Defesa da Fé
Respeitar o erro
PERGUNTA
Nome:
Célio
Enviada em:
27/08/2002
Local:
Manaus - AM,
Idade:
29 anos
Escolaridade:
Pós-graduação concluída
Posso estar enganado em minhas palavras, mas quando se trata de tipos de seitas, grupos religiosos, ou qualquer que seja o movimento lhe pergunto, o importante não é a Fé?
Para mim não importa que seja protestante ou judeu, católico ou candomblé. O que importa é que nos amemos e saibamos nos respeitar como filhos de Deus. Atirar grosserias uns contra os outros seria de total incompreensão humana e cristã.
Lembramos ainda que muitas guerras começaram por desavenças religiosas. Por mais que não concordemos com a ideologia do outro devemos acima de tudo respeitá-la assim como se deve ser respeitada a sua opinião. Procure ajudar seu próximo com roupas, comidas, palavras de fé e não dizendo o que é certo ou errado. Afinal ninguém nesse mundo é intitulado juiz de Deus.
Com graças e a benção de Nossa Senhora estejam sempre com vocês.
Célio
RESPOSTA
Prezado Célio, salve Maria.
Tendo você um curso de "pós graduação completo", creio que não lhe será difícil compreender o que vou lhe dizer.
Você me afirma, no início de sua missiva algo com que concordo inteiramente: "quando se trata de tipos de seitas, grupos religiosos, ou qualquer que seja o movimento lhe pergunto, o importante não é a Fé?".
Sim. Concordo totalmente: o que importa é a Fé.
Ora, a fé é a virtude pela qual aceitamos as verdades que nos foram reveladas por Deus e confirmadas pela Igreja.
É a Fé que divide e separa as várias religiões, sendo uma só a certa e as demais, heresias.
Se a Fé é o que importa - e nisto concordamos - devemos, antes de tudo, verificar o que alguém pensa, qual é a sua Fé. E faz parte da caridade, um dos maiores atos de amor, é corrigir os que caíram em heresia, para que recuperem a Fé. Infelizmente, logo depois de me dizer essa verdade - de que a Fé é o que há de mais importante - você me escreve o contrário ao dizer-me: "Para mim não importa que seja protestante ou judeu, católico ou candomblé. O que importa é que nos amemos"
Mas meu caro, se não lhe importa o fato de alguém ser "protestante ou judeu, católico ou candomblé", a Fé não lhe importa nada.
Afinal, que devo penar do que você quis me dizer?
Na sua primeira frase, você me garantia que a Fé é que importa. Na segunda frase, a Fé não lhe importa nada. Só lhe importa "que nos amemos".
Querer que os que estão no erro tenham a verdadeira Fé é um ato de amor.
Você condena atirar pedras nos outros. Mas então, quando Cristo chamou os fariseus de "raça de víboras", "serpentes", hipócritas", "sepulcros caiados", "filhos do demônio", Cristo agiu mal?
Não me parece que você seja muito lógico.
Em todo caso, lhe agradeço suas palavras desejando-nos a proteção de Nossa Senhora. E, em contra partida lhe desejo uma Fé mais clara, e uma caridade verdadeira e não sentimental.
Tendo você um curso de "pós graduação completo", creio que não lhe será difícil compreender o que vou lhe dizer.
Você me afirma, no início de sua missiva algo com que concordo inteiramente: "quando se trata de tipos de seitas, grupos religiosos, ou qualquer que seja o movimento lhe pergunto, o importante não é a Fé?".
Sim. Concordo totalmente: o que importa é a Fé.
Ora, a fé é a virtude pela qual aceitamos as verdades que nos foram reveladas por Deus e confirmadas pela Igreja.
É a Fé que divide e separa as várias religiões, sendo uma só a certa e as demais, heresias.
Se a Fé é o que importa - e nisto concordamos - devemos, antes de tudo, verificar o que alguém pensa, qual é a sua Fé. E faz parte da caridade, um dos maiores atos de amor, é corrigir os que caíram em heresia, para que recuperem a Fé. Infelizmente, logo depois de me dizer essa verdade - de que a Fé é o que há de mais importante - você me escreve o contrário ao dizer-me: "Para mim não importa que seja protestante ou judeu, católico ou candomblé. O que importa é que nos amemos"
Mas meu caro, se não lhe importa o fato de alguém ser "protestante ou judeu, católico ou candomblé", a Fé não lhe importa nada.
Afinal, que devo penar do que você quis me dizer?
Na sua primeira frase, você me garantia que a Fé é que importa. Na segunda frase, a Fé não lhe importa nada. Só lhe importa "que nos amemos".
Querer que os que estão no erro tenham a verdadeira Fé é um ato de amor.
Você condena atirar pedras nos outros. Mas então, quando Cristo chamou os fariseus de "raça de víboras", "serpentes", hipócritas", "sepulcros caiados", "filhos do demônio", Cristo agiu mal?
Não me parece que você seja muito lógico.
Em todo caso, lhe agradeço suas palavras desejando-nos a proteção de Nossa Senhora. E, em contra partida lhe desejo uma Fé mais clara, e uma caridade verdadeira e não sentimental.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli