Defesa da Fé
Contradições da doutrina da reencarnação
PERGUNTA
Achei muito interessante o seu artigo sobre a Reencarnação onde você coloca algumas explicações retiradas dos Envagelhos.
Sempre tive uma dúvida sobre este ponto, pois desde criança sempre ouvi falar da justiça divina, mas logicamente nunca achei nada que a justificasse logicamente para mim. Fui criado em uma família católica e estudei em colégios Marista.
Sempre perguntava aos irmãos Maristas como poderia Deus permitir que:
* Algumas pessoas fossem tão ricas e outras tão pobres; * Por que eu sou perfeito e exixtem tantas pessoas que não o são; * Por que existem seres "Anjos" que foram criados por Deus para serem eternamente felizes e o Homem necessita provar isso?
* O Homem deve ser capaz de perdoar (70x7 vezes) mas Deus após uma existencia nos julga e nos condena ou não, será que o Homem pode perdoar mas Deus não?
* Como podemos ressucitar no mesmo corpo se a ciência já provou que o ciclo do Oxigënio, Nitrogenio, etc. Todos os nossos componentes do corpo retornam a Natureza. O Homem não pode ressussitar no mesmo corpo após anos, pois seus atomos estarão sendo utilizados em outros compostos organicos.
Desta maneira sempre questionei os Padres mas sempre recebi a resposta que os designos de Deus não devem ser revelados ao Homem.
Esta resposta nunca aquetou a minha razão e por muitos anos achei que a Doutrina Materialista poderia ser a resposta, mas nunca a segui pois tenho dentro de mim que Deus é a causa primária de todas as coisas.
Desta maneira encontrei na Doutrina Espírita codficada por Allan Kardec a única explicação racional e não dogmática para as minhas questões existenciais.
Sem Mais
Norberto"como poderia Deus permitir que algumas pessoas fossem tão ricas e outras tão pobres" "como poderia Deus permitir que algumas pessoas fossem tão ricas e outras tão pobres"
RESPOSTA
Eu também fui aluno marista, em São Paulo, no Colégio do Carmo, entre 1944 e 1950.
Naqueles tempos, anteriores ao Vaticano II, o Colégio, religiosamente estava decadente. Depois do Vaticano II piorou mais ainda.
Se o pessoal que estudou comigo saía do Colégio praticamente ateu, que dirá os que estudaram com os Maristas depois do Vaticano II, que tornou os colégios dos maristas mistos e com professoras!
Tudo isso era proibido pelo padre Champagnat.
Resultado: na prática se acabaram os Colégios maristas.
Resultado concreto: no seu caso, você, desgraçadamente, ficou espírita.
O que comprova que nada lhe ensinaram, de fato, de doutrina católica.
Você achou interessante o que eu disse contra a doutrina maluca da reencarnação do racista Kardec.
Pois lhe acrescento, agora, mais um argumento, que me mandou um bom leitor do site Montfort.
Quando o bom ladrão rogou a Cristo que se lembrasse dele, ao entrar em seu Reino do Céu, Jesus disse ao ladrão:
"Ainda hoje estarás comigo no Paraíso" (Luc., XXIII, 43).
Ora, segundo a doutrina maluca e mentirosa de Kardec, o ladrão deveria se reencarnar para pagar seus crimes de roubo. E Cristo lhe garantiu o contrário: não disse a ele que ele deveria se reencarnar, para, depois, se salvar. Disse-lhe que naquele mesmo dia estaria salvo, sem se reencarnar. Logo a reencarnação é mentira. Não existe.
Você acredita em Cristo ou em Kardec?
Se Deus permite que uma pessoa nasça em um lar rico e outra num pobre, se permite que alguém nasça com um defeito ou não, tudo isso Deus o permite porque Deus quer o melhor para cada um. E se a riqueza vai fazer mal a alguém, Deus pode, bondosamente, fazer essa pessoa nascer pobre. E se alguém nasce cego de nascimento, Nosso Senhor explica, no Evangelho, que não é por causa de pecados dele, nem de seus pais, mas para manifestar a glória de Deus (Cfr Jo., IX, 2 e 3). Portanto, também nessa passagem, Jesus desmente a doutrina maluca da reencarnação.
Em quem você acredita, meu caro Norberto, em Jesus de Nazaré, que é Deus, ou no tal que se dizia Kardec, e que foi um homem racista e enganador?
Ou você quer acreditar apenas em você mesmo?
Você me pergunta ainda:
"*Por que existem seres "Anjos" que foram criados por Deus para serem eternamente felizes e o Homem necessita provar isso?".
Meu caro, você aprendeu errado. Deus fez os anjos e os homens para serem eternamente felizes. Só vai para o inferno o anjo ou o homem que quiser ir para lá. Deus nos quer levar a todos para o céu.
Se alguém recusa a doutrina de Cristo -- que condena a reencarnação -- e prefere seguir a maluca doutrina de Kardec a pessoa é livre. Mas será punida, se escolher mal.
É bom, então, você pensar bem, e escolher melhor.
Deus deu aos anjos uma prova, e lhes deu a todos a graça necessária para compreender e amar o certo. Se um anjo, livremente, escolheu o mal, se tornou um demônio e foi lançado, por isso, eternamente no inferno. O mesmo acontece conosco: Deus nos dá uma longa vida para escolher o certo, e nos assiste com sua graça a cada instante da vida. São bilhões de graças e oportunidades que temos na vida.
Por exemplo, para você conhecer, hoje, estes argumentos contra a reencarnação, pode ser uma grande oportunidade para você compreender o que é certo e amar a verdade e não a sua opinião, e muito menos a maluca doutrina do racista Kardec.
Claro que Deus tem mais misericórdia que qualquer homem, e se Ele exige de nós que perdoemos 70 vezes 7 vezes, Ele nos perdoa mais ainda. Ou julga você que Deus é menos bom que o homem?
Isso seria um absurdo que só uma pessoa perturbada pelas doutrinas heréticas e irracionais do espiritismo poderia imaginar.
Finalmente a última dúvida que os maristas não explicaram a você.
É claro que o homem ressuscitará com o mesmo corpo. O que não significa que terá os mesmos átomos. Aliás, você pensa que é constituído ainda hoje pelos mesmos átomos que tinha ao nascer?
Pense um pouco, meu caro Norberto, e veja que sua pergunta só nasceu pelo fato de você ter engolido -- sem pensar nem examinar -- as doutrinas malucas do racista Kardec.
Jogue fora, então, os livrecos do tal Kardec e volte a estudar o catecismo e, como você agora é adulto, estude a Suma Teológica de São Tomás.
Se tiver outras dúvidas, escreva-me, que como ex colega marista, o vejo, de modo particular, como meu próximo.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli