Doutrina

Forma de rezar o Pai Nosso na missa
PERGUNTA
Nome:
Rosangela
Enviada em:
01/01/2004
Religião:
Católica

Prezado senhor Orlando Fedeli,

Mais uma vez gostaria de perguntar-lhe algumas dúvidas:

- Por que durante a missa, quando rezamos o Pai Nosso, estendemos nossas mãos? o que significa este gesto? Na comunidade em que participo (Movimento Católico Comunhão e Libertação) 99% das pessoas rezam com as mãos baixas.

Este hábito tem origem/ fundamento na própria Igreja ou sua origem vem de um costume dos fiéis? Outra questão também em relação a esta oração: por que não dizemos "Amém" como nas demais?

- Em relação à Eucaristia, por que o texto faz menção ao pão e ao vinho e só é servido o pão? Somente em ocasições muito especiais vejo que o vinho também é servido. Com que fundamento a Igreja não oferece o vinho se naquele momento estamos relembrando o que aconteceu naquela noite, como diz o próprio texto?

Grata mais uma vez pela atenção.

Desejo-lhe um ano novo com a paz de Cristo.

Rosangela
RESPOSTA
Muito prezada Rosângela, Salve Maria!

Nunca foi costume rezar o Pai Nosso na Missa com as mãos elevadas e braços abertos, como faz o sacerdote.

De uns tempos para cá, depois da Nova Missa de Paulo VI, certos padres, defendendo a idéia herética de que é o povo que reza Missa e não só o Padre, começaram a propagar esse gesto, insinuando que o povo faz o mesmo que o Padre, e que, portanto, o povo tem o mesmo poder sacerdotal. Essa igualdade do povo com o padre é herética. A imitação de todos os gestos que o padre faz, na Missa, pretende insinuar que há igualdade entre povo e sacerdote. Por isso, jamais se deve levantar as mãos ao rezar o Pai Nosso, na Missa.

A Comunhão sob duas espécies foi supressa pela Igreja por prudência, pois ao dar-se a beber do cálice sagrado, do sangue de Cristo, facilmente podia cair alguma gota. Para evitar profanações, ainda que involuntárias, a Igreja determinou que se desse a comunhão somente sob a espécie de pão. Os hereges hussitas, entre outras coisas, rebelaram-se também contra isso.

Agora, o novo Missal de João Paulo II parece que vai permitir , de novo, a comunhão sob duas espécies. O que alongará a cerimônia da comunhão e criará muitos problemas. Por exemplo, como se dará a tomar o cálice? Beber-se-á diretamente no cálice sagrado? Dar-se-á o sangue de Cristo com uma colherinha, como fazem os russos bizantinos?

Isso vai trazer inúmeros problemas, e com os problemas, certamente profanações, ainda que involuntárias.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli