Arte
"Mística Cidade de Deus" de Maria de Ágreda
PERGUNTA
Nome:
Ana
Enviada em:
09/09/2004
Local:
Osasco - SP,
Religião:
Católica
Idade:
38 anos
Escolaridade:
Superior concluído
Eu ganhei a algum tempo atras o livro Mística Cidade de Deus, escrito pela irmão Maria de Ágreda. Até então eu nunca tinha ouvido falar sobre esse livro ou sobre a autora.
Pois bem. Eu gostaria de saber quem era a autora (o que fazia) e o que a levou escrever esse livro e os demais referente a esse assunto, bem como, se a Igreja Católica, o pAPA, reconhece como verídico. Pois acerca disso, estive pesquisando sobre esse assunto e descobri que existe muitas divergências de opiniões.
Grata.
RESPOSTA
Muito prezada Ana Maria,
salve Maria!
Recomendo-lhe que não leia o livro A Mística Cidade de Deus, de Maria de Ágreda, porque é um livro cheio de erros contra a Fé. O Vaticano, por causa desses erros, decretou silêncio perpétuo sobre o caso Maria de Ágreda.
O que li sobre Maria de Ágreda é o que foi publicado no livro "Mística Ciudad de Diós, de Maria de Jesus Ágreda" (Imprenta Fareso, Madrid, 1970). E o que se lê, nesse livro, é uma série de absurdos.
Um livro que contenha uma só heresia é herético, como um homem que tenha um só câncer é um canceroso. E no livro citado não há um só erro. Há inúmeros.
Tanto esse meu juízo é verdadeiro que, na Introducción da citada obra, se lê o histórico dos processos que houve contra a autora e seus escritos bem desfavorável a ela. E é incrível que se tenha ousado publicar um livro, na Espanha, com essa Introdução acusatória e ainda assim se lê e se elogia tal obra.
Na página XXXVI dessa Introducción, se informa que a Inquisição espanhola embargou essa obra ainda no século XVII. Na página seguinte se lê que a mesma Inquisição, depois de levantar a proibição de publicação dessa obra, redigiu um elenco de reparos e objeções contra ela.
Na mesma página XXXVII, se lê que o Santo Ofício, em 1679, "se pronunció contra La Mistica Ciudad de Diós terminando por ser incluída en el Index de los Libros Proibidos en el 24 de junio de 1681 por Decreto de Inocêncio XI" (O papa que combateu o Jansenismo e o Quietismo).
Em 1689, uma Comissão da Sorbonne condenou 60 proposições da Mistica Ciudad de Diós.
Por pressão política do Rei da Espanha o livro foi tirado depois do Index pelo Papa Clemente XII.
En 1713, o livro de Maria de Ágreda foi de novo condenado (p. XXXIX). De novo o rei da Espanha pressionou para que o livro fosse permitido.
O Papa Clemente XII suspendeu a causa de beatificação da autora, para obedecer ao decreto de Inocêncio XI a respeito da Mistica Ciudad de Diós. A autenticidade da obra como sendo realmente de Maria de Ágreda ficou decretada por Roma em 1757. Bento XIV fez parar o processo de beatificação da autora e o exame de seus escritos, enterrando o caso, para evitar as pressões do rei espanhol. No tempo de Pio IX, Leão XIII e Pio XI, a Espanha pressionou de novo em favor da autora e de seu livro, mas Roma não atendeu ao que se lhe pedia (P. XL)
Um livro que contenha uma só heresia é herético, como um homem que tenha um só câncer é um canceroso. E no livro citado não há um só erro. Há inúmeros.
Tanto esse meu juízo é verdadeiro que, na Introducción da citada obra, se lê o histórico dos processos que houve contra a autora e seus escritos bem desfavorável a ela. E é incrível que se tenha ousado publicar um livro, na Espanha, com essa Introdução acusatória e ainda assim se lê e se elogia tal obra.
Na página XXXVI dessa Introducción, se informa que a Inquisição espanhola embargou essa obra ainda no século XVII. Na página seguinte se lê que a mesma Inquisição, depois de levantar a proibição de publicação dessa obra, redigiu um elenco de reparos e objeções contra ela.
Na mesma página XXXVII, se lê que o Santo Ofício, em 1679, "se pronunció contra La Mistica Ciudad de Diós terminando por ser incluída en el Index de los Libros Proibidos en el 24 de junio de 1681 por Decreto de Inocêncio XI" (O papa que combateu o Jansenismo e o Quietismo).
Em 1689, uma Comissão da Sorbonne condenou 60 proposições da Mistica Ciudad de Diós.
Por pressão política do Rei da Espanha o livro foi tirado depois do Index pelo Papa Clemente XII.
En 1713, o livro de Maria de Ágreda foi de novo condenado (p. XXXIX). De novo o rei da Espanha pressionou para que o livro fosse permitido.
O Papa Clemente XII suspendeu a causa de beatificação da autora, para obedecer ao decreto de Inocêncio XI a respeito da Mistica Ciudad de Diós. A autenticidade da obra como sendo realmente de Maria de Ágreda ficou decretada por Roma em 1757. Bento XIV fez parar o processo de beatificação da autora e o exame de seus escritos, enterrando o caso, para evitar as pressões do rei espanhol. No tempo de Pio IX, Leão XIII e Pio XI, a Espanha pressionou de novo em favor da autora e de seu livro, mas Roma não atendeu ao que se lhe pedia (P. XL)
Por tudo isso é que disse para não ler essa obra.
In Corde jesu, semper,
Orlando Fedeli