Defesa da Fé
E agora? Como fica o Ecumenismo? E como fica o Concílio Vaticano II
PERGUNTA
Nome:
Rodrigo Ferreira
Enviada em:
20/04/2007
Local:
São Paulo - SP, Brasil
Religião:
Católica
Caro Professor,
Não vejo em que Bento XVI desmerece o ecumenismo na audiência geral citada. Primeiro, ecumenismo refere-se ao diálogo entre cristãos que foram batizados em Igrejas com bispos ordenados, trata-se da busca da reconcilição, da busca do reencontro com os irmaõs rebeldes, os irmãos separados, como diz o catecismo. Não perssupõe o abandono à verdade, nem à doutrina. A leitura feita por alguns teólogos da TL do ecumenismo decorre de sua oposição ao magistério, não de sua leitura do Vaticano II. Na verdade, fazem a leitura a partir da oposiçao ao magistério, o que é inconsistente, haja visto que o magistério fez o concílio.
Com relação ao diálogo inter-religioso, é um convite comum à busca da verdade e vai ao encontro do bem comum, mas não se refere a "encontrar um denominador comum".
Com relação às sementes do verbo, Bento XVI, citando S Justino, sublinha a necessidade da racionalidade, da impossibilidade de se chegar ao conhecimento de Deus pela razão e da verdade. E dá como exemplo o relacionamento dos cristãos com filosofia grega, nascida em uma religião falsa. Assim, podemos concluir que é possível existir uma semente do verbo, que nos impele ao diálogo, sem contudo pactuar com crenças falsas, como bem fez S Justino.
Não vejo em que Bento XVI desmerece o ecumenismo na audiência geral citada. Primeiro, ecumenismo refere-se ao diálogo entre cristãos que foram batizados em Igrejas com bispos ordenados, trata-se da busca da reconcilição, da busca do reencontro com os irmaõs rebeldes, os irmãos separados, como diz o catecismo. Não perssupõe o abandono à verdade, nem à doutrina. A leitura feita por alguns teólogos da TL do ecumenismo decorre de sua oposição ao magistério, não de sua leitura do Vaticano II. Na verdade, fazem a leitura a partir da oposiçao ao magistério, o que é inconsistente, haja visto que o magistério fez o concílio.
Com relação ao diálogo inter-religioso, é um convite comum à busca da verdade e vai ao encontro do bem comum, mas não se refere a "encontrar um denominador comum".
Com relação às sementes do verbo, Bento XVI, citando S Justino, sublinha a necessidade da racionalidade, da impossibilidade de se chegar ao conhecimento de Deus pela razão e da verdade. E dá como exemplo o relacionamento dos cristãos com filosofia grega, nascida em uma religião falsa. Assim, podemos concluir que é possível existir uma semente do verbo, que nos impele ao diálogo, sem contudo pactuar com crenças falsas, como bem fez S Justino.
RESPOSTA
Data: | 26 Abril 2007 |
Muito prezado Rodrigo,
Salve Maria.
Salve Maria.
Compreendo perfeitamente que você começa sua carta dizendo que não vê como o ecumenismo fica atingido gravemente pelo que disse Bento XVI. O que explica que você não veja é a venda que você mantém sobre os olhos com seu falso conceito do ecumenismo.
Para você, "ecumenismo refere-se ao diálogo entre cristãos que foram batizados em Igrejas com bispos ordenados, trata-se da busca da reconcilição, da busca do reencontro com os irmaõs rebeldes, os irmãos separados, como diz o catecismo. Não perssupõe o abandono à verdade, nem à doutrina".
Coloquei em vermelho as palavars que comprovam o erro que o cega.
O que você chama de "cristãos que foram batizados em Igrejas com bispos ordenados" na verdade se trata de hereges e eles -- pelo menos os protestantes -- não tem Bispos de modo algum. A Igreja declarou oficialmente no tempo de Leão XIII que nem os anglicanos possuem o sacerdócio, e que todas as suas ordenaçãoes são inválidas e falsas.
O que separa nós católicos dos protestantes é a heresia em que eles caíram, exatamente a doutrina falsa que eles defendem.
Os hereges defendem a mentira negando o que Cristo revelou.
Por incidir nesse erro muito grave, você não entende o que é o ecumenismo e como o discurso de Bento XVI o atinge.
Outro erro bem garve em que você cai é o de afirmar:
"Com relação ao diálogo inter-religioso, é um convite comum à busca da verdade e vai ao encontro do bem comum, mas não se refere a "encontrar um denominador comum".
Nessa frase você cai em várias heresias. Por exemplo dizer que a Igreja Católica estaria em busca da verdade.
A Igreja Católica não está em busca da verdade. Ela tem a Verdade que lhe foi dada pelo próprio Cristo. Você, infelizmente, não considera que a Igreja tenha a Verdade.
Você, por causa do ecumenismo, julga que a Igreja católica é apenas uma entre outras, e que nenhuma religião tem a verdade completa.
E isso é heresia modernista que lhe entrou na cabeça pela pregação dos erros do Concílio Vaticano II.
Quanto a seu comentário do que disse Bento XVI, você erra também. O papa mostrou como a razão natural - na filosofia grega - alcançou verdades a respeito de Deus, como as provas de sua existência, a de sua unidade, infinitude e outras mais que são os pródromos da Fé. A teodicéia prepara a Fé. E a teodicéia é o estudo de Deus por meio da razão, enquanto a teologia o faz à luz da revelação. Bento XVI mostrou que os Apologetas exaltaram e aproveitaram o valor racional da filosofia grega, mas que repudiaram a religião pagã como satânica.
Os Padres da Igreja só aceitaram as sementes do Verbo -- as sementes da Verdade -- existentes na Filosofia racional grega, nunca na religião grega que era mentira diabólica. Portanto, os Padres da Igreja, os Apologetas, nunca praticaram o ecumenismo.
E o decreto Ad gentes do Concílio Vaticano II disse o contrário.
São Justino não dialogou com as religiões falsas, porque ele sabia muito bem o que Jesus Cristo ordenou: "Ide e ensinai a todos". Cristo nunca disse "Ide e dialogai"
Foi o Vaticano II que mudou a ordem de Cristo inventando uma igreja dialogante que não seria mais mestra da Verdade.
Recomendo-lhe que estude o Catecismo Romano para voltar a ser católico.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli
Orlando Fedeli