Ciência e Fé
Teoria evolucionista foi observada pela primeira vez no vírus da Aids
PERGUNTA
Senhores,
A teoria da evolução não pôde ser observada, nem comprovada porque se leva milhares de anos para as adaptações ocorrerem nas espécies.
No entanto, cientistas puderam comprovar a teoria da evolução nos vírus da Aids.
Em anexo, envio um entre milhares de links na internet em que vc podem verificar essa informação. Não sei se isso valida toda a teoria de darwin, mas com certeza, não a invalida totalmente.
PS. A reportagem não fala especificamente sobre isso, mas com um pouco de boa vontade será o suficiente para você encontrar mais informações sobre isso.
[ ]s
Eduardo
http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2952
"...O austríaco é um dos formuladores de um dos mais bem aceitos modelos matemáticos para a progressão do HIV dentro do corpo humano.
Também esse modelo se baseia na teoria da evolução de Darwin. A alta taxa de mutação do HIV (que armazena sua informação genética em moléculas de RNA, e não de DNA) é fundamental para explicar seu ciclo no organismo. O modelo de Nowak prevê com exatidão o padrão de evolução da carga viral do HIV no sangue de um paciente soropositivo: a grande taxa inicial nos primeiros meses, seguida por uma queda acentuada e alguns anos de latência, quando o vírus é combatido de forma eficaz pelo sistema imune, até o período de colapso, cerca de dez anos após a infecção, quando as mutações do vírus enganam definitivamente as defesas do corpo, a Aids se instala e leva o paciente à morte."
RESPOSTA
Prezado Eduardo Vieira,
salve Maria!
A notícia em questão mostra que a mutabilidade dos vírus pode ser mensurável e, até mesmo, previsível. Pode-se construir um modelo matemático que prevê a dinâmica de um vírus no organismo e esse modelo pode se aplicar a outras coisas que mudam.
Contudo, sinto lhe informar, mas tal situação não comprova nem evidencia em nada a teoria evolucionista.
Em primeiro lugar, a teoria da Evolução não está errada por que não pode ser observada. Ela contém erros de princípios, erros fundamentais.
O ferramental matemático, de dinâmica populacional e genética de populações é bastante eficiente e preciso, mas não mede evolução. Mede mudanças acidentais, genéticas, mas não há como medir o grau de especiação, por exemplo.
Tenho insistido nesse ponto, pois vejo que ainda é um erro fundamental que persiste: Evolução não é mudança de freqüência gênica, nem descendência com modificação. Evolução é mudança de espécies. Equivaler evolução a uma mudança qualquer é um sofisma. E me parece que esse sofisma é como um “chiclete”: é barato e perde o gosto rápido, mas quando gruda é difícil de soltar.
Um vírus como o da AIDS pode até ter a mudança genética como estratégia reprodutiva e ser este um caractere que lhe confere vantagem. Mas ele será sempre vírus.
A reportagem sugerida não traz novidade nenhuma em termos de evidências da evolução.
No Coração de Maria Santíssima,
Fábio Vanini