Ciência e Fé
Evolucionismo é Ciência sim, gostem ou não
PERGUNTA
Parabéns ao Sr. Vanini. Consegue manipular dados científicos com uma desfaçatez impressionante. Sua cruzada contra o Evolucionismo é até divertida, digna de risos, para não dizer patética. Só que inconscientemente o Sr. mesmo corrobora as teses de Darwin. É um ser que não evoluiu. Como a sua querida "santa" Igreja. Permanecem na Idade Média. E tal qual ocorre com na natureza, seres assim não vão longe. Desaparecem. Essa "cruzada", o mesmo o que aconteceu com sua homônima da Idade Média, é infrutífera. Alguém se lembra de um criacionista? Alguém que combateu o Evolucionismo na época de Darwin? Desapareceu. O nome de Darwin ficou para a história, seus detratores sumiram. Assim como Galileu será sempre lembrado também. Alguém lembra quem era o papa na época? Ou o nome que quem o condenou no tribunal da inquisição?
Além do mais, não depende de papa nenhum se pronunciar sobre isso. Bento XVI é cientista? Sei que ele foi nazista...
E o Sr. Vanini se diz "biólogo". Gostaria de saber a faculdade em que ele estudou...
E se o homem descende do macaco ( como dizem os detratores), o Sr. Vanini e certos pseudo_cientistas "cristãos" (a julgar pela sua dialética) devem descender de um asno...
RESPOSTA
Prezado Marcos, salve Maria!
Sua carta é uma daquelas que engrandecem a alma da Igreja Católica, pois sua glória também se nutre do ódio dos maus.
Ainda que os maus não tenham muito nível cultural. Ainda que eles não sejam muito educados...
Quem manipula os dados científicos aqui? O que dizer de Teilhard de Chardin, que era evolucionista e teve que falsificar fósseis para provar sua mentira cósmica?
O que dizer de Haeckel, que forjou seus desenhos, para impingir a famigerada filogenia recapitulada pela ontogenia?
O que dizer de Kettlewell, e o famoso caso do “melanismo industrial” das mariposas de Manchester, as Biston betularia, cujos dados foram totalmente
distorcidos (ver Sargent, Millar & Lambert, 1998, The “Classical” Explanation of Industrial Melanism: Assssing the Evidence, Evolutionary Biology, 30, p.
299-322)?
O que dizer de Lewontin, que afirma: “O que nós podemos medir, por definição, não interessa e o que nos interessa é, por definição, incomensurável”, sobre o objeto de estudo da evolução (Lewontin, 1974 , The Genetic Basis of Evolutionary Change, cap. 2 “The Struggle to Measure Variation”, p.23. A tradução é nossa.)
O que dizer de Dobzhanski, que escreve: “... nós somos obrigados, ao presente nível do conhecimento, relutantemente a colocar um sinal de igualdade entre os mecanismos de macro e micro-evolução, e, de acordo com essa premissa, empurrar nossas investigações para
frente tanto quanto essa hipótese de trabalho permitir” (Dobzhanski, 1937, Genetics and the Origin of Species, Cap. I “Organity Diversity”, p.12. A
tradução é nossa.)?
O que dizer das manipuladas experiências de Müller, para tentar criar vida – ou ao menos unidades básicas para gerá-la – em laboratório, com resultados pífios, tidos como provas da geração espontânea?
Essas são questões que me lembro de cabeça, no momento.
Meu caro Marcos, onde estão essas informações que lhe passei nas revistas especializadas – ou mesmo nos periódicos comuns, que pretendem levar a ciência para as massas? Estão veladas, ocultas sob outras notícias. Ou pseudonotícias. Profundos estudos de dois ou três parágrafos sobre o inesquecível mártir Galileu, que teria dado a vida na fogueira por amor à ciência e seu telescópio (leia mais no site Montfort sobre as verdades históricas envolvendo esse caso); ocultas sob algum comentário de apologia a Darwin (obviamente escondendo seu racismo e eugenia); ou sob alguma crônica difamando a Igreja.
Aliás, sobre o tema “difamação a Igreja” vejo que você é especialista (mantendo seu nível, claro!). Por exemplo, ao dizer que Bento XVI foi nazista. Apesar dele ter sido sempre contra o regime, ter participado por muito pouco tempo da juventude hitlerista quando criança e ter atacado o darwinismo recentemente – pois o nazismo é profundamente darwinista, e vice-versa -, você defende esse absurdo. Isso é próprio de quem aceita o evolucionismo, pois a verdade também evolui, como o macaco. Quem estuda a “história natural”, deveria também conhecer um mínimo de história humana. E não como os darwinistas, que estudam uma “história artificial”...
Senhor Marcos, a honestidade evolui, a ponto de se transformar em desonestidade? A educação e o bom senso mudam com o tempo, de acordo com as suas taxas de mutação?
Cito um criacionista: Linneau. Lembrou?
No Coração de Maria Santíssima,
Fábio Vanini