Nome:
Wagner
Enviada em:
14/05/2004
Local:
Itapetinga - BA,
Viva Cristo Rei! Viva a Virgem de Guadalupe!
Prezado Prof. Orlando Fedeli
Veja que curiosa nota de pé de página encontrei em minhas leituras: < dos gentios e, ainda hoje, alguns judeus ortodoxos jejuam em luto porque esta tradução contribuiu de maneira especial para a difusão do Evangelho [LIFSCHITZ, Daniel, Haja Luz (Hagadá sobre o Gênese 1), Edições Paulinas, SP, 1998, p. 121, nota 14]... Não é um claro testemunho de que a Bíblia Católica (contendo os deuterocanônicos) é a Bíblia de Deus, que os primitivos cristãos utilizavam?
[E se para tais judeus é causa de tristeza; para nós (verdadeiros seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo) é motivo de muito álacre!] Que os primeiros cristãos faziam largo uso dos livros deuterocanônicos (em conformidade com a Tradução dos Setenta)isso é fato histórico. Reconhecido até mesmo por historiadores protestantes, como Kelly.
Assim, nos diz o ex-protestante, James Akin: < deuterocanônicos é evidente ao longo da história da Igreja. O historiador protestante J.N.D. Kelly escreve: "Deveria ser observado que o Antigo Testamento admitido como autoridade na Igreja era algo maior e mais compreensivo que o Antigo Testamento protestante... ele sempre incluiu, com alguns graus de reconhecimento, os chamados apócrifos ou deuterocanônicos.
A razão para isso é que o Antigo Testamento passou em primeira instância nas mãos dos cristãos era... a versão grega conhecida como Septuaginta... a maioria das citações nas Escrituras encontradas no Novo Testamento são baseadas nelas preferencialmente do que a versão hebraica...nos primeiros dois séculos... A Igreja parece ter aceitado todos, ou a maioria destes livros adicionais, como inspirados e trataram-nos sem dúvida como Escritura Sagrada. Citações de Sabedoria, por exemplo, ocorre em Clemente e Barnabé... Policarpo cita Tobias, e o Didache cita Eclesiásticos.
Irineu se refere a Sabedoria, a história de Susana, Bel e o dragão (livro de Daniel), e Baruc. O uso dos deuterocanônicos por Tertuliano, Hipólito, Cipriano e Clemente de Alexandria é tão freqüente que referências detalhadas são necessárias" (Doutrina Cristã Antiga, 53-54) [http://www.veritatis. com.br/artigo.asp?prolib=825]
Espero que esta pequeníssima missiva colabore para engrandecimento da defesa da Divina Fé Católica. Principalmente, para fazer frente a uma famigerada planfetagem que, dentre outras coisas, inveridicamente, ensina que os deuterocanônicos teriam sido canonizados só pela época do Concílio de Trento (no século XVI): com o intuito de opor-se ao protestantismo incipiente. [E se fosse assim, como dizem o hereges protestantes, já seria um ótimo motivo para alguém canonizá-los - ainda que tardiamente. Porque é sempre justo e santo combater as impiedades doutrinárias do protestantismo!] Mas, o fato, é que vários séculos antes de se pensar em aparecer o primeiro ser protestante sobre a face da Terra, a Igreja de Deus, já havia declarado o tais livros como inspirados.
Quero citar, aqui, o testemunho de conversão de nosso irmão na Fé, Alessandro Ricardo Lima - registrado no precioso livro de Jaime Francisco de Moura: < não me faltou ódio a Igreja Católica. Tive aceso a vários folhetos que "revelam" as "mentiras" do catolicismo. E me empenhei muito em estudá-los e divulgá-los. E nestas minhas pesquisas e estudos, a Providência Divina cuidou que eu encontrasse o Site Agnus Dei. O primeiro artigo deste site que abri foi um intitulado "Concordância Bíblica" de autoria do Professor Carlos Ramalhete. O artigo tratava da concordância bíblica que existia na doutrina dos sacramentos; mas uma frase deste artigo me chamou muito a atenção: "A Bíblia é filha da Igreja e não sua mãe". Nossa! Fiquei iracundo com aquilo, pois como um protestante que tinha a Sola Scriptura correndo em suas veias poderia dormir com um barulho daquele? Entrei em contato com o referido Professor e com o Carlos Martinhs Nabeto, que o criador do site... Comecei a travar com eles uma série de debates. Comecei a me assustar quando me deparava com os Escrito s Patrísticos, pois lá via que os primeiros cristãos confessavam o Catolicismo e não as novidades trazidas com a Reforma... Comecei a ver que o que me ensinavam no protestantismo, não era doutrina católica, mas uma caricatura dela. O fato decisivo foi quando apresentei aos referidos irmãos, um material que dizia que a Igreja incluiu os livros "apócrifos" na Bíblia durante o Concílio de Trento, que me rebateram me mostrando fragmentos de atas conciliares onde a Igreja já a mais de 1000 anos antes desta data já havia canonizado tais livros; me deram como referência a Bíblia de Guttemberg, que era anterior a Reforma, e já incluía tais livros. Como trabalhava no Centro do Rio, fui à Biblioteca Nacional a fim de conhecer a Bíblia de Guttemberg. Vendo os microfilmes pude constatar que o material protestante que estava em minhas mãos e que eu divulgava como sendo luz e guia da Verdade, era mais uma obra do Maligno. Foi neste dia que, com muita tristeza por ter perseguido a Igreja d e Deus, me converti ao Catolicismo [MOURA, Jaime Francisco de , Por que estes ex-protestantes se tornaram católicos, 1a. edição, Editora COMDEUS, São José dos Campos-SP, 2003, pp. 49-50].
OBS.: A Bíblia de Guttemberg foi impressa cerca de 100 anos antes do Concílio de Trento. Quando ela foi impressa, Martinho Lutero, sequer, havia nascido.
Bibliografia - http://www.veritatis.com.br/artigo.asp?prolib=825.
- LIFSCHITZ, Daniel, Haja Luz (Hagadá sobre Gênese 1), Edições Paulinas, SP, 1998.
- MOURA, Jaime Francisco de, Por que estes ex-protestantes se tornaram católicos, Editora COMDEUS, São José dos Campos-SP,2003.
P.S.: Volta a reafirmar: mesmo que a Igreja só tivesse canonizados os deuterocanônicos, declarando isso verdade dogmática, no século XVI - ainda, assim, seria uma decisão totalmente válida... Ora, a Igreja não dogmatizou a Divindade de Cristo três séculos depois da Ascensão de Cristo... o dogma da Assunção só foi declarado no século XX. Todavia, o fato, é que, ela já havia feito o reconhecimento da canonicidade dos deuterocanônicos desde o século IV. Gostem ou não os hereges protestantes - já, no quarto século a Igreja, os reconhecia como inspirados!
Também é fato insofismável: nenhum dos "pais"(Lutero, Calvino,etc) da amaldiçoada Reforma Protestante tinha autoridade alguma para definir quais seriam os livros divinamente inspirados. Somente a Igreja Católica. E ponto final!