião da invasão romana do ano 70. Portanto,
eram textos anteriores ao ano 70.
Esses livros originais pertenciam aos essênios, e são cohecidos, hoje,
como os Manuscritos do Mar Morto.
Numa das grutas de Qumram, foram encontrados muitos fragmentos, que foram cuidadosamente recolhidos e estudados.
Um deles -- um fragmento do tamanho de metade de uma unha -- continha três letras e um pequeno ponto da linha inferior. O tipo das letras demonstrava que o texto a que elas pertenciam, era um texto sagrado.
Colocadas aquelas letras no computador, verificou-se que aquela seqüência de três letras não constava do Antigo Testamento.
Ora, aquela seqüência de três letras foi encontrada no EVANGELHO DE SÃO MARCOS !!!.
Portanto, havia em Qumram, antes do ano 70, uma cópia do Evangelho de São Marcos !!!
Ìsso comprova que o Evangelho de São Marcos foi redigido entre o ano 33 e o ano 70. Ora, se foi assim, quando ele foi escrito, estavam vivas muitas pessoas que haviam visto Cristo.O que torna o Evangelho de São Marcos um livro comprovadamente histórico.
Há ainda outras provas com relação a outros Evangelhos.
Ha alguns anos, a revista "30 Giorni" publicou interessante artigo sobre esse assunto, do qual poderei fornecer-lhe cópia.
A existência de Cristo é comprovada por vários documentos históricos,
além dos Evangelhos, que são documentos históricos . Assim, alguns historiadores romanos contam da morte de Cristo na Palestina, quando lá era governador Poncio Pilatos. Ninguém, hoje, duvida seriamente da existência de Cristo.
O Hitoriador romano, Tácito ( 54 A.D.- 119) conta que o Procurador da Palestina, Pôncio Pilatos, reinando o Imperador Tibério, mandou executar o fundador da seita dos cristãos.
Suetônio, outro historiador romano antigo que viveu entre o ano 75 A. C.
até 160 D. C., conta que o Imperador Cláudio (41-54) tomou medidas contra os judeus que eram impulsionados a se insurgir por Cristo, numa evidente confusão entre judeus e cristãos. Suetônio conta coisa semelhante ter acontecido no tempo de Nero.
Plínio, o Jovem, governador da Bitínia, escreveu uma carta ao Imperador Trajano ( 61-115) na qual pergunta como deveria tratar os cristãos que,
embora não cometendo crimes, teriam uma crença extravagante para com o fundador de sua crença, Cristo.
Luciano, escritor romano do século II, alude ao fato de que Cristo morreu na cruz, fala de seus milagres.
O historiador judeu Flávio Josefo ( 37-94) em duas passagens de sua obra "Antiguidades" fala da morte de São João Batista por Herodes ( Ant. XVIII,
2), e ele desaprova a morte de São Tiago, o irmão de Jesus, chamado o Cristo ( Ant. XX,ix, 1).
Noutra passagem escreveu Josefo: "Nesse mesmo tempo apareceu Jesus, que era um homem sábio, se todavia devemos considerá-lo simplesmente como um homem, tanto as suas obras eram admiráveis. Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade,
e foi seguido não somente por muitos judeus, mas mesmo por muitos gentios.
Era o Cristo. Os mais ilustres da nossa nação acusaram-no perante Pilatos, e ele o fez crucificar. Os que o haviam amado durante a vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas o tinham predito e que le faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos , que vemos ainda hoje, tiraram o seu nome". (Flávio Josefo, História dos Hebreus, Editora dasAméricas, São Paulo 1956, vol V ,
p. 275, n* 772).
Esse texto tão claro sobre Jesus, foi contestado como falso por alguns críticos. Outros consideram que esta citação de Josefo sofreu algumas interpolações, mas que ela é autêntica no seu conjunto.
Finalmente, outros julgam que a passagem de Josefo é autêntica, porque todas as cópias da obra de Josefo contém essa passagem. Caso ela tivesse sido falsificada, se deveria supor que os cristãos possuiram todas as cópias dessa obra de Flávio Josefo e falsificaram a passagem, em todas as cópias, o que praticamente impossível de ter acontecido.
Gostaria muito de conversar pessoalmente consigo, para ajudá-lo.
Pelo número de seu telefone, vejo que você reside no ABC, onde lecionei muitos anos. Seria fácil e útil marcarmos um encontro, para que eu lhe desse cópias dos artigos de que lhe falei.
Espero tê-lo ajudado no fortalecimento de sua Fé, e rezo para Nossa Senhora o guarde fiel à Igreja sempre.
In Corde Jesu, semper, Orlando Fedeli.