Defesa da Fé
"Mística Cidade de Deus", de Maria de Ágreda
PERGUNTA
Caro Orlando Fedeli Gostaria de saber seu parecer sobre os escritos de Sóror Maria de Agreda entitulados "Mística Cidade de Deus".
Muito obrigado
André
RESPOSTA
Prezado André, salve Maria.
A respeito dessa pseudo vidente, Maria de Ágreda, não lhe darei o meu parecer, e sim o que a Igreja disse sobre ela e sobre suas pseudo visões.
Você deve ter o livro dela A Mística Cidade de Deus, suponho.
Se tem esse livro, veja você mesmo o que está escrito na Introdução, à página XXV.
Nessa página se lê que a Santa Sé, tendo examinado os documentos, lançou um decreto reconhecendo que a obra era de autoria de Sor Maria de Ágreda e que, por um segundo decreto de 1771, se determinou "silêncio perpétuo sobre essa obra, visto que nela existiam erros teológicos graves". O decreto determinou ainda o não prosseguimento da causa de beatificação dessa irmã pelos graves erros teológicos de sua obra, que foi até mesmo colocada no Index, durante certo tempo. A pressão dos reis da Espanha a favor da pseudo vidente fez com que o processo fosse reaberto.
Você poderá encontrar todos os pormenores dessa questão nas páginas XXV a X do mesmo livro.
Na página 1228, você encontrará um texto de Maria de Ágreda no qual se atribui a Nossa Senhora o governo da Igreja, o que é contrário à Fé. São Pedro era o chefe da Igreja: "222. Era tão diligente, vigilante e oficiosa a prudentissima Maria com o governo de sua família a santa Igreja..."( N* 222 p. 1228) Na página 925, ao contar a última ceia, Maria de Ágreda diz que Cristo se comungou a si mesmo (sic!).
"Dividiu (o pão) com suas sagradas mãos, e se comungou a si mesmo em primeiro lugar" ( N* 1195 p. 995).
O que é um absurdo completo.
Eu teria uma longa lista de erros a lhe relatar, mas o pouco tempo me obriga a limitar-me por ora a estes dois apenas. Mas a lista é grande.
Espero tê-lo atendido.
Em vez de ler essas falsas visões cheias de erros, recomendo-lhe que leia o Tratado da Verdadeira Devoção a Nossa Senhora de São Luís de Montfort, ou as Glórias de Maria, de Santo Afonso Maria de Ligório.
in Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli