Doutrina
Palmas na missa
PERGUNTA
Nome:
André
Enviada em:
08/10/2003
Local:
Brasília - DF,
Religião:
Católica
Idade:
23 anos
Escolaridade:
2.o grau concluído
Bem, li o comentário de vocês em relação a palmas na missa.Temos que difenrenciar bem, palmas de aplausos.O próprio Sacrosanctum Concilium e seu número 30 diz que deve-se incentivar as ações gestos, o porte do corpo.Ãplausos sim são um abuso.Outra coisa é dizer que a missa é em si triste.A missa é sim a renovação do do sacrificio de Jesus mas a sua dinamica conduz partes de alegria.Como não se alegrar ao ouvri a palavra de Deus ou ao Cantar o Hino de Louvor.Como naõ se alegrar ao nos juntarmos aos anjos e santos para dizermos santo, santo , santo.Também não devemos deixar a missa com carater de pessoalidade.Estamos nima celebração comunitária e não pessoal e intimista.As aclamações e respostas vem do povo reunido e não apenas de uma pessoa que está lá sozinha para fala com seu Deus.Somos assembléia de Deus reunida sim.Não estamos sós na santa missa.Não é iso que o Concílio Vaticano II nos orienta.Se a celebração é comunitária, por que dar um carater individual a ela .Penso que não é bem assim. Devemos corrigir os abusos praticados contra a liturgia, sem fazer comparações com protestantes ou outras denominações religiosas.Vamos cuidar primeiro da nossa Santa Igreja, e tomar cuidado pra não sermos preconceituosos e ultrapassados!!!Paz e Bem!
RESPOSTA
Muito atualizado André, salve Maria!
Permita-me dizer-lhe, meu caro André, que a distinção que você faz entre palmas e aplausos é absolutamente sem sentido. Palmas e aplausos são a mesma coisa, e foi o que o Papa João Paulo II qualificou de abuso na Encíclica Ecclesia de Eucharistia. Aliás, ele apontou também como abusos as danças e as canções profanas na Missa.
Consta que estão para sair os decretos exigindo a eliminação de tudo isso.
Preparemo-nos então para obedecer, e rezo para que Deus lhe conceda, a você e a muitos outros, meu caro André, a humildade para aceitar o que Papa vai decretar.
Vejo que você foi infelizmente influenciado, como tantos outros, pela nova teologia modernista.
Mas essa nova teologia é herética.
Ainda na Ecclesia de Eucharistia o Papa João Paulo II confirmou que a Teologia da Missa continua a ser a do Concílio de Trento, e não a do Vaticano II, como se pensa.
Ora, a teologia do Concílio de Trento, que foi um Concílio infalível, ensina que a Missa é a renovação do sacrifício do Calvário e não uma festa, como queria Lutero, e como defendem os novos modernistas, herdeiros de Lutero.
Você me diz, que reconhece, graças a Deus nisso estamos de acordo, que a Missa é a renovação do sacrifício do Calvário, mas que, na Missa há também festa. E como exemplo dessa festa, você cita o cântico do Sanctus.
Ora, exatamente o cântico do Sanctus diz o contrário do que você pensa pois, logo antes, no Prefácio, anunciando o Sanctus, se diz que os anjos e as potestades tremem diante da infinita majestade divina.
Não está dito que eles, como se faz hoje em missas, desgraçadamente, que rebolam diante de Deus.
Você salienta o caráter comunitário da Missa.
Ora, na Ecclesia de Eucharistia, o Papa afirma, de novo, a doutrina de sempre: o sacrifício da Missa é obra direta do sacerdote que age in persona Christi -- na pessoa de Cristo -- e não propriamente da comunidade, que participa do sacrifício, mas não o realiza. Se fosse a comunidade que realizasse a Missa, o sacerdote poderia ser dispensado, e até uma mulher poderia celebrar, o que é doutrina condenada.
O sacerdote não é um mero "presidente da assembléia dos fiéis" como se ensina hoje. O sacerdote fala e age na pessoa de Cristo. Cristo é o único Sacerdote de todas as Missas.
A Missa fala essencialmente de nossa Redenção pelo sacrifício propiciatório de Cristo na Cruz, pagando os nossos pecados. Por isso, a natureza da Missa deve nos levar a adorar a Deus, a implorar o seu perdão e suas graças, ao arrependimento de nossos pecados, à aceitação de sua morte, por nós na cruz, e a agradecer tudo o que Ele fez por nós, e tudo o que nos deu.
Daí, haver na Missa quatro sacrifícios: o de adoração, o de impetração, o sacrifício propiciatório e o de ação de graças.
Também você se engana ao dizer que a Missa é comunitária, a tal ponto que elimina a devoção pessoal, que você chama de intimista.
Lembre-se que a salvação é pessoal e não comunitária.
Na Missa, você diz: "Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada, mas basta uma palavra e a minha alma será salva".
É a sua alma que você deve salvar, meu caro André, e não a "comunidade". É a sua alma que será julgada por Deus no juízo particular, logo após a morte. Deus não vai julgar a "comunidade", repito. No Evangelho, jamais Nosso Senhor fala em comunidade. No Evangelho, Nosso Senhor diz que, no juízo final, julgará os homens, e não as "comunidades". E no Credo cantamos que Cristo virá julgar os vivos e os mortos, e não as " comunidades". Isso não está no Credo.
Para o moço rico, Nosso Senhor disse : "Se tu quiseres ser perfeito, nega-te a ti mesmo, dá tudo o que tu tens para os pobres, e tu terás um tesouro no céu, depois vem e segue-me" (MT. XIX, 21 ).
Nesse conselho, tudo é pessoal e nada comunitário. Nosso Senhor não fala em salvação comunitária. Nosso Senhor não convidou a "comunidade" a segui-Lo.
Aliás, você pertence a alguma "comunidade"?
Pelo que sei, comunidade é formada por aqueles que têm tudo em comum, como, por exemplo, os que fazem voto de pobreza, nos conventos e mosteiros. Lá, existe comunidade, porque nada se têm lá pessoalmente. Tudo é de todos, tudo é comum.
Dizer que os membros de uma paróquia formam uma comunidade, parece-me um claro abuso do termo comunidade, pois que nas paróquias o povo não tem praticamente nada em comum. Não há voto de pobreza, nas paróquias.
Quem gostaria de transformar as paróquias em comunidades mesmo, onde tudo em comum, num comunismo paroquial, são os adeptos do comunismo, e os seguidores da Teologia da Libertação. Coisa que você provavelmente combate, pois que você, pelo que me diz, mais me parece ser um membro da RCC.
E quanto a fazer comparações com protestantes, saiba que a nova Missa com danças, aplausos, requebros e rock, foi feita exatamente por seis pastores protestantes. Logo mais colocarei no site Montfort a fotografia deles.
Compreendo que tudo o que digo pode surpreendê-lo, e surpreendê-lo dolorosamente. Mas, caso você queira saber mais escreva-me pessoalmente, que farei o possível para ajudá-lo, com toda a caridade e com todo o interesse por sua alma.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli.
Permita-me dizer-lhe, meu caro André, que a distinção que você faz entre palmas e aplausos é absolutamente sem sentido. Palmas e aplausos são a mesma coisa, e foi o que o Papa João Paulo II qualificou de abuso na Encíclica Ecclesia de Eucharistia. Aliás, ele apontou também como abusos as danças e as canções profanas na Missa.
Consta que estão para sair os decretos exigindo a eliminação de tudo isso.
Preparemo-nos então para obedecer, e rezo para que Deus lhe conceda, a você e a muitos outros, meu caro André, a humildade para aceitar o que Papa vai decretar.
Vejo que você foi infelizmente influenciado, como tantos outros, pela nova teologia modernista.
Mas essa nova teologia é herética.
Ainda na Ecclesia de Eucharistia o Papa João Paulo II confirmou que a Teologia da Missa continua a ser a do Concílio de Trento, e não a do Vaticano II, como se pensa.
Ora, a teologia do Concílio de Trento, que foi um Concílio infalível, ensina que a Missa é a renovação do sacrifício do Calvário e não uma festa, como queria Lutero, e como defendem os novos modernistas, herdeiros de Lutero.
Você me diz, que reconhece, graças a Deus nisso estamos de acordo, que a Missa é a renovação do sacrifício do Calvário, mas que, na Missa há também festa. E como exemplo dessa festa, você cita o cântico do Sanctus.
Ora, exatamente o cântico do Sanctus diz o contrário do que você pensa pois, logo antes, no Prefácio, anunciando o Sanctus, se diz que os anjos e as potestades tremem diante da infinita majestade divina.
Não está dito que eles, como se faz hoje em missas, desgraçadamente, que rebolam diante de Deus.
Você salienta o caráter comunitário da Missa.
Ora, na Ecclesia de Eucharistia, o Papa afirma, de novo, a doutrina de sempre: o sacrifício da Missa é obra direta do sacerdote que age in persona Christi -- na pessoa de Cristo -- e não propriamente da comunidade, que participa do sacrifício, mas não o realiza. Se fosse a comunidade que realizasse a Missa, o sacerdote poderia ser dispensado, e até uma mulher poderia celebrar, o que é doutrina condenada.
O sacerdote não é um mero "presidente da assembléia dos fiéis" como se ensina hoje. O sacerdote fala e age na pessoa de Cristo. Cristo é o único Sacerdote de todas as Missas.
A Missa fala essencialmente de nossa Redenção pelo sacrifício propiciatório de Cristo na Cruz, pagando os nossos pecados. Por isso, a natureza da Missa deve nos levar a adorar a Deus, a implorar o seu perdão e suas graças, ao arrependimento de nossos pecados, à aceitação de sua morte, por nós na cruz, e a agradecer tudo o que Ele fez por nós, e tudo o que nos deu.
Daí, haver na Missa quatro sacrifícios: o de adoração, o de impetração, o sacrifício propiciatório e o de ação de graças.
Também você se engana ao dizer que a Missa é comunitária, a tal ponto que elimina a devoção pessoal, que você chama de intimista.
Lembre-se que a salvação é pessoal e não comunitária.
Na Missa, você diz: "Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada, mas basta uma palavra e a minha alma será salva".
É a sua alma que você deve salvar, meu caro André, e não a "comunidade". É a sua alma que será julgada por Deus no juízo particular, logo após a morte. Deus não vai julgar a "comunidade", repito. No Evangelho, jamais Nosso Senhor fala em comunidade. No Evangelho, Nosso Senhor diz que, no juízo final, julgará os homens, e não as "comunidades". E no Credo cantamos que Cristo virá julgar os vivos e os mortos, e não as " comunidades". Isso não está no Credo.
Para o moço rico, Nosso Senhor disse : "Se tu quiseres ser perfeito, nega-te a ti mesmo, dá tudo o que tu tens para os pobres, e tu terás um tesouro no céu, depois vem e segue-me" (MT. XIX, 21 ).
Nesse conselho, tudo é pessoal e nada comunitário. Nosso Senhor não fala em salvação comunitária. Nosso Senhor não convidou a "comunidade" a segui-Lo.
Aliás, você pertence a alguma "comunidade"?
Pelo que sei, comunidade é formada por aqueles que têm tudo em comum, como, por exemplo, os que fazem voto de pobreza, nos conventos e mosteiros. Lá, existe comunidade, porque nada se têm lá pessoalmente. Tudo é de todos, tudo é comum.
Dizer que os membros de uma paróquia formam uma comunidade, parece-me um claro abuso do termo comunidade, pois que nas paróquias o povo não tem praticamente nada em comum. Não há voto de pobreza, nas paróquias.
Quem gostaria de transformar as paróquias em comunidades mesmo, onde tudo em comum, num comunismo paroquial, são os adeptos do comunismo, e os seguidores da Teologia da Libertação. Coisa que você provavelmente combate, pois que você, pelo que me diz, mais me parece ser um membro da RCC.
E quanto a fazer comparações com protestantes, saiba que a nova Missa com danças, aplausos, requebros e rock, foi feita exatamente por seis pastores protestantes. Logo mais colocarei no site Montfort a fotografia deles.
Compreendo que tudo o que digo pode surpreendê-lo, e surpreendê-lo dolorosamente. Mas, caso você queira saber mais escreva-me pessoalmente, que farei o possível para ajudá-lo, com toda a caridade e com todo o interesse por sua alma.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli.