Defesa da Fé

Carta para o clero: abertura do ano sacerdotal
PERGUNTA
Enviada em:
03/06/2009
Local:
SP, Brasil
Religião:
Católica


 
 
CARTA DA CONGREGAÇÃO PARA O CLERO SOBRE
A ABERTURA DO ANO SACERDOTAL
 
 
 
 
 
Caríssimos Sacerdotes!
 
         No dia 19 de junho próximo, Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, poderemos viver um intenso momento de fé, estreitamente unidos ao Santo Padre e entre nós, quando da celebração das Vésperas na Basílica de São Pedro, no Vaticano, iniciando assim o Ano Sacerdotal.
 
         Diariamente somos chamados à conversão. Mas, neste Ano, o somos de um modo todo particular, juntamente com todos que receberam o dom da ordenação sacerdotal. Para que conversão? Converter-se para ser sempre mais autenticamente aquilo que somos. Conversão à nossa identidade eclesial para que o ministério seja totalmente consequente a tal identidade, a fim de que uma renovada e gozosa consciência do nosso “ser” determine o nosso “agir”, ou melhor, ofereçamos espaço a Cristo Bom Pastor, a fim de que viva em nós e atue através de nós.
 
         A nossa espiritualidade não pode ser outra que o reflexo da espiritualidade de Cristo, único e Sumo Sacerdote do Novo Testamento.
 
         Neste Ano, providencialmente anunciado pelo Sumo Pontífice, procuraremos, todos juntos, tomar como ponto de referência, a identidade de Cristo Filho de Deus, em comunhão com o Pai e o Espírito Santo, que se fez homem no seio virginal de Maria, e à sua missão de revelar o Pai e o seu admirável desígnio de salvação. Essa missão de Cristo também importa a fundação da Igreja: eis o Bom Pastor (cf. Jo. 19, 1-21), que doa a vida para a Igreja (cf. Ef. 5, 25).
 
         Uma conversão diária, a fim de que o estilo de vida de Cristo seja sempre mais o estilo de vida de cada um de nós.
 
         Devemos “ser” para os homens, devemos nos esforçar para viver em comunhão de um santo e divino amor com todas as pessoas, um amor que doa a vida (eis aqui também inscrita a riqueza do sagrado celibato), que leva à solidariedade autêntica com aqueles que sofrem e com os pobres de todos os gêneros de pobreza.
 
         Devemos ser operários para a co-edificação da única Igreja de Cristo in terris. Por isso, devemos viver com grande motivação e fidelidade a comunhão de amor com o Papa, com os bispos, com os nossos irmãos e com todos os fiéis. Devemos viver a comunhão através do ininterrupto caminho da Igreja nas entranhas de seu mistério em ser Corpo Místico de Cristo.
 
         Temos que avançar durante todo este Ano “dilatato corde”, na correspondência à nossa vocação, para, de verdade, cada um possa melhor dizer: “não sou mais eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gal. 2, 20).
 
         A santidade dos sacerdotes repercute em benefício de todo o Corpo eclesial: os fiéis ordenados, como também os seminaristas, religiosos, religiosas e todos os fiéis leigos, todos juntos poderemos encontrar-nos na Basílica Vaticana para a celebração das Vésperas, presidida pelo Santo Padre, depois da acolhida da relíquia do coração daquele luminoso modelo que é São João Maria Vianney.
 
         Aqueles que não estarão em Roma, poderão fazê-lo igualmente, nos próprios territórios, em união espiritual.
 
- Ingresso na Basílica a partir das 16h.
Acolhida da Relíquia às 17h30, seguida da celebração das Vésperas.
Os ingressos deverão ser solicitados através do fax número 06.69885863, junto à Prefeitura da Casa Pontifícia, e poderão ser retirados no dia anterior, no “Portone di Bronzo”, ao lado da Basílica.
 
- Os Sacerdotes deverão vestir a veste própria e os Religiosos, aquela do Instituto de pertença.
 
- O Ano Sacerdotal terminará com um Congresso Internacional em Roma, que se realizará de 09 a 11 de junho de 2010.
 
De tal evento, dar-se-á ampla e particularizada informação, até o final do corrente mês de junho.
 
Aqueles que desejarem participar, para todas as questões de ordem prática, poderão dirigir-se à “Opera Romana Pellegrinaggi”: Via della Pigna, 13/a, 00186 Roma. Tel. n. (0039) 06.69.89.61.
 
 
 
Vaticano, 01 de junho de 2009
 
 
 
X Mauro Piacenza
Arcebispo tit. de Victoriana
Secretário
RESPOSTA

 
Muito prezado Padre XYZ,
Salve Maria.
 
Muito obrigado por me mandar esse documento bem importante.
 
Em primeiro lugar, noto e ressalto que nele se afirma que os sacerdotes devem ser “operários para a co-edificação da única Igreja de Cristo in terris.
 
Em segundo lugar, que a Igreja é definida do modo tradicional e correto como o “Corpo Místico de Cristo”.
E não como na linguagem do Vaticano II que a chama de “o povo de Deus”.
 
Em terceiro lugar, porque no documento se convida o clero “à conversão” e “a assumir sua identidade eclesial”, a fim de queo ministério seja totalmente consequente a tal identidade, a fim de que uma renovada e gozosa consciência do nosso “ser” determine o nosso “agir”
 
Quarto: faz-se referência ao Bom Pastor”...
 
Quinto: defende-se o celibato: “um amor que doa a vida (eis aqui também inscrita a riqueza do sagrado celibato)”
 
Sexto:  há um detalhe bem curioso e bem importante no convite feito aos sacerdotes. Eles são chamados a comparecer à abertura do Ano Sacerdotal no dia 19 de Junho, mas com uma advertência significativa:  “Os Sacerdotes deverão vestir a veste própria e os Religiosos, aquela do Instituto de pertença”.
 
Pois já que se busca a recuperação da identidade sacerdotal,  o Papa  faz saber que quer todos os padres e religiosos compareçam usando batina ou hábito religioso de sua ordem ou Congregação.
Muito significativo. Nada de trajes esportivos, turísticos. E nada de clergyman protestantoso.
 
O que tem um certo sabor político... picante...
 
Creio que, se for assim, a Igreja voltará a caminhar para a frente. Não mais na terrível marcha-ré iniciada no Vaticano II.
 
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli